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METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS

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METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS
Os carboidratos fornecem a maior parte das necessidades calóricas do organismo. Principal fonte de energia.
Após uma refeição comendo carboidrato ocorre elevação da glicose circulante. A glicose que circula na célula tem que entrar na célula para fazer o processo de fornecimento de energia. 
Ocorrem duas etapas:
Remoção pelo fígado de 70% da glicose transportada via circulação porta: a glicose vai para o fígado para ser oxidada para fornecimento de energia, vai ser convertida em glicogênio para ser armazenada no fígado, ou se eu como muita glicose, ela não vai ser oxidada, não vai entrar no ciclo de Krebs, havendo desvio do ciclo, formando lipídeos. 
No trato gastrointestinal, a glicose chega à corrente sanguínea, parte de essa glicose entra na célula e produz ATP e outra parte vai para o fígado sendo guardado como glicogênio. Quando a reserva de glicogênio esta completa, a glicose vai para a reserva de gordura. Então uma parte é oxidada, outra parte fica armazenada e outra parte formou lipídeo.
Quando eu não tenho glicose circulante eu preciso de uma fonte de glicose, começando a usar as reservas. O cérebro só usa glicose como fonte de energia, então começa a poupar a glicose do fígado para as funções do sistema nervoso, ele retira do glicogênio, então o processo de retirada da glicose do fígado e jogando a glicose para a corrente sanguínea é chamado de GLICOGENÓLISE, para os demais tecidos que não usam glicose exclusiva acontece o processo de GLICONEOGÊNESE, ele utiliza as reservas de gordura como fonte de energia para voltar a ser glicose. 
Liberação de insulina pelas células β do pâncreas: a insulina é considerada o hormônio que é o sinalizador da glicose porque toda vez que a glicose aumenta na corrente sanguínea, nos períodos após o jejum, a célula β do pâncreas vai liberar a insulina que está dentro para a corrente sanguínea, porque se eu não tiver a insulina se ligando ao receptor, a glicose não consegue achar o caminho para dentro da célula para formar energia. 
No corpo tenho dois tipos de tecidos:
Tecidos insulino-dependentes: tem os receptores para a insulina, só vai receber glicose caso a insulina se ligue ao receptor.
Tecidos insulino-independentes: eles não precisam se ligar ao receptor para a insulina. São o cérebro, células do fígado, eritrócitos e nervos. 
CLINICA:
Por que a insulina é o sinalizador da glicose?
Células do tecido insulino-dependente 
Comi carboidrato, aconteceu catabolismo, a glicose aumentou na corrente sanguínea. A glicose vai ter que ser oxidada, armazenada ou gerar lipídeos. Para ser oxidada, a glicose precisa entrar na célula, para isso precisa se ligar na insulina. Nas células β do pâncreas, que é o lugar donde está armazenado a insulina, existe um receptor de membranas chamado GLUT2 (transportador de glicose), quando a glicose aumenta na corrente sanguínea e ela está circulando, quando passa pelo pâncreas ela entra automaticamente pelo GLUT2, quando ela entra na célula β acontece o processo de glicolise, formando ATP dentro da célula. Na célula tenho um canal de potássio sensível ao ATP, quando o ATP aumenta dentro da célula o canal de potássio fecha. Fechando o canal de potássio vai acontecer à despolarização da membrana abrindo o canal de cálcio voltagem-dependente, quando ele abre o cálcio começa entrar na célula β, a entrada de cálcio na célula β provoca expulsão de grânulos de insulina, caindo na corrente sanguínea. 
A insulina que caiu na corrente sanguínea, vai se encontrar com o receptor dos tecidos insulino-dependentes, o receptor é da família tirosina quinase, quando a insulina com o receptor se ligam o fosfato vai fosforilar a proteína da família CAP, é importante a fosforilação da CAP porque ela guarda junto um receptor chamado GLUT4 que é liberado e migra para a periferia da célula e a glicose consegue entrar na célula. Quando a glicose entra na célula ela vai ser oxidada. Isso acontece nos tecidos insulino-dependentes. Nos tecidos insulino-independentes a glicose acontece automaticamente. 
Obs: A produção de insulina acontece no reticulo endoplasmático e o armazenamento nos grânulos da célula β.
Quando a insulina é produzida ela é produzida como pré-pró-insulina no reticulo endoplasmático, depois ela é armazenada na vesícula como pró-insulina e se transforma em insulina na corrente sanguínea. 
Pré-pró-insulina é a junção de sequências sinalizadoras + insulina + peptídeo C.
Pró-insulina é a junção de insulina + peptídeo C.
Função do peptídeo C, insulina tem uma meia vida curta de 3 a 8 minutos, porque em nosso corpo temos uma enzima chamada insulinase que degrada a insulina, quando a insulina está sozinha a insulinase demora 3 a 8 minutos para achar a insulina, mas a insulina é camuflada pelo peptídeo C para ela poder ficar guardada, por isso a insulina já é produzida com o peptídeo C. 
No reticulo endoplasmático ela se encontra armazenada como insulina + peptídeo C.
Elas se separam pelo processo de transformação de pró-insulina para insulina pelo processo de GLUT2, canais de cálcio e processo de exocitose, quando cai na corrente sanguínea à insulina vai para um lado e o peptídeo C para outro. Na corrente sanguinea a insulina tem de 10 a 15 minutos para se ligar com o receptor e o peptídeo C fica circulando por 35 minutos, até ele ser degradado.
Obs: 
Exame de peptídeo C: Em pacientes diabéticos com deficiência de insulina é difícil dosar a insulina, então é mais fácil dosar o peptídeo C para saber a reserva de insulina presente na corrente sanguínea. A mesma quantidade de peptídeo C vai ser a mesma quantidade de insulina porque foram produzidos juntos. Se eu doso peptídeo C eu sei quanto tenho de reserva de insulina na corrente sanguínea. 
HIPERGLICEMIA – DIABETES MELLITUS
TIPOS:
TIPO 1: Autoimune (Falta de insulina)
TIPO 2: Adquirida (Defeito no receptor da membrana)
TIPO 3: Outros tipo específicos.
TIPO 4: Diabetes gestacional.
TIPO 1: meu corpo reconhece a célula β como algo prejudicial e vai ocorrer a destruição das mesmas. Eu vou manifestar com um fator precipitante para saber se eu tenho Diabetes Tipo 1, pode ser por causa de alguma alergia ou infecção que reconheça a célula β prejudicial e desenvolva a diabetes.
A diabetes gestacional aparece a partir da 24° e 28° semana de gestação, se durante o pré-natal for diagnosticado antes, quase certeza que a diabetes não é gestacional e sim do tipo 1. 
Exame que confirma que o paciente é diabético tipo 1: exame de anticorpos ICA.
TIPO 2: tem relação com os maus hábitos alimentares, sedentarismo, obesidade e os receptores estão bloqueados pela presença de lipídeos ou por anticorpos (casos hereditários/genéticos).
Nas pessoas obesas, as células do tecido adiposo vão se acumular em todo canto, inclusive nos receptores de insulina, que quando a insulina for se ligar com o receptor não consegue por causa do acumulo de gordura encima dos receptores. 
Também existem pessoas que tem anticorpos que bloqueiam o receptor de insulina, tendo a chamada resistência à insulina e são considerados também diabéticos tipo 2.

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