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Web Aula 1 - Responsabilidade Social e Ambiental

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WEB AULA 1
Unidade 1 – Étcia e Responsabilidade Socioambiental
Figura 1: Homem e Natureza.
Foto: Do autor (2011).
PASSIVO AMBIENTAL
Quando falamos em passivo ambiental, referimo-nos a todas as obrigações que as instituições de forma geral têm com a natureza, considerando principalmente que é dela que se extrai a matéria-prima. Neste sentido, as obrigações são com a natureza e a própria sociedade. O objetivo é a constituição de uma nova cultura socioambiental responsável; de forma paralela aos passivos ambientais gerados pelas empresas, devem ser estimulados também os investimentos na mesma proporção, como uma compensação dos impactos gerados por elas.
No sistema contábil, o “passivo” é um termo que designa a obrigação da empresa para com terceiros. Essas obrigações são adotadas mesmo sem a ocorrência de cobrança, seja ela formal ou legal. No caso do passivo ambiental, menciona (FARIA, 2008, p. 01):
Passivo ambiental pode ser definido como qualquer obrigação da empresa relativos aos danos ambientais causados por ela, uma vez que a empresa é a responsável pelas consequências destes danos na sociedade e no meio ambiente. Na prática, o passivo ambiental corresponde ao valor referente aos custos com a manipulação e tratamento de áreas contaminadas, resíduos, multas e outros custos advindos da não observância da legislação ambiental e de cuidados com o meio ambiente, assim como os custos relacionados ao atendimento das normas e certificações, incluindo, segundo algumas definições, a responsabilidade pela preservação de unidades de conservação (embora possa parecer contraditório), e o próprio dano físico causado (como um rio poluído, uma erosão, etc.). Enfim, passivo ambiental é igual à obrigação e custos.
Atualmente está crescente a elaboração de políticas que permitam a conciliação da atividade econômica com a proteção ambiental, ainda que em um primeiro momento pareça inviável conciliar essa dualidade.
Brown (2003, p. 4) comenta que “a economia está em conflito com o ecossistema existente”. Basta observar as notícias diárias publicadas nos principais meios de comunicação, noticiando a depredação e o esgotamento de ecossistemas necessários para a manutenção da vida em determinadas regiões.
As decisões políticas e o desenvolvimento industrial estão quase sempre baseados em planejamento e ganhos econômicos de curto prazo, que não levam em conta os verdadeiros custos quanto à saúde das populações e o ambiente. A dívida externa drena os já escassos recursos dos países pobres. O ser humano pensa em ganhar no presente, mas não toma atitudes sérias para preservar o ambiente e deixá-lo em boas condições para o futuro.
Há ainda a preocupação com a comercialização de produtos nocivos à saúde das pessoas e animais que, além de tudo, prejudicam o meio ambiente. Com o objetivo de evitar a disseminação desse tipo de substâncias, a Organização Mundial da Saúde e o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (Unep) devem redobrar seus esforços no estabelecimento de códigos de conduta no comércio e propaganda deles.
Conforme a Conferência de Sundsvall, os temas de saúde, ambiente e desenvolvimento humano não podem estar separados. Desenvolvimento implica a melhoria da qualidade de vida e saúde, ao mesmo tempo em que implica a preservação da sustentabilidade do meio ambiente.
DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO SOCIOAMBIENTAL
É preciso a conscientização de todos para cuidar do nosso planeta como se fosse uma empresa. Qual é o grande desafio para que se possa transformar a teoria em prática e que se possa, ao mesmo tempo, compensar a destruição da natureza. Resolver o passivo ambiental não pode ser meramente um termo no parâmetro teórico, mas deve-se transformar em um compromisso sólido.
De quem é a obrigação quanto aos passivos ambientais? De todos nós, empresas públicas e privadas. A adoção de princípios sustentáveis deve ser uma agenda constante das empresas, do governo e da população de forma geral. Para isso se deve projetar uma mudança de cultura, de atitudes e de práticas nas instituições. A solução dos impactos sociais e ambientais só será possível com a necessária e urgente cooperação e união de esforços de toda a sociedade.
O passivo ambiental corresponde ao investimento que uma empresa deve fazer para que se possam corrigir os impactos ambientais adversos gerados em decorrência de suas atividades e que não tenham sido controlados ao longo dos anos de suas operações. No caso de uma indústria em processo de venda, o comprador certamente levará em conta o valor desse passivo, descontando-o no preço final de venda da indústria.
PARA SABER MAIS:
PASSIVO AMBIENTAL, VOCÊ SABE O QUE É?
Acesse o link abaixo para aprofundar seus conhecimentos sobre ele:
<http://www.redepeabirus.com.br/redes/form/post?topico_id=15153>.
As instituições devem estimular seus gestores para a incorporação dos princípios e critérios da gestão socioambiental em todas as atividades. A economia de recursos naturais e a redução dos gastos são temas constantes que devem se transformar em prática por meio de uso racional dos bens visando a qualidade de vida da população. Neste contexto, o que se percebe é a necessidade de uma maior adequação dos resíduos, e a promoção da sustentabilidade em todos os sentidos.
A sustentabilidade, sendo objeto de todas as áreas, no âmbito governamental e privado favorecerá a conservação da vida. Uma simples e pequena ação de cada um nas atividades cotidianas já é um bom começo para que se mude a cultura, conscientizando-se de nossa responsabilidade.
A ética estando no campo da teoria, podemos interpretá-la da seguinte maneira. A teoria diz: Não devemos pegar o que não nos pertence.  Não podemos pegar este copo, por exemplo. Este comportamento é o princípio ético.  O meu comportamento moral é: “se eu pego ou não este copo”. Neste caso, a moral é a prática de uma ética, ou seja, a ética é o princípio e a moral é a prática. Em outras palavras, o princípio se traduz numa moral.
Enquanto a ética está no campo da teoria, ela é agregada ao estudo dos valores morais do qual orientará o comportamento humano, na sua interação com demais indivíduos. A moral, por outro lado, são os costumes, o comportamento com base nas regras, nas ações práticas e que foram estabelecidas por cada sociedade. Se você pratica aquilo que não é determinado pela sociedade, ou princípios éticos, então você tem um comportamento IMORAL. Significa, portanto, que sua ação é contrária aos costumes coletivos.
PARA SABER MAIS
Acesse o link a seguir para aprofundar seus conhecimentos sobre  Sustentabilidade e Ética:
<http://www.visaosocioambiental.com.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=37&Itemid=31>.
Assim, sem esquecer nem negar a correlação existente entre “costume” (ethos) e “caráter” (êthos), temos de dar primazia ao êthos-caráter quando se utiliza no contexto da ética.
AS DIMENSÕES DE SUSTENTABILIDADE
A utilização do termo “Sustentabilidade” encontrou-se primeiramente na economia. Aqui nós temos uma relação entre crescimento sustentado com base na boa imagem da empresa, na estabilidade e segurança, o que também podemos chamar de economicamente viável e o ciclo de crescimento econômico com base no valor da produção e na valorização do capital. Posteriormente, este conceito passou a ser utilizado também em outras áreas: social, ambiental, cultural etc.
Portanto, o conceito de sustentabilidade comporta alguns aspectos ou dimensões principais, a saber:
SUSTENTABILIDADE MORAL – Considere-se aqui a prática dos princípios éticos; a credibilidade na representação individual e grupal.
SUSTENTABILIDADE SOCIAL – Qualidade de vida, equidade na distribuição de renda, diminuição da desigualdade social, Democracia e cidadania.
SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA – Encontramos aqui o público e o privado.  Equilíbrio entre a produção e consumo, estabilidade e segurança, crescimento econômico, logística reversa.
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL – Redução dos resíduos tóxicos e poluição, Logística Reversa, Proteção ambiental, tecnologias
limpas e mais eficientes. Respeito aos espaços geográficos considerando a fauna e a flora; Preservação da biodiversidade; respeito aos direitos e a integridade humana. (Incluem-se aqui todas as demais dimensões).
SUSTENTABILIDADE CULTURAL – Respeito às diferenças, alteridade, respeito na relação entre mudanças, às novas tendências e comportamento social.
SUSTENTABILIDADE ESPACIAL – Visão de futuro, equilíbrio entre o espaço urbano e rural, tecnologia, respeito ao meio ambiente.
SUSTENTABILIDADE POLÍTICA – Democracia e cidadania, maior participação da sociedade, descentralização e autonomia da população e dos governos locais.
COMO PODEMOS CONSIDERAR UMA ORGANIZAÇÃO COMO SENDO SUSTENTÁVEL E RESPONSÁVEL SOCIALMENTE?
São três os requisitos básicos: A empresa precisa sobreviver, portanto, suas ações e projetos devem ser economicamente viáveis. Não apenas no ponto de vista do lucro, mas na sua própria sustentação. No entanto, a empresa existe porque as pessoas as fazem existir. As pessoas são as empresas, tanto as que convivem internamente quanto as externamente. Portanto há uma obrigação social. Neste sentido, ela deve ser socialmente justa. Por outro lado, o meio ambiente tem participação em sua existência, devendo a empresa ser ecologicamente correta. Pois os recursos para a produção são retirados da natureza e aqui gera um passivo ambiental que acaba influenciando e retornando de forma negativa aos requisitos anteriores na economia, no social e no meio ambiente. Portanto, deve haver um equilíbrio nesses fatores mencionados para que a empresa possa ser considerada sustentável e responsável socialmente.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SUSTENTABILIDADE?
Segundo Blay (2010, p. 1), o conceito de sustentabilidade pode ser definido como: “suprir as necessidades da geração presente, sem reduzir as oportunidades das gerações futuras”.
É importante entender que, no aspecto do desenvolvimento sustentável, deve conciliarcrescimento econômico e desenvolvimento econômico além da preservação da natureza. Pois um país pode ter crescimento econômico e não ter desenvolvimento econômico. O crescimento econômico pode não atingir a população e, consequentemente, não haver uma sustentabilidade social.
Portanto, o Desenvolvimento Sustentável é um modelo que apresenta quantitativamente e qualitativamente o equilíbrio entre as dimensões econômicas, sociais, ambientais, políticas e culturais.

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