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CASO COCRETO aula 2

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HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO 
Caso concreto 
Aula 2 
No decorrer da aula serão referenciados alguns dos principais 
instrumentos legais que marcaram a administração metropolitana 
portuguesa no decorrer do período colonial: regimentos, alvarás, cartas 
régias, forais, sesmarias, além das Ordenações Afonsinas, as Ordenações 
Manuelinas e (principalmente) as Ordenações Filipinas. 
Não deixe de fazer uma pequena pesquisa na internet a fim de saber um 
pouco mais sobre estes relevantes instrumentos jurídicos da época. 
A chegada dos portugueses: Neste ponto será ressaltado o pouco 
interesse inicialmente despertado pelas terras brasileiras, atrelando este 
fato ao lucrativo comércio de Portugal com o Oriente. É de se observar 
que atividade extrativista foi a única explorada neste período, 
principalmente no que se re fere ao pau-brasil, cuja madeira era tida como 
mercadoria valiosa em razão da tinta dela extraível. Neste período foi 
utilizado o sistema de escambo com os indígenas autóctones, no qual os 
mesmos carregavam os navios com pau-brasil e recebiam em troca 
mercadorias sem valor para os padrões europeus do período. 
Administração Colonial Capitanias Hereditárias. A criação do Governo 
Geral: Neste ponto, teremos a oportunidade de analisar os métodos 
utilizados por Portugal para administrar a terras descobertas, 
primeiramente por intermédio do sistema de Capitanias Hereditárias. Faz-
se importante compreender o que é uma Capitania Hereditária, bem 
como os motivos que levaram à sua ineficácia no decorrer desta fase da 
colonização. Posteriormente, indo um pouco mais adiante, é necessário 
que se enfrente a temática relacionada à forma como se deu a 
organização administrativa por meio da criação do chamado ?Governo-
Geral, que tinha por propósito coordenar a defesa da Colônia, explorar o 
sertão e auxiliar as Capitanias que permaneciam estruturadas. Seguindo o 
entendimento da estrutura administrativa estabelecida pelo Governo-
Geral, iremos constatar que a justiça portuguesa, instalada na colônia 
brasileira, organizou-se de maneira a permitir o controle do fluxo de 
informações ligadas ao poder judiciário, com a distribuição de funções 
como juízes, ouvidores e corregedores. 
 
A escravidão e a economia colonial ? Aqui se terá a oportunidade de se 
constatar que o trabalho escravo forneceu as bases para a construção da 
economia colonial. Deve-se observar, no entanto, que embora tenham 
sido os escravos negros os pés e as mãos da produção da riqueza no Brasil 
Colônia, a eles não foi concedida qualquer possibilidade de participação 
no resultado econômico, bem como qualquer voz no plano político. Como 
consequência, restou-lhes o exercício de papel social de subalternidade 
associado à pobreza material e ao analfabetismo, em um contexto no qual 
eram classificados como propriedade e não reconhecidos como pessoas. 
Carta de doação, Forais e Sesmarias Analisaremos alguns institutos 
jurídicos portugueses que tiveram elevada importância na implantação do 
sistema de Capitanias Hereditárias e no próprio processo de organização 
político-jurídico da Colônia: a Carta de Doação (como documento da 
Coroa Portuguesa pelo qual fazia a concessão de uma capitania a um 
capitão donatário), a Carta Foral (que fixava os direitos e deveres do 
capitão donatário e formava a base do estabelecimento das vilas e das 
cidades) e a Sesmaria (que normatizava a distribuição de terras destinadas 
à produção de alimento, já que os donatários - não possuindo capacidade 
e para cultivar toda a terra recebida - legavam parte dessas a particulares, 
com o objetivo de impulsionar o progresso das capitanias). 
Aplicação Prática Teórica 
O Foral de Olinda de 1537 é o documento histórico mais antigo relativo à 
cidade e elevou o povoado de Olinda à condição de Vila, estabelecendo 
seu patrimônio público, bem como um plano de ocupação territorial. Foi 
produzido pelo primeiro capitão donatário de Pernambuco (Duarte 
Coelho) aos povoadores e moradores, cedendo o direito de uso da terra, 
mas sem transferir sua propriedade. Ainda hoje a Prefeitura Municipal se 
utiliza do documento para fundamentar a cobrança de ?foro anual e 
também de ?laudêmio?. Inconformado, José, morador em terreno 
passível de cobrança, afirma que no Brasil não se reconhece um 
documento com quase cinco séculos de existência, além do que os forais 
não possuem força jurídica. 
Diante da informação acima, pesquise e responda: 
 a) o que é uma Carta Foral? 
R: Uma carta foral, ou simplesmente foral, era um documento real 
utilizado em Portugal, que visava estabelecer um conselho e regular a sua 
administração, deveres e privilégios. A palavra "foral" deriva da palavra 
portuguesa "foro", que por sua vez provém do Latim "fórum". 
b) Com que fundamento o Município de Olinda continua cobrando o foro 
anual e laudêmio? 
R: O instituto do foro surgiu com a colonização, pois todas as terras pertenciam ao 
reino de Portugal e, por isso, aqueles que residiam em imóveis nessas terras da União 
deveriam pagar determinada taxa para a utilização do imóvel.Já o laudêmio, que 
não constitui imposto, é o direito da União receber determinado valor calculado 
sobre o preço do imóvel nas transações onerosas que o envolverem (como compra e 
venda).O município de Olinda continua a cobrar foro anual e laudêmio pois as terras 
ali ainda pertencem à União, conforme registro na Secretaria de Patrimônio da 
União, não sendo atingida pela Emenda Constitucional nº 46/2005.

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