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A construção de uma nova realidade deve ser a utopia do educador FREIRE E O REGIME MILITAR

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A construção de uma nova realidade deve ser a utopia do educador. A utopia estimula a busca e, ao se denunciar certa realidade, ao mesmo tempo se estará buscando outra. Nosso desafio é organizar o procedimento utópico sem sufocar a capacidade utópica (FREIRE, 2002, p. 43). Nesse sentido o educador deve ter esse sonho de transformação de homens e mulheres fazedores de um amanhã melhor. Em virtude dessas considerações, cabe ressaltar que a filosofia educacional de Freire se fundamenta em dois elementos básicos: a conscientização e o diálogo. Ao se abordar o tema da Educação no Brasil, e principalmente da Educação de Jovens e Adultos, não é demasia salientar, que a perspectiva da educação brasileira, não seria a mesma sem a ótica social de Freire, sofreu a perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio.
Embora tendo sido formado em Direito, logo descobriu sua vocação de Educador. Porém, não um educador formal, profissional, mas um educador para a liberdade. Sua primeira experiência foi no SESI – Serviço Social da Indústria, onde trabalhou com famílias operarias nos “Círculos de Pais e Professores”; e experimentou o que ele mesmo chamou de “uma educação social”.
A perspectiva de Freire reconhecia os analfabetos como portadores e produtores da cultura, o que se opunha de maneira contundente às representações de analfabetos até então preponderantes, fortemente marcadas pelo preconceito. No que tange a essa questão, Paiva, desenvolve considerações a respeito desse preconceito, difundido pela Cruzada Nacional de Educação:
No que diz respeito ao período da repressão política no Brasil, reconhecemos que, no dia 1º de Abril de 1964, o Brasil mergulha em uma nova fase da sua história. Durante 21 anos, o país viveu um regime de governo militar que marcou a nação, seu povo e suas instituições. Por conseguinte, podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Em consonância com o que foi dito, esse período foi caracterizado pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.
Com base nas informações aduzidas, tenha-se presente que o conjunto de ações oferecidas por João Goulart desprestigiava claramente os interesses dos grandes proprietários, do grande empresariado e das classes médias.  Os setores conservadores temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o auge da Guerra Fria.
Foram militares que editaram o Ato Institucional nº 1 (AI-1), que estabelecia, entre outras coisas, a eleição indireta para presidente da República. Tenha-se presente que este instrumento também se tornava em cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tirava a estabilidade de funcionários públicos.
Quaisquer sinais de movimentação democrática, após os anos 64, eram massacrados aterradoramente pela preleção do senso comum burguês, alçando à condição de “comunista” toda e qualquer pessoa que defendesse os ideais democráticos e de liberdades que poderia crer. Convém notar igualmente que, por conta desta pseudo-ameaça, foi instaurada no Brasil a “Revolução Brasileira”, que possui este nome entre os historiadores, dadas as suas características marcantes de uma revolução, com o propósito de “varrer o país do comunismo”, imergindo a nação num dos períodos mais nebulosos e trágicos de toda a nossa história recente.
Sim. De fato FREIRE é de grande influencia; Bem, partindo de uma perspectiva social, observamos que a Pedagogia Libertadora, visa introduzir o indivíduo na sociedade, permitindo com que ele ao aprender, esteja a par de seu papel social.Deste modo, o EJA é um dos mecanismos de educação, e, por isso, deve ser levado em consideração para o processo de aprendizagem do indivíduo, o preparando de fato para sua atuação. A construção de uma nova realidade deve ser a utopia do educador. A utopia estimula a busca e, ao se denunciar certa realidade, ao mesmo tempo se estará buscando outra. Nosso desafio é organizar o procedimento utópico sem sufocar a capacidade utópica (FREIRE, 2002, p. 43). na alfabetização, a pessoa, o estudante, o aluno, o indivíduo... O praticante..Deve se "socializar" se "sentir a vontade" no ambiente onde está, sentir interesse para com o estudo, a aprendizagem. Isso é importante, buscar o êxito de forma eficaz.
A perspectiva de Freire reconhecia os analfabetos como portadores e produtores da cultura, o que se opunha de maneira contundente às representações de analfabetos até então preponderantes, fortemente marcadas pelo preconceito.

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