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Prévia do material em texto

1
Ganong LH. Integrative Review of Nursing Research. Res Nursing Health, 1987. Febr; 10(1):1-11. 
 
 
REVISÃO INTEGRATIVA NA PESQUISA DE ENFERMAGEM 
 
 
Lawrence H. Ganong1 
 
 
Revisões integrativas de pesquisa é uma parte importante do processo de criação e 
de organização de um corpo de literatura. Argumentou-se que as revisões 
integrativas deverão ser realizadas segundo as mesmas normas de clareza, rigor, 
como a investigação e replicação. Neste documento métodos para realizar uma 
revisão integrativa são discutidos. Dezessete revisões de revistas de enfermagem 
foram analisadas e comparadas com um conjunto de critérios propostos para as 
revisões. Os resultados indicaram que a maioria das revisões integrativas em 
enfermagem ficou aquém das normas da investigação primária. Diretrizes para a 
condução mais rigorosa de revisões serão apresentadas aqui. 
 
 
Há muitas maneiras de acadêmicos e estudantes contribuírem para o desenvolvimento do conhecimento 
em áreas especializadas. Teorias de desenvolvimento, pesquisa primária, análises secundárias de dados e de 
investigações clínicas são reconhecidos como fundamentais para a construção de uma disciplina. Revisões 
integrativas de pesquisa também contribuem no processo de sintetizar e analisar os resultados de estudos 
independentes para criar um corpo de literatura compreensível (W&W, 1982). 
Uma revisão integrativa pode ser definida como aquela em que o autor da revisão está 
“inicialmente interessado em deduzir generalizações sobre questões substantivas a partir de um conjunto 
de estudos diretamente influenciando sobre as mesmas” (Jackson, 1980, p.438). Tais revisões incluem 
exame de apoio à pesquisa para discutir hipóteses, sugestões para novas questões teóricas e identificação 
de uma pesquisa necessária. Uma análise bem feita é uma preciosa ajuda para os pesquisadores, 
professores e alunos. Acadêmicos e estudantes são duramente pressionados para continuar a par da 
investigação em enfermagem e áreas relacionadas. Por essa razão, alguns notáveis contribuintes na 
pesquisa de enfermagem, como Werley e Elliott, (citados em Lindsay, 1982), aprovaram a necessidade de 
revisões sistematizadas de pesquisa em enfermagem. 
Dadas as contribuições potenciais das pesquisas integrativas, não há dúvidas que a última década 
tenha visto um crescente interesse nos métodos e procedimentos para condução de pesquisas (Glass, 
McGaw & Smith, 1981). Surpreendentemente, livros didáticos prestam pouca atenção em revisões de 
pesquisa (Jackson, 1980), uma situação que pode criar problemas não só para estudantes ou pesquisadores 
iniciantes, mas também para os pesquisadores experientes. O principal propósito desse texto é apresentar 
e discutir métodos e procedimentos para conduzir uma pesquisa integrativa. O propósito secundário é 
examinar pesquisas integrativas publicadas entre 1978 e 1983 nas primeiras publicações de enfermagem e 
compara-los com um conjunto de critérios propostos pelas revisões. As normas para uma boa revisão são 
rígidas. Uma revisão que causa uma significativa contribuição deve: usar métodos para garantir precisão, 
objetividade e análise profunda (W&W, 1982); considerar a teoria assim como também os resultados, 
métodos, assuntos e a quantidade de estudos (Adair, 1978); proporcionar ao leitor a informação sobre os 
estudos revisados e não apenas focar sobre os principais resultados (Carlier & Gottesdiener, 1978); e, 
informar ao invés de “desarmar” o leitor (Glass, McGaw & Smith, 1981). Essas são normas coerentes, 
mas difíceis de alcançar sem uma clara orientação. 
 
1Dr Lawrence Ganong é Professor Assistente na Escola de Enfermagem da Universidade de Missouri-
Columbia, Columbia, Missouri 65211. 
Solicitações para reimpressão podem ser endereçadas ao Dr Lawrence H. Ganong, University of 
Missouri, S235. Nursing School Building, Columbia, MO 65211. 
Este artigo foi submetido em 27 de agosto de 1984 e em 10 de junho de 1985 foi aceito para publicação. 
 2
Neste sentido, cumpre destacar que as análises deverão ser realizadas segundo as mesmas normas 
de clareza, metodologia e replicação como na pesquisa primária (Cooper, 1982; Wampler, 1982). Além 
disso, revisões de pesquisas devem incluir informações suficientes sobre os estudos revisados pelos 
leitores para examinar a evidência e tirar suas próprias conclusões. Usando os métodos e normas da 
pesquisa primária como estrutura, Jackson propõe que a metodologia das revisões integrativas envolva 
seis tarefas: a) Selecionar as hipóteses ou questões da revisão; b) Demonstrar a pesquisa a ser revista; c) 
Representar as características do estudo e suas constatações; d) Analisar as constatações; e) Interpretar os 
resultados; e f) Reportar a revisão. 
Em outras palavras, comentários devem ser conduzidos e comunicados como se fossem os 
esforços de investigação primária. Os temas são os estudos analisados, os métodos são a revisão de 
procedimentos, os dados são os elementos dos estudos e os resultados são as conclusões apresentadas. 
Quando uma revisão integrativa encontra as normas adequadas para a pesquisa primária, então pode ser 
considerada uma contribuição válida e confiável (Jackson, 1980). 
 
 
MÉTODO 
 
Exemplo: As revisões integrativas escolhidas para estudo foram selecionadas em quatro revistas de pesquisa 
de enfermagem: Nursing Research, 1978-1983; Research in Nursing & Heatlh, 1978-1983; Western Jornal 
of Nursing Research, 1979-1983; e Advances in Nursing Science, 1979-1983. Essas revistas foram 
escolhidas porque elas têm o foco na pesquisa de enfermagem e teoria, e contém a pesquisa de alcance 
clínico, situacional e em áreas desenvolvimentistas. Todas as questões de cada uma das quatro revistas para 
os períodos específicos foram examinadas. Este estudo inclui somente revisões integrativas de pesquisa de 
enfermagem. Artigos que combinam revisões de pesquisa com teoria e opinião de expertises estão 
excluídos, como artigos que foram examinados estruturas conceituais, modelos desenvolvidos ou conceitos 
criticados empregados em enfermagem. Conseqüentemente, a amostra consistiu em 17 artigos: 5 de cada 
vieram de Advances in Nursing Science e Research in Nursing & Health; 4 vieram de Nursing Research, e 3 
vieram de Western Journal of Nursing Research. 
 
Medidas: Resumos foram analisados usando um instrumento de vistoria com base em trabalhos anteriores 
de Jackson (1980). Os itens sobre a vistoria se destinaram a analisar o modo como cada revisão 
correspondia às 06 normas ou tarefas de resumos integrativos identificados antes nesse texto. Resumos 
foram analisados em 12 dimensões: finalidade das declarações, exemplificação de método, critério para 
inclusão de estudos, identificação das características de pesquisa primária, citação de outros resumos, crítica 
de outros resumos, apresentações dos resultados da pesquisa primária, método de analisar os resultados, 
discussão de problemas metodológicos, procura por influências sistemáticas, interpretação dos resultados e o 
uso das tabelas. Também existem itens que foram feitos para recolher dados descritivos, tais como a revista 
em que o artigo foi publicado, a data de publicação e o número de estudos resumidos no artigo. 
 
Procedimento: Cada resumo foi lido e o instrumento de pesquisa completado pelo autor, embora em 
grandes amostras, um segundo pesquisador deve rever uma seleção aleatória de artigos para ajudar a 
estabelecer confiabilidade da chave dos procedimentos (Jackson, 1980). Esse exemplo foi pequeno 
suficiente (N = 17) para ser comandado por um pesquisador. Depois que todos os artigos foram analisados, 
as respostas coletivas foram resumidas por contagem de freqüência. 
 
RESULTADOS 
 
Tarefa 1: selecionando hipóteses ou questões para o resumo. 
 
O tópico de uma revisão integrativa deveria ser afirmado tãoclaro e específico quanto uma questão 
de pesquisa ou hipótese utilizada nas pesquisas primárias. A declaração do tópico deveria estar relacionada 
com um teórico ou conceitual raciocínio e deveria incluir as definições de construção a serem analisadas. 
Em geral, as 17 pesquisas verificadas contêm afirmações que são especificas suficiente para encontrar essas 
normas (veja tabela 1). Quase três revisões tinham amplas propostas de afirmação e isso foi possível nas três 
para deduzir uma proposta geral. A maioria das revisões não afirma hipóteses, contudo, mas oferecem 
afirmações gerais considerando identificação ou examinação da pesquisa em áreas especificas de estudo. 
 3
Estas revisões são análogas para a descrição da pesquisa primária. Somente duas revisões afirmaram 
hipóteses (Devine & Cook, 1983; Dunbar, Patterson, Burton & Stuckert, 1981). Alguns críticos 
(Cronenwett, 1982; Devine & Cook, 1983; Diers & Molde, 1979; Gagan, 1983) afirmaram que as relações 
examinadas seriam consideradas à luz das diferenças metodológicas entre os estudos e a proposta mais 
simples para pesquisar a revisão. Assim como a pesquisa primária é construída em cima de trabalhos já 
feitos, as revisões de pesquisa deveriam ser construídas em cima de revisões prioritárias. Desse modo, 
aperfeiçoamentos metodológicos podem ser feitos, evitando o excesso de esforços e melhorando a precisão 
das hipóteses revistas. E é notável que, apesar de seis artigos citarem revisões já existentes, havia uma 
pequena indicação de que elas foram usadas para desenvolver mais questões específicas do que a da revisão 
em questão. Isso nunca pode ser determinado se opiniões anteriores tenham sido feitas e, nesse caso, na 
medida em que estas opiniões tenham sido consultadas pelos revisores presentes. Se revisões anteriores não 
tenham sido feitas, nada disso deveria ser útil. 
 
Tarefa 2: Exemplificando 
 
A escolha da pesquisa para revisar é importante desde que a representação do exemplo seja um 
indicador crítico de como amplamente conclusões podem ser generalizadas e como tais confidências possam 
ser substituídas nas conclusões. Omissões de exemplos de procedimentos pode ser a maior ameaça para a 
validade da revisão (Copper, 1982). Se afirmações para métodos de reportar um exemplo na pesquisa 
primária foram aplicadas para essas revisões, a maioria não deveria encontrar afirmações mínimas. Cinco 
das dezessete revisões continham alguma informação sobre método de exemplificar (ver a tabela 1). Devine 
e Cook (1983) foram os únicos autores a especificar uma revisão aprofundada da pesquisa e a identificar 
claramente o processo de exemplificação e os autores também identificaram uma lista de critérios para 
inclusão dos estudos obtidos (Devine & Cook, 1983). Autores de mais quatro revisões que identificaram os 
métodos de exemplificação não conduziram revisões exaustivas, mas amostraram revistas selecionadas de 
anos específicos (Dunbar et al., 1981; Lindsey, 1982, 1983), ou usaram não identificados: “Guias 
profissionais para literatura periódica” (Stehle, 1981). Todas essas revisões identificaram critérios para 
serem incluídos nos estudos. Autores das 12 revisões não mencionadas, não indicaram exemplos apesar de 
três terem apresentado critérios para inclusão nos estudos. 
Isto parece razoável para supor que a maioria dos revisores usa procedimentos de pesquisa bem 
conhecidos como fichas de computador, listas de referências, revisões relacionadas e referências padrões de 
livrarias, assim como fichas de citação. A omissão de como esse processo foi conduzido deixa os leitores 
com grandes dúvidas: os estudos revisados representam o universo dos estudos nesse tópico? Foram as 
revisões publicadas, limitadas somente para pesquisa? O quão profunda foi a revisão? Os estudos foram 
aleatoriamente amostrados? Que critérios de inclusão da revisão foram aplicados? Baseando-se em quê, os 
estudos foram excluídos? Há dimensões na exemplificação dos estudos que poderiam afetar a conclusão? 
A aproximação mais desejável é incluir todos os estudos encontrados. Se o número é grande, uma 
seleção aleatória é apropriada. Se a seleção aleatória não é viável, a justificativa para outros métodos de 
exemplificação e para critérios de inclusão devem ser apresentados. Isso não significa que somente estudos 
adequados metodologicamente deveriam ser incluídos; esse requerimento pode ser um problema, tendo em 
vista que quase todos os estudos podem ser criticados por enfraquecimento metodológico. Uma melhor 
estratégia é incluir todos os estudos e pesquisar por padrões de influência metodológica possível nos 
resultados. Nota-se que a amostra por conveniência ou intencional dos estudos teria deficiências 
metodológicas idênticas, associadas à investigação primária. 
Todos os estudos revisados deveriam ser incluídos na lista de referência (Jackson, 1980). Isto ajuda 
no tempo e no esforço de revisores futuros e permite leitores a examinar mais profundamente as referências. 
Algumas das revisões de enfermagem seguiram essa prática, contudo, em 8 de 17 revisões, o número de 
estudos revisados não foi identificado (ver tabela 1). 
 
Tarefa 3: Representando as características da pesquisa primária 
 
A tarefa de definir características da pesquisa revisada é o centro de uma pesquisa integrativa, desde 
que a representação das características seja análoga quanto à reportação dos dados e de coleta de dados. 
Reportar métodos varia do obscuro para o explicito. 
 4
Utilizar uma medida comum é a defesa utilizada por muitos como o melhor caminho para representar 
dados (Glass, McGaw & Smith, 1981; O’Flynn, 1982), mas existem muitos problemas em usar uma medida 
comum. Em muitas revisões, isso pode ser inapropriado, se não impossível (Jackson, 1980; Smith & Naftel, 
1984). Uma alternativa adequada é indicar se os resultados são significantes (+), não-significantes (+), zero, 
não significante (-) e significante (-). O (+) indica referência para os efeitos de direção da hipótese; o (-) 
indica efeitos que se opõem àqueles que vem da hipótese. A última alternativa aceitável é representar as 
conclusões significantes ou não, uma vez que existe pouca informação veiculada que possam ter influência 
sobre a interpretação destes achados (Jackson, 1980). 
Na revisão das 17 revisões de pesquisa em enfermagem, somente uma (Devine & Cook, 1983) 
incluiu a direção e grandeza dos achados (ver tabela 2). Os outros foram menos específicos na reportação 
dos resultados. Isso, combinado com o relato obscuro dos métodos de amostragem, expressa suspeitas sobre 
a força e a generalização das conclusões dos revisores. 
Os achados dos estudos não são os únicos dados importantes a serem reportados. Todas as 
características que podem afetar os achados devem ser sistematicamente examinadas em relação com os 
achados (Cooper, 1982; Jackson, 1980). Características comuns de estudo a serem consideradas incluem: 
tamanho amostral, características dos sujeitos, métodos de alocação dos sujeitos nos grupos, medição de 
variáveis independentes e dependentes, atritos de amostras, método de análise dos dados e teoria ou quadro 
conceitual utilizado. Mais da metade dos autores das revisões (nove) tentaram representar as características 
relevantes dos estudos. Essas variáveis contribuíram para as conclusões tiradas pelo revisor e somente 
quando se indica quais foram consideradas os leitores podem julgar como os revisores utilizaram tais 
informações para tirar uma conclusão. 
Um dos modos mais simples e claros de se representar características da pesquisa primária é 
construindo tabelas. O uso de tabelas permite ao revisor apresentar ao leitor uma grande quantidade de 
dados puros de modo que a narrativa possa proporcionar uma análise, sumarização, discussão sistemática 
dos resultados e conclusões mais importantes. No estudo apresentado, 08 das 17 revisões continham tabelasde características de estudo. Normalmente, estas são breves, contendo características selecionadas. 
 
Tabela 2. Análise e Interpretação das Revisões de Pesquisa de Enfermagem 
 
 
Revisor 
 
Métodos Analíticos 
Problemas 
metodológicos 
discutidos 
 
Procura sistemática 
por efeitos 
 
Interpretação 
dos resultados 
Diers & Molde (1979) Listagem Sim Sim A 
Muller (1979) Listagem Não Não A, B 
Dubar et al. (1981) Não-paramétrico Não Não A, C 
Kunst-Wilson & 
Cronenwers (1981) 
Listagem Não Não A, D 
McCloskey (1981) Listagem Sim Não Não 
Stehle (1981) Listagem Não Não A, B, E 
Beck (1982) Listagem Sim Não A, B 
Cronenwert (1982) Listagem Sim Não A 
Dracup (1982) Listagem Não Sim (pouco) A 
Hyman & Woog 
(1982) 
Listagem Sim Não A 
Lindsey (1982) Listagem Não Não A 
Morse (1982) Listagem Sim Sim A, D, E 
Ng & McCormick 
(1982) 
Listagem Não Não A, B 
Sparacino (1982) Listagem Não Não A, B 
Gagan (1983) Listagem Sim Sim A 
Devine & Cook (1983) Meta-Análise Sim Sim A, B 
Lindsey (1983) Listagem Sim Não A 
Código de Interpretação dos resultados: A = sugestões para novas pesquisas; B = Recomendações para 
práticas ou políticas; C = Sugestões para futuras revisões; D = Condições do impacto de práticas ou 
políticas; E = Teoria. 
 5
Duas revisões continham tabelas compreensíveis (Devine & Cook, 1983; Dunbar et al., 1982), outras 
quatro tinham tabelas de características e achados dos estudos sem especificarem a direção ou magnitude 
dos efeitos (Cronenwett, 1982; Lindsey 1982, 1983; McCloskey, 1982) e duas outras revisões continham 
tabelas de exemplos de pesquisa (Beck 1982; Miller, 1979). 
 
Tarefa 4: Analisando os achados 
 
Este passo no processo de revisão é comparável ao de examinação e análise de dados primários 
empregando análise estatística. Ao contrário da pesquisa primária, em que o raciocínio para decisões 
considera geralmente a análise de dados de forma clara e o processo de análises fica explícito ao leitor, 
revisões integrativas raramente explicam as regras de inferências utilizadas (Copper, 1980; Jackson, 1980). 
Em outras palavras, raramente revisores comunicam as regras em que estudos revisados foram analisados, 
então aqueles leitores não podem averiguar; (a) se aquelas regras de inferência foram apropriadas; (b) se elas 
foram aplicadas corretamente nos estudos e (c) se conclusões semelhantes teriam sido tiradas por outros 
revisores se diferentes análises forem sido usadas. Incapacidade para explicar o processo e raciocínio para 
análises dos estudos revisados é a maior ameaça para a validade de uma revisão integrativa (Copper, 1982). 
Recentemente, muita atenção tem sido focada nessa questão e argumentos fortes têm sido oferecidos 
em favor de análises quantitativas de estudos revisados (Glass, McGaw & Smth; 1981). Análises 
quantitativas ou meta-análises envolvem transformar os achados dos estudos em uma medida comum e 
então usar testes estatísticos para determinar se lá existem efeitos globais, efeitos de sub-exemplos e 
associações entre atributos dos estudos e achados particulares (O’Flynn, 1982). Meta-análises têm sido 
usadas freqüentemente em pesquisas educacionais e psicológicas e o uso desse método em revisões 
integrativas esta crescendo. Existe um número de preocupações levantadas sobre o uso de uma medida 
comum em pesquisas revisadas e existe uma questão considerável se esse método de análise é 
uniformemente apropriado para todas as revisões. Contudo, essas questões estavam além do escopo e 
proposta do papel apresentado. Leitores interessados podem direcionar melhor o tema lendo Glass, McGaw 
e Smith (1981) para um sumário de métodos e Green e Hall (1984) para críticas do método. 
Outra maneira de analisar estudos nas revisões é incluindo uma listagem, escolhendo alguns achados 
de estudo como válidos e descartando outros, colocando uma média no resultado dos estudos e votando 
(Light & Smith, 1971). Listar é simples quando se identifica todos os fatores que mostraram um efeito na 
variação dependente por entre diversos estudos. Este é o mais simples método, mas indesejável tendo em 
vista que o enfraquecimento metodológico dos estudos não é identificado e é difícil pros leitores 
distinguirem influências consistentes daquelas encontradas em estudos isolados (Light & Smith, 1971). A 
segunda técnica, escolhendo alguns estudos como válidos e excluindo todos os outros das análises, também 
suscitam preocupações sobre a validade da revisão. Primeiro porque, virtualmente, todos os estudos têm 
alguma fraqueza metodológica. Freqüentemente, não fica claro o porquê de alguns estudos serem julgados 
mais válidos do que outros. Segundo, esse método de análise levanta a dúvida de uma precaução de auto-
realização ou um efeito de expectativa em tais estudos que suportem ou confirmem os vieses do revisor, que 
são mais susceptíveis por serem tão válidos quanto os estudos que não confirmam as crenças do revisor 
(Rosenthal & Rubin, 1977). Terceiro, esse método tem sido descrito como um modo “de censurar as 
deficiências do desenho ou da análise de alguns estudos... e então avançar a um ou dois estudos como 
aceitáveis para verdade do assunto” (Glass, 1976, p.4). Esses problemas podem ser reduzidos pelo 
planejamento claro das regras e inferência no cuidado com a validade dos estudos (Cooper, 1982). 
Métodos de mediação e votação têm sido amplamente usados (Light & Smith, 1971). Os dois 
métodos são úteis, mas para acrescentar a validade dessas análises, os revisores devem considerar teorias 
exemplares (i.e., que um certo numero de estudos irão variar nos achados), e ter cuidado com falhas 
metodológicas em estudos. Nesses dois métodos, estudos tendo níveis muito diferentes de validade interna 
são considerados iguais numa análise. Descuidados com os métodos analíticos usados, revisores deveriam 
procurar sistematicamente, através de estudos, por explicações de resultados variáveis e deveriam investigar 
todas as características do estudo possivelmente relacionadas com variações, tais como as medidas usadas e 
designs experimentais. 
 6
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1. Características das Revisões de Pesquisa em Enfermagem 
 
 
Revisão 
 
Proposta 
 
Tamanho 
do Exemplo 
 
Método de 
Exemplo 
 
Critério de 
Inclusão 
Variações 
Independentes 
Identificadas 
 
Tabela de 
Decisões 
 
Diern & 
Molde 
(1979) 
Identificar questões 
conceptuais e 
metodológicas na 
pesquisa da pratica 
em enfermagem 
 
Não 
Reportado 
(NR) 
 
 
Não 
 
 
Sim 
 
 
Sim 
 
 
Não 
 
Miller 
(1979) 
 
Revisar pesquisa em 
medos de crianças 
 
Não 
Reportado 
(NR) 
 
Não 
 
Não 
 
Sim 
Sim, em 
estudos 
selecionados 
 
 
Dunbar, 
Patterson, 
Burton e 
Stuckert 
(1981) 
Para investigar a 
precisão das 
observações de 
Stevenson’s e outros 
créditos que a 
pesquisa da saúde da 
mulher estão 
acrescentando 
 
 
 
371 
 
 
Sim – 4 
revistas de 
1970 a 1980 
 
 
Pesquisa de 
enfermagem 
clínica na mulher 
 
 
 
 
Não 
 
 
 
 
Sim 
 
 
Kunst-
Wilson & 
Cronenwell 
(1981) 
Contribuir para o 
esforço contínuo em 
enfermagem para 
melhor compreender 
os benefícios 
potenciais da 
promoção do papel 
dos pais 
 
 
 
100 
 
 
 
Não 
 
 
 
Não 
 
 
 
Não 
 
 
 
Não 
 
 
 
McCloskey 
(1981) 
Resumo dos estudos 
publicados sobre a 
eficácia de uma 
educação de 
enfermagem no que 
se refere a 
performance do 
trabalho 
 
 
 
30 
 
 
 
Não 
 
 
 
Sim 
 
 
 
Não 
 
 
 
Sim 
 
 7
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Stehle 
(1981) 
 
 
Para analisar a 
investigação sobre 
unidadedo cuidado 
do estresse das 
enfermeiras 
 
 
 
 
28 
Sim - dados 
baseados em 
artigos 
encontrados 
em guias 
profissionais 
de literatura 
periódica 
 
 
Sim – foco no 
stress em ICU, 
CCU, PICU, 
NICU 
 
 
 
 
Sim 
 
 
 
 
Não 
 
Beck 
(1982) 
Revisão Sistemática 
do Poder acadêmico 
de pesquisa de outras 
disciplinas 
 
NR 
 
Não 
 
Não 
 
Não 
 
Sim 
“Exemplos” 
 
 
 
 
 
 
Cronenwell 
(1982) 
Para resumir 
pesquisa de 
participação paterna, 
definições da 
extração da 
participação paterna 
utilizada, discutir 
problemas 
metodológicos de 
medição da 
participação do pai e 
desenvolver 
orientações para 
ampliar a pesquisa 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
Não 
 
 
 
 
 
 
Sim 
 
 
 
 
 
 
Sim 
 
 
 
 
 
 
Sim 
 
 
 
Dracup 
(1982) 
Para descrever 
maiores estudos 
feitos na área de 
fatores psicológicos e 
sociais relacionados 
com doenças 
coronárias, identificar 
inconsistências e 
lacunas 
 
 
 
 
NR 
 
 
 
 
Não 
 
 
 
 
Não 
 
 
 
 
Não 
 
 
 
 
Não 
 
 
 
 
Hyman & 
Woog 
(1982) 
Para estimular mais 
pesquisas na área de 
stress-doença, 
propondo um modelo 
que sumariza 
variáveis 
relacionadas com o 
aparecimento da 
doença e sugerindo 
métodos de melhorar 
a revisão 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
 
 
Não 
 
 
 
 
 
Não 
 
 
 
 
 
Sim 
 
 
 
 
 
Não 
 
 
 8
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Linsey 
(1982) 
Para identificar e 
descrever estudos em 
que fenômenos 
psicológicos e 
variáveis foram 
examinados por 
enfermeiros 
pesquisadores (1970-
1980) 
 
 
 
 
48 
 
 
Sim 
Revistas 
selecionadas 
(1970-1980) 
 
 
 
 
Sim 
 
 
 
 
Sim 
 
 
 
 
Sim 
 
 
Morse 
(1982) 
Para revisar a 
pesquisa sobre 
alimentação infantil 
no "terceiro mundo" 
(implícito, mas não 
declarado) 
 
 
NR 
 
 
Não 
 
 
Não 
 
 
Não 
 
 
Não 
 
 
Ng & 
McCormick 
(1982) 
Para Revisar a 
pesquisa na alteração 
de posições e 
conseqüências 
psicológicas 
(implícito mas não 
declarado) 
 
 
 
NR 
 
 
 
Não 
 
 
 
Não 
 
 
 
Não 
 
 
 
Não 
 
 
Sparcino 
(1982) 
Pare revisar a 
pesquisa sobre 
pressão sanguínea, 
stress e saúde mental 
(não declarado 
claramente) 
 
 
NR 
 
 
Não 
 
 
Não 
 
 
Não 
 
 
Não 
 9
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gagan 
(1983) 
Para examinar 
metodologias 
utilizadas na empatia 
da pesquisa 
 
NR 
 
Não 
 
Não 
 
Sim (pouco) 
 
Não 
 
 
 
 
Devine & 
Cook 
(1983) 
Para examinar a 
relação de 
intervenções 
psicoeducacionais 
breves, bem como o 
período de 
hospitalização pós-
cirúrgica e para 
afastar 
definitivamente cinco 
ameaças para a 
validação 
 
 
 
 
49 
 
 
 
 
Sim 
 
 
 
 
Sim 
 
 
 
 
Sim 
 
 
 
 
Sim 
 
 
 
Lindsey 
(1983) 
Para identificar e 
descrever estudos em 
que fenômenos 
psicológicos e 
variáveis foram 
examinados por 
enfermeiros 
pesquisadores (1970-
1980) 
 
 
 
48 
 
 
 
Sim 
 
 
 
Sim 
 
 
 
Sim (pouco) 
 
 
 
Sim 
 
 
 10
Embora tais tarefas sejam formidáveis, elas são necessárias se a pesquisa integrativa está tendo 
sentido. Examinações sistemáticas podem ser feitas usando multivariada, univariada ou técnicas de narração 
discursiva. 
Nas 17 revisões de enfermagem exemplificadas, uma aproximação quantitativa foi usada em somente 
duas (Devine & Cook, 1983 ; Dunbar, et al., 1981); no restante, o método de listagem foi empregado (ver 
tabela 2). Devine e Cook (1983) empregaram meta-análises e Dunbar, et al. (1981) usaram uma análise não-
paramétrica de variação para analisar hipóteses. A maioria das outras revisões usou uma aproximação 
discursiva qualitativa. Das 15 revisões qualitativas, nenhuma explicou as regras de inferência usadas na 
análise. Leitores são ignorados, tendo em vista que desconhecem as bases sobre as quais conclusões foram 
tiradas. 
Nove dos autores da revisão discutiram falhas metodológicas dos estudos revisados, seis deram 
indicações de terem pesquisado por influências sistemáticas em achados e um pareceu considerar a teoria de 
amostragem quando analisou os resultados. Tomadas em conjunto, o esforço dos revisores de enfermagem 
para minimizar ameaças para a validade dos seus resumos utilizando métodos claramente articulados de 
análises não cumpriam as normas para pesquisa primária. 
 
Tarefa 5: Interpretando os resultados 
 
A tarefa de interpretação é comparável com discussão dos resultados e implicações retiradas em 
pesquisas primárias. Todos, com exceção de um, fizeram sugestões para o progresso da pesquisa, seis 
fizeram recomendações para política de enfermagem ou prática, dois discutiram condições que têm impacto 
na política ou prática, e dois discutiram resultados em relação a teoria (ver tabela 2). Somente Dunbar, et al. 
(1981) ofereceu sugestões para revisões futuras. 
Notavelmente, a ausência de interpretação das revisões pode trazer precauções no desenvolvimento e 
sugestões de revisões maiores. Isso não é obvio, porque todos foram omitidos. Isso talvez possa acontecer 
porque revisões foram feitas em áreas especializadas onde a teoria é fraca, ou talvez possa acontecer com 
estudos revisados que não articularam teoria, ou seja, simplesmente uma fiscalização pelos revisores. 
Novamente deve salientar-se que a falha de articular as regras da inferência é uma grave ameaça à validade. 
Sem o conhecimento das regras do revisor, leitores são... (uma linha da fotocópia original está borrada). 
Este nível de confiança não é esperado no esforço da pesquisa primária e também não deve ser aceitável nas 
revisões. 
 
Tarefa 6: Reportando a revisão 
 
Relatórios das pesquisas primárias devem incluir informações suficientes de modo que o leitor possa 
analisar criticamente os as evidências. Da mesma forma, revisões integrativas devem apresentar detalhes 
pertinentes que o leitor possa taxar a apropriação do procedimento da revisão, assim como as ameaças para a 
validade dos resultados da revisão. A maioria dos autores das 17 revisões integrativas de enfermagem não 
reportou adequadamente suas revisões. Especificamente, métodos de exemplo foram reportados em somente 
cinco revisões, características dos estudos em somente oito revisões e métodos e análises em apenas duas 
revisões. Muitas vezes, era difícil de determinar as conclusões tiradas uma vez que nem todos os resultados 
e as características dos estudos foram relatados. Apenas revisões de Devine e Cook (1983) e Dunbar et al. 
(1981), correspondiam às normas estabelecidas para a condução da pesquisa primária. A maioria dos 
revisores esperou que os leitores confiassem que os métodos e os achados fossem adequados e as conclusões 
incontestáveis. Infelizmente, essa falta de inconclusão reduz o valor das opiniões para a construção do 
conhecimento e do desenvolvimento da teoria. A finalidade de revisões integrativas - o resumo de 
evidências acumuladas na pesquisa primária – não é alcançada com pesquisas baseadas na metodologia 
duvidosa ou pouco clara. 
 
DISCUSSÃO 
 
Embora métodos para realizar uma revisão integrativa variem tanto quanto métodos para fazer a 
pesquisa primária, é possível identificar a sistematização de alguns passos no processo de revisão. 
Resumidamente listados, essas etapas são as seguintes: (a) formular o objetivo da revisão e desenvolver 
perguntas relacionadas a ser respondidapelo revisor ou hipóteses a ser testadas, (b) estabelecer critérios 
experimentais para a inclusão de estudos na revisão de modo que estes critérios possam ser transformados 
durante a etapa metodológica ou substantiva do estudo, (c) conduzir uma pesquisa de literatura 
selecionando exemplos se o número de estudos é grande, (d) desenvolver um questionário para a coleta de 
dados dos estudos, (e) identificar regras na inferência a ser... (falta texto) revisar critérios para inclusão 
no questionário, caso necessário, (g) ler os estudos usando o questionário dos dados coletados, (h) 
 11
analisar dados de maneira sistemática, (i) discutir e interpretar dados e (j) relatar a revisão o mais claro e 
completo possível. 
 Este exame limitado de revisões de pesquisa de enfermagem mostra que a maioria não satisfaz as 
normas estabelecidas para a pesquisa, propostas de revisão são pobremente articuladas, exemplos de 
procedimentos não são explicados, características relevantes dos estudos revisados não são identificadas, 
regras de inferência para a análise e interpretação não são claras e a reportação das características da 
revisão são vagas. Para reforçar a literatura científica de enfermagem, isso influencia no comportamento 
de editores, revisores e pesquisadores para esperar e exigir metodologias mais rigorosas para revisões 
integrativas em enfermagem. 
 
 
REFERÊNCIAS

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