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Prof. André Ferraz Leishmanioses Leishmanioses Introdução 1) Atinge pele e mucosas. 2) Atinge as vísceras (baço, fígado e medula óssea). Leishmanioses Introdução 1) Atinge pele e mucosas. 2) Atinge as vísceras (baço, fígado e medula óssea). Leishmanioses Introdução - Principais espécies: 1) Leshmania braziliensis (lesões cutâneas e difusas); 2) L. guyanensis (lesões cutâneas); 3) L. mexicana (lesões cutâneas e difusas); 4) L. amazonensis (lesões cutâneas e difusas); 5) L. donovani (leishmaniose visceral); 6) L. infantum (leishmaniose visceral); Leishmanioses Agente etiológico Filo: Sarcomastigophora Subfilo: Mastigophora Família: Trypanosomatidae Gênero: Leishmania Leishmanioses Morfologia e hábitat 1) Amastígota: encontrada dentro dos macrófagos presentes nos órgãos atingidos (pele ou vísceras). Apresentam-se tipicamente ovoides ou esféricas (2 a 5µm de diâmetro). Leishmanioses Morfologia e hábitat 1) Amastígota: encontrada dentro dos macrófagos presentes nos órgãos atingidos (pele ou vísceras). Apresentam-se tipicamente ovoides ou esféricas (2 a 5µm de diâmetro). Leishmanioses Morfologia e hábitat 2) Promastígota: forma infectante, encontrada nos insetos vetores (Lutzomyia). São formas alongadas com flagelo. (16- 40 comprimento x 1,5-3mm largura). Leishmanioses Morfologia e hábitat 2) Promastígota: forma infectante, encontrada nos insetos vetores (Lutzomyia). São formas alongadas com flagelo. (16- 40 comprimento x 1,5-3mm largura). Leishmanioses Ciclo biológico Ciclo no vetor 1) Inseto fêmea pica o vertebrado infectado; 2) Inseto ingere macrófagos parasitados (amastígotas); 3) Transformam em promastígotas (tubo digestivo); 4) Reprodução intensa (divisão binária); Leishmanioses Ciclo biológico Ciclo no vetor 5) Dois caminhos, dependendo da espécie: A) Subgênero Viannia: intestino posterior e depois migram para a faringe do inseto (promastígotas metacíclicas). B) Subgênero Leishmania: estômago e depois migram para a faringe (promastígotas metacíclicas). Leishmanioses Ciclo biológico Ciclo no vertebrado 1) Inseto fêmea infectado pica o vertebrado; 2) Formas promastígotas são introduzidas no local da picada; 3) Estes são interiorizados pelos macrófagos teciduais; 4) Transformam em amastígotas - 24 horas após a fagocitose; Leishmanioses Ciclo biológico Ciclo no vertebrado 5) Amastígotas multiplicam-se por divisão binária; 6) Macrófago se rompe liberando as amastígotas no tecido; 7) Novamente fagocitadas. Macrófago parasitado Macrófago rompido Leishmanioses Mecanismos de Transmissão 1) Insetos hematófagos (gênero Lutzomiya); - Conhecidos por Birigui, mosquito-palha, tatuquira, etc. - Neuropeptídeos vasodilatadores na saliva do inseto. Leishmanioses Mecanismos de Transmissão 2) Uso de drogas injetáveis; 3) Transfusão sanguínea (sete casos na litaratura); 4) Transmissão congênita; 5) Transmissão venéria (cães e humanos); 6) Autoinoculação (laboratório); Leishmanioses Patogenia 1) Células destruídas pela probóscida do inseto e a saliva inoculada atraem as células fagocitárias mononucleares, os macrófagos e outras; 2) Somente macrófagos fixos (histiócitos) não estimulados são hábeis para o estabelecimento da infecção; 3) As promastígotas transformam-se em amastígotas; 4) Reprodução por divisão binárias sucessivas; Leishmanioses Patogenia 5) Mais macrófagos são atraídos ao sítio e são infectados; 6) Lesão inicial – infiltrado inflamatório; Macrófago parasitado Macrófago rompido Leishmanioses Patogenia 5) Mais macrófagos são atraídos ao sítio e são infectados; 6) Lesão inicial – infiltrado inflamatório; - Lesão cutânea localizada em estágio inicial, com característica de placa infiltrativa (observar nesta fase ausência de ulceração). Leishmanioses Patogenia 7) Dependendo da espécie as amastígotas podem tomar dois caminhos: A) Leishmaniose tegumentar: permanecem no local formando um nódulo, depois ulcera ou ferida, que poderá produzir metástases para a pele de outras áreas do corpo. B) Leishmaniose visceral: as amastígotas migrarão, via sanguínea e linfática, do nódulo inicial para as vísceras (baço, fígado e medula óssea). Leishmanioses Formas Clínicas 1) Leishmaniose cutânea: formação de úlceras únicas ou múltiplas confinada na derme, com a epiderme ulcerada. - A densidade de parasitos nos bordos da úlcera formada é grande nas fases iniciais da infecção. Leishmanioses Formas Clínicas 2) Leishmaniose cutaneomucosa: lesões destrutivas secundárias envolvendo mucosas e cartilagens. - Trata-se de um processo lento, de curso crônico. Leishmanioses Formas Clínicas 2) Leishmaniose cutaneomucosa: lesões destrutivas secundárias envolvendo mucosas e cartilagens. - Trata-se de um processo lento, de curso crônico. Leishmanioses Formas Clínicas 3) Leishmaniose cutânea difusa: lesões difusas não ulceradas por toda pele. - Está associada a uma deficiência imunológica. Leishmanioses Formas Clínicas 4) Leishmaniose visceral: febre intermitente, palidez de mucosas, esplenomegalia, presença ou não hepatomegalia e progressivo emagrecimento. Leishmanioses Diagnóstico 1) Sinais e sintomas clínicos; 2) Parâmetros epidemiológicos; 3) Achados hematológicos e bioquímicos; 4) Produção de anticorpos. Leishmanioses Diagnóstico Confirmação do diagnóstico 1) Encontro de formas parasitárias em amostras clínicas. 2) Amplificação de DNA do parasito (PCR). Leishmanioses Diagnóstico Exame parasitológico 1) Esfregaços em lâminas de vidro. 2) Isolamento em meio de cultura (NNN). 3) Inoculação em animais de laboratório. 4) Histopatologia. Leishmanioses Diagnóstico Exame parasitológico 1) Esfregaços em lâminas de vidro. Leishmanioses Diagnóstico Exame parasitológico 2) Isolamento em meio de cultura (NNN). Leishmanioses Diagnóstico Exame parasitológico 3) Inoculação em animais de laboratório. Leishmanioses Diagnóstico Exame parasitológico 4) Histopatologia. Leishmanioses Diagnóstico Exame parasitológico 4) Histopatologia. Leishmanioses Diagnóstico Exames sorológicos 1) Teste intradérmico de Montenegro. 2) Reação de imunofluorescência indireta (RIFI). 3) Ensaio imunoenzimático (ELISA). 4) Teste rápido imunocromatográfico. Leishmanioses Diagnóstico Exame sorológico 1) Teste intradérmico de Montenegro. Leishmanioses Diagnóstico Exame sorológico 2) Reação de imunofluorescência indireta (RIFI). Leishmanioses Diagnóstico Exame sorológico 3) Ensaio imunoenzimático (ELISA). Leishmanioses Diagnóstico Exame sorológico 4) Teste rápido imunocromatográfico. Leishmanioses Diagnóstico Exames moleculares 1) Reação em cadeia da polimerase (PCR). 2) Hibridização de DNA. Leishmanioses Diagnóstico Exame molecular 1) Reação em cadeia da polimerase (PCR). Leishmanioses Diagnóstico Exame molecular 1) Reação em cadeia da polimerase (PCR). Leishmanioses Diagnóstico Exame molecular 1) Reação em cadeia da polimerase (PCR). Leishmanioses Diagnóstico Examemolecular 1) Reação em cadeia da polimerase (PCR). Leishmanioses Diagnóstico Exame molecular 2) Hibridização de DNA. Leishmanioses Diagnóstico Exame molecular 2) Hibridização de DNA. Leishmanioses Profilaxia 1) Pulverizar inseticidas nas casas a cada 3 ou 4 meses. 2) Animais domésticos positivos devem ser sacrificados????? 3) Vacina que protege contra leishmaniose tegumentar. Leishmanioses Tratamento 1) Glucantime. 2) Anfotericina B. - Dieta equilibrada. Questões para revisão Questões para revisão 1) De forma geral, qual célula é alvo de parasitismo por Leishmania nos diversos órgãos dos vertebrados? 2) Por que não adianta higiene pessoal e saneamento básico para o controle da leishmaniose? 3) No Brasil, que tipos de mosquitos podem transmitir Leishmania sp? 4) Considerando os locais de reprodução dos mosquitos, o que difere o controle dos moquitos transmissores da dengue e da febre amarela do controle da leishmaniose? Questões para revisão 5) Por que durante muito tempo as orientações do Ministério da Saúde e da Agricultura recomendavam a eutanásia dos animais domésticos infectados com Leishmania? Os parasitas do gênero Leishmania têm tropismo pelas células fagocíticas, especialmente pelos macrófagos. Questões para revisão 1) De forma geral, qual célula é alvo de parasitismo por Leishmania nos diversos órgãos dos vertebrados? Porque a transmissão desses protozoários se dá por insetos hematófagos. Os mosquitos, ao ingerirem sangue, injetam saliva no local da picada e com a saliva podem inocular os parasitas em questão. Lavagem das mãos e saneamento básico são boas medidas de controle para doenças de transmissão fecal-oral, que não é o caso da leishmaniose. Questões para revisão 2) Por que não adianta higiene pessoal e saneamento básico para o controle da leishmaniose? No Brasil a transmissão da Leishmania só foi comprovada associada ao hematofagismo dos mosquitos do gênero Lutzomyia. Questões para revisão 3) No Brasil, que tipos de mosquitos podem transmitir Leishmania sp? Os mosquitos que transmitem a dengue e a febre amarela se reproduzem colocando seus ovos em água parada, de pneus abandonados, pratos de vasos de planta, poças, etc. Os mosquitos transmissores da leishmaniose fazem postura em locais ricos em matéria orgânica, como os solos das florestas, galinheiros, currais etc. Questões para revisão 4) Considerando os locais de reprodução dos mosquitos, o que difere o controle dos moquitos transmissores da dengue e da febre amarela do controle da leishmaniose? Por ser uma zoonose (doença transmissível dos animais para os homens) importante e de difícil tratamento, com muitos casos fatais e por serem os animais domésticos considerados reservatórios naturais do agente causador da doença, mesmo após o tratamento. No Brasil é muito recente (2013) a permissão para o tratamento dos animais infectados com Leishmania. Questões para revisão 5) Por que durante muito tempo as orientações do Ministério da Saúde e da Agricultura recomendavam a eutanásia dos animais domésticos infectados com Leishmania?
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