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Sinopse - DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA

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Unidade I – TEORIA GERAL DO DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA
1) Conceito - É um ramo da ciência jurídica com regras, princípios e teorias próprias que tem pro finalidade disciplinar e uniformiza a pacificação de conflitos de interesse de natureza trabalhista através de uma justiça especializada (do trabalho).
OBS: Na Execução Trabalhista quando a CLT for omissa se recorre primeiro à LEF (6830/80) e depois ao CPC. 
O objetivo do DPT é garantir um direito de natureza alimentar, por isso a celeridade, tem a ver com a própria dignidade da pessoa. O objetivo é o de satisfazer o crédito alimentar. E mesmo hoje existindo o sincretismo no DPC, que o tornou mais rápido, está em lei e o aplicado é o DPT.
OBS: a EC 45/2004 trouxe o termo “relações de trabalho” ampliando assim o que existia anteriormente, ampliando a competência da Justiça Trabalhista.
2) Autonomia – o DPT é autônomo ou depende do DPC? Sim, pois para ser considerado autônomo precisa ter 4 critérios (e mais um agregado), que são: autonomia legislativa, autonomia didática, autonomia científica (princípios, teorias e institutos próprios), autonomia doutrinária, e Justiça especializada. Assim, o DPT é autônomo em relação ao DPC.
	3 CORRENTES:
Dualista – DPT ≠ DPC : são ramos completamente distintos, e não possuem vinculação alguma.
Monista: o DPT não existe de forma autônoma, é mera decorrência do DPC, pois teria nascido do DPC, o qual é a base. (Mas isso não justifica, pois tem princípios próprios, e são semelhantes por serem processuais.)
Wilson Gomes C. Filho: a autonomia seria relativa, por conta da existência do art. 769/CLT, que indica o DPC como fonte subsidiária. (O que também não justifica, pois todos possuem uma fonte subsidiária.)
“Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.”
OBS: uma inovação é que a norma será supletiva e subsidiária. Art. 15/CPC:
“Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.”
3) Fontes – é de onde nasce e se exterioriza o DPT.
3.1) Conceito – tem dois momentos o primeiro onde NASCE e o segundo onde se EXTERIORIZA.
3.2) Tipos
3.2.1) Materiais – é o responsável pelo nascimento. É a motivação para a criação de uma lei (por exemplo, de onde nasceu a sua necessidade). 
Está no momento anterior à norma. E pode ser de cunho político, social ou econômico, ou até mesmo de decisões reiteradas (jurisprudência).
3.2.2) Formais - a norma já existe e ela serve para torna-la conhecida.
I. DIRETA: a própria norma, a lei, costumes judicializados (comportamento reiterado tido como válido e/ou obrigatório pela Justiça Trabalhista – a lei não prevê, mas a Justiça vê que deve ser praticado para o ato ser válido). 
Exemplos de Costumes Judicializados: contestação escrita em audiência de conciliação; protesto em face de decisão interlocutória; procuração tácita passada em audiência; as decisões interlocutórias são irrecorríveis de imediato, em regra, mas tem-se como obrigatória (sob pena de não poder fazer mais) o protesto nos autos, pedindo que siga em Ata o protesto à decisão, assim sendo, podendo ser utilizado em forma de Recurso Ordinário.
Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos:
 § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.
OBS: COSTUME ≠ USO – O costume é a prática reiterada dentro de um grupo, e o uso é a prática reiterada que ocorre dentro de uma relação individual, é uma repercussão menor do costume.
E costumes judicializados é um comportamento reiterado tido como válido e/ou obrigatório pela justiça trabalhista, é uma situação que a lei não prevê.
Leis: CF, CLT, CPC, Lei 6.830/80, Regimento Interno, Lei 5.584/70, Lei 7701/88, Dec. Lei 779/69, Súmula Vinculante do STF.
II. INDIRETA: explicam o que está na norma/lei. Exemplos: jurisprudências convertidas em Súmulas e OJ’s, doutrina.
III. EXPLICITAÇÃO: fontes integrativas (que suprem lacunas). Exemplos: analogias (legis/juris), princípios gerais do direito (diretrizes/valores) e equidade (só quando autorizado por lei – decisão justa).
CLT: “Art. 766 - Nos dissídios sobre estipulação de salários, serão estabelecidas condições que, assegurando justos salários aos trabalhadores, permitam também justa retribuição às empresas interessadas.”
“Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.
 § 1º O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e as exigências do bem comum.”
CPC: “Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico.
Parágrafo único.  O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.”
4) HERMENÊUTICA
4.1) Conceito – é a ciência/ramo da ciência jurídica que estuda o fenômeno da interpretação, bem como a integração(se necessária) e a aplicação da norma jurídica.
4.2) Interpretação – é o meio és do qual se descobre o sentido e o alcance da norma jurídica.
ORIGEM:
		Autêntica – próprio legislador
		Doutrinária
		Jurisprudencial
RESULTADOS:
		Declarativa – é o que está escrito, apenas.
		Extensiva – quando a norma diz menos do que deveria. Ex: 477/CLT
		Restritiva – quando a norma é muito ampla, e se aplica a menor.
MÉTODO:
		Gramatical/Filelal/Filológico – o que está escrito.
		Histórico – motivo pelo qual nasceu.
		Lógico – raciocínio, meio.
		Sistemático – conjunto de normas.
		Teleológico – finalidade da norma.
4.3) Integração – integrar a lacuna, preencher. Adota-se a lacuna normativa – Art. 769/CLT + TST.
LACUNAS:
		Normativa – só usa se a CLT não prever de forma alguma.
Ontológica – a norma existe, porém não é mais efetiva à realidade social a qual se aplica.
Axiológica – a norma existe, porém é menos justa do que outra igualmente aplicada.
“Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.” – passou a permitir que se use o CPC quando for mais favorável(subsidiária/omissão total ou supletivamente/ausência parcial da norma), ao revogar o Art. 769/CLT (TST diz que não revogou, pois é trabalhista e não processual), entretanto, só poderá ser utilizado quando tratar-se de lacuna normativa.
4.4) Aplicação – é subsumir a norma ao fato; é interpretar a norma e aplica-la ao caso concreto.
Exemplo: Conciliação – “Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação.”
5) EFICÁCIA DA LEI
A partir de qual momento a Lei é obrigatória? A partir de 2 momentos:
5.1) No tempo – aplica-se o mesmo pensamento do DPC, é utilizada a lei em vigor no dia em que nasce o direito de praticar o ato. A data em que a Lei entra em vigor é a que será utilizada, obedecendo o exposto acima.
Teoria do isolamento dos Atos Processuais.
“Art. 912 - Os dispositivos de caráter imperativo terão aplicação imediata às relações iniciadas, mas não consumadas, antes da vigência desta Consolidação.”
“Art. 915 - Não serão prejudicados os recursos interpostos com apoio em dispositivos alterados ou cujo prazo para interposição esteja em curso à data da vigência desta Consolidação.”
CPC: “Art. 14.  A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.”
CPC: “Art. 1.046.  Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973.
§ 1o As disposições
da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, relativas ao procedimento sumário e aos procedimentos especiais que forem revogadas aplicar-se-ão às ações propostas e não sentenciadas até o início da vigência deste Código.”
CPC: ‘”Art. 43.  Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.”
“Súmula 367 do STJ: A competência estabelecida pela EC n. 45/2004 não alcança os processos já sentenciados.”
“Súmula Vinculante 22: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04.”
		
5.2) No espaço – o território de aplicabilidade será só no Brasil, só os ajuizados no Brasil.
EXCEÇÃO – em prestação de serviço, o local é que vai determinar (mas no Brasil não é absoluta).
“Lei 7.064/82 – Art. 3º - A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido assegurar-lhe-á, independentemente da observância da legislação do local da execução dos serviços:
II - a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, naquilo que não for incompatível com o disposto nesta Lei, quando mais favorável do que a legislação territorial, no conjunto de normas e em relação a cada matéria.”
O contratado no Brasil para prestar serviços no exterior, ou seja transferido para o exterior, tem a opção de aplicar a Lei Brasileira se esta for mais favorável. (mas para isso deverá ajuizar a ação no Brasil).
6) PRINCÍPIOS
Norma integrativa (supre lacuna)
São diretrizes/valores que servem de base para a elaboração, interpretação e aplicação da norma jurídica processual trabalhista.
6.2) PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS:
Igualdade / Isonomia - Tratar os desiguais desigualmente à medida da sua desigualdade. Também recai sobre a parte formal: paridade de armas – iguais instrumentos para as partes.
Os diferentes são: a Fazenda Pública, Defensoria Pública, Ministério Público, Ministério Público do Trabalho (esses por PRERROGATIVA), e idoso, crianças e adolescentes.
EXCEÇÕES: 
“652/CLT Parágrafo único - Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da Junta, a pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre que a reclamação também versar sobre outros assuntos.”
CPC: “Art. 1.048. Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais:
I - em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora de doença grave...
II - regulados pela Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).”
Contraditório / Ampla Defesa – não são sinônimos.
Contraditório – é a possibilidade de “rebater” (é GÊNERO)
Ampla Defesa – se refere a trazer os meios que a lei dá, exercendo por meio de provas, para confirmar o que está sendo levantado.
“CF: Art. 5°. LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;”
Juiz natural / Imparcialidade
Juiz Natural – o Juiz é previamente investido de jurisdição, e competente para julgar aquela causa.
Imparcialidade – o Juiz não deve privilegiar nenhuma das partes, garante a estas a ISONOMIA.
“CF: Art. 5°. XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;”
Promotor Natural
O Promotor também deve ser previamente investido na jurisdição. (interpretação hermenêutica com o princípio anterior).
Duplo Grau de Jurisdição
A decisão do 1º Grau será revista por um Tribunal Superior. Entretanto, não vale para o RITO SUMÁRIO. 
No DPT é uma mera regra de julgamento.
Acesso à Justiça / Inafastabilidade do Controle Jurisdicional
Nenhuma lesão ou ameaça de lesão será excluída da prestação jurisdicional. Em regra não há restrições. 
Mas há uma exceção quanto ao art. 625-D da CLT, no qual o STF diz ser facultativo pelo termo “qualquer” e não obrigatório pelo termo “deverá”, isso tudo para a norma não ser tida como inconstitucional.
“Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria.”
Motivação das Decisões / Publicidade
Todas as decisões devem ser justificadas. O Juiz ao decidir tem que dizer o que ele defere, e como que foi formado este convencimento, justificadamente. Decisão sem fundamentação é DECISÃO NULA.
EXCEÇÃO: decisões que extinguem sem resolução de mérito.
Publicidade – amplo acesso ao processo; é ato público. EXCEÇÃO: segredo de justiça (concedido de ofício ou a pedido da parte).
Produção de Prova Ilícita
É vedada a prova ilícita ou a obtida por meios ilícitos.
Como regra, é entendido que a prova produzida por meios ilícitos é prova ilícita, mas quando esta for a única existente será utilizada, portanto o art. 5º, LVI, da CF é relativo.
“CF: 5°. LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;”
Devido Processo Legal
É o princípio-base dos demais princípios constitucionais, se dá para a preservação de 3 bens básicos: VIDA, PROPRIEDADE E LIBERDADE; na qual nenhuma deverá ser restringida sem seguir o devido processo legal. Valendo tanto para a esfera judicial quanto para a esfera administrativa, conforme a proporcionalidade.
O devido processo legal significa que na relação processual trabalhista devem ser dadas às partes regras adequadas para que sejam processadas e não haja qualquer restrição indevida aos seus bens jurídicos.
“CF: 5°. LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;”
Razoável Duração do Processo
Foi acrescentado pela EC 45/04, portanto é o mais recente.
A tutela jurisdicional deve ser adequada, tempestiva e célere. Firmado entre os três poderes para que este pudesse ser efetivado.
“CF: 5°. LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.”
“CF: Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes normas:
XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório
XV a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.”
6.3) PRINCÍPIOS COMUNS AO DPC E DPT:
Dispositivo / Inércia
O judiciário não pode iniciar uma demanda, só quando ele for provocado.
“CPC: Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.”
DUAS EXCEÇÕES:
Processo judicial por FALTA DE ANOTAÇÃO EM CARTEIRA (36 a 39, CLT)
“Art. 36 - Recusando-se a emprêsa fazer às anotações a que se refere o art. 29 ou a devolver a Carteira de Trabalho e Previdência Social recebida, poderá o empregado comparecer, pessoalmente ou intermédio de seu sindicato perante a Delegacia Regional ou órgão autorizado, para apresentar reclamação.”
‘Art. 37 - No caso do art. 36, lavrado o têrmo de reclamação, determinar-se-á a realizarão de diligência para instrução do feito, observado, se fôr o caso o disposto no § 2º do art. 29, notificando-se posteriormente o reclamado por carta registrada, caso persista a recusa, para que, em dia e hora prèviamente designados, venha prestar esclarecimentos
ou efetuar as devidas anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social ou sua entrega.
Parágrafo único. Não comparecendo o reclamado, lavrar-se-á têrmo de ausência, sendo considerado revel e confesso sôbre os têrmos da reclamação feita, devendo as anotações serem efetuadas por despacho da autoridade que tenha processado a reclamação.”
“Art. 38 - Comparecendo o empregador e recusando-se a fazer as anotações reclamadas, será lavrado um termo de comparecimento, que deverá conter, entre outras indicações, o lugar, o dia e hora de sua lavratura, o nome e a residência do empregador, assegurando-se-lhe o prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a contar do termo, para apresentar defesa.
Parágrafo único - Findo o prazo para a defesa, subirá o processo à autoridade administrativa de primeira instância, para se ordenarem diligências, que completem a instrução do feito, ou para julgamento, se o caso estiver suficientemente esclarecido.”
“Art. 39 - Verificando-se que as alegações feitas pelo reclamado versam sôbre a não existência de relação de emprêgo ou sendo impossível verificar essa condição pelos meios administrativos, será o processo encaminhado a Justiça do Trabalho ficando, nesse caso, sobrestado o julgamento do auto de infração que houver sido lavrado.” 
EXECUÇÃO TRABALHISTA (878, CLT)
“Art. 878 - A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior.
Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do Trabalho.”
“Art. 880.  Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir mandado de citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sobas cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta aexecução, sob pena de penhora.”
Impulso Oficial / Inquisitivo
A parte tem que começar o processo e depois deste primeiro ato o Judiciário tem o dever de continuar, já que compete a este dar ANDAMENTO AO PROCESSO. É obrigação do judiciário se manifestar quando a parte o procura.
“CPC: Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.”
Estabilidade da Lide
“CPC: Art. 329.  O autor poderá:
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
Parágrafo único.  Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.”
Não se pode modificar ilimitadamente as discussões no processo, para não dificultar o seu andamento. Para tudo existe um momento para fazer alterações ou alegações importantes. É dividido em 2 os momentos: CITAÇÃO e SANEAMENTO DO PROCESSO.
No DPT a “citação válida” é chamada de “notificação inicial”, a qual é automática, o Juiz não tem o contato anterior. Não tem o Despacho Saneador, a Audiência é Una. Na Audiência terá: Contestação em 20 minutos e as Razões Finais em 10 minutos (em regra será oral).
Pode retirar ou acrescentar pedidos SEM ANUÊNCIA DA OUTRA PARTE até antes do início da audiência; após o início da audiência até antes das razões Finais só poderá mudar COM ANUÊNCIA DA OUTRA PARTE, e caso aceito o Juiz vai verificar se a defesa poderá ser feita ali ou se terá que remarcar a audiência (no prazo de 5 – 15 dias), retornando à instrução. As Razões Finas é como se fosse o Saneamento do Processo, não podendo a seguir, em regra, haver nenhuma alteração; EXCEÇÕES: Prescrição, que poderá ser argüida até a instância ordinária (1º e 2º Grau- prazo de 8 dias para atacar a sentença), e matéria de ordem pública (litispendência, coisa julgada, incompetência absoluta) apresentada como preliminar na Contestação.
Preclusão
É a perda do direito de praticar um ato processual, e tem 3 tipos: 
LÓGICA – realizou um ato anteriormente que é incompatível com o novo.
CONSUMATIVA – já realizou o ato.
TEMPORAL – perdeu o prazo para realizar o ato.
“CPC: Art. 278.  A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.
Parágrafo único.  Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.”
“CPC: Art. 507.  É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão.”
“CLT: Art. 879 - Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos.
§ 1º - Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem discutir matéria pertinente à causa principal.
§ 2º - Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão.”
Perpetuação da Jurisdição
A competência de um Juízo é fixada no momento em que for ajuizada a Ação, no momento em que a petição inicial for distribuída. 
EXCEÇÕES: mudança na competência absoluta ou extinção do órgão judiciário.
“CPC: Art. 43.  Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.”
Instrumentabilidade das Formas / Finalidade
Relaciona-se com a economia processual, pois o que vale é atingir a finalidade pleiteada, pouco importando a forma com que o ato será praticado. SALVO quando a lei exigir e provocar a nulidade por não observância.
Congruência / Adstrição ao Pedido
O Juiz não pode julgar de forma ALÉM (ultra), MENOR (infra) ou FORA (extra) do que foi pedido. Este deve se ater ao pedido da inicial.
“CPC: Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.”
“CPC: Art. 498. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único.  Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e pela quantidade, o autor individualizá-la-á na petição inicial, se lhe couber a escolha, ou, se a escolha couber ao réu, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz.”
Oralidade
Não basta dizer que prevalece o que for falado, deve estar presente 4 princípios:
IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ – o juiz que instruiu o processo é, em regra, o que deverá decidir.
CONCENTRAÇÃO NOS ATOS PROCESSUAIS – os atos processuais são realizados em um único momento (Audiência).
IMEDIATIDADE – o Juiz deve colher pessoalmente as provas, garantindo que a prova foi lícita.
IRRECORRIBILIDADE IMEDIATA DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS – só é recorrível de imediato quando remete o RO (prazo: 8 dias) para outro Tribunal – Súmula 214, STJ.
Lealdade processual
A conduta das partes deve preservar boa-fé e dignidade processual, caso contrário será LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ, não prevista no DPT, mas que será utilizada de acordo com o DPC, que poderá ser tanto ao empregado, quanto ao empregador e pode ser requerida ou ser de ofício.
“CLT: “Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.”
“CPC: Art. 78.  É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério
Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados.”
“CPC: Art. 79.  Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente.”
Eventualidade / Impugnação Específica
Eventualidade – é o momento em que será exercido o direito de defesa (e não terá outra oportunidade para fazer).
“CPC: Art. 336.  Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.”
Impugnação específica – é o modo como deve ser feito. Deve atacar o mérito e questões processuais, devendo ser tudo contestado, precluindo o que não for aduzido.
EXCEÇÃO: quando a parte estiver utilizando o instituto do “ius postulandi” não se pode aplicar as regras destes princípios. 
“Súmula 425/TST: O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.”
6.4) PRINCÍPIOS PRÓPRIOS DO DPT:	
Proteção
É para trazer o equilíbrio ao processo, já que não se pode esquecer que existe um desequilíbrio entre as partes. Reconhecimento este trazido pela lei, que estabelece instrumentos processuais para garantir a paridade de armas, visando garantir o acesso real e efetivo à Justiça.
Finalidade Social
O julgador que deve reconhecer o desequilíbrio, e estabelecer o equilíbrio entre as partes.
Busca da Verdade Real
“Primazia da realidade” – é relacionado à conduta do Juiz no processo, e ele deve usar todos os meios legais para descobrir a realidade dos fatos alegados.
Conciliação
Busca pelo acordo entre as partes litigantes. O Juiz é obrigado a propor a conciliação no início da Audiência e após as Razões Finais, e se não for aceita, deve ser colocado no relatório da Sentença que as propostas não foram acolhidas. E esta pode ser realizada até após a Sentença.
Normatização Coletiva
Refere-se ao “dissídio coletivo”, e decorre do poder normativo, o qual pode criar regras para as categorias (114, §2º, CF).
Simplicidade
Não tem tanta burocracia e formalismos. O procedimento é mais simples, para que em prazo razoável se garanta o crédito, que aqui tem natureza alimentar.
Extrapetição
É uma EXCEÇÃO, na qual é permitido ao Juiz decidir fora dos limites do pedido e ainda assim a sentença ser considerada válida. Em 4 casos:
Deferimento de salário/indenização quando o pedido for de reintegração.
Rescisão contratual. (467, CLT).
137, §2º, CLT.
Ser pedido de responsabilidade solidária/subsidiária do empregador.
Informalidade
Está relacionado á Simplicidade, art. 764, CLT.
Unidade II - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
JURISDIÇÃO – ela é uma e indivisível; é o dever-direito, é o poder de julgar e decidir. Mas teve que ser fracionada, nascendo assim a COMPETÊNCIA.
A competência pode ser fixada de 4 MODOS:
MATERIAL – possui natureza absoluta.
HIERÁRQUICA OU FUNCIONAL – natureza absoluta.
TERRITORIAL – natureza relativa; é tida como exceção e não como preliminar.
PESSOAL – natureza absoluta.
Obs.: a fixação quanto ao valor da causa não existe aqui, pois inexiste justiça especial para julgar causas de pequeno valor, todos são julgados pela Vara.
COMPETÊNCIA MATERIAL
É determinada pela causa de pedir e pedido, criados a partir das situações que envolvam a “relação de trabalho” (pode ser estágio, empreitada, prestador de serviço, autônomo...), excluindo-se situações de CONSUMO (onde a relação se trata de consumidor final do produto/serviço).
	“RELAÇÃO DE TRABALHO” – 3 correntes:
Continua a mesma coisa (minoria).
A competência foi ampliada, trouxe outros que têm condições similares ao de trabalho, social e economicamente; pois o termo envolveria um gênero.
Não incluiu servidores públicos (ramo administrativo) e prestação de serviços consumeristas. Mas incluiu empregado, estagiário, prestador de serviço autônomo, contrato de empreitada... todos os trabalhadores se tornaram competência da JT, não foi a lei que mudou, apenas a competência.
EMPREGADO – é a cumulação de pessoa física, pessoalidade, subordinação jurídica, não-eventualidade e onerosidade.
“Ampliativa” – todos os trabalhadores passaram a ser de competência da JT.
HIPÓTESES:
COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA:
DANO MORAL 
Hoje tem competencia para qualquer relação de trabalho, pode ser dano moral e material/patrimonial e também o dano indireto.
ACIDENTE DE TRABALHO
É de competência da JT, mas se já tinha sentença de mérito quando passou a vigorar esta continuará a ser de competência da JC.
Prestação de serviço X prestação de consumo – a primeira é comprar um serviço e passar a um terceiro, a segunda é ser o consumidor final deste, pois não vai passar o produto à frente, mas sim vai usufruir deste.
CADASTRO PIS/PASEP 
PIS é urbano (obrigatório para todo empregado urbano) e PASEP é rural.
MEIO AMBIENTE DE TRABALHO
O local de trabalho é onde realiza tal trabalho, pode ser dentro ou fora da empresa; e este local tem que ser salubre.
FGTS
Tem 2 anos para ajuizar, passou a ser obrigatório com a CF/88.
EXCEÇÃO: para herdeiro sacar é na Justiça Comum Estadual.
QUADRO DE CARREIRA
Possibilidade de ascensão na carreira.
DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS
Só é competente para ajuizar de Ação Condenatória; se sobre as verbas devidas incidir verbas previdenciárias e fiscais, a competência é da JT para executar de ofício, decorrente das sentenças que proferir. Se for contra o INSS não é competente, mas se for um acessório será competente.
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
Tem a opção de fazer em uma particular ou previdência fechada; será de competência da JC, pois o contrato da previdência não vincula ao contrato de trabalho, é o entendimento do STF.
SEGURO DESEMPREGO
Trabalhador comum:
1ª vez – vínculo de 18 meses
2ª vez – vínculo de 12 meses
3ª vez – vínculo de 6 meses
Trabalhador doméstico: vínculo de 15 meses
AÇÕES POSSESSÓRIAS
COMPETÊNCIA CRIMINAL
Não tem, o HC refere apenas à prisão civil por dívida.
SERVIDORES PÚBLICOS
Depois da EC 45 passou a ser competente para julgar os servidores públicos estatutários.
CARGO EFETIVO – JC
CARGO EM COMISSÃO – se é regulamentado na lei é estatutário por extensão, mas se não houver previsão na lei é competência da JT.
TEMPORÁRIO – é estatutário por curta duração.
CONTARTADO SEM PREVISÃO LEGAL- pode ser efetivo ou temporário.
COMPETÊNCIA MATERIAL DECORRENTE / DERIVADA
Mediante autorização legal pode julgar matérias de outras competências.
“CF: Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:  
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.”
   
COMPETÊNCIA NORMATIVA
Greve – 1. Questões possessórias em movimentos grevistas em que há reinvindicações, podendo haver perturbação do local ou até invasão; 2. Danos morais/materiais.
Sindicatos – agora pode atuar em benefício próprio e no da categoria; competência da JT.
MANDADO DE SEGURANÇA, HABEAS CORPUS e HABEAS DATA
MS – é remédio constitucional para defender direito líquido e certo, quando não for caso de HC ou HD. Para a CF precisa ter um ano, e para o STF basta formar a categoria.
HC – remédio constitucional para defender a liberdade de ir e vir, podendo ter caráter preventivo, na JT são casos de prisão civil por dívida
HD – para ter acesso à banco de dados públicos ou para retificar documento público, pois tentou pela via administrativa e não obteve sucesso.
PENALIDADES ADMINISTRATIVAS
	O órgão fiscalizador é o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Quando a penalidade administrativa for contra o empregador este poderá executar, mas primeiro tem que ser pela via administrativa.
COMPETÊNCIA PESSOAL
	É de natureza absoluta e refere-se a qualidade das partes que litigam em juízo.
Entes de dto público externo (estados estrangeiros e organismos
internacionais) – não se pode acionar organizações internacionais nas quais possua proteção por algum Tratado (regra), se o organismo renunciar sua imunidade aí pode ajuizar a ação (e só pode ser na sede deste organismo). O juiz do trabalho deverá expedir uma carta rogatória para exigir o bem.
Cartórios extrajudiciais (são pessoas jurídicas) – são ocupados por notários, os quais possuem uma relação jurídica-administrativa com o Estado. E como estes precisam contratar funcionários, este serão CELETISTAS com carteira assina, portanto será de competência da JT. E o notário é de competência da JC Estadual.
COMPETÊNCIA FUNCIONAL / HIERÁRQUICA	
Vara do Trabalho – antes era Junta de Conciliação e Julgamento.
TRT – são regionais, não tem um estado com um que seja só seu. São 7 juízes (que se chamam de desembargadores, 30 a 65 anos), tratam de recursos e dissídios coletivos regionais, MS, HC... divide-se em turmas com 3 desembargadores para discutir os recursos.
TST – possui jurisdição em todo o território nacional, a sede é em Brasília; são 27 ministros (35 a 65 anos); tratam de dissídios individuais e coletivos.
Órgãos: 8 Turmas cada um com 3 ministros ; SDI 1 e 2; SDC; Órgão Especial; Pleno.
COMPETÊNCIA TERRITORIAL
	É uma competência relativa; te que ser argüida na primeira oportunidade sob pena de convalidação.
É sempre o local de serviço, e se for mais de um será o último.
EXCEÇÕES:
Trabalhador / Agente / Viajante comercial
Empregado contratado para prestar serviço no exterior – pode ajuizar aqui ou no estrangeiro, se não tiver nenhuma cláusula contratual.
(organizado a partir daqui)
4. CONFLITO DE COMPETÊNCIA
Espécies: conflitos positivos e negativos
114, V, CF
803 a 811 da CLT: regulamentação do conflito de competência, ou seja, o conflito pode ser suscitado pela parte, juiz, interessado e MPT. 
TST: conflito dentro da Justiça do Trabalho, entre instâncias inferiores (varas)
STF: Sempre que tiver em conflito um dos polos um tribunal superior.
STJ: juízos diferentes
Exemplos práticos:
1. Vara do Trabalho da 1ª Região X Vara do Trabalho da 16ª Região: TST
2. Vara do Trabalho 2ª Região X TRT 15 Região: TST
3. TRT 1 Região X Vara Cível estadual: STJ
4. STJ X TST: STF
5. TST X Vara Cível da Justiça Federal: STF
6. Vara do Trabalho da 16ª Região X TRT 16 Região: não há conflito
OBS: SUMULA 420, TST: Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada
5. FORO DE ELEIÇÃO art. 63, CPC
Conceito: Local que vou definir para resolver determinado conflito
Existe possibilidade de definir foro de eleição nos contratos de trabalho? Em regra, não, pois a competência territorial decorre de norma de ordem pública não podendo ser relativizada pela mera vontade das partes. 
Lembrando que, a regra para ajuizamento é o local que vou ajuizar ação será no local que prestei serviço, sendo vários serviços, será no local do último. Art. 651, CLT: a competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
Unidade III – ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS
1. ATOS PROCESSUAIS
1.1 Conceito: espécie de atos jurídicos que visam criar, modificar ou extinguir direitos, dentro da relação jurídica processual.
1.2 Requisitos para celebração do ato processual:
PÚBLICOS salvo quando o contrário determinar o interesse social.
PRATICADOS EM DIAS ÚTEIS, DAS 6 ÀS 20 HORAS – exceto a PENHORA, que pode ser realizada em domingo ou feriado com autorização judicial expressa.
ESCRITAS À TINTA, DATILOGRAFADAS OU A CARIMBO – revogado tacitamente, mas continua valendo por interpretação ontológica.
DATADOS E ASSINADOS PELAS PARTES – pode ser também por representante ou a rogo, ou seja, impossibilitado de fazer. Desde que na presença de duas testemunhas.
OBS: com a utilização do processo judicial eletrônico a assinatura se dá por meio de certificado digital e o horário para ajuizar ação se estende até meia noite. Lei 11.419/06
Art. 770 - Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
        
Parágrafo único - A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa do juiz ou presidente.
        
Art. 771 - Os atos e termos processuais poderão ser escritos a tinta, datilografados ou a carimbo.
        
Art. 772 - Os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partes interessadas, quando estas, por motivo justificado, não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de 2 (duas) testemunhas, sempre que não houver procurador legalmente constituído.
1.3 Comunicação: informação às partes do que acontece para as partes do processo, conhecido como intimação/citação, mas que na CLT é NOTIFICAÇÃO, pois vem da época que era apenas um ato administrativo.
OBS: Citação X Intimação
CITAÇÃO – notificação inicial
Art. 238, CPC:  Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual.
INTIMAÇÃO – notificação intimatória: dar ciência que a outra parte praticou algum ato, para que faça ou deixe de fazer algo. E, em regra, se faz pelo diário Oficial.
Art. 269, CPC:  Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.
Na Justiça do Trabalho a “citação” é automática e não pessoal, feita, em regra, por carta registrada com aviso de recebimento. 
No rito sumaríssimo em regra será por carta com A.R, não cabendo citação por edital. (Art. 852- B, II, CLT), deste modo, não sabendo o endereço correto o processo será arquivado. (§1º)
OBS: Exceção: quando o MPT (art.84, LC 75/93) ou a Fazenda Pública (art. 35 a 37, LC 73/93) forem partes, a notificação será feita PESSOAL por oficial de justiça.
OBS: SUMULA 16, TST: Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.
Lei 11.419/06
Art. 1
o
  O
 uso de meio eletrônico na tramitação de processos judiciais, comunicação de atos e transmissão de peças processuais será admitido nos termos desta Lei.
Art. 2
o
  O
 envio de petições, de recursos e a prática de atos processuais em geral por meio eletrônico serão  admitidos mediante uso de assinatura eletrônica, na forma do art. 1
o
 desta Lei, sendo obrigatório o credenciamento prévio no Poder Judiciário, conforme disciplinado pelos órgãos respectivos.
Art. 3
o Consideram
-se realizados os atos processuais por meio eletrônico no dia e hora do seu envio ao sistema do Poder Judiciário, do que deverá ser fornecido protocolo eletrônico.
Art. 4
o Os
 tribunais poderão criar Diário da Justiça eletrônico, disponibilizado em sítio da rede mundial de computadores, para publicação de atos judiciais e administrativos próprios e dos órgãos a eles subordinados, bem como comunicações em geral.
Art. 5
o As
 intimações serão feitas por meio eletrônico em portal próprio aos que se cadastrarem na forma do art. 2o desta Lei, dispensando-se a publicação no órgão oficial, inclusive eletrônico.
§ 1
o Considerar
-se-á realizada a intimação no dia em que o intimando efetivar a consulta eletrônica ao teor da intimação, certificando-se nos autos a sua realização.
Art. 6
o Observadas
 as formas e as cautelas do art. 5o desta Lei, as citações, inclusive da Fazenda Pública, excetuadas as dos Direitos Processuais Criminal e Infracional, poderão ser feitas por meio eletrônico, desde que a íntegra dos autos seja acessível ao citando.OBS: Fazenda Pública não se aplica a contestação em dobro e sim, será analisado o lapso temporal entre a notificação e a audiência. Ou seja, em regra será de 5 dias, sendo que para a FP será de 20 dias. Decreto-Lei 779/61
1.4 Ato processual por Fac-símile: Fax. Se tiver que praticar ato processual
com prazo, você pode dentro do prazo processual do ato fazê-lo por fax. 
Depois, deverá enviar os originais no prazo de 5 dias. Inicio do prazo: contados do final do prazo, com a contagem a partir do dia seguinte não importando se cair em sábado ou feriado. Fim do prazo: sempre em dia útil.
SUMULA 387, TST: 
I - A Lei nº 9.800, de 26.05.1999, é aplicável somente a recursos interpostos após o início de sua vigência. (ex-OJ nº 194 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
II - A contagem do quinquidio para apresentação dos originais de recurso interposto por intermédio de fac-símile começa a fluir do dia subsequente ao término do prazo recursal, nos termos do art. 2º da Lei nº 9.800, de 26.05.1999, e não do dia seguinte à interposição do recurso, se esta se deu antes do termo final do prazo. (ex-OJ nº 337 da SBDI-1 - primeira parte - DJ 04.05.2004) 
III - Não se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de notificação, pois a parte, ao interpor o recurso, já tem ciência de seu ônus processual, não se aplica a regra do art. 224 do CPC de 2015 (art. 184 do CPC de 1973) quanto ao "dies a quo", podendo coincidir com sábado, domingo ou feriado. (ex-OJ nº 337 da SBDI-1 - "in fine" - DJ 04.05.2004) 
IV – A autorização para utilização do fac-símile, constante do art. 1º da Lei n.º 9.800, de 26.05.1999, somente alcança as hipóteses em que o documento é dirigido diretamente ao órgão jurisdicional, não se aplicando à transmissão ocorrida entre particulares.
2 TERMO PROCESSUAL
2.1) Conceito: transcrição do ato processual (“reduzir a termo”) p. ex. ata de audiência.
2.2) Requisitos: Artigos. 771 a 773 da CLT.
Art. 771 Os atos e termos processuais poderão ser escritos a tinta, datilografados ou a carimbo.
Art. 772 Os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partes interessadas, quando estas, por motivo justificado, não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de 2 (duas) testemunhas, sempre que não houver procurador legalmente constituído.
Art. 773 Os termos relativos ao movimento dos processos constarão de simples notas, datadas e rubricadas pelos secretários ou escrivães.
3 PRAZO PROCESSUAL
3.1 Conceito: lapso temporal estabelecido em lei, pelas partes ou pelo juiz, onde deverá se fazer ou deixar de fazer algo, dentro do processo.
OBS: a contagem de prazo deverá ser somente em dias-uteis a partir do dia 11 de novembro, devido a reforma.
O início do prazo é no recebimento da notificação e a contagem do prazo no dia seguinte.
Art. 774 - Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal. 
ATENÇÃO! LER A REFORMA. ART. 775
3.2 Classificação:
ORIGEM:
Legal – previsto em lei. Ex: prazo recursal.
Judicial – fixado pelo Juiz.
Convencionado – conveniência das partes.
OBS: Quando a lei ou juiz não determinarem os prazos as intimações obrigam o comparecimento após 48 horas, e o prazo de 5 dias ara a prática processual a cargo da parte.
“CPC: Art. 218.  Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
§ 1o Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.
§ 2o Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas.
§ 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
§ 4o Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.”
DESTINATÁRIOS:
Próprios – são as partes.
Impróprios – Juiz e serventuários da Justiça.
“CPC: Art. 180.  O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o.”
NATUREZA:
Peremptórios – não podem ser modificados (Regra).
Dilatórios – modificado/alterado pela concordância das partes.
3.3) Contagem
“IN 39/2015: Art. 2° Sem prejuízo de outros, não se aplicam ao Processo do Trabalho, em razão de inexistência de omissão ou por incompatibilidade, os seguintes preceitos do Código de Processo Civil:
III - art. 219 (contagem de prazos em dias úteis);”
“CPC: Art. 219.  Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.”
Início do Prazo – momento em que o interessado toma conhecimento do ato praticado. O início coincide com o recebimento da notificação ou publicação.
“Art. 774 - Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal.
 Parágrafo único - Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem.”
Início da Contagem do Prazo – se dá no dia útil subsequente ao início do prazo (exclui-se o dia do começo e inclui-se o dia do vencimento).
“Art. 775 - Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada.
Parágrafo único - Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte.”
“Súmula 262/TST: I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. (ex-Súmula nº 262 - Res. 10/1986, DJ 31.10.1986)”
3.4) INTERRUPÇÃO X SUSPENSÃO
INTERRUPÇÃO – Devolve o prazo anterior. Ex: Embargos de Declaração.
“Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. 
  § 3o Os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a sua assinatura.”
SUSPENSÃO – o prazo volta a correr de onde parou, contando-se do 1° dia útil subsequente ao término do recesso.
“Súmula 262/TST: II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais. (ex-OJ nº 209 da SBDI-1 -inserida em 08.11.2000)”
Unidade IV – NULIDADES PROCESSUAIS
1) Conceito – é a penalidade aplicada quando se deixa de observar a regra estabelecida em lei para a prática de determinado ato processual.
Princípio da Instrumentalidade das formas – dispensa o excesso de formalismo; + economia processual + celeridade.
2) Tipos de atos
	NULO – não se convalida, é completamente viciado. Pode ser decretado de ofício pelo magistrado. Ex: incompetência absoluta.
	ANULÁVEL – Pode ser convalidado se não for questionado, depende sempre de provocação do interessado. Ex: incompetência relativa
	INEXISTENTE – o ato sequer chega a existir, em face de uma ciscunstância que impede o seu surgimento. Ex: sentença sem dispositivo legal; recurso apócrafo.
3) Princípios
Instrumentalidade das formas – mesmo não observando a forma, mas se o ato atinge a sua finalidade será validado. Salvo se lei prescrever forma e cominar nulidade.
“CPC: Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.”
Prejuízo/Transcendência – o ato não será nulo se não houver prejuízo processual aos litigantes. Ex: reclamado é notificado por edital e comparece em audiência para apresentar sua defesa.
“Art. 277.  Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.”
Convalidação – a parte deve alegar a nulidade do ato na primeira oportunidade que tiver para se manifestar nos autos, sob pena de preclusão. São para os atos anuláveis (nulidade relativa).
“Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
 § 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios.” PS: “foro” = incompetência em razão da matéria e pessoa, que não pode ser declarada de ofício (atecnia do legislador)
Economia Processual – anula-se apenas os atos que não puderem ser aproveitados (ao declará-la o juiz tem que pronunciar os atos a eu ela se estende).
“Art. 796 - A nulidade não será pronunciada:
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato;
b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa.”
“Art. 797 - O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.”
Interesse – a parte que deu causa à nulidade não pode arguí-la em seu favor.
“Art. 796 - A nulidade não será pronunciada:
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato;
b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa.”
Utilidade – a nulidade prejudica apenas os atos decorrentes dela (aproveitamento dos atos processuais). Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada.
Unidade V – PARTES E PROCURADORES
1) Sujeitos da Relação Processual
Sujeitos X Partes
SUJEITOS – todos que participam de forma direta ou indireta na relação processual.
PARTES – estão diretamente relacionadas com o litígio. OBS: terceiro juridicamente interessado também é parte.
2) Litisconsórcio 
2.1) Conceito – pluralidade de partes no polo passivo e/ou ativo da relação jurídico-processual.
2.2) Tipos
QUANTO ÀS PARTES:
ATIVO – diversos autores litigando em face de um único demandado.
Ex: Reclamatória plúrima ou dissídio individual plúrimo – vários empregados litigando em face de um mesmo empregador (mesmo empregador e identidade de matéria).
PASSIVO – um único autor litigando em face de vários réus.
Ex: contrato de empreitada (não se aplica ao contrato de empreitada de construção civil), terceirização (responsabilidade subsidiária) e grupo econômico (responsabilidade solidária).
QUANTO À APLICABILIDADE DA DECISÃO
SIMPLES – a decisão não será necessariamente uniforme para todos os litisconsortes, existindo a possibilidade de decisões divergentes em relação a cada um destes.
UNITÁRIO – quando a decisão da causa for obrigatoriamente uniforme para todos os litisconsortes.
QUANTO À OBRIGATORIEDADE DE COMPOSIÇÃO DO LITÍGIO
FACULTATIVO – (regra geral) a reunião das partes se faz por opção destas, e não por ato imperativo da lei.
NECESSÁRIO – quando for essencial a presença de todos os litisconsortes para a prestação da tutela jurisdicional pelo Estado. Ou seja, esta somente será considerada válida se estiverem presentes todos os litisconsortes envolvidos na causa.
	OBS: o litisconsórcio ativo sempre é facultativo, pois ninguém é obrigado a ajuizar uma ação, e o passivo pode ser facultativo ou necessário.
“Súmula nº 406 do TST: AÇÃO RESCISÓRIA. LITISCONSÓRCIO. NECESSÁRIO NO PÓLO PASSIVO E FACULTATIVO NO ATIVO. INEXISTENTE QUANTO AOS SUBSTITUÍDOS PELO SINDICATO (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 82 e 110 da SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005
I - O litisconsórcio, na ação rescisória, é necessário em relação ao pólo passivo da demanda, porque supõe uma comunidade de direitos ou de obrigações que não admite solução díspar para os litisconsortes, em face da indivisibilidade do objeto. Já em relação ao pólo ativo, o litisconsórcio é facultativo, uma vez que a aglutinação de autores se faz por conveniência e não pela necessidade decorrente da natureza do litígio, pois não se pode condicionar o exercício do direito individual de um dos litigantes no processo originário à anuência dos demais para retomar a lide. (ex-OJ nº 82 da SBDI-2 - inserida em 13.03.2002)
II - O Sindicato, substituto processual e autor da reclamação trabalhista, em cujos autos fora proferida a decisão rescindenda, possui legitimidade para figurar como réu na ação rescisória, sendo descabida a exigência de citação de todos os empregados substituídos, porquanto inexistente litisconsórcio passivo necessário. (ex-OJ nº 110 da SBDI-2 - DJ 29.04.2003)”
2.3) Aplicabilidade no DPT
3) Capacidade – aptidão da parte para praticar um ato.
3.1) De ser parte – todas as pessoas têm, desde que nasçam com vida (basta ter personalidade civil). É a possibilidade da pessoa (física ou jurídica) se apresentar em juízo como autor ou réu.
Até 16 anos é representado; entre 16 e 18 anos é assistido. E a emancipação não traz efeitos aqui, e sim tão somente para a esfera civil.
A CLT usa o termo “representação” por ser anterior à reforma de 2002.
“Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo.”
3.2) De estar em juízo/processual – 
“CPC: Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.”
4) Jus Postulandi - possibilidade da parte poder litigar em juízo sem advogado.
“Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.”
Em 2009 o TST estabeleceu a restrição por meio de Súmula que tem que levar em consideração o valor da causa, sendo que, por enquanto, não é obrigatório advogado até o Segundo Grau (TST).
“Súmula nº 425 do TST: JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. Res. 165/2010, DEJT divulgado em 30.04.2010 e 03 e 04.05.2010
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.”
5) Honorários Advocatícios
CONTRATUAIS – ajustados entre o advogado e seu cliente (máximo de 20% do valor da causa).
SUCUMBENCIAIS – nas relações de trabalho são devidos pela mera sucumbência, e nas relações de emprego são necessários dois requisitos: receber menos que 2 salários mínimos (ou se ganhar mais, que não tenha condições de bancar com o processo sem prejuízo do próprio sustento e de sua família) e ser assistido por Sindicato da categoria profissional.
Só é dado para o empregado reclamante. Agora é de 10% a 20%.
“Súmula nº 219 do TST: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.  CABIMENTO (alterada a redação do item I e acrescidos os itens IV a VI em decorrência do CPC de 2015) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (art.14,§1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305da SBDI-I). 
II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista. 
III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure
como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego. 
IV – Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90). 
V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical, excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º).
VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil.”
“Súmula nº 457 do TST: HONORÁRIOS PERICIAIS. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA. RESPONSABILIDADE DA UNIÃO PELO PAGAMENTO. RESOLUÇÃO Nº 66/2010 DO CSJT. OBSERVÂNCIA.  (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 387 da SBDI-1 com nova redação) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014
A União é responsável pelo pagamento dos honorários de perito quando a parte sucumbente no objeto da perícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita, observado o procedimento disposto nos arts. 1º, 2º e 5º da Resolução n.º 66/2010 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT.”
6) Assistência X Justiça Gratuita
	ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA – engloba honorários sucumbenciais, custas processuais, emolumentos e honorários periciais. É benefício exclusivo do empregado (observados os requisitos da Súmula 219/TST).
	JUSTIÇA GRATUITA – engloba somente custas processuais, emolumentos e honorários sucumbenciais. Pode ser requerida por empregado (não precisa de assistência sindical, basta alegar o outro requisito) ou empregador (precisa provar a impossibilidade de arcar com as despesas do processo – e não engloba o depósito recursal, pois este é uma garantia da execução) em qualquer instância. E pode ser de ofício.
“Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho.
 § 1o Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas.
 § 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família.”
“Súmula 481/STJ: Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.”
OBS: as CUSTAS PROCESSUAIS serão pagas ao final pelo vencido.
“Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e serão calculadas:  
§ 1o As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal. 
 § 2o Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das custas processuais.
 § 3o Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos litigantes.
 § 4o Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das custas, calculadas sobre o valor arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal.”
“Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça gratuita:  
I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica;
II – o Ministério Público do Trabalho. 
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte vencedora.”
“Súmula nº 25 do TST: CUSTAS PROCESSUAIS.  INVERSÃO DO ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA. (alterada a Súmula e incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 104 e 186 da SBDI-1) - Res. 197/2015 - DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015
I - A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obrigada, independentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença  originária, das quais ficara isenta a parte então vencida
II - No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, sem acréscimo ou atualização do valor das custas e se estas já foram devidamente recolhidas, descabe um novo pagamento pela parte vencida, ao recorrer. Deverá ao final, se sucumbente, reembolsar a quantia; (ex-OJ nº 186 da SBDI-I) 
III - Não caracteriza deserção a hipótese em que, acrescido o valor da condenação, não houve fixação ou cálculo do valor devido a título de custas e tampouco intimação da parte para o preparo do recurso, devendo ser as custas pagas ao final; (ex-OJ nº 104 da SBDI-I)
IV - O reembolso das custas à parte vencedora faz-se necessário mesmo na hipótese em que a parte vencida for pessoa isenta do seu pagamento, nos termos do art. 790-A, parágrafo único, da CLT.”
“Súmula nº 86 do TST: DESERÇÃO. MASSA FALIDA. EMPRESA EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 31 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
Não ocorre deserção de recurso da massa falida por falta de pagamento de custas ou de depósito do valor da condenação. Esse privilégio, todavia, não se aplica à empresa em liquidação extrajudicial. (primeira parte - ex-Súmula nº 86 - RA 69/78, DJ 26.09.1978; segunda parte - ex-OJ nº 31 da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994)”
OBS: os EMOLUMENTOS são as despesas com as certidões, cópias, entre outros, realizadas pelas partes. 
“Art. 789-B. Os emolumentos serão suportados pelo Requerente, nos valores fixados na seguinte tabela:”
“Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita.”
“Súmula nº 457 do TST: HONORÁRIOS PERICIAIS. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA. RESPONSABILIDADE DA UNIÃO PELO PAGAMENTO. RESOLUÇÃO Nº 66/2010 DO CSJT. OBSERVÂNCIA.  (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 387 da SBDI-1 com nova redação) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014
A União é responsável pelo pagamento dos honorários de perito quando a parte sucumbente no objeto da perícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita, observado o procedimento disposto nos arts. 1º, 2º e 5º da Resolução n.º 66/2010 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT.”
7) Representação Processual
7.1) Conceito – a parte ajuíza ação em nome alheio e na defesa de interesse alheio.
7.2) Tipos
	LEGAL – exigida por lei. Ex: menor de 18 anos.
“Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo.”
CONVENCIONAL – a parte pode optar pela forma de ser representada. Ex: o empregador pode
se fazer representar por sócio ou preposto que tenha conhecimento dos fatos.
O condomínio pode ser representado pelo síndico ou administrador judicial.
“Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.”
7.3) Hipóteses
Por pessoa física – empregado representado por pessoa física. Empregado menor de idade pode ser representado por seu representante legal (pai/mãe) ou tutor/curador. E se o empregado não puder comparecer à audiência, por motivo de doença ou qualquer outro motivo ponderoso, pode ser representado por colega de profissão ou sindicato (e este representante não pode confessar, transigir ou fazer acordo, a sua presença apenas impede o arquivamento, o julgamento sem análise do mérito, por isso não se considera de fato uma representação.
“Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.
§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.”
Por sindicato – na reclamatória plúrima com identidade de matéria (é na verdade uma substituição, pois o Sindicato ajuíza ação em nome próprio em defesa de um direito alheio, para evitar represálias contra o empregado); ou ações de cumprimento. O
O empregador também pode se fazer representar por Sindicato (+advogado, solicitador ou provisionado inscrito na OAB),. E também vale para os empregados.
“Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
 § 1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado.”
Por outro empregado – deve ser um colega de profissão. Não é uma representação judicial propriamente dita, é apenas para impedir o arquivamento do processo.
“Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.
 § 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.”
De pessoa jurídica – a pessoa jurídica pode ser representada por quem seu estatuto designar, se não o fizer, pode ser por quem os sócios estabelecerem.
Será feita pelo sócio ou preposto, que tenha conhecimento do fato + Súmula 377 + ser empregado (salvo empregador doméstico ou micro ou pequena empresa).
“Súmula nº 377 do TST: PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA CONDIÇÃO DE EMPREGADO (nova redação) - Res. 146/2008, DJ 28.04.2008, 02 e 05.05.2008
Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.”
“CPC: Art. 75.  Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por seus diretores;”
OBS: a carta de preposição pode ser juntada depois, nos casos de advogado que é empregado e opta por atuar como preposto. O que não pode é atuar conjuntamente como advogado e preposto.
Por advogado – é facultativa, levando-se em conta o jus postulandi (que é limitado). A representação se faz por procuração (salvo se for para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato urgente. Devendo exibir procuração no prazo de 15 dias, prorrogável por mais 15, sob pena dos atos praticados serem ineficazes):
AD JUDICIA – atuar no processo.
AD JUDICIA ET EXTRA – tem poderes mais amplos.
O momento para anexar a procuração é com a Petição Inicial ou Contestação.
Admite-se mandado (instrumento da procuração) tácito, no qual o advogado pratica uma série de atos em nome do litigante ou apenas comparece na audiência, mas sem procuração.
“Súmula nº 383 do TST: RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC DE 2015, ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 210/2016, DEJT divulgado em 30.06.2016 e 01 e 04.07.2016
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso.
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015).”
É possível pedir prazo para juntada de procuração na fase recursal.
Os representantes da Administração Pública, Autarquias e Fundações não precisam de mandado, basta o ato de nomeação ao cargo de procurador.
“Súmula nº 436 do TST: REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. PROCURADOR DA UNIÃO, ESTADOS, MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL, SUAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS. JUNTADA DE INSTRUMENTO DE MANDATO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 52 da SBDI-I e inserção do item II à redação) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
I - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato e de comprovação do ato de nomeação. 
II - Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao menos declare-se exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil.”
7.4) Substituição processual X Sucessão processual
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL - a parte ajuíza ação em nome próprio na defesa de interesse alheio.
Somente quando autorizado por lei. Na JT, normalmente, o substituto é o Sindicato, e este não precisa de lei que autorize, pois a sua atuação é presumida (direitos disponíveis, em regra), e quando atua tem direito aos honorários sucumbenciais.
“Súmula nº 219 do TST: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.  CABIMENTO (alterada a redação do item I e acrescidos os itens IV a VI em decorrência do CPC de 2015) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção
de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (art.14,§1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305da SBDI-I). 
II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista. 
III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego. 
IV – Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90). 
V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical, excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º).
VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil.”
SUCESSÃO PROCESSUAL – ocorre quando há alteração da titularidade do direito material discutido em juízo e uma pessoa sucede a outra assumindo esse direito. Pode ser inter vivos ou causa mortis. A sucessão da pessoa física se dá com sua morte, empregado e empregador são substituídos pelo espólio, representado pelo inventariante.
Com a morte do empregador pessoa física é comum os herdeiros não se habilitarem, nesses caos o reclamante pode requerer a habilitação.
A sucessão do empregador pessoa jurídica se dá com a transferência da titularidade do negócio (o novo titular assume todos os deveres), alteração subjetiva do contrato.
Unidade VI – DISSÍDIO INDIVIDUAL TRABALHISTA
1) Procedimento
1.1) Conceito – modo pelo qual os atos serão praticados na Justiça do Trabalho.
1.2) Tipos
Comum
SUMÁRIO
Não tem previsão na CLT, mas sim na Lei n. 5.584/70:
“Art 2º Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendo acôrdo, o Presidente, da Junta ou o Juiz, antes de passar à instrução da causa, fixar-lhe-á o valor para a determinação da alçada, se êste fôr indeterminado no pedido.
§ 3º Quando o valor fixado para a causa, na forma dêste artigo, não exceder de 2 (duas) vêzes o salário-mínimo vigente na sede do Juízo, será dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar da Ata a conclusão da Junta quanto à matéria de fato.
§ 4º - Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das sentenças proferidas nos dissídios da alçada a que se refere o parágrafo anterior, considerado, para esse fim, o valor do salário mínimo à data do ajuizamento da ação.”
É para causas de até 2 salários mínimos, contabilizados na data do ajuizamento da ação.
Até a Audiência utilizam-se os mesmos procedimentos do Ordinário, mas por ser de rápida tramitação, apenas os atos estritamente relevantes constam em Ata
Não permite duplo grau de jurisdição. Não cabendo Remessa Necessária, já que o valor de 2 salários mínimos não é causa de Remessa para a Fazenda Pública.
Das sentenças proferidas neste rito não cabe RO, apenas Re para o STF, em caso de violação constitucional.
“Súmula nº 303 do TST: FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016
I - Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na vigência da Constituição Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a: a) 1.000 (mil) salários mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; b) 500 (quinhentos) salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios
que constituam capitais dos Estados; c) 100 (cem) salários mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.
II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em:
a) súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente deresolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
III - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses dos incisos anteriores. (ex-OJ nº 71 da SBDI-1 - inserida em 03.06.1996) 
IV - Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário se, na relação processual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de matéria administrativa. (ex-OJs nºs 72 e 73 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 25.11.1996 e 03.06.1996).”
“Súmula nº 356 do TST: ALÇADA RECURSAL. VINCULAÇÃO AO SALÁRIO MÍNIMO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O art. 2º, § 4º, da Lei nº 5.584, de 26.06.1970, foi recepcionado pela CF/1988, sendo lícita a fixação do valor da alçada com base no salário mínimo.”
SUMARÍSSIMO 
Para causas acima de 2 salários mínimos até 40 salários mínimos.
É menos burocrático e mais célere. Prima pela oralidade e unicidade.
Não cabe contra Administração Pública Direta, Autarquias e Fundações, mas cabe para empresas estatais.
A petição inicial pode ser verbal ou escrita, e o pedido deve ser certo, determinado e indicar o seu valor.
Colocar o endereço errado gera o arquivamento, extinguindo sem resolução de mérito.
A regra é que deve ser julgada em até 15 dias, contados a partir do ajuizamento da ação.
Só cabe perícia se for extremamente essencial, entra como uma exceção, devido a celeridade do Rito.
Admite até 2 testemunhas para cada polo.
“Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.
 Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional.”
“Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 
  I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente;
  II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado;
 III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento. 
 § 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa.
 § 2º As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação.”
“Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular.”
“Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo

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