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1 TERMODINÂMICA E TRANSMISSÃO DE CALOR (I E II) 2 SUMÁRIO LISTA DE EQUAÇÕES LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS Parte I 1. TERMOMETRIA......................................................................................................13 1.1 EQUAÇÃO DE CONVERSÃO................................................................................13 1.2 EXERCÍCIOS EXEMPLO (9)..................................................................................14 2. CALORIMETRIA.....................................................................................................19 2.1 CALOR SENSÍVEL E LATENTE...........................................................................19 2.2 CÁLCULO DA QUANTIDADE DE CALOR SENSÍVEL (EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA CALORIMETRIA)...................................................................19 2.2.1 Caloria – calor específico sensível da água.........................................................20 2.2.2 Capacidade térmica (C).......................................................................................20 2.3 EXERCÍCIOS (3)......................................................................................................21 3. DILATAÇÃO TÉRMICA........................................................................................22 3.1 DILATAÇÃO TÉRMICA DOS SÓLIDOS..............................................................22 3.1.1 Dilatação linear – cálculo de ∆L............................................................................22 3.1.2 Dilatação superficial...............................................................................................23 3.1.3 Dilatação volumétrica.............................................................................................24 3.2 EXERCÍCIOS............................................................................................................24 4. TÓPICOS FUNDAMENTAIS DE TERMODINÂMICA......................................27 4.1. SISTEMA.................................................................................................................27 4.2. ESTADO E PROPRIEDADE..................................................................................27 4.2.1 Mudanças de estado..............................................................................................28 4.2.2 Estados físicos da matéria.......................................................................................28 4.3 NOMENCLATURA PARA AS MUDANÇAS DE ESTADO OU DE FASE...............................................................................................................................28 4.3.1 Mudança de estado...............................................................................................29 4.3.2 Calor latente..........................................................................................................30 4.4 LEIS GERAIS DA MUDANÇA DE ESTADO........................................................30 4.5 EXERCÍCIOS EXEMPLO........................................................................................30 4.6 CURVAS DE AQUECIMENTO E DE RESFRIAMENTO.....................................32 4.7 TRANSFORMAÇÃO E PROCESSOS.....................................................................36 5. CONSERVAÇÃO DA ENERGIA...........................................................................38 5.1. BALANÇO ENERGÉTICO.....................................................................................39 5.2 EXERCÍCIOS EXEMPLOS......................................................................................40 5.3. EQUIVALÊNCIA EM ÁGUA.................................................................................40 5.4 EXERCÍCIO..............................................................................................................41 5.5 CALOR......................................................................................................................41 5.6. TRABALHO (W).....................................................................................................41 5.6.1. Trabalho devido ao movimento da fronteira....................................................42 3 5.6.2. Trabalho produzido pela força de pressão........................................................43 5.6.3. Trabalho de um eixo............................................................................................43 5.7. ENERGIA DO FLUIDO QUE ATRAVESSA A FRONTEIRA.............................43 5.7.1. Energia cinética...... ............................................................................................44 5.7.2 Energia potencial de posição...............................................................................44 5.8. EQUAÇÃO GERAL DA TERMODINÂMICA......................................................44 5.8.1. Sistema fechado...................................................................................................45 5.8.1.1. Transformação acíclica......................................................................................45 5.8.1.2. Transformação cíclica........................................................................................45 5.8.2. Aplicação do primeiro princípio........................................................................46 5.8.2.1. Sistema aberto em regime permanente...............................................................46 5.9. TRABALHO E DIAGRAMA P-V...........................................................................47 5.10. CALOR E DIAGRAMA T-s..................................................................................48 5.11. CALORES ESPECÍFICOS....................................................................................49 6. GASES PERFEITOS................................................................................................50 6.1 VARIÁVEIS DE ESTADO DE UM GÁS................................................................51 6.1.1 Volume (V)............................................................................................................51 6.1.2 Pressão (P).............................................................................................................51 6.1.3 Temperatura (T)...................................................................................................51 6.1.4 Modelo de um gás ideal........................................................................................51 6.2 EQUAÇÕES DE ESTADO.......................................................................................52 6.2.1 Equação de Clapeyron.........................................................................................52 6.2.2 Exercícios...............................................................................................................53 6.3. PRINCIPAIS PROCESSOS REALIZADOS COM GASES PERFEITOS.............56 6.3.1. Processo isocórico (V = cte).................................................................................56 6.3.2. Processo isobárico (P = cte).................................................................................57 6.3.3. Processo isoentrópico (s = cte) ...........................................................................58 6.4 LEIS FÍSICAS DOS GASES....................................................................................59 6.4.1 Lei de Avogadro....................................................................................................63 6.5 EXERCÍCIOS............................................................................................................637. TERMODINÂMICA.................................................................................................66 7.1 TRABALHO DE UM SISTEMA EM UMA TRANSFORMAÇÃO QUALQUER . 66 7.2 EXERCÍCIOS............................................................................................................69 7.3 ENERGIA INTERNA...............................................................................................72 7.4 PRIMEIRO PRINCÍPIO DA TERMODINÂMICA................................................. . 73 7.5 TRANSFORMAÇÕES ADIABÁTICAS..................................................................75 7.6 EXERCÍCIOS............................................................................................................77 8. MÁQUINAS TÉRMICAS........................................................................................80 8.1 EXERCÍCIOS (3)......................................................................................................83 8.2. SEGUNDO PRINCÍPIO DA TERMODINÂMICA................................................85 8.2.1. Enunciado Planck-Kelvin...................................................................................86 8.2.2. Enunciado de Clausius........................................................................................88 8.2.3. Equivalência de enunciados................................................................................91 8.2.4 A desigualdade de Clausius.................................................................................91 8.2.5 EXERCÍCIOS.......................................................................................................91 4 9. MÁQUINAS TÉRMICAS E SEUS CICLOS TERMODINÂMICOS..................93 9.1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE CICLOS DE POTÊNCIA................................93 9.1.1. Introdução aos motores alternativos.......................................................95 9.1.1.1 Exercícios.................................................................................................... 9.1.2. Classificação dos motores alternativos quanto à ignição........................................................................................................................ . 97 9.1.2.1. Classificação dos motores alternativos quanto ao número de tempos do ciclo de operação...........................................................................................................................98 9.1.2.3. Principais diferenças entre os motores de ignição por faísca e espontânea.....................................................................................................................100 9.1.3. Introdução aos motores rotativos.....................................................................100 9.1.3.1. Turbinas a gás...................................................................................................101 9.1.3.1.1 Turbinas a gás executando um ciclo Brayton com regeneração.....................104 9.1.3.1.2 Exercícios........108 9.1.3.1.3 Turbinas a gás executando um ciclo Brayton com reaquecimento................ . 107 9.1.3.2. Motor Wankel...................................................................................................108 9.1.4. Introdução aos motores a jato e foguetes........................................................108 9.1.5 HISTÓRICO.........................................................................................................109 9.1.6 APLICAÇÕES......................................................................................................109 9.2. UMA ÊNFASE NOS MOTORES A COMBUSTÃO INTERNA 9.2.1 Introdução 9.2.1.1 Ciclo Otto MIF 9.2.1.2 Ciclo Diesel MIE 9.2.1.3 Ciclo misto de Sabathé 9.2.1.4 Ciclo Brayton – Representativo do ciclo simples para turbinas a gás 9.2.2 Tipos de motores 9.2.3 Sobre os ciclos termodinâmicos Otto e Diesel utilizados nos motores a combustão interna 9.2.3.1 Diagramas de variação da pressão de um motor 4 tempos (4T) de ignição por faísca (Otto) 9.2.3.2 Diagramas de variação da pressão de um motor 4 tempos (4T) de ignição espontânea (Diesel) 9.2.3.3. Exercício 9.2.4 Propriedades e curvas características do motor 9.2.4.1 Momento de força, conjugado no eixo ou torque (T) 9.2.4.2 Freio dinamométrico ou dinamômetro 9.2.4.2.1 Freio de Prony 9.2.4.2.2 Dinamômetro hidráulico 9.2.4.2.3 Dinamômetros elétricos 9.2.4.2.3.1 Dinamômetro de correntes parasitas 9.2.4.2.3.2 Dinamômetro de corrente contínua 9.2.4.3 Propriedades do motor 9.2.4.3.1 Potência efetiva (Ne) 9.2.4.3.2 Potência de atrito (Na) 9.2.4.3.3 Potência de atrito (Ni) 9.2.4.3.4 Relacionamento entre as potências 5 9.2.4.3.5 Relação combustível/ar (F) 9.2.4.3.6 Consumo de ar ( )amɺ e rendimento volumétrico ( )Vη 9.2.4.3.7 Controle ou variação da potência do motor 9.2.4.3.8 Consumo específico 9.2.4.3.9 Relações envolvendo pressão média 9.2.4.4 Determinação da potência de atrito 9.2.4.4.1 Acionando um motor de combustão desligado por meio de um motor elétrico 9.2.4.4.2 Teste de Morse 9.2.4.4.3 Reta de Willan 9.2.4.5 Curvas características dos motores 9.2.4.6 Redução da potência do motor a condições atmosféricas 9.2.4.7 Previsão do comportamento de um motor instalado em um dado veículo, relacionamento motor/veículo 9.2.5. A combustão nos motores alternativos 9.2.5.1. A combustão nos motores de ignição por faísca 9.2.5.1.1 Combustão normal 9.2.5.1.2 Detonação no motor de ignição por faísca 9.2.5.1.3. Fatores que influem na detonação do motor Otto 9.2.5.2 Câmaras de combustão (CC) 9.2.5.3 A combustão nos motores Diesel 9.2.5.4 Fatores que influenciam na detonação no Diesel 9.2.5.5 Tipos básicos de câmaras de combustão para motores ciclo Diesel 9.2.5.5.1 Câmara de injeção direta (ou aberta) 9.2.5.5.2 Câmara de injeção indireta (ou divididas) 9.2.5.5.2.1 Câmara turbulenta 9.2.5.5.2.2 Câmara de pré-combustão 9.2.5.5.3 Comparação entre as câmaras divididas e abertas 9.2.5.6 Exercícios 9.2.6 Formação da mistura combustível/ar nos motores Otto 9.2.6.1 Introdução 9.2.6.2 Fração relativa combustível/ar (FR) 9.3 CICLO TERMODINÂMICO DE CARNOT 9.3.1 Temperatura termodinâmica absoluta 9.3.2 Determinação do zero absoluto 9.3.3. Desigualdade de Clausius 9.3.4 Entropia como propriedade de estado 9.3.5. Variação de entropia em um processo irreversível 9.3.6 Exercícios 9.4 CICLO TERMODINÂMICO DE RANKINE 9.4.1. Ciclo ideal de Rankine 9.4.2. Rendimento do ciclo Rankine 9.4.3. Fatores que influem no rendimento de um ciclo Rankine 9.4.3.1. Utilização do vapor superaquecido 9.4.3.2. Elevação da pressão do vapor 9.4.3.3. Reaquecimento do vapor 9.4.3.4. Preaquecimento da água 9.4.3.5. Redução da temperatura de condensação 6 9.4.4 Exercícios Parte II 1. INTRODUÇÃO A TRANSMISSÃO DE CALOR 2. MODOS DE TROCA DE CALOR 2.1. CONDUÇÃO 2.1.1. Exercícios básicos de condução 2.1.2 Equação da condução de calor (ou equação da difusão de calor) 2.1.2.1 Exercícios 2.2 CONVECÇÃO 2.2.1 Regimes de escoamento 2.2.1.1 Regime laminar 2.2.1.2 Regime turbulento 2.2.1.3 Camada limite 2.2.2 Escoamento em regime permanente 2.2.3 Exercícios 2.3 RADIAÇÃO 2.3.1 Exercícios 3. ANALOGIAS ELÉTRICAS 3.1 RESISTÊNCIA TÉRMICA 3.1.1 Raio crítico de isolamento 3.1.1.1 Exercícios 3.1.2 Analogia elétrica 3.2 EXERCÍCIOS 4. SUPERFÍCIES ESTENDIDAS - ALETAS 4.1 INTRODUÇÃO 4.2 ESTUDO DE UMA ALETA LONGITUDINAL 4.2.1 Hipóteses e definições adotadas para uma aleta longitudinal 4.2.2 Fluxo de calor transferido por uma aleta longitudinal 4.2.3 Aleta ideal 4.2.4 Rendimento da aleta 4.2.5 Resistência térmica de uma superfície aletada 4.3 ALETA TRANSVERSAL CIRCULAR 4.3.1 Aleta longitudinal equivalente 4.3.2 Rendimento da aleta transversal 4.3.3 Resistência térmica dasuperfície com aletas transversais 4.4 UTILIZAÇÃO EFICIENTE DE TUBOS ALETADOS 4.4.1 Resultados experimentais com aletas 4.4.2 Regras práticas para uma boa eficiência 4.5 GUIA PRÁTICO PARA RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS 4.6 EXERCÍCIOS 5. PARÂMETROS CONCENTRADOS 5.1 REGIME TRANSIENTE 5.1.1 Método de capacitância global 5.1.2 Cartas de comparação 6. GERAÇÃO INTERNA DE ENERGIA, qG. 10. DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DO COEFICIENTE DE CONVECÇÃO 7 10.1. INTRODUÇÃO 10.2 TEOREMA π 10.3 FÓRMULAS EXPERIMENTAIS PARA O CÁLCULO DO COEFICIENTE DE CONVECÇÃO 10.3.1 Aquecimento ou resfriamento de fluidos em tubos longos e regime turbulento 10.3.2 Aquecimento e resfriamento de líquidos em regime laminar 10.3.3 Escoamento de metais líquidos, dentro de tubos em regime turbulento 10.3.4 Aquecimento ou resfriamento de uma superfície esférica 10.3.5 Escoamento turbulento sobre uma superfície plana 10.3.6 Escoamento de um fluido perpendicular a um tubo 10.4 CONVECÇÃO E O USO DE SEUS ADIMENSIONAIS 10.5 DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR QUANDO ESCOAMENTO EM CONVECÇÃO NATURAL 10.6 EXERCÍCIOS SOBRE COEFICIENTE DE CONVECÇÃO 10.6.1 Exercícios de convecção natural 15. CONVECÇÃO 15.1 PROPRIEDADES FÍSICAS 15.2 TIPOS DE ESCOAMENTO 15.2.1 REGIMES DE ESCOAMENTO 15.3 DÚVIDAS MAIS COMUNS 15.4 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 16. ANÁLISE DIMENSIONAL 16.1 PLANEJAMENTO DE EXPERIMENTOS 16.2 PARÂMETROS ADIMENSIONAIS 18. ESCOAMENTOS EXTERNOS NÃO SUBMERSOS 18.1 EQUAÇÕES 18.1.1 Continuidade 18.1.2 Momentum 18.1.3 Energia 18.2 EXERCÍCIOS 19. ESCOAMENTOS EXTERNOS SUBMERSOS 19.1 INTRODUÇÃO E SITUAÇÃO FÍSICA DE INTERESSE 19.2 ESCOAMENTOS SOBRE CORPOS SUBMERSOS 19.3 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 19.4 RESULTADOS PARA FEIXES DE TUBOS 20. CONVECÇÃO – ESCOAMENTOS INTERNOS. 20.1 OBJETIVOS 20.2 INTRODUÇÃO E SITUAÇÕES FÍSICAS DE INTERESSE 20.3 CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS 20.3.1 Escoamento hidrodinâmico 20.3.2 Camada-limite térmica 20.4 BALANÇO DE ENERGIA 20.4.1 Fluxo constante na parede do duto 20.4.2 Temperatura superficial constante 8 20.5 COEFICIENTES DE TROCA DE CALOR POR CONVECÇÃO 20.5.1 Regime turbulento 20.6 DÚVIDAS MAIS COMUNS 20.7 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS CAP. 22 – TROCADORES DE CALOR – FUNDAMENTOS 22.1 OBJETIVOS 22.2 CLASSIFICAÇÃO DOS TROCADORES DE CALOR 22.3 QUANTO A FORMA DE TROCA DE CALOR E EQUAÇÕES 22.4 OS MÉTODOS DE EFETIVIDADE E DE UNIDADES DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR (NUT) 22.5 EXERCÍCIOS 9 LISTA DE EQUAÇÕES Parte I 32 5 9 C F° ° − = (Eq. 1.1) Q = m.c.∆T (Eq. 2.1) P V c c υ = (Eq. 2.2) ∆L = L1 .α . ∆T (Eq. 3.1) Q = m.L (Eq. 4.1) 1 e(T T ) . . . . dTq k A k A dx L − = − = − (Eq. 5.1) Equação da Temperatura de emenda de duas barras (R.P.): 1 1 2 2 1 2 1 2 1 2 .T .T e k k dx dxT k k dx dx + = + ...Exercício 5.6.3 Equação da Condutividade de uma barra emendada (R.P.): 1 2 1 2 1 2 dx dxk dx dx k k + = + ...Exercício 5.6.3 FP A = (Eq. 5.1) . . .PV n R T= (Eq. 5.2) m n M = (Eq. 5.3) 1 1 2 2 1 2 . . P V P V T T = (Eq. 5.4) . . .R R A A B B R A B P V P V P V T T T = + (Eq. 5.5) 10 W1-2 = P.dV (Eq. 6.1) Ecinética da translação de moléculas = 3 3 . . . . . 2 2 n R T PV= (Eq. 6.2) LEI DE JOULE: Q = I2.R.t (Eq. 6.3) (I = corrente, R = resistência e t = tempo) Quando a corrente não for constante em relação ao tempo: 2 1 2 . t t Q R i dt= ∫ Pelét = V.I = R.I2 (Eq 6.4) 2 . 3. M vT R = (Eq. 6.5) ∆U = Q – W (Eq. 6.6) A W Qη = (Eq. 8.1) 1A B B A A Q Q Q Q Qη − = = − (Eq. 8.2) 1 FF FQ T T η = − (Eq. 8.3) Parte II Ee – Es = Uf - Ui = ∆U (Eq. 1.1) . .e e e e G s s s sQ W m e q Q W m e U+ + + − − − = ∆ (Eq. 1.2) . . corpo dTU m c calor sensível dt ∆ = (Eq. 1.3) . corpo LU m c calor latente∆ = (Eq. 1.4) .corpo hU m dt ∆∆ = (Eq. 1.5) . .k dTq k A dx = (Eq. 2.1) . k LR A k = (Eq. 2.2) k k Tq R ∆ = (Eq. 2.3) 11 int ln 2. . . ext k r r R L kpi = (Eq. 2.4) int int4. . . . ext k ext r rR k r rpi − = (Eq. 2.5) 2 2 2 2 2 2 1 . gqT T T T x y z k tα ∂ ∂ ∂ ∂ + + + = ∂ ∂ ∂ ∂ (Eq. 2.6) 2 2 2 2 2 1 1 1 . . . . . gqT T T T r r r r r z k tφ α ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ + + + = ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ (Eq. 2.7) 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 . . . . . . . . . . gqT T T T r sen r r r r sen r sen k t θ θ θ θ θ φ α ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ + + + = ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ (Eq. 2.8) . . . .( )C s s sq h A T h A T T∞= ∆ = − (Eq. 2.9) . . q U A T= ∆ (Eq. 2.10) . .Re v Dρ µ = (Eq. 2.11) 1 . C C R h A = (Eq. 2.12) 4 . .Rq ATσ= (Eq. 2.13) 4 4 1 1 1 2. . .( )Rq A T Tε σ= − (Eq. 2.14) cilindro isolamento crítico k r h ∞ = (Eq. 3.1) 2. esfera isolamento crítico k r h ∞ = (Eq. 3.2) TQ R −∆ = Σ (Eq. 3.3) 1 2 Tq R R −∆ = + 1 1 1 1 . R h A = 2 2 2 1 . R h A = (Eq. 4.1) 2.( . . ) 2.( ).LatdA L dx e dx L e dx= + = + (Eq. 4.2) 12 ( )x x FT T T∆ = − (Eq. 4.3) ( )x xdT d T dx dx ∆ = (Eq. 4.4) . . xdQ h Pdx T= ∆ ou . . x dQ h P T dx = ∆ (Eq. 4.5) 2 2. . x d TdQ k A dx dx = (Eq. 4.6) 2 2 2 . 0 x x d T m T dx ∆ − ∆ = (Eq. 4.7) 1 2. . x xm m xT C e C e −∆ = + (Eq. 4.8) 11 21 F m Tp TC e − = + e 12 21 F m Tp TC e− − = + (Eq. 4.9) .( ) ( )mmx F mml p F T T e l x e l x T T e e − − − − + − = − + (Eq. 4.10) . . .( ). tanh( )p Fq m k A T T ml= − (Eq. 4.11) . . .( ). tanh( )a p FQ m k A T T ml= − (Eq. 4.12) Qi = h.Alateral.(Tb – TF) (Eq. 4.13) Qi = h.(Pst.l).(Tb – TF) (Eq. 4.14) tanh( . ) . m l m l η = (Eq. 4.15) QT = N.Qa + Qsa (Eq. 4.16) Qsa = h.Asa.(Tb - )T∞ (Eq. 4.17) . . .( . ).( )aa a i a a b F i Q Q Q h P l T TQη η η= ∴ = = − (Eq. 4.18) sa 1 .[ . .( . ) A ]s a st R h N P lη = + (Eq. 4.19) Qi = h.π. ( )2 23 2r r− .(Tb – TF) (Eq. 4.20) 3 2 3 2 ln ml D Dd D D − = (Eq. 4.21) 13 Qi = h.(2.π.dml).l.(Tb– TF) (Eq. 4.22) m = . . st st h P k A (Eq. 4.23) ( . )dH d U PV= + (Eq. 5.1) . . .PQ c V TρΣ = ∆ (Eq. 5.2) qC = h.As.(Ts - T∞ ).dt (Eq. 5.3) qG + Qe + We + me.ee - Qs + Ws + ms.es = ∆U (Eq. 5.4) - h.As.(T - T ∞ ).dt = . . .Pc V Tρ ∆ (Eq. 5.5) . . . . s s P h A tdT T T c Vρ ∞ = − − (Eq. 5.6) . . .exp . . s P h A tT C T T c Vρ ∞ ∆ = − − (Eq. 5.7) . . . . ( . ). .exp . . s P h A t c V Bi Fos o P h A tT T e e T T c V ρ ρ − −∞ ∞ − = − = = − (Eq. 5.8) q = . . .P T c V dt ρ ∆ (Eq. 5.9) . . . .( ).(1 )Bi FoP oQ c V T T eρ −∞= − − (Eq. 5.10) VLc A = (Eq. 5.11) .h LcBi k = (Eq. 5.12) 2 .tFo Lc α = (Eq. 5.13) α = . P k cρ (Eq. 5.14) . . . * 8. 8. . . P Pc V m ct h As h As ρ = = (Eq. 5.15) 14 2 2 1 . T T x tα ∂ ∂ = ∂ ∂ (Eq. 5.16) .h DNu k = ∴ .Nu kh D = (Eq. 10.1) 1 0,8 30,023.Re .PrNu = (Eq. 10.2) 1 0,14 3 1,86. Re.Pr . . s DNu L µ µ = (Eq. 10.3) 0,40,625.(Re.Pr)Nu = (Eq. 10.4) 0,5 0,50,37 .ReNu = (Eq. 10.5) . .Re v Dρ µ ∞ ∞ ∞ = (Eq. 10.6) 1 0,830,36.Pr .ReNu = (Eq. 10.7) . .Re v Lρ µ ∞ ∞ ∞ = (Eq.10.8) . Pr p c k µυ α ∞ ∞ = = (Eq. 10.9) .h LNu k ∞ = (Eq. 10.10) 0,520,35 0,56.ReNu = + (Eq. 10.11) 0,52 0,3(0,35 0, 47.Re ).PrNu = + (Eq. 10.12) 15 LISTA DE SÍMBOLOS E UNIDADES A = área (A) c = calor específico (J/kg.K) J = Joule (N.m) m = massa (kg) M = massa molar (u.m.a) p = pressão (Pa) Q = calor (W ou J) s = entropia (kJ/kg.K) s = segundos (s) T = temperatura (K) V = volume (m3) V = volt (V) W = trabalho (W ou J) W = Watt (J/s) α = dilatação térmica (K-1) α = difusividade térmica (m2/s) 16 Termodinâmica e Transmissão de calor (I e II) Parte II Agora o assunto se desvia um pouco da termodinâmica (clássica) para se entender como o calor é tranferido. Portanto, a partir desta parte o foco muda para como o calor é trocado e seus modos de transferência. 1. INTRODUÇÃO A TRANSMISSÃO DE CALOR Conhecer o fluxo de calor (Q) é fundamental para a compreensão, especificação e melhorias em trocadores de calor, caldeiras, condensadores, ar-condicionados, cafeteiras, ferros de passar etc, o que por sua vez implica em custos também. O curso de transmissão de calor interessa, por exemplo, quando uma peça de material qualquer está sendo fundida, ou uma sala a ser condicionada ou um motor a ser refrigerado. Definindo calor (Q) como a energia trocada (explicada pelas teorias de Planck ou Maxwell) na presença de um gradiente de temperaturas ( ∇ T ou dT/dx), a termodinâmica clássica lida a maneira com que esta energia altera as propriedades (dependentes e independentes) de um sistema (os quais podem ser aberto, fechado ou isolado) no estado de equilíbrio. Em outras palavras, discute-se a troca de calor que acontece na presença de uma diferença de temperatura entre dois pontos. Em transmissão de calor se vê como estes dois pontos interagem. Em transmissão de calor se está mais interessado em taxas de troca de calor (watt = J/s) e não em trocas de energia (joule = N.m). A equação mais importante da termodinâmica é a Primeira lei da termodinâmica, sendo igual a: . .e e e e G s s s sQ W m e q Q W m e U+ + + − − − = ∆ .... (Eq. 1.1) Onde os índices e e s significam entrada e saída do sistema, respectivamente. O primeiro termo representa o calor que entra através da fronteira (Qe), o segundo é o trabalho que entra (We; entenda-o como trabalho de fronteira, de eixo ou elétrico), o terceiro é a energia quer seja cinética, potencial ou de pressão, contida em uma massa, m), qG = calor gerado pelo corpo devido à: reações químicas, por exemplo exotérmicas, endotérmicas, ou efeito Joule etc. ∆U é a variação de energia interna (U) sofrida pelo sistema, também podendo ser calculada como: . . corpo dTU m c calor sensível dt ∆ = .... (Eq. 1.2) [Está aquecendo ou resfriando] 17 . corpo E hU m calor latente dt ∆∆ = .... (Eq. 1.3) [Está mudando de fase (p.e.: líq→gás)] A primeira lei vale para uma “coisa” (objeto bem definido), ou seja, um volume, uma superfície (plano), uma linha ou um ponto. A 1ª lei também sugere, simplificadamente, que a energia (na forma de Q ou trabalho, W) não é criada e sim, transformada. Considerando um sistema fechado (m´ = 0) aplicada a um volume (V) constante, tem-se: ji i j dWdQ E dt dt Σ − Σ = ∆ .... (Eq. 1.1´) As duas grandezas (Q e W) estão aplicadas à razão d dt . Porém, esta formulação deve ser aplicada ao estado de equilíbrio do sistema termodinâmico. Os valores de variação temporal destas taxas, assim como sua dependência do tipo de meio e da superfície de absorção/ emissão de calor, não são aqui consideradas, só em transmissão de calor. Existem três modos de troca de calor: Condução, convecção e radiação (condução e radiação podem ocorrer isoladamente). Convecção já envolve condução de Q com transporte de massa. (na verdade não é fácil separá-las, mas é mais didático). Processos mais sofisticados, como ebulição e condensação, envolvem condução, transporte de massa e mudança de fase. 2. MODOS DE TROCA DE CALOR Recapitulando: 1) Uma das definições de calor seria considerá-lo como a energia em trânsito devido à diferença de temperatura entre um sistema e sua vizinhança, ou em partes diferentes de um mesmo sistema. 2) O calor pode ser transferido de três modos: Condução, convecção e radiação. Normalmente, os três modos ocorrem simultaneamente, mas é mais didático separá-los, como na figura 2.1: Os meios materiais podem ser classificados como: • Diatérmicos: São os meios pelos quais se permitem a passagem de ondas de calor através deles. Por exemplo o ar atmosférico. • Atérmicos: São os meios pelos quais não se permitem a passagem de ondas de calor através deles. Por exemplo parede de alvenaria, mas lembrando que não existe isolamento perfeito. 18 Figura 2.1: Modos, mecanismos e meios de transferência de calor. 2.1. CONDUÇÃO Condução de calor (qk) é o processo de troca de energia (de um sistema, ou partes do mesmo em diferentes temperaturas) que ocorre pela interação molecular, na qual moléculas de alto nível energético transferem energia, pelo impacto, às outras de menor nível, gerando uma onda térmica, cuja velocidade de propagação depende da natureza da matéria. É um processo pelo qual o calor flui de uma região de temperatura (T) maisalta para outra de T mais baixa, dentro de um meio (sólido, líquido ou gasoso) ou entre meios diferentes em contato físico direto. (por ex.: ar no capô do carro). A energia (Q) do corpo de T mais alta agita as moléculas do corpo de T mais baixa, fazendo com que a cinética média das moléculas deste último se eleve, 19 aumentando assim, sua energia interna específica (u). Processo que também é chamado de difusão do calor. Em metais este processo é acelerado devido aos elétrons livres. Quando excitados, afastam-se da face mais aquecida. Isto explica porque bons condutores elétricos são bons condutores térmicos. (Exceção é o diamante, que é um isolante elétrico, mas é melhor condutor térmico que a prata e o cobre). Para sólidos não metálicos, devido à inexistência dos elétrons livres, o mecanismo básico de condução de calor está associado às vibrações das estruturas eletrônicas. Gases e líquidos não têm elétron livres e só podem trocar energia pela interação molecular e eletrônica (daí não serem tão bons condutores de calor). Segundo a definição do cientista J.B.J. Fourier, 1882, a quantidade de calor transmitida por condução segue a seguinte lei: . .k dTq k A dx = .... (Eq. 2.1) Onde: k = condutividade térmica, A = área (perpendicular ao fluxo de calor), dT dx = gradiente de T na seção. Nesta formulação, toma-se como convenção a direção do aumento na coordenada x como fluxo positivo de Q. Para a correta aplicação da equação da condução reparar que há forte dependência da geometria. O estudo se inicia com três geometrias bem utilizadas, ditas: paredes planas, cilíndricas e esféricas. Repare no detalhe de paredes cilíndricas e esféricas, portanto não são maciças. ● Quando for parede plana (figura 2.2): . .k dTq k A dx = Utilizando a técnica de separação de variáveis: . . .kq dx k A dT= Integrando dos dois lados: 0 0 0 . . . . . . . . . FF FQ FF FQ FF FQ TL k T TL k T L T k T q dx k A dT q dx k A dT q x k A T = = = ∫ ∫ ∫ ∫ 20 .( 0) . .( )k FF FQq L k A T T− = − . . .kq L k A T= ∆ . .k Tq k A L ∆ = ...(Eq. 1´) Como visto, aplicando a fórmula de Fourier para parede plana em regime permanente, sem geração interna de calor (qg), resulta: . .k Tq k A L ∆ = − . Onde L é a espessura da parede, conforme visto na figura 2.2. Reposicionando os termos . L A k chama-se resistência térmica à condução ( )kR . .... ( . 1 2.2) .... ( . 1 2.3) . k k k L TR Eq q Eq A k R ∆ = ∴ = Estas formas de equações simplificam bastante os problemas de transmissão de calor, como será visto a partir da seção 13 deste trabalho. Em diversos casos, k se altera conforme a T (resolve-se por aproximação linear). Para alguns metais, k diminui com a T, ao passo que para gases e materiais isolantes ela aumenta com a T. A condutividade k varia com a anisotropia. Modos básicos de transmissão de calor por CONDUÇÃO: Equação de Fourier: . .k dTq k A dx = - Parede plana: Diagrama linear: 2 1T TdT T dx x L −∆ = = ∆ (a) (b) Figura 2.2: Representação da transmissão de calor através de paredes planas. Em (a) um tijolo por exemplo, cuja área perpendicular ao fluxo de calor possui seção quadrada ou em (b), com seção circular. A Resistência térmica de uma parede pode ser calculada por: . k LR k A = .... (Eq. 2.2) OBS 1: Para parede plana, regime permanente e sem geração de calor, o fluxo de calor pode ser calculado através da derivada da reta ∆T/∆x (vermelha), conforme a figura 2.3: 21 Figura 2.3: Parede plana, em regime permanente (R.P.) e sem qG. OBS 2: Pode-se ter associação de paredes planas. Estas serão tratadas como sendo em série e/ou paralelo, conforme subseção 3.1.2 deste trabalho. Da associação surge o conceito da resistência de contato (Rcont), a qual trata das imperfeições entre as superfícies. ● No caso da geometria ser cilíndrica, como a da figura 2.4, tem-se: Quando for parede cilíndrica: A transmissão se dá de forma radial, então o calor é perpendicular a área lateral conforme a equação: Acil = 2.π.r.L. Além disso, não depende mais de x e sim de r ao se substituir na equação da condução de Fourier. . .k dTq k A dr = Utilizando a técnica de separação de variáveis, resulta: . .2. .r.L. . .2. .r.L k k q dr k dT q dr dT k pi pi = = Integrando dos dois lados: . .2. .r.L . 2. . .L .ln 2. . .L ext FF int FQ ext FF int FQ ext FF int FQ r T k r T r T k r T r Tk r T q dr dT k q dr dT k r q r T k pi pi pi = = = ∫ ∫ ∫ ∫ ln . 2. . . ext int k r r q T k Lpi = ∆ 22 2. . . . ln k ext int k L Tq r r pi ∆ = ...(Eq. 1.1´) - Parede Cilíndrica (condução radial e unidimensional): (a) (b) Figura 2.4: A parede pode ser cilíndrica, conforme as representações acima. A Resistência térmica de um cilindro pode ser calculada por: int ln 2. . . ext k r r R L kpi = ....(Eq. 2.4) ● No caso da geometria ser esférica, como a da figura 2.5, tem-se: Quando for parede esférica: A transmissão se dá de forma radial, então o calor é perpendicular a área lateral da esfera conforme a equação: Aesf = 4.π.r2. Além disso, não depende mais de x e sim de r. . .k dTq k A dr = Utilizando a técnica de separação de variáveis, resulta: 2 2 . .4. .r . . .4. .r k k q dr k dT q dr dT k pi pi = = Integrando dos dois lados: 2 2 . .4. .r . 4. . r 1 . 4. . 1 1 . 4. . ext FF int FQ ext FF int FQ ext FF FQ int r T k r T r T k r T r Tk T r k ext int q dr dT k q dr dT k q T k r q T k r r pi pi pi pi = = − = − + = ∆ ∫ ∫ ∫ ∫ 23 . 4. . . k ext int int ext q r r T k r rpi − = ∆ 4. . . . . . 4. . . k ext int ext int k ext int ext int q r r k r rq T k r r r r pi pi − = = ∆ − ...(Eq. 1.2´) - Parede Esférica (condução radial): Figura 2.5: A parede pode ser esférica, conforme a representação acima. A Resistência térmica de uma esfera pode ser calculada por: int int4. . . . ext k ext r rR k r rpi − = ... . (Eq. 2.5) Onde, k = condutividade térmica do material A = área perpendicular ao fluxo de calor qk = fluxo de calor por condução dT dx = gradiente de temperatura na direção x. L = espessura da parede/comprimento do cilindro rext = raio externo rint = raio interno Rk = resistência térmica à condução. 2.1.1. Exercícios básicos de condução unidimensional 1. Deseja-se dissipar 1840 W por uma parede cujas dimensões não podem ser maiores do que 0,08 m2 e espessura de 0,1 m. A face da esquerda não pode ultrapassar 110°C e a da direita não pode cair abaixo de 40°C, determine a condutividade do material a ser utilizado. (R.: 32,86 W/m.K) 2. Uma parede retangular de um forno industrial é construída de tijolo refratário com 15 cm de espessura, cuja condutividade térmica é de 1,7 . W m K . Medidas feitas ao longo da operação em regime estacionário revelam temperaturas de 1400 e 1150 K nas paredes interna e externa, respectivamente. Qual a taxade calor perdida através de uma parede que mede 0,5 x 1,2 m? (R.: 1700 W) 24 3. Uma tubulação de um metro de comprimento contém em seu interior vapor de água. O diâmetro externo do tubo é de 70 mm e o interno 60 mm. Calcule a temperatura da superfície externa desta tubulação sabendo que a temperatura interna do mesmo é de 100°C. Dados: Condutividade térmica = 30 . W m K e QT = 2.000 W. (R.: 98,36°C) 4. Uma quantidade de calor equivalente a 6 kW atravessa uma esfera oca em regime permanente. Seus diâmetros interno e externo são, respectivamente, 4 e 5 cm. A esfera é feita de um material com condutividade térmica de 150 . W m K e sua temperatura na superfície externa é de 700°C, pede-se a temperatura na sua superfície interna. (R.: 731,83°C) 5. A fim de projetar um ambiente de uma casa deseja-se um cômodo com uma temperatura de 20°C. Sabendo-se que a temperatura média no verão é de 35°C, um engenheiro considerou em algum momento, um fluxo de calor através de uma das paredes, cujo valor é de 105 W/m2, conforme a figura ilustra. A tabela a seguir apresenta alguns valores de condutividade térmica para os materiais usuais de construção de uma parede. 25 A fim de se obter a temperatura desejada qual deve ser o material utilizado, entre os materiais apresentados na tabela, para a composição da parede? a) Concreto. b) Pedra natural. c) Placa de madeira prensada. d) Placa com espuma rígida de poliuretano. e) Placa de aglomerado de fibras de madeira. 6. Pediu-se para um engenheiro determinar a taxa de transferência de calor em um dispositivo semelhante a um tronco de cone reto, conforme a figura a, cuja superfície lateral está completamente isolada. Determine em regime permanente, ausência de geração interna de calor e transferência de calor quase unidimensional: a) A taxa de transferência de calor através da peça em formato cônico. (R.: 181 W) b) Um outro engenheiro sugeriu como uma simplificação (figura b), calcular a taxa de transferência de calor considerando o cone como um cilindro de raio médio (Rm = 2.R + R = 1,5.R). Sabendo-se que 5% de erro é um valor aceitável para a determinação desta grandeza, qual será o módulo do erro devido esta simplificação? (R.: 11%) Dados: Raio, R = 12 cm. Condutividade do tronco de cone igual a 3 W/m.K. Comprimento, L = 15 cm. T1 = 140°C e T2 = 40°C. 26 7. Um sólido de formato cônico (truncado) possui seção transversal circular e o seu diâmetro está relacionado à coordenada axial (x) através de uma expressão: D = 3 2x (com o diâmetro e a coordenada axial em metros). A superfície lateral é isolada termicamente, enquanto a superfície superior é mantida a 100°C, a inferior é mantida a 20°C. Determine a taxa de transferência de calor através do cone. Admita regime permanente sem geração interna de calor e transferência de calor quase unidimensional. A condutividade térmica do alumínio é 238 W/m.K. (R.: 189,26 W) 2.1.2 Equação da condução de calor (ou equação da difusão de calor) As equações a seguir tratam da distribuição de temperaturas dentro de qualquer sólido ao longo do tempo. Os primeiros três termos das equações abaixo são as coordenadas (operador laplaciano 2∇ ). O quarto termo do lado esquerdo é o calor gerado (energia interna desprezível ou não). O lado direito é a parte transiente (∆T/∆t), esquentando ou resfriando com o tempo. Em outras palavras, o segundo termo da equação é zero quando o regime for permanente. Só uma coordenada (x, y ou z) será importante quando houver condição unidimensional. As coordenadas podem ser divididas nas três geometrias já mencionadas, conforme abaixo: 27 • Coordenadas cartesianas 2 2 2 2 2 2 1 . gqT T T T x y z k tα ∂ ∂ ∂ ∂ + + + = ∂ ∂ ∂ ∂ .... (Eq. 2.6) • Coordenadas cilíndricas 2 2 2 2 2 1 1 1 . . . . . gqT T T T r r r r r z k tφ α ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ + + + = ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ .... (Eq. 2.7) • Coordenadas esféricas 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 . . . . . . . . . . gqT T T T r sen r r r r sen r sen k t θ θ θ θ θ φ α ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ + + + = ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ .... (Eq. 2.8) Onde: α é a difusividade térmica. 2 . p k m c s α ρ = ; k = condutividade térmica, ρ = massa específica (densidade) e cp = calor específico a pressão constante. A seqüência de resolução dos problemas usando a equação da difusão do calor é: Quando houver geração interna de calor, qg diferente de zero. Isolar as derivadas e depois integrar os dois lados. Integrar de novo quando necessário. Todos os exercícios terão condições de contorno para acharmos C1 e C2 se as integrais não forem definidas. 28 As condições de contorno mais utilizadas: • Para x = .... T = .... • Para x = .... 0dT dx = (máximo ou mínimo) • Para x = isolamento 0dT dx = • q(x) = conhecido q = -k.A. dT dx para x = ... ....dT dx = 2.1.2.1 Exercícios 1. A transmissão de calor de um ponto para outro devido ao deslocamento do próprio material aquecido é um fenômeno dito: a) Irradiação b) Convecção c) Condução d) Radiação e) Emissão 2. A radiação é o único processo possível de transmissão de calor: a) Nos gases b) Nos supercondutores c) No vácuo d) Nos sólidos em geral e) Nos cristais 3. Um cobertor de lã tem por função: a) Dar calor ao corpo. b) Reduzir a transferência de calor do corpo para o meio exterior. c) Impedir a entrada de frio. d) Aquecer o ar entre ele e o corpo. 4. Corpo negro é: a) Qualquer objeto que emita radiação correspondente a cor preta. b) Cavidade de paredes opacas com um pequeno orifício. c) Um objeto capaz de absorver integralmente as radiações de qualquer comprimento de onda que incidam sobre ele. d) Um objeto capaz de absorver integralmente as radiações de qualquer comprimento de onda que incidam sobre ele, porém incapaz de reemiti-las (não sendo um radiador ideal) 5. Em certos dias verifica-se o fenômeno da inversão térmica, que causa aumento da poluição e doenças relacionadas. Esta ocorrência se deve por quê? a) A temperatura das camadas inferiores do ar atmosférico (mais próximas do solo) permanece maior do que a das camadas superiores. b) A convecção força as camadas poluídas a circular. c) A condutibilidade do ar diminui. d) A temperatura do ar se homogeneíza. e) As camadas superiores do ar atmosférico têm temperatura superior à das camadas inferiores. 29 6. Uma placa de material isolante tem 1 m2 de seção transversal e 8 cm de espessura. Pede-se o fluxo de calor que atravessa a placa sendo que a diferença de temperaturas entre as faces opostas é de 100°C. Dado: condutividade térmica do material: 2.10-2 cal/s.m.°C. (R.: 25 cal/s) 7. A figura a seguir mostra uma das extremidades de uma barra de cobre, de 80 cm de comprimento e 10 cm2 de área da seção transversal (AT), a qual está situada em um banho de vapor de água em ebulição, sob pressão de 1 bar, enquanto a outra extremidade se encontra em uma mistura de gelo fundente e água (na mesma pressão e a 0°C). As perdas pelas laterais da barra e dos recipientes podem ser desprezadas. Determine: a) O fluxo de calor (corrente térmica) através da barra. b) A quantidade de calor que atravessa a barra durante 5 minutos. c) A temperatura em um ponto situado a 20 cm da extremidade mais quente da barra. d) Esboce um gráfico da temperatura em função do comprimento da barra. Dado: condutividade térmica do cobre: 96 cal/s.m.°C. 8. Duas barras cilíndricas de mesma área transversal e comprimentos L1 e L2,com condutividades térmicas C1 e C2, respectivamente, são emendadas formando aparentemente uma única barra. Se as temperaturas das extremidades forem T1 e T2, constantes e sabendo que T1 < T2, determine: a) A temperatura na emenda (Te). b) A condutividade térmica resultante da barra. c) Construa um gráfico T – posição. Dados: L1 = 40 cm L2 = 60 cm k1 = 10 cal/s.m.°C k2 = 20 cal/s.m.°C T1 = 10°C T2 = 90°C 9. Considere que a placa da base de um ferro de passar de 1200 W tenha espessura de 0,5 cm, área da base igual a 300 cm2 e a condutividade térmica 15 W/m.K. A superfície interna da placa é submetida a um fluxo de calor uniforme, gerado pela resistência elétrica interna, enquanto a superfície externa perde calor para o meio (de temperatura 20°C) por convecção, como indicado na figura abaixo. Assumindo que o coeficiente de transferência de calor por convecção seja de 80 W/m2.K e desprezando a perda de calor por radiação, obtenha uma expressão para a variação de temperatura na placa da base do 30 ferro. A expressão deve ser do tipo T = T(x), onde T deve estar obrigatoriamente em °C e x em metros. Determine também a temperatura em x = 0 e x = L (no detalhe, indique graficamente o resultado na placa). A orientação do sistema de coordenadas está indicada na figura e não pode ser alterado. Supondo operação em regime permanente e troca de calor unidimensional (apenas na direção x). Indique claramente quais são os termos a serem desprezados na equação da condução e as hipóteses simplificadoras adotadas. (R.: T = - 2666,7.x + 533,3) 10. A usina termonuclear de Angra II queima combustível através de uma reação nuclear de fissão para gerar o calor necessário para produzir vapor superaquecido. O combustível está na forma de dióxido de urânio (de condutividade térmica igual a 4 W/m.K). O núcleo do reator é composto de dezenas de milhares de varetas cilíndricas de combustíveis com 8 mm de diâmetro e 3,63 m de altura, podendo ser considerado um cilindro muito longo. Considere uma vareta combustível média onde as reações de fissão geram uma produção uniforme interna de calor de qg = 4,3.108 W/m3 e induzem uma temperatura na sua superfície de 540°C. Determine, em regime permanente e condução radial, a temperatura máxima do combustível que ocorre no centro do cilindro. (R.: 970°C) 11. Considere uma esfera homogênea (maciça e confeccionada completamente do mesmo material) de raio externo 40 mm composta de um material radioativo que gera calor a uma taxa uniforme e constante de 4.107 W/m3. O calor gerado é dissipado constantemente para o ambiente. A superfície externa da esfera é mantida a uma temperatura uniforme de 80°C e a condutividade térmica da esfera é de 15 W/m.K. Assumindo que a transferência de calor é unidimensional e permanente: a) Obtenha uma expressão da temperatura (°C) em função do raio da esfera (m); b) Determine a temperatura no centro da esfera. (R.: -444.444,4.r2 + 791,11 e 791,11°C) 12. Em certos instantes de tempo, a distribuição de temperaturas em uma parede com 0,3 m de espessura é T = a + b.x + c.x2, onde a temperatura está em graus Celsius e a coordenada independente (x) em metros, a = 200°C, b = -200°C/m e c = 30°C/m2. A parede possui uma condutividade térmica de 1 W/m.K. Admita troca de calor unidimensional e área de troca de calor unitária para ambas as faces da parede. Despreze os efeitos de troca de calor por radiação. Determine: a) A taxa de transferência de calor na face em x = 0 m (face esquerda) e também em x = 0,3 m (face direita) indique se em cada uma das faces a parede está recebendo ou cedendo calor ao meio externo. (R.: 200 W – recebendo e 182 W – cedendo) 31 b) Se a superfície “fria” estiver exposta a um fluido a 100°C, qual é o coeficiente de transferência de calor por convecção? (R.: h = 4,26 W/m2.K) c) Nas condições apresentadas, indique (justificando) se o regime é permanente, e em caso negativo, se a placa está aquecendo ou resfriando com o tempo. (R.: Como a parede recebe maior quantidade de calor (energia) na face esquerda do que perde pela face direita, há aumento de temperatura com o tempo). 13. Condução unidimensional (apenas na direção x), em regime permanente, com geração interna uniforme de calor (igual a 0,01 W/cm3) ocorre em uma parede plana com espessura de 85 mm e uma condutividade térmica constante igual a 0,5 W/m.K. Nessas condições, a distribuição de temperatura na placa segue a equação: ( )2 12 1 . . . 2. 2. g gq q LT TT x x T k L k − = − + + + . O coeficiente de transferência de calor por convecção do lado esquerdo e do lado direito valem respectivamente, 20 e 10 W/m2.K. Despreze os efeitos da radiação térmica. Sabendo que T1 igual a 25°C, determine: a) A temperatura T2 (na face direita da placa com x = 85 mm). (R.: 65°C) b) A temperatura máxima na placa e sua localização (valor da coordenada x). (R.: x = 66,03 mm; Tmáx = 68,6°C) 14. O reator IEA-R1 é um reator nuclear de pesquisa que utiliza elementos combustíveis do tipo placa (uma ilustração do núcleo pode ser observada na figura com cotas em milímetros). O reator está localizado no IPEN – SP. Sabendo que será testado um novo tipo de material nuclear no cerne de seu combustível U3O8Al (k = 20 W/m.K) e que a temperatura não deve ser superior a 80°C (em nenhuma localização do cerne). Cálculos de neutrônica indicaram um valor para a geração de calor (no cerne) de valor igual a 2.108 W/m3 (uniforme). O valor do coeficiente de transferência de calor por convecção para a vazão de fluido refrigerante no núcleo é de 3265 W/m2.K, a condutividade térmica do alumínio de revestimento é igual a 239 W/m.K. Admita transferência de calor permanente e unidimensional. a) Determine qual deverá ser a temperatura média do fluido refrigerante. (R.: 41,25°C) b) Faça um gráfico da variação da temperatura na placa indicada na seção. 32 15. Condução bidimensional, em regime permanente, ocorre em um sólido cilíndrico oco de condutividade térmica 16 W/m.K, raio externo igual a 1 metro e comprimento total, L = 2.ze = 5 m. A origem do sistema de coordenada encontra-se localizada no meio da linha de centro do cilindro. A superfície interna do cilindro (localizada em r = ri) é isolada termicamente e a distribuição de temperaturas no cilindro obedece a seguinte equação: T = -0,4 – 3.r2 + 0,24.ln(r) + 6.z2. A coordenada radial r e a coordenada longitudinal z estão em metros e a temperatura T em °C. Determine: a) O raio interno, ri, do cilindro. (R.: 0,2 m) b) Obtenha uma expressão (ou o valor) para a taxa volumétrica de geração de calor qg nas unidades do S.I. (R.: zero) 16. Considere uma esfera homogênea (maciça e confeccionada completamente de mesmo material) de raio externo 40 mm composta de um material radioativo que gera calor a uma taxa de geração de calor não uniforme: qg = 3.107.r. Onde r é uma coordenada radial medida a partir do centro da esfera. O calor gerado é dissipado constantemente para o ambiente. A superfície externa da esfera é mantida a uma temperatura uniforme de 80°C e a condutividade térmica da esfera é de 5 W/m.K. Assumindo que a transferência de calor é unidimensional e permanente, determine: a) Uma equação para a distribuição de temperatura T (°C) na esfera em função do raio r (m). (R.: T = -5.105.r3 + 112) b) A taxa de transferência de calor através da superfície da esfera. (R.: 241,27 W) c) Um gráfico de taxa de transferência de calor (W) versus posição radial r (m) para a esfera. (calculando os valores para r em intervalos de 0,01 m) d) Supondo que a superfície da esfera possa trocar calor exclusivamente com um fluido de condutividade térmica igual a 0,6 W/m.K, determine o gradiente de temperatura no fluidojunto a superfície da esfera. 0,04r m dT dr = (R.: -20.000 K/m) 17. A superfície exposta (x = 0) de uma parede plana, com condutividade térmica k, está sujeita à radiação de microondas, causando um aquecimento volumétrico (semelhante à geração interna de calor) que varia segundo: qg = 0. 1 xq L − , onde q0 [W/m3] é uma constante. A fronteira da placa em x = L está perfeitamente isolada, enquanto a superfície exposta é mantida a uma temperatura constante T0. Determine a distribuição 33 de temperatura T(x) em termos de x, L, k, q0 e T0. (R.: 2 3 0 0 0 . . . 2 6. 2. q q Lx xT x T k L k = − − + + ) 2.2. CONVECÇÃO É o processo de transporte de energia pela ação combinada da condução de Q, armazenamento de energia e movimento de mistura. Importante principalmente quando se tem um fluido interagindo com uma superfície sólida. Para os fluidos (gases e líquidos) o principal mecanismo de troca de calor está associado à movimentação de partes macroscópicas. Já que em fluidos, a mobilidade das partículas é grande, aquecidas pelo contato direto com a superfície sólida tendem a migrar para locais onde as T são mais baixas. Esta movimentação acarreta uma transferência de energia de uma posição para outra, caracterizando a transmissão de calor por convecção. Outra coisa interessante é que à medida que o líquido vai esquentando, começa a se movimentar mais rápido. Aumenta-se a troca de Q se houver movimento relativo entre um corpo e o fluido que o cerca, estando em diferentes T. Este tipo de mecanismo de troca de calor, envolvendo contato térmico entre fluido em movimento relativo e uma superfície é chamado convecção. Quando o movimento do fluido for criado artificialmente, por uma bomba, ventilador etc., diz-se que a troca de Q é feita por convecção forçada. (Se não for, se diz convecção natural ou livre). Em qualquer um destes, o calor trocado por convecção é descrito pela lei de resfriamento de Newton: . . . .( )C s s sq h A T h A T T∞= ∆ = − .... (Eq. 2.9) Onde, h = coeficiente de troca de calor por convecção, de dimensão 2 . . J s L K , cuja unidade no sistema internacional (S.I.) é 2 . W m K . As = área superficial, ou de contato, entre a peça e o meio ambiente (fluido). Ts = temperatura superficial da peça. T ∞ = temperatura do meio ambiente (fluido). 34 O conceito de T ∞ é da temperatura em um ponto longínquo ao objeto de estudo, onde considera-se que a temperatura do meio ambiente é constante no tempo. O coeficiente h, ou de película ou filme, é função de geometria, orientação, das condições superficiais (p.ex.: bola de golfe), características e velocidade do meio ambiente. A troca de calor é influenciada pela natureza do fluido, por exemplo água, óleo, sal etc. Usando-se a definição de condutância térmica (KC) e resistência térmica à convecção (RC), resulta: 1 . C C C C K h A e R K Tq R = = ∆ ∴ = Nos casos reais, há a mistura dos três modos de troca de calor e a equação acima se torna: 1 2 3 ... n Tq R R R R ∆ = + + + + 1 2 3 1 onde o termo ... nR R R R+ + + + é usualmente chamado de coeficiente global de transmissão de calor, U. . . q U A T∴ = ∆ .... (Eq. 2.10) Coeficiente global de transferência de calor (U): Artifício facilitador, pois engloba todas as resistências e tudo que ocorre no sistema. 1 . . . eq U R A q U A T = = ∆ 2.2.1 Regimes de escoamento 2.2.1.1 Regime laminar Um fluido pode apresentar diferentes comportamentos quanto ao movimento relativo entre as suas partículas. Quando elas caminham em camadas que não se misturam, o regime de escoamento é dito laminar (por exemplo, apenas no eixo x). A elevada viscosidade e a baixa velocidade do fluido são as responsáveis pelo estabelecimento e manutenção deste tipo de escoamento. Lembre-se da experiência de Osborne Reynolds. 35 Em uma tubulação, o regime laminar ocorre quando o número de Reynolds é menor do que 2.000. Como se observa pela equação 2.11 abaixo, o número de Reynolds é proporcional à velocidade do fluido e inversamente à sua viscosidade. Quando a velocidade aumenta, as forças de inércia provocam o deslocamento entre as lâminas e o regime laminar tende a se desfazer (por exemplo, movimento das partículas em x e y). Por outro lado, a viscosidade elevada de um fluido tende a facilitar o regime laminar, superando as forças de inércia. . .Re v Dρ µ = ... (Eq. 2.11) Onde: ρ = massa específica (densidade); µ = viscosidade dinâmica; v = velocidade média do fluido na seção de escoamento e D = diâmetro interno da tubulação. 2.2.1.2 Regime turbulento Quando a velocidade aumenta (ou a viscosidade diminui), as forças de inércia do movimento tendem a superar as forças viscosas e o regime deixa de ser laminar. Inicialmente as camadas se descolam, mas não se verifica uma mistura total entre as partículas do fluido. Em seguida, com o aumento da velocidade, verifica-se uma mistura total e o regime se torna turbulento (por exemplo, movimento das partículas em x, y e z). Em tubulações, este regime verifica-se quando o número de Reynolds supera o valor de 2.400. Entre 2.000 e 2.400, verifica-se uma fase intermediária, denominada regime transitório. A forma de escoamento de um fluido interfere diretamente no processo de troca de calor por convecção, pois neste caso, a transferência de calor é feita através do movimento da massa fluida. Verificando o escoamento de fluido sobre uma superfície, vê-se que, devido aos efeitos viscosos, a velocidade do fluido relativa à superfície é nula, ou seja, o fluido adere a superfície. Isto constitui a condição de não deslizamento. Assim, existirá uma pequena camada de fluido adjacente à superfície onde o mecanismo de troca de calor é condução de Q pura. De maneira mais geral, as regiões onde efeitos viscosos ou de 36 difusão são importantes são chamadas de camadas limite hidrodinâmicas (difusão de quantidade de movinento) ou térmicas (difusão térmica). No presente caso, é essa película ou filme que controla a troca de calor, controlando assim, o valor de h (por isso h às vezes é chamado de coeficiente de filme ou película). A agitação tem como efeito quebrar a estratificação, misturando os pacotes quentes com os frios. 2.2.1.3 Camada limite Sempre que um fluido se movimenta ao longo de uma superfície sólida, a primeira partícula se adere a ela, dando origem a uma força viscosa. Forma-se então uma camada de fluido de espessura ε de baixas velocidades, onde se estabelece o regime laminar. Dentro desta camada, as velocidades são variáveis, aumentando na medida em que o fluido se afasta da superfície. A região que sofre interferência com a presença do corpo sólido, denomina-se camada limite, e sua formação deve-se à viscosidade do fluido. Esta propriedade faz com que uma partícula fluida em movimento arraste as demais com as quais ela está em contato. Este movimento vai se transferindo para as camadas mais distantes, com intensidade cada vez menor até se anular. A figura 2.5 representa uma placa plana sobre a qual passa um fluido que se aproxima com a velocidade uniforme, v0. O ponto A sobre a placa, define a origem de um sistema de coordenadas, tendo como abscissa a velocidade v e como ordenada a distância y das camadas mais distantes da origem. Figura 2.5: Uma placa interagindo com um fluido em movimento. No ponto A, a velocidade é nula porque a partícula está em contatocom a placa e, na medida em que o ponto se afasta da origem, as velocidades aumentam tendendo à velocidade de aproximação v0. No ponto B, a velocidade do fluido é 99% de v0, podendo-se afirmar, com erro menor ou igual a 1%, que fora desta região a presença da placa não interfere no movimento do fluido. Uma linha paralela à placa, passando pelo ponto B, separa duas regiões: Uma abaixo desta linha, denominada camada limite e outra, acima dela, denominada região 37 de fluido livre, na qual a presença da placa, praticamente não interfere no movimento do fluido. A camada limite está representada na figura 2.6. Um fluido pode se movimentar de uma forma totalmente irregular, misturando-se as partículas desordenadamente. Este tipo de movimento denomina-se regime turbulento, como já foi dito. Nas proximidades da placa devido às baixas velocidades, forma-se o regime laminar, em que as camadas caminham umas sobre as outras. A espessura da camada laminar varia em função da velocidade v0 do fluido que se aproxima da placa, que é a mesma da região do fluido livre. Figura 2.6 Representação esquemática da camada limite de um fluido com velocidade v0, interagindo com uma placa. Qualquer que seja o regime do fluido que se aproxima com a velocidade v0, dentro da camada limite formam-se sempre os dois regimes. A espessura ε do filme laminar é variável, de acordo com a velocidade v0. Quando esta velocidade é alta, a região turbulenta tende a se expandir, diminuindo a espessura da camada laminar. Esta espessura é definitiva na troca de calor por convecção. 2.2.2 Escoamento em regime permanente Um sistema fluido que interage como o seu meio pode sofrer alterações em todas as suas propriedades. No estudo de transmissão de calor, a temperatura é a propriedade que mais interessa nesse conceito, pois ela é afetada pelas trocas de calor com o meio. Um sistema funciona em regime permanente em relação à temperatura, quando em todos os seus pontos, a temperatura permanece inalterada ao longo do tempo, podendo entretanto, variar de um ponto para outro do sistema. Ou seja, quando o objeto de estudo não se aquece (calor sensível) ou não muda de fase (calor latente), o regime é dito permanente. Isto quer dizer que, se todos os pontos internos ao sistema apresentam temperatura constante, também em cada ponto não há variação de energia interna. Não havendo variação de energia interna acumulada no sistema, de acordo com a primeira lei da Termodinâmica, a quantidade de energia que entra no sistema é igual a que sai, durante o mesmo tempo (∆U = zero). 38 Pode ser dito que: Quando o regime for permanente, o fluxo de calor que entra é igual ao que sai e a temperatura interna permanece inalterada em cada ponto, podendo variar de um ponto para outro. Quando o regime não for permanente se diz que o é regime transiente, nesta condição, a temperatura em um mesmo ponto do sistema varia com o tempo, um exemplo seria um motor nos segundos decorrentes a sua ignição ou em seu desligamento. Este tema será tratado no capítulo 5.1 deste livro. Modos básicos de transmissão de calor por CONVECÇÃO: Equação do resfriamento de Newton: . .C cq h A T= ∆ Figura 2.7: Representação de uma superfície horizontal em uma determinada temperatura, trocando calor com um fluido em outra temperatura, caracterizando a convecção do calor. A Resistência à convecção pode ser calculada por: 1 . C C R h A = .... (Eq. 2.11) Onde, Ch = coeficiente médio de troca de calor por convecção A = área de troca de calor qC = condução de calor por convecção 2.2.3 Exercícios 1. A face direita de uma parede plana, de área igual a 35 cm2, com temperatura de 100°C, está em contato com água em convecção forçada, a 25°C. Determine a taxa de calor trocado por convecção. Obs: Utilize o valor médio de h na condição proposta consultando o anexo C desta apostila e despreze a radiação. (R.: 3,05 kW) 39 2. Uma tubulação de vapor de água, sem isolamento térmico, atravessa uma sala na qual o ar e as paredes se encontram a 25°C. O diâmetro externo do tubo é de 70 mm e sua temperatura superficial é de 200°C. Despreze a radiação dos corpos. Sendo o coeficiente associado à transferência de calor por convecção natural da superfície para o ar de 15 2 . W m K , qual é a taxa de calor perdida pela superfície por unidade de comprimento do tubo? (R.: 577, 3 W) 2.3. RADIAÇÃO É o processo de transmissão de calor entre dois corpos separados no espaço, ainda que exista vácuo entre eles. Conhecido como qr (calor radiante) o calor transmitido por radiação. Não há necessidade de contato físico, esta forma de energia se assemelha fenomenologicamente, com a radiação da luz, diferindo apenas nos comprimentos de onda, a transmissão de calor pode ser explicada pelas hipóteses de Planck, na forma de quanta (porções discretamente definidas) de energia ou pela teoria de Maxwell (ondas). O estudo da radiação é importante, por exemplo, em uma caldeira, além da energia que é transmitida do combustível queimado às paredes da caldeira, existe também uma parcela de calor radiante. Existem peças que devem ser adicionadas à ela de forma a proteger, por exemplo superheaters. Todos os corpos que possuam temperatura absoluta (Tabs) diferente de 0 K emitem calor radiante, a qual será uma função do tipo do corpo etc. Para os corpos chamados irradiadores perfeitos, ou corpos negros, esta quantidade de calor é feita em uma taxa proporcional à quarta potência da temperatura absoluta (Tabs) do corpo: 4 . . .... ( . 2.12)Rq AT Eqσ= , onde σ = constante de Stefan-Boltzmann = 4,88.10-8 2 4 . . kcal h m K ou 5,67.10-8 2 4 . W m K . Note que na equação não há meio. 40 De um corpo negro para outro, que o envolve completamente, a máxima troca possível de calor por radiação é: 4 4 1 1 2. .( ) , 1 é o corpo envolvido e 2 é o corpo que envolve.Rq A T T ondeσ= − A grandeza 1 Rq A é chamada de poder emissivo (E) e tem dimensão 2 W m . Esta equação acima só é válida para corpos negros considerados perfeitos. Para levar isto em conta, define-se emissividade (ε) que relaciona a radiação da superfície real com a ideal. 4 41 1 2 . . .( ) .Rq A T Tε σ∴ = − Para se identificar toda a energia radiante que deixa a superfície deve-se entender o conceito de energia radiante. Seja a irradiação, G também em 2 W m , já que se trata da quantidade de energia por unidade de área em um determinado ponto sobre a superfície em questão. A transmissividade (capacidade de transmissão) de um material é função da natureza e da espessura. A radiação incidente faz aumentar a energia interna do corpo (indicando energia absorvida). Escreve-se: . . . 1 . . . G G G G onde fração da energia incidente absorvida fração da energia incidente refletida fração da energia incidente transmitida α ρ τ α ρ τ α ρ τ = + + + + = = = = Agora seja a radiosidade, J, como a soma de todos os componentes de radiação que deixam a superfície. No regime permanente tem-se o equilíbrio entre a energia absorvida e a emitida, resultando em T cte. do corpo. A emissão de radiação se dá em todas as direções, embora não necessariamente de modo uniforme. É costume em casos reais aplicar-se o conceito de fator de forma, F1-2. Se duas superfícies “se enxergam” elas podem trocar calor, esta é a essência do fator de forma ou de vista. Em outras palavras, se alguma parte delas não estiver passível de troca de calor,a troca de calor será prejudicada. E assim, fica a equação: 4 4 1 2 1 1 2. . .( )Rq F A T Tσ−= − Na maior parte dos casos práticos, o Q transmitido por irradiação está em conjunto com outras formas de transmissão de Q. Portanto, usa-se a definição de condutância térmica (KR – kcal/h.°C) e resistência térmica a irradiação (RR). 41 4 4 1 2 1 1 2 1 . . .( ) 2 1 R R R F A T TK dTT dt R K σ − − = − = A equação acima pode ser escrita como: 2 1 R R dTT dtq R − = T2 = qualquer T de referência. Outra definição importante na irradiação é o coeficiente médio de transmissão de calor (irradiado), dado por: 2 . . R R R Kkcalh h m C R = ° . Para determinar o coeficiente combinado de transmissão de calor, hcomb, deve-se adotar: hcomb = hC + hR. Apenas quando a T da vizinhança for igual a T do meio. Modos básicos de transmissão de calor por RADIAÇÃO: Equação de Stefan-Boltzmann da radiação líquida entre dois corpos: 4 4 1 1 1 2. . .( )Rq A T Tε σ= − .... (Eq. 2.13) Figura 2.8: Calor trocado por radiação entre uma placa e uma vizinhança. Coeficiente médio de transmissão de calor por radiação: 4 4 1 2 1 2 . .( ) R T Th T T ε σ − = − Resistência à radiação: 1 . R R R h A = Corpo negros (ideais) possuem emissividade (ε) igual a 1, para os outros corpos este valor varia de zero a um. 42 2.3.1 Exercícios 1. Uma tubulação de vapor de água, sem isolamento térmico, atravessa uma sala na qual o ar e as paredes se encontram a 25°C. O diâmetro externo do tubo é de 70 mm, sua temperatura superficial é de 200°C e esta possui emissividade igual a 0,8. Quais são o poder emissivo da superfície e sua irradiação? Sendo o coeficiente associado à transferência de calor por convecção natural da superfície para o ar de 15 2 . W m K , qual é a taxa de calor perdida pela superfície por unidade de comprimento do tubo? (R.: E = 2270 2 W m , G = 447,1 2 W m e QT = 998 W) 3. ANALOGIAS ELÉTRICAS 3.1 RESISTÊNCIA TÉRMICA O conceito de resistência térmica foi apresentado no item 2.1 (parte II) deste trabalho. Ao se reposicionar os termos em qualquer uma das equações de transmissão de calor, é possível encontrar o que se chama resistência térmica (R). A partir deste conceito inicia-se o estudo de isolamentos em cilindros e esferas e as analogias com a elétrica. 3.1.1 Raio crítico de isolamento O conceito de raio crítico de isolamento é útil para calcular a espessura de um isolante em cilindros (portanto fios, cabos elétricos etc) e esferas. Figura 3.1: À esquerda detalhe da camada de um isolante qualquer. À direita resistência térmica (R) do objeto, em função do raio do isolante (r0). 43 A respeito do raio crítico, olhando o gráfico da figura 3.1 [Resistência térmica (R) - raio externo (r0)], percebe-se como aumentar o raio externo do isolamento faz aumentar a resistência à troca de calor por condução (mais material empregado) e faz diminuir a resistência à troca por convecção (pois maior será a área de contato com o meio). A curva de Resistência TOTAL é a soma das duas e o ponto de inflexão é chamado de raio crítico. Abaixo é possível ver como se calcula o raio crítico de um cilindro e de uma esfera, respectivamente, além de um resumo do gráfico da figura 3.1, portanto: 0 0 2. . cilindro esferaisolamento isolamento crítico crítico crítico crítico k k r e r h h Se r r o calor dissipado DIMINUI Se r r o calor dissipado é MÁX ∞ ∞ = = > = 0 . .crítico IMO Se r r o calor dissipado AUMENTA< Para se calcular a resistência térmica de condução e convecção em cilindros, respectivamente, valem as fórmulas: 0 0 ln 2. . . 1 1 . .2. . . iIsolante K isolante C r r R k L R h A h r L pi pi = = = Analogamente, para calcular a resistência térmica de condução e convecção em esferas, respectivamente, valem as fórmulas: 2 4. . . . 1 1 . .4. . e i K e i C r rR k r r R h A h r pi pi − = = = Se o problema pedir a maior troca de calor possível significa que o raio externo (r0) é igual ao raio crítico (rc). 44 3.1.1.1 Exercícios 1. Para cobrir um fio de 10 mm de diâmetro e temperatura externa de 100°C utiliza-se um isolante de condutividade térmica de 0,08 W/m.K. Sendo a temperatura do ambiente de 30°C e o coeficiente de convecção no valor de 10 W/m2.K, pede-se: a) O raio crítico (R.: 8 mm). b) Sendo instalada uma espessura de isolamento de 8 mm, o que irá ocorrer com o fluxo de calor? E se for instalada uma espessura de 2 mm? c) Qual o máximo fluxo de calor dissipado por metro de fio? (R.: 23,9 W) 2. Um fio de cobre usado para transporte de energia elétrica (de 3 mm de diâmetro e 5 m de comprimento) é recoberto com uma camada constante de material plástico, cuja condutividade térmica é 0,15 W/m.K. Se o fio isolado é exposto a um ambiente de 30°C e coeficiente de troca de calor por convecção é 12 W/m2.K, admitindo regime permanente determine: a) A espessura de isolamento para que a temperatura na interface fio/isolamento seja a menor possível (nas condições indicadas) sabendo que a potência a ser dissipada pelo fio é de 80 W. (R.: 11 mm) b) O valor da temperatura na interface fio/isolamento na condição do item a. (R.: 83°C) 3. Uma esfera de 14 cm de diâmetro contém rejeitos nucleares que, devido ao decaimento dos produtos da fissão geram calor (de modo homogêneo) a uma taxa de 5.104 W/m3. As esferas são envolvidas em Zircaloy (k = 17,3 W/m.K) que possui espessura desprezível. Na superfície do Zircaloy é aplicado um isolante com condutividade térmica de 2 W/m.K. Sabe-se que as esferas deverão ficar armazenadas em um reservatório que contém água a 20°C, e se desenvolve um coeficiente de transferência de calor por convecção igual a 50 W/m2.K. Determine: 45 a) A espessura do isolante para que se obtenha a máxima taxa de transferência de calor (R. 1 cm) b) A temperatura na interface rejeito/Zircaloy na condição do item (a). (R.: 43°C) Como simplificação assuma: regime permanente, transferência de calor unidimensional e resistência de contato desprezível. 3.1.2 Analogia elétrica É possível usar a analogia elétrica para resolver problemas de transmissão de calor quando estes forem unidimensionais, em regime permanente, ausente de fontes internas de calor e quando a temperatura inicial e final do circuito forem iguais. O desenho de resistências térmicas chama-se circuito térmico. A resolução de exercícios por analogia elétrica se dá através das equações abaixo: O fluxo de calor pode ser calculado como: TQ R −∆ = Σ Resistências em série: 1R n eq i iR== Σ Resistências em paralelo: 1 1 1 R n i eq iR = = Σ Onde: Q = fluxo de calor. ∆T = variação de temperatura. R = resistência térmica. (Rk = resistência térmica à condução, RC = resistência térmica à convecção e RRad = resistência térmica à radiação). ΣR = somatória das resistências térmicas. Req = resistência térmica equivalente. Revisando: A partir da equação de Fourier para condução, temos que: . . . k dT t tq k A q dxdx R k A ∆ ∆ = − ⇒ = − = − A partir da equação de resfriamento de Newton para convecção,
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