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1 PROFESSOR MARCELO DOI SPAS E TERAPIAS ALTERNATIVAS Aula 2 Estresse: mecanismos, efeitos e tratamentos VÍDEO “O QUE É ESTRESSE? ” O QUE É O ESTRESSE? A palavra estresse tem sua origem no latim e significa: AFLIÇÃO E ADVERSIDADE. Hans Selye, em 1936, introduziu o termo estresse na área da saúde como uma resposta geral e inespecífica do organismo frente a um agente estressor ou a uma situação estressante. 2 O QUE É O ESTRESSE? O termo estresse tem gerado grandes excitações emocionais e provocado estímulos que perturbam a homeostasia. Estimula o desenvolvimento de processos caracterizados pelo aumento da secreção de adrenalina, produzindo manifestações com distúrbios fisiológicos e psicológicos. O QUE É O ESTRESSE? O estresse é um antigo mecanismo bioquímico de sobrevivência do homem, que foi aperfeiçoado ao longo de sua própria evolução biofisiológica. Envolve o hipotálamo, glândulas (hipófise, tireoide e suprarrenal), órgãos (coração, fígado e estômago), músculos e outros sistemas corporais. No ano de 1992, o estresse foi indicado como mal do século, sendo enquadrado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como doença associada a resultados desastrosos, com várias alterações orgânicas, debilitando o binômio mente‐corpo, sendo um dos principais motivos de consulta médica e queda de produtividade no trabalho. TIPOS DE ESTRESSE Eustresse – resposta positiva do indivíduo ao estresse. Distresse – resposta negativa do indivíduo ao estresse. EUSTRESSE É a resposta positiva do indivíduo ao estresse. O esforço de adaptação gera sensação de realização pessoal, bem‐estar e satisfação das necessidades, mesmo que decorrente de esforços inesperados. É um esforço na garantia da sobrevivência. EUSTRESSE Predomina a emoção da alegria. Há um aumento da capacidade de concentração. Há um aumento da agilidade mental. As emoções musculares são harmoniosas e bem coordenadas. Há sentimento de prazer e confiança. 3 DISTRESSE É a resposta negativa do indivíduo ao estresse. Predominam as emoções do medo, da tristeza, da raiva, a capacidade de concentração é diminuída e o funcionamento mental se torna confuso, com as ações musculares descoordenadas e desarmônicas. O desprazer e a insegurança aumentam a probabilidade de acidentes. TIPOS DE ESTRESSORES Os agentes estressores podem ser classificados como: 1. Sensoriais ou físicos. 2. Psicológicos. 3. Infecciosos. 1‐ SENSORIAIS OU FÍSICOS Os estímulos físicos são provenientes do ambiente e incluem: luz, calor, frio, odor, fumaças, drogas em geral, lesões corporais e esforços físicos. 2‐ PSICOLÓGICOS O estresse psicológico ocorre quando o sistema nervoso central é estimulado através de mecanismos puramente cognitivos, ou seja, que envolvem exclusivamente a mente, sem qualquer relação com o organismo (ex.: morte). 3‐ INFECCIOSOS O estresse infeccioso corresponde aos vírus, às bactérias, aos fungos ou aos parasitas, ao infectar o ser humano promovem a liberação de citocininas que, por sua vez, estimulam um importante mecanismo endócrino de controle do sistema imunológico. FISIOLOGIA DO ESTRESSE 4 VÍDEO “FASES DO ESTRESSE? ” FISIOLOGIA DO ESTRESSE – 1ª FASE Fase de alerta ou fase positiva do estresse. Principais sintomas: músculos contraídos e aumento da produção de adrenalina. FISIOLOGIA DO ESTRESSE – 1ª FASE Reconhecimento agente agressor Ativação sistema neuroendócrino Produção de adrenalina, noradrenalina e o cortisol (gl. adrenais) ↑baƟmentos cardíacos, pupilas dilatadas, ↑ sudorese e ↑ glicose sg. FISIOLOGIA DO ESTRESSE – 2ª FASE Fase de resistência ou de adaptação. Principais sintomas: cansaço ao acordar e memória comprometida. FISIOLOGIA DO ESTRESSE – 2ª FASE Esta fase ocorre quando o agente estressor continua agindo. Ocorre uma redução nos níveis hormonais. Reparação dos danos causados pela reação de alarme no organismo. 5 FISIOLOGIA DO ESTRESSE – 3ª FASE Fase de quase exaustão. Principais sintomas: irritabiliade, gastrite, oscilação de pressão arterial, alteração da glicemia, queda de cabelo, ansiedade e depressão. FISIOLOGIA DO ESTRESSE – 4ª FASE Fase da exaustão. Surgimento de doenças associadas à condição estressante. A ação do agente estressor de maneira repetida e prolongada pode trazer consequências indesejadas, incluindo a falência do sistema imunológico. Sérios danos são causados no organismo. FISIOLOGIA DO ESTRESSE – 4ª FASE Principais sintomas: Quem já tem tendência, pode desenvolver enfartes, derrames cerebrais e câncer. Pode levar ao suicídio também. EFEITOS DO ESTRESSE Cognitivos. Emocionais. Comportamentais. EFEITOS COGNITIVOS ↓ da concentração e do estado de atenção; ↑ da desatenção; perda da memória de curto e longo prazo; EFEITOS COGNITIVOS ↓na velocidade das respostas; ↑ no índice de erros; dificuldade na organização e planejamento em longo prazo; ↑ as ilusões e os distúrbios de pensamento. 6 EFEITOS EMOCIONAIS ↑ das tensões İsicas e psicológicas; ↑ da hipocondria; alteração nos traços de personalidade; ↑ as explosões emocionais; EFEITOS EMOCIONAIS ↓ da libido; aparecem a depressão e a sensação de desamparos; ↓ significaƟva da autoesƟma. EFEITOS COMPORTAMENTAIS ↑ dos problemas de arƟculação verbal (aumento da gagueira, por exemplo); ↓ dos interesses e do entusiasmo; ↑ do absenteísmo; ↑ do uso drogas; ↓ dos níveis de energia; EFEITOS COMPORTAMENTAIS ↑ na dificuldade em dormir; desenvolve‐se a tendência de jogar a culpa sobre os outros; ignoram‐se novas informações.; responsabilidades transferidas para outros.; surgem padrões bizarros de comportamento. RELAÇÃO ENTRE O ESTRESSE E AS DOENÇAS SISTEMA GASTROINTESTINAL ↑da secreção de hormônios digesƟvos pépƟcos na urina; deficiência de muco protetor; ↑ da produção das enzimas pépƟcas; ↑ do fluxo dos sucos ácidos no estômago; ↑ do surgimento de úlceras; 7 SISTEMA GASTROINTESTINAL perda de apetite; vômitos; constipação; diarreia. Sistema Músculo Esquelético SISTEMA IMUNOLÓGICO Diminuição e/ou perda total da capacidade de resistência do organismo. Facilita o desenvolvimento das células tumorais. Boa resposta emocional favorece bom prognósƟco e ↑resposta imunológica. SISTEMA GENITAL A impotência sexual é outra situação que pode ser desenvolvida pela excessiva exposição ao estresse. Dilatação e ↑ da aƟvidade da suprarrenal, que, em condições de estresse, ↓ a produção de outros hormônios desnecessários em casos de emergência, como os hormônios gonodotróficos. O sistema nervoso autônomo parassimpático (SNAp) participa na regulação das atividades sexuais. Em situações de estresse excessivo, o sistema nervoso autônomo simpático (SNAs) inibe a ação do SNAp. Vasoconstrição sanguínea. ↓ da irrigação dos órgãos genitais. Inibição da libido. SISTEMA HORMONAL O uso terapêutico de glicocorticoides esteroides gera um estresse no organismo, pois alteram a liberação de hormônios, de aspectos fisiológicos, e de mecanismos de defesa. Níveis de corƟsol ↑ significaƟvamente, gerando uma situação de imunossupressão, ↓ a produção de leucócitos (células de defesa) e ↑ a liberação de neutrófilos (células do processo inflamatório). 8 SISTEMA HORMONAL ↑ corƟsol ‐ estimula a produção de células naturais killer (NK), que possuem a função de combater infecções virais e células tumorais. O estresse acaba por impedir o ↑ da proliferação das células linfocitárias, enfraquecendo o organismo e expondo os agentes infecciosos. [...] SISTEMA HORMONAL [...] ↓ na produção da célula interleucina‐2, que é uma citocinina responsável pela ativação e induçãoda proliferação celular. Estresse no sistema hormonal Aumento da frequência cardíaca Aumento da glicemia Dilatação da pupila Relaxamento dos músculos intestinais Aumento da frequência respiratória Depressão Irritabilidade Hipoglicemia Pobre função mental e cognição Problemas DigestivosDores articulares e musculares Fraqueza muscular Alergia Ansiedade CefaleiaFadigaVertigem Baixa resistência a infecção TRATAMENTOS PARA O ESTRESSE Tratamento medicamentoso ‐ ansiolíticos, calmantes e antidepressivos. Alimentação balanceada. Atividade física ‐ liberação de substâncias com características analgésicas e relaxantes, como a endorfina. Boa noite de sono. Terapias alternativas. TRATAMENTOS PARA O ESTRESSE Os pescados são ricos em vitamina do complexo B, que contribuem para o equilíbrio da ansiedade, irritabilidade e oscilações do humor. A alcachofra, o espinafre e o leite contêm quantidades de magnésio, imprescindível na defesa do organismo contra o estresse. [...] 9 TRATAMENTOS PARA O ESTRESSE [...] Tomar um bom café da manhã, composto por café, leite e torradas com manteiga ou um pouco de cereais. Fazer pequenos lanches, com alimentos ricos em carboidratos, como frutas e vegetais. TRATAMENTOS PARA O ESTRESSE Não comer demais nas refeições, pois a digestão é mais complicada e lenta para as pessoas com o quadro de estresse. [...] TRATAMENTOS PARA O ESTRESSE [...] Os carboidratos geram um efeito calmante no organismo, pois aumentam os níveis de insulina e serotonina, porém é contraindicado misturar alimentos ricos em carboidratos com alimentos ricos em proteínas ou gorduras, pois estes quebram o efeito da serotonina que atua como antiestresse. [...] TRATAMENTOS PARA O ESTRESSE [...] Entrar na rotina de ingerir diariamente 10 copos de água ou qualquer líquido sem cafeína. TRATAMENTOS PARA O ESTRESSE Não comer demais nas refeições, pois a digestão é mais complicada e lenta para as pessoas com o quadro de estresse. [...] TRATAMENTOS PARA O ESTRESSE – TERAPIAS ALTERNATIVAS Fitoterapia ‐ tratamento feito à base de plantas e produtos naturais. Maracujá, valeriana, melissa e rosa branca são bastante indicadas. 10 TRATAMENTOS PARA O ESTRESSE – TERAPIAS ALTERNATIVAS Acupuntura ‐ técnica baseada na Medicina Tradicional Chinesa, que consiste nas aplicações de agulhas em pontos específicos ao longo do corpo para estimular o fluxo de energia, que fica desequilibrado e deficiente nos caso de estresse e depressão. TRATAMENTOS PARA O ESTRESSE – TERAPIAS ALTERNATIVAS Massagem terapêutica ‐ o shiatsu, a quick massagem, a terapia das pedras quentes e as massagens ayurvédicas. Promovem estimulação da circulação sanguínea, aliviando as tensões musculares, as dores, promovendo a sensação de bem‐estar físico e mental. TRATAMENTOS PARA O ESTRESSE – TERAPIAS ALTERNATIVAS Aromaterapia – tratamento à base de óleos essenciais. Cromoterapia ‐ tratamento que consiste na aplicação das cores para promover o bem‐estar físico e mental. COMO EVITAR O ESTRESSE? Identificar as fontes de estresse. Dormir a quantidade de horas adequadas em um ambiente tranquilo, livre de luz, barulho e som. Diminuir a quantidade de tarefas e aprender a distinguir o que é realmente indispensável. [...] COMO EVITAR O ESTRESSE? [...] Organizar o tempo. Hábitos alimentares saudáveis. COMO EVITAR O ESTRESSE? Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e ricas em cafeína. O álcool em excesso também interfere no hipotálamo, causando uma reação reversa: ao invés de relaxar, a pessoa passa a ter sintomas de depressão e ansiedade, aumentando os níveis de estresse. [...] 11 COMO EVITAR O ESTRESSE? [...] A cafeína, encontrada principalmente no café e em alguns tipos de chá, potencializa a secreção de adrenalina e cortisol, amplificando os efeitos dos estressores normais. COMO EVITAR O ESTRESSE? Atividade física ‐ liberação de serotonina (calmante). Esse hormônio provoca a sensação de euforia e bem‐ estar, podendo reduzir os efeitos da depressão e da ansiedade. Equilíbrio entre trabalho e lazer. Quebrar a rotina do dia a dia. © 2014 – Todos os direitos reservados. Uso exclusivo no Sistema de Ensino Presencial Conectado.
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