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Semiologia ortopédica (professor disse que ia focar na prova coluna e joelho) Exames subsidiários: radiografia: exame barato, vê ossos, conseguimos ver tumores também, geralmente é feito em 2 planos. -Cintilografia c/ radioisótopos: mostra locais com alto metabolismo, evidenciando lesão grave. -Ultrassom- bom para ver partes moles. -Ressonância magnética: exame de alta definição para estruturas internas, pode oferecer imagens de vários ângulos, bom para ver partes moles. -Tomografia: mostro o osso com detalhes. -Artroscopia: põe o artroscópio na articulação para investigar. -Eletroneuromiografia: avalia o potencial elétrico, doenças neurovasculares, vendo o grau de contração do músculo. Exame Físico Ortopédico Inspeção estática: observar postura, simetria corpórea, atitudes deve-se avaliar nas posições em pé, deitado, cócoras e sentado o paciente deve ser examinado de frente, costas e ambos os lados o indivíduo deve ser examinado com o mínimo de roupa possível, principalmente se a queixa for em um área coberta em crianças há melhor colaboração se as roupas forem tiradas aos poucos pode haver aumento do segmento ósseo dinâmica: movimentação dos segmentos corporais, limitações ou alguma assimetria e a existência de coordenação - marcha: pode estar alterada por deformidade (verismo, valgismo, lesão do tornozelo, desvio lateral da coluna vertebral) fase de carga: o pé se encontra em contato com o solo fase de balanço: o mesmo pé oscilando e a sustentação do corpo se faz sobre o membro oposto qualquer alteração na marcha é chamada de claudicação antálgica → a fase de carga do lado doloroso é encurtada atáxica → joelhos em extensão e ampliação da distância entre os pés (normal = 5-10) escarvante → paralitica dos flexores dorsais do pé tronco inclinado exageradamente para o lado de apoio → insuficiência do glúteo médio coloca a mão no joelho para bloqueá-lo na fase de apoio → insuficiência do quadríceps anserina → movimentação do tronco de um lado para o outro (insuficiência bilateral do glúteo médio, luxação congênita do quadril bilateral, coxa vara bilateral) tanolante → o toque do calcanhar é feita com muita intensidade produzindo um som típico (neuropatias que afetam a sensibilidade profunda e sensibilidade vibratória) espástica → movimento enrijecido e grosseiro atetóica → exagero da movimentação, arremesso casual de membros, tronco e cabeça em varias direções equino → apoia apenas as pontas dos pés inspeção de costas: observar se o tronco está equilibrado verticalmente tronco deslocado para lateral → ângulo toraco-braquial (causas frequentes: escoliose, encurtamento de MMII, atitudes antálgicas) os ombros devem ser simétricos e estarem na mesma altura e a cabeça fixada centralmente ombros desnivelados → escoliose, patologia escapular hipertrofia de um dos lados → atividades físicas, profissões atrofia de um dos lados → processos crônicos de dor no ombro ou no restante dos MMSS 1/ambas escápulas elevadas → doença de Sprengel compara-se a musculatura paravertebral, observar o alinhamento da coluna vertebral curvaturas → escoliose as cristas ilíacas devem estar alinhadas desnivelamento pélvico → escoliose lombar, encurtamento dos MMII, atitudes antálgicos, atitudes viciosas inspeção de frente: observar região peitoral, posicionamento da cicatriz umbilical, nivelamento das espinhas ilíacas ântero-superiores, altura dos joelhos, orientação da patela, posicionamento, forma e apoio dos pés, segmento cefálico (rotação e inclinação anômalas da cabeça), simetria da face (torcicolo congênito ou espasmódico) saliência exagerada do esterno → pectus carinatum reentrância exagerada do esterno → pectus exacavatum inspeção pelas laterais: observar curvatura da coluna, alinhamentos dos MMII, contorno abdominal 1º: paciente de lado com MMSS estendidos horizontalmente → detecção de posturas viciosas por aumento as cifose torácica ou lordose lombar 2º: paciente inclina-se lentamente e tenta tocar os dedos no assoalho (manobra de Adams) → verificação da flexibilidade dos segmentos da coluna há aumento da cifose e retificação da lordose - coluna: segmentos: cervical, torácico, lombar e sacral as curvaturas da coluna em um mesmo plano são associadas, uma influencia a outra se houver discrepância no tamanho dos MMII o paciente o paciente pode ter atitudes compensatórias (semiflexão do joelho no membro maior, pé equino no membro menor) - ombro: sua articulação é a mais móvel do corpo humano movimentos → flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa o deltoide é composto por 3 componentes e é inervado, pela nervo circunflexo/axilar porção anterior → flexão do braço porção lateral → abdução porção posterior → extensão manguito rotador: músculos supra e infra-espinal, redondo menor e subescapular todos se inserem na tuberosidade umeral apresentam ação independente, juntos fixam a caleça do úmero na cavidade glenoidal a escápula só deve se movimentar após o esgotamento do movimento na articulação glenoumeral (ele não deve ser mobilizada precocemente) é essencial especialmente em atividades repetidas de suspensão acima da cabeça, como arremessar e nadar a principal causa de dor é o tendão do supra-espinhal ruptura do manguito rotador → incapacidade de abdução - cotovelo: visto de frente tem ângulo discretamente valgo movimentos → flexão, extensão, pronação, supinação as patologias mais frequentes são traumáticas e podem levar a modificação do ângulo varo ou valgo e rigidez do movimento - mão: movimentos (punho) → flexão dorsal e palmar, abdução e adução movimentos (dedos) → flexão e extensão, abdução e adução e oponência (polegar) - quadril: movimentos → flexão, abdução, adução, rotação interna, rotação externa a extensão não é pesquisada rotineiramente (o paciente deve ficar em decúbito ventral) - joelho: movimentos → flexão (bíceps sural, semitendinoso, semimembranoso) e extensão (quadríceps) para de ganso: músculos sartório, grácil e semitendíneo (tem inserção comum na parte distal da tíbia) com função de fletir o joelho - pé: tem uma arco plantar medial pé cavo → arco aumentado pé plano → arco diminuído pé equino → apoio com a ponta do pé pé calcâneo → apoio com o calcanhar pé valgo → inclinação medial excessiva do tornozelo pé varo → inversão da inclinação medial pé aduto → antepé encontra-se desviado medialmente Palpação dor à palpação local, encurtamento muscular, assimetria dos MMII, diminuição da espessura da tíbia valgismo excessivo do joelho, pronação dos pés aumentada, anteversão do colo femoral aumentada, fragilidade muscular e limitações dos movimentos o quadro pode ser semelhante para lesões musculares e tendinosas, por isso deve-se solicitar exames complementares avaliação geral: taxas hormonais, hematológicas e bioquímicas, densitometria para osteoporose avaliação local: radiografias, tomografias, cintilografias, ressonância magnética avaliar edema, sensibilidade, crepitação, limitação de movimento, deformidade e instabilidade articular deformidades → podem ser mal formação congênita ou condição adquirida geralmente indicam doença de longa duração se forem únicas: decorrentes de doenças infecciosas/sequelas de fraturas mal consolidadas e fase avançada de doenças degenerativas pode haver na junção osteoarticular: verismo/valgismo no joelho/tornozelo, alterações mecânicas, posturais, sequelas de fraturas, infecções piogênicas, tuberculose, sífilis, artrite reumatoide (avançada) na coluna vertebral: cifose, escoliose, cifoescoliose → vício postural, processo infeccioso (tuberculose), quadros agudos traumáticos, hérnias discais avaliar aumento de volume: consistência, forma, localização, tamanho aumento do volume de consistência dura → cistos ósseos, neoplasias tipo células gigantes, osteossarcomas, osteocondromas rubor, calor, edema na área afetada → osteomelite fístula no segmento afetado → processo infecciosocrônico (tuberculose, sífilis, micose) crepitação → fratura se for no osso subcondral → osteoartrose palpação muito dolorida → osteomielites, neoplasias malignas de expansão rápida e fraturas - ATM: palpadas enquanto o paciente abre e fecha a boca à procura de sensibilidade e crepitações - coluna cervical: processos espinhosos e musculatura - coluna torácica: processos espinhosos e musculatura paravertebral, é realizada em decúbito ventral busca de pontos dolorosos e contratura muscular - coluna lombar: índice de Shober → paciente em pé, duas marcas são feitas verticalmente a partir do bordo superior do sacro, separadas pela distância de 10 cm paciente é instruído a inclinar-se para frente sem flexionar os joelhos distância entre as duas marcas, que inicialmente era de 10 cm, alonga-se para 15 ou 16 (índice 10-15 ou 10/16) cm se o paciente tiver um defeito de flexão, essa distância estará encurtada - clavícula: deve ser palpado em toda sua extensão é conexão óssea entre o MI e o tronco devem ser palpadas as articulações esternoclavicular e acromioclavicular luxação traumática → desnivelamento natural desuso do MI → atrofia da musculatura - ombro: tendinite bicipital → dor à palpação do tendão do bíceps sinal do arco → realizar um arco de 180° com o braço (abdução e elevação), será positivo se houver dor entre 60 e 120° (tendinite supra-espinhosa e bursite subacromial) tendinite supra-espinhosa (sinal do arco positivo) → dor à palpação sobre o tendão do supra espinhosos, na região do deltoide bursite subacromial (sinal do arco positivo) → dor mais difusa, deve estender o braço para trás e palpar a Bursa - músculos: peitoral maior, trapézio (doloroso em fibromialgia) - cotovelo: fletido em 90° e posteriormente, são palpáveis os epicôndilos lateral e medial e o olecrano palpa-se o nervo ulnar, tendão do bíceps braquial, tensão do tríceps sural cotovelo de tenista → dor à palpação sobre o epicôndilo lateral cotovelo de golfista → dor à palpação sobre o epicôndilo medial - punho: procurar sinais de sinovite - mãos: compressões alternadas laterais e ântero-posteriores da cápsula de cada articulação, procurando-se sentir o movimento do líquido - coxa: bursa troncantérica → dor sobre o trocanter maior - joelho: patela, cabeça da fíbula, tuberosidade anterior da tíbia, interlinha articular, tendão do bíceps sural, cavo poplíteo, nervo ciático poplíteo externo deve-se procurar edema e outros sinais de sinovite bursite pré-patelar → aumento do volume localizado sobre os 2/3 inferiores da patela cisto de Baker → maior volume na fossa poplítea joelho valgo → ligamento colateral medial joelho varus → ligamento colateral lateral - pé: tendinite do tendão de aquiles → dor à palpação do tendão de aquiles esporão do calcâneo → dor localizada na região central do calcanhar (inserção da fáscia plantar) Avaliações Movimento articular a amplitude da movimentação articular é dada em graus: 0 → posição anatômica pede-se primeiro para que o paciente realize um movimento ativo (avalia a força muscular) e depois um passivo (avalia excursão articular) os testes/manobras devem ser iniciados no lado normal (menos doloroso) Força muscular Mensuração circunferencial - circunferencial: membro superior e membro inferior - mensuração longitudinal: membro superior e membro inferior Pesquisa da mobilidade passiva mensuração da mobilidade articular sem ação muscular flexão-extensão: plano frontal abdução-adução: plano sagital rotação lateral-medial: eixo perpendicular ao solo prono-supinação: movimento rotatório que expõe a região palmar/plantar circundação: 3 sentidos de liberdade - ombro: flexo-extensão, abdução-adução, rotação lateral-medial - cotovelo: flexão-extensão, prono-supinação - quadril: flexo-extensão, abdução-adução, rotação lateral-medial - punho: flexo-extensão, abdução-adução - joelho: flexo-extensão, rotação lateral-medial - tornozelo: flexo-extensão Pesquisa de mobilidade ativa contração voluntária da musculatura ponto de referência: força gravitacional terrestre o músculo examinado é testado em sua função comparado com o lado são, podendo haver uma deficiência em relação à sua capacidade de contrair, vencendo ou não a força da gravidade 0 = ausência de contração 1 = não move, mas esboça contração 2 = realiza o movimento, sem a ação da gravidade 3 = move, só vence a gravidade, não resiste a mais esforços 4 = subnormal – vence a gravidade e algum esforço 5 = normal – realiza esforço semelhante ao outro lado Manobras são específicas para evidenciar uma alteração/fenômeno que permite avaliar determinada função/estrutura - manobra da gaveta anterior e posterior: diagnostica lesão do ligamento cruzado anterior ou posterior paciente em decúbito dorsal, quadril flexionado a 60°, joelho a 90° e o pé apoiado na mesa do exame o examinador prende o terço proximal da panturrilha com as mãos e traciona a tíbia anteriormente e posteriormente no joelho normal nada deve ocorrer se o ligamento está rompido, há um deslocamento anterior ou posterior da tíbia sob o fêmur é classificado em 3 níveis de cruzes até 5mm → + até 10 mm → ++ mais de 10 mm → +++ - teste de Thomas: demonstra uma contratura dos músculos e capsula no quadril é encontrada em pacientes com alterações neuromusculares e artrose paciente deitado → flexão de ambos os quadris → manter o quadril normal em flexão máxima → extensão vagarosa do quadril que se quer testar se há contratura em flexão, o quadril não estende completamente
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