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Política e Sociedade Brasileira: População, Educação, Saúde e Violência

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História e Geografia do Mato Grosso – CGE-MT 
Aula 04 – Atualidades – Parte III - Política e Sociedade Brasileira 
Prof. Leandro Signori 
 
 
 
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1 
 
 
 
 
 Caro Aluno, 
 Hoje continuamos a estudar política brasileira, mais precisamente 
algumas políticas públicas e a sociedade brasileira. Vamos estudar a população, 
educação, saúde, violência e segurança pública e fatos atuais da nossa 
sociedade nas áreas da cultura, esporte e ciência e tecnologia. 
 Bons estudos! 
 Grande Abraço, 
 Professor Leandro Signori 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 04 – Atualidades – Parte III - Política e Sociedade Brasileira 
 História e Geografia do Mato Grosso – CGE-MT 
Aula 04 – Atualidades – Parte III - Política e Sociedade Brasileira 
Prof. Leandro Signori 
 
 
 
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Sumário 
 
1. População 
2. Educação 
3. Saúde 
 4. Violência e Segurança Pública 
 4.1 Violência no Brasil 
 4.2 Mudança de perfil 
 4.3 Sistema Prisional 
 4.4 Drogas 
 4.5 Programa das UPPs 
5. Cultura 
6. Ciência e Tecnologia 
7. Esporte 
8. Trabalho escravo 
10. Questões comentadas 
11 Questões propostas 
12. Questões comentadas na parte teórica 
 
 
 
 
 
 História e Geografia do Mato Grosso – CGE-MT 
Aula 04 – Atualidades – Parte III - Política e Sociedade Brasileira 
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3 
 1. População 
O Brasil tem a quinta maior população do mundo, mas seu ritmo de 
crescimento vem se desacelerando fortemente nas últimas quatro décadas. 
Com data de referência em 1º de agosto de 2010, o censo contou uma 
população de 190.755.799 pessoas. Em relação ao último censo, de 2000, a 
população brasileira cresceu 12,3%, o que corresponde a uma expansão de 
1,17% ao ano, a menor taxa já observada pelas contagens do IBGE. A maior foi 
registrada na década de 1950, quando houve um crescimento relativo da 
população de 34,9%, ou 2,99% ao ano. 
Segundo a estimativa anual do IBGE, o Brasil chegou aos 202.768.562 de 
habitantes. Entre julho de 2013 e julho de 2014, a população do país cresceu 
apenas 0,8% - ou ganhamos 1,73 milhão de novos brasileiros. 
A principal razão para a desaceleração do crescimento da população é o 
declínio da taxa de fertilidade (ou fecundidade), ou seja, o número médio de 
filhos tidos por mulher em idade fértil. Na última década (2001-2010), o 
número médio de filhos por mulher foi de 1,86, taxa bem inferior à média da 
década anterior, que era de 2,38 filhos. Para se ter uma ideia da amplitude do 
declínio da taxa, na década de 1960, a média de fertilidade era de 6,3 filhos por 
brasileira. 
O padrão de fecundidade também se modificou entre os censos de 2000 
e 2010. Os levantamentos anteriores registravam maior concentração da 
fecundidade entre as mulheres mais jovens, o que motivou uma preocupação 
geral com a questão da gravidez na adolescência. Os números do último censo 
revelam que, em média, as mulheres estão tendo filhos mais velhas em relação 
a uma década atrás. 
A demografia considera que a taxa de fertilidade necessária para apenas 
manter estabilizada uma população é de 2,1 filhos. Isso porque cada par de 
adultos estaria gerando seus dois sucessores, e a parcela residual está ligada a 
fatores como a mortalidade infantil, adultos que não têm filhos, entre outros 
motivos. O fato de a taxa de fertilidade atual, de 1,77 filho por mulher (2013), 
ser inferior à necessária para a reposição da população não implica estagnação 
do crescimento, porque existe larga faixa da população em plena idade 
reprodutiva. 
Como são mais de 50 milhões de mulheres com idade entre 15 e 49 anos, 
que representam aproximadamente 55% do total de mulheres do país, ocorrem 
mais nascimentos do que mortes – uma vez que a expectativa de vida está 
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aumentando. Porém, se for mantido o atual ritmo de natalidade, daqui a 20 
anos a população brasileira deve parar de crescer, segundo o IBGE. 
Caso seja mantida a atual configuração demográfica do país, com a 
redução gradual da taxa de fecundidade e aumento da expectativa de vida, a 
população brasileira continuará crescendo lentamente até 2042 – 228 milhões 
de habitantes - quando entrará em declínio gradual e estará em torno de 218 
milhões em 2060. 
Se compararmos a distribuição da população por faixa de idade nas 
últimas décadas, é possível constatar um progressivo envelhecimento da 
população do país. Como mostra o gráfico abaixo, a pirâmide etária brasileira 
vem apresentando uma base menor a cada década, ou seja, menor proporção 
de crianças, e um topo cada vez mais ampliado, representando a maior 
participação de idosos na população. 
 
 
Base menor – Note como a base da pirâmide, na qual se mostram as 
porcentagens de jovens, está se estreitando, enquanto a metade superior da 
figura se alarga aos poucos: há mais idosos entre os brasileiros. 
Fonte: IBGE 
 
A representatividade de todos os grupos etários com idade até 25 anos 
caiu na última década, enquanto os demais grupos etários tiveram sua 
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presença aumentada. A participação relativa da população com 65 anos ou mais 
subiu de 4,8% em 1991 para 5,9% em 2000 e, finalmente, para 7,4% em 
2010. O principal motivo para isso é o aumento da longevidade do brasileiro 
(expectativa de vida). 
Esse indicador vem crescendo nos últimos anos, o que reflete a melhoria 
geral das condições de vida e saúde no país. Segundo a Tábua Completa de 
Mortalidade no Brasil 2013, do IBGE, o brasileiro atinge 74,9 anos de 
esperança de vida ao nascer em 2013. Entre 2000 e 2013, esse número 
cresceu 5 anos, com uma situação mais favorável para as mulheres. A 
expectativa de vida das mulheres, que era de 74,3 em 2000, subiu para 78,6 
em 2013. No caso dos homens, passou de 66,2 para 71,3 anos. 
Por estados, Santa Catarina e o Distrito Federal registraram a maior 
expectativa de vida, de 78,1 e 77,3 anos, em 2013. Maranhão registrou a 
menor, de 69,6 anos. 
Muitos fatores contribuem para o aumento da longevidade dos brasileiros, 
como maior acesso à água potável e à rede de esgoto, ampliação da renda e da 
alimentação (melhor nutrição), maior acesso a serviços de saúde, campanhas 
de vacinação e de prevenção de doenças, além dos avanços da medicina e do 
aumento da escolaridade e do acesso à informação. 
A queda da taxa de fecundidade, juntamente com o aumento da 
expectativa de vida, aponta para importantes modificações na estrutura etária 
da população brasileira, com implicações econômicas e também nos gastos 
públicos com educação, saúde e previdência social. 
O envelhecimento populacional e o encolhimento da força de trabalho – 
com consequente pressão sobre serviços de saúde e previdência – são questões 
que já preocupam países da Europa. A razão de dependência mede a 
porcentagem das pessoas consideradas dependentes sobre a parcela 
potencialmente produtiva. Uma grande parte dos países em desenvolvimento 
ainda pode desfrutar do bônus demográfico, caracterizado pela maior 
proporção de pessoas em idade ativa em relaçãoà parcela considerada 
dependente, na medida em que ainda vê crescer a parcela de sua população 
integrante da força de trabalho. 
O Brasil está nesse período, do bônus demográfico, que deve durar até 
2050. A partir daí, a razão de dependência entre pessoas economicamente 
ativas e de crianças e idosos voltará a crescer gradativamente. 
 
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6 
 
 
 Hora de começar a praticar! 
 
01) (FCC/DPE SP/2012 – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA) O Brasil 
vive hoje uma revolução econômica e ao mesmo tempo uma revolução 
demográfica, que não é muito comentada. Da econômica todos falam, 
bem ou mal: se crescemos menos de 1% de um trimestre a outro, o 
tema vira manchete na imprensa. [...]. 
Na revolução demográfica há sinais tão importantes quanto na outra. 
(Adaptado: Carta Capital, 26/12/2012. Ano XVIII. n. 729. p.23) 
Um dos fatos importantes que fazem parte da revolução demográfica 
mencionada no texto é 
a) a existência de cerca de 50 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos, 
isto é, na idade produtiva. 
b) o crescente aumento da renda per capita, atualmente por volta de 28 
mil dólares. 
c) a diminuição da taxa de fecundidade, atualmente abaixo da 
reposição populacional. 
d) o esvaziamento das pequenas e médias cidades com o consequente 
aumento da população das metrópoles. 
e) a redução expressiva da taxa de analfabetismo em virtude dos 
investimentos em educação. 
COMENTÁRIOS: 
a) Errada. O Brasil atravessa um período denominado de bônus demográfico, 
que se caracteriza por seu um período da vida de um país em que a estrutura 
etária da população atua no sentido de facilitar o crescimento econômico. Isso 
acontece quando há um grande contingente da população em idade produtiva 
(ativa) e um menor número de idosos e crianças (população dependente). 
Conforme o censo de 2010, o Brasil tem 130,6 milhões de pessoas entre 15 e 
64 anos (67,6% da população em idade produtiva). 
b) Errada. A renda per capita cresce continuamente nas últimas décadas. Em 
março de 2012 este número era de R$ 22.400 ou US$ 11.303. 
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c) Certa. Para que haja reposição populacional, ou seja, para que a população 
não diminua, a taxa de fecundidade de um país tem que ser de 2,1 filhos por 
mulher. Em 2010, a taxa de fecundidade brasileira era de 1,87 filhos por 
mulher, abaixo do índice de reposição populacional. 
d) Errada. No Brasil está havendo o crescimento de muitas cidades pequenas e 
médias dinâmicas, como também está havendo a diminuição da população em 
centenas de pequenas cidades brasileiras deprimidas ou estagnadas 
economicamente. A população das metrópoles segue aumentando, mas em 
ritmos diferenciados. 
e) Errada. A taxa de analfabetismo está em queda continuada há mais de um 
século no Brasil. Porém o índice ainda é alto. Um dado negativo é que, 
conforme a Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio (PNAD) do IBGE houve 
um pequeno aumento da taxa que passou de 8,6% em 2011 para 8,7% em 
2012. 
Gabarito: C 
 
As migrações e o Brasil 
O Brasil voltou a ser um país de imigrantes. Atualmente entram mais 
pessoas em relações às que deixam o país para residir no exterior. A imagem 
favorável do país no exterior e o bom momento de crescimento econômico, em 
meio a uma crise econômica internacional e a guerras e conflitos, tornaram o 
país uma rota de interesse e refúgio. 
Há também um significativo retorno de brasileiros que emigraram para o 
exterior. Nas décadas de 1980 e 1990, em que a economia ficou estagnada, 
milhares de brasileiros foram para outros países. 
As mesmas consequências da crise econômica mundial, que atraem 
estrangeiros para o Brasil, estimulam a volta dos brasileiros. Um dos grupos de 
retorno mais significativos é o de brasileiros que viviam no Japão, os 
dekasseguis. 
Internamente, os brasileiros têm migrado menos. Hoje, menos gente se 
transfere de uma região a outra. São razões para isso a lenta redistribuição das 
indústrias para outras regiões, o avanço da urbanização e o surgimento de 
novos polos de desenvolvimento, em cidades médias de todas as regiões, que 
diminuem o poder de atração das grandes regiões metropolitanas como São 
Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. 
 
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 Os haitianos 
O terremoto que arrasou o Haiti em 2010 deu impulso extra ao grande 
fluxo de haitianos que, há várias décadas, deixa o país caribenho em busca de 
melhores condições de vida em outras nações. Nesse ano, começaram a entrar 
no Brasil pelas fronteiras no Norte do país, principalmente pelo Acre. 
Segundo o governo federal, entre 2010 e o fim de 2013, 21 mil haitianos 
obtiveram vistos permanentes para viver no Brasil. O número total de haitianos 
no Brasil é, no entanto, desconhecido, já que muitos ainda aguardam os vistos. 
Mesmo assim, o número é pequeno comparado ao total de imigrantes 
haitianos em outros países. Nos Estados Unidos, o Censo de 2010 contou quase 
1 milhão de haitianos. Na República Dominicana, único país a dividir fronteira 
terrestre com o Haiti, estima-se que haja entre 500 mil e 800 mil haitianos. 
Grande parte dos haitianos no Brasil diz ter optado pelo país pelo 
tamanho de sua economia e suas possibilidades de trabalho. Alguns também 
citam as crescentes dificuldades para migrar para países europeus e os EUA. 
Os haitianos que chegam ao Brasil pela Amazônia costumam voar até o 
Equador e, de lá, pegar ônibus até a fronteira do Peru com o Brasil. A viagem 
pode durar até uma semana. 
A chegada deles pela Amazônia foi facilitada pela inauguração, há alguns 
anos, da estrada Interoceânica, que liga o Acre à costa do Peru, no Pacífico. No 
trajeto, muitos imigrantes dizem sofrer achaques policiais e pagar preços 
escorchantes a atravessadores (coiotes). 
No Acre, os haitianos chegavam à cidade de Brasileia, na fronteira com a 
Bolívia, onde eram hospedados em alojamentos. Como chegavam sem vistos, 
eles permaneciam ali até tirar os documentos para trabalhar legalmente no 
país. Muitos haitianos foram recrutados ainda em Brasileia por empresários de 
várias regiões do Brasil, principalmente na região Sul. A maioria tem trabalhado 
em indústrias ou na construção civil. 
A partir de abril de 2014, o Governo do Acre deixou de alojar os haitianos. 
Os imigrantes que chegam em Brasileia, estão sendo colocados em ônibus e 
enviados para a cidade de São Paulo. Esse envio está sendo feito sem prévio 
aviso aos órgãos governamentais de São Paulo, para que pudessem planejar a 
sua recepção e hospedagem, o que gerou protestos dos paulistas. 
Nos últimos anos, imigrantes de outros países, principalmente Senegal e 
República Dominicana, também passaram a chegar ao Brasil pela rota aberta 
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pelos haitianos com início no Equador. Os senegaleses também têm como 
principal destino o Sul do país, onde geralmente conseguem empregos em 
abatedourosdedicados à exportação de carne para países de maioria 
muçulmana. Os senegaleses trabalham justamente com a preparação da carne 
conforme os preceitos islâmicos. 
 
02) (VUNESP/FUNDUNESP/2014 – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) 
Imigrantes haitianos sofrem racismo e xenofobia no Brasil 
Muitos haitianos vêm para o Brasil em busca de emprego e de 
condições mais seguras do que as de seu país, que sofre desde 2010 
com as consequências de um terremoto que causou a morte de 300 mil 
pessoas. O Brasil optou por acolher esses imigrantes, oferecendo 
auxílio como alimentação, moradia e vistos provisórios de trabalho. 
(Terra, http://goo.gl/jRHpx1, 13.mai.2014. Adaptado) 
O grande número de imigrantes tem causado impasses, como o que 
aconteceu recentemente entre 
a) o Pará e o Espírito Santo. 
b) Rondônia e Minas Gerais. 
c) Roraima e o Distrito Federal. 
d) o Acre e São Paulo. 
e) o Amazonas e o Rio de Janeiro. 
COMENTÁRIOS: 
O terremoto que arrasou o Haiti em 2010 deu impulso extra ao grande 
fluxo de haitianos que, há várias décadas, deixa o país caribenho em busca de 
melhores condições de vida em outras nações. Nesse ano, começaram a entrar 
no Brasil pelas fronteiras no Norte do país, principalmente pelo Acre. 
No Acre, os haitianos chegavam à cidade de Brasileia, na fronteira com a 
Bolívia, onde eram hospedados em alojamentos. Como chegavam sem vistos, 
eles permaneciam ali até tirar os documentos para trabalhar legalmente no 
país. Muitos haitianos foram recrutados ainda em Brasileia por empresários de 
várias regiões do Brasil, principalmente na região Sul. A maioria tem trabalhado 
em indústrias ou na construção civil. 
A partir de abril de 2014, o Governo do Acre deixou de alojar os haitianos. 
Os imigrantes que chegam em Brasileia, estão sendo colocados em ônibus e 
enviados para a cidade de São Paulo. Esse envio está sendo feito sem prévio 
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aviso aos órgãos governamentais de São Paulo, para que pudessem planejar a 
sua recepção e hospedagem, o que gerou protestos dos paulistas. 
Gabarito: D 
 
 IDH e IDHM 
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) surgiu em 1990, no 
Primeiro Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD/ONU. O IDH reúne 
três dos requisitos mais importantes para a expansão das liberdades das 
pessoas: a oportunidade de se levar uma vida longa e saudável – saúde –, ter 
acesso ao conhecimento – educação – e poder desfrutar de um padrão de vida 
digno – renda. O índice varia em uma escala de 0 a 1. Quanto mais próximo de 
1, mais elevado é o IDH. No ranking os países são divididos em quatro 
categorias: nações com índice de desenvolvimento "muito alto", "alto", "médio" 
e "baixo". 
O último relatório do IDH dos países é de 2014. Nessa lista, o Brasil está 
em 79º lugar, mantendo a classificação de alto IDH. No índice de 2012, 
ocupava a 80º posição. Ainda que tímido, o crescimento foi bem avaliado por 
especialistas do Pnud, que destacam o Brasil como um dos 18 países, entre os 
102 que têm alto ou muito alto IDH, que conseguiram melhorar no ranking. 
Eles atribuem o crescimento constante a ações políticas, como o investimento 
em programas sociais, o fortalecimento do Sistema Único de Saúde 
(SUS), a busca pela estabilidade econômica e a expansão do acesso a 
universidades. 
Outro índice divulgado pela ONU é o Índice de Desenvolvimento 
Humano Municipal (IDHM), que é calculado por município. Segundo o Atlas 
do Desenvolvimento Humano do Brasil 2013, no período de 20 anos (1991-
2010), o IDH dos municípios do país evoluiu de 0,493 (Muito Baixo, o pior 
grupo) para 0,727 (Alto desenvolvimento, o segundo melhor grupo). E houve 
melhora acentuada nos municípios que estavam nas piores posições. 
A maioria dos municípios com IDH Muito Baixo e Baixo está nas regiões 
Norte e Nordeste. A região com a maior participação de municípios com Alto 
Desenvolvimento é a Sul, seguida pela Região Sudeste. A maioria dos 
municípios no Centro-Oeste e Norte estão na faixa de Médio Desenvolvimento e 
a maioria dos municípios do Nordeste na faixa de Baixo Desenvolvimento. 
No grupo de IDH Muito Alto, há apenas uma unidade da federação, o 
Distrito Federal, e 20 municípios, entre os quais 5 capitais: Florianópolis, 
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Vitória, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte. O município com maior IDHM do país 
é São Caetano do Sul (SP) e o menor é Melgaço (PA). 
 
As 50 cidades com maior e as 50 com menor renda 
 
 Crédito: Atlas do Desenvolvimento Humano 2013 
 
A ONU também divulgou o IDMH de 16 regiões metropolitanas do Brasil. 
Com índice de 0,794, a região metropolitana de São Paulo tem o maior 
IDHM entre as áreas pesquisadas. A Ride (Região Integrada de 
Desenvolvimento Econômico) do Distrito Federal é a segunda melhor 
colocada no ranking, com IDHM 0,792. A região metropolitana de Curitiba vem 
na sequência com 0,783. O quarto lugar ficou com a região metropolitana de 
Belo Horizonte com 0,774 de IDHM. A quinta melhor região metropolitana é a 
da Grande Vitória, com 0772. 
Entre as piores no ranking, a região metropolitana de Manaus obteve a 
menor índice com o IDHM de 0,720. Belém é a penúltima no ranking com 
0,729. Fortaleza e Natal aparecem empatadas com terceiro pior IDHM com 
0,732. A região metropolitana do Recife vem em seguida com 0,734. 
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Todas as 16 regiões metropolitanas estudadas pela ONU encontram-se na 
categoria alto desenvolvimento humano. Houve melhora do IDHM nos 
últimos dez anos (2000-2010) em todas as regiões metropolitanas analisadas. 
 
03) (FCC/CAIXA/2013 – MÉDICO DO TRABALHO) Em 2012, de acordo 
com a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil ficou em 85o 
lugar quanto ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de sua 
população. Tal medida é elaborada a partir de três quesitos distintos: 
saúde, renda e 
a) acesso ao conhecimento. 
b) consumo de bens e serviços. 
c) casa própria. 
d) emprego fixo. 
e) tempo destinado ao lazer. 
COMENTÁRIOS: 
O IDH reúne três dos requisitos mais importantes para a expansão das 
liberdades das pessoas: a oportunidade de se levar uma vida longa e saudável 
– saúde –, ter acesso ao conhecimento – educação – e poder desfrutar de um 
padrão de vida digno – renda. 
Gabarito: A 
 
2. Educação 
As principais diretrizes educacionais brasileiras são detalhadas na Lei de 
Diretrizes e Bases (LDB), que determina a aprovação, pelo Congresso Nacional, 
de um Plano Nacional da Educação (PNE), com metas a ser alcançadas em um 
prazo de dez anos. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) é a principal lei federal 
que regulamenta a educação no Brasil, de acordo com a Constituição. A norma 
reforça o direito de todo brasileiro ao acesso gratuito à educação fundamental e 
prevê a gradativa extensão dessa condição ao ensino médio. Detalha o papel da 
União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal em relação à educação, 
articula suas ações e determina as obrigações gerais das instituições de ensino, 
dos professores e dos outros profissionais da área. Define os níveis da educação 
no Brasil, apresentareferenciais curriculares e estabelece a carga horária 
mínima para cada um, nas diversas modalidades. 
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O Plano Nacional da Educação (PNE), previsto na Constituição 
Federal, cumpre a função de orientar os esforços dos governos federal, 
estaduais e municipais para a melhoria na educação brasileira. 
Complementando as orientações e diretrizes da Lei de Diretrizes e Bases, o PNE 
estabelece metas qualitativas e quantitativas gerais, a ser alcançadas em, no 
máximo, dez anos. 
O primeiro PNE vigorou no decênio 2001-2010. Em junho de 2014, o 
Congresso Nacional concluiu a votação do novo PNE, que vai vigorar no período 
de 2014 a 2024. A principal inovação da proposta em relação ao plano anterior 
é a aplicação de um mínimo de recursos públicos equivalentes a 10% do 
Produto Interno Bruto (PIB) em educação. O plano prevê o alcance dessa 
meta em duas etapas: um mínimo de 7% do PIB no quinto ano de vigência da 
lei; e 10% do PIB ao fim do período de dez anos. 
 
Avaliação da Educação 
 O Governo Federal tem seis instrumentos para avaliar a qualidade do 
ensino e o rendimento da educação dos estudantes no Brasil, sendo três na 
educação básica e três no ensino superior. Os resultados de cada indicador 
servem de fundamento para a definição de políticas públicas, em busca de 
melhoria da qualidade do ensino. Para a educação básica utiliza o ENEM, SAEB 
e IDEB. Já para a educação superior existem o Sistema Nacional de Avaliação 
da Educação Superior (SINAES), Avaliação da Capes e o Índice de Cursos da 
Instituição (IGC). 
 O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é um 
indicador da qualidade do ensino que varia numa escala de 0 a 10. O índice é 
calculado sobre números do Censo Escolar da Educação Básica, que registra os 
dados de aprovação por escola, município e estado, e das avaliações do SAEB e 
da Prova Brasil. 
A educação do país não atingiu as metas previstas pelo IDEB para 
o ano de 2013 nos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e no 
ensino médio. No ensino médio, de 2011 a 2013, a nota não cresceu e 
manteve-se em 3,7 pontos, não atingindo a meta que era 3,9. Nos anos finais 
do ensino fundamental o desempenho melhorou e a nota total passou de 4,1 
para 4,2 entre os anos de 2011 e 2013, o que não foi suficiente para atingir a 
meta de 4,4 pontos. A meta nacional só foi atingida nos primeiros anos do 
ensino fundamental (1º ao 5º ano), com nota 5,2, acima da meta prevista de 
4,9. As escolas particulares não alcançaram as metas em nenhuma das três 
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fases de ensino (anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio). 
Apenas quatro estados atingiram as metas estipuladas para 2013: Goiás, Rio 
de Janeiro, Pernambuco e Amazonas. 
Para melhorar o ensino, os especialistas propõem reavaliar e reformar o 
currículo, melhorar a metodologia de ensino e a motivação dos alunos. 
 
04) (FCC/SEFAZ SP/2010 – APOFP) Em relação às atuais políticas 
públicas de acesso ao ensino superior no Brasil, é correto afirmar: 
a) O ProUni (Programa Universidade para Todos) oferece bolsas para 
permanência de estudantes nas universidades públicas e o Enem 
(Exame Nacional do Ensino Médio) seleciona estudantes para 
universidades públicas federais. 
b) O ProUni (Programa Universidade para Todos) e o Enade (Exame 
Nacional de Desempenho de Estudantes) selecionam estudantes para 
as universidades públicas federais. 
c) O Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e o Enade (Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes) são processos de seleção para o ingresso 
de estudantes em universidades públicas e privadas. 
d) A nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) é utilizada na 
seleção de estudantes para vagas de universidades pelo Sisu (Sistema 
de Seleção Unificada) ou pelo ProUni (Programa Universidade para 
Todos). 
e) O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e o ProUni (Programa 
Universidade para Todos) selecionam estudantes para o ingresso em 
universidades públicas estaduais. 
COMENTÁRIOS: 
Vejamos cada um destes programas: 
ProUni – O Programa Universidade para Todos (ProUni) tem como 
finalidade a concessão de bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de 
cursos de graduação e de cursos sequenciais de formação específica, em 
instituições privadas de educação superior. 
Enem - O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é utilizado para 
avaliar a qualidade do ensino médio e seu resultado serve para acesso ao 
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ensino superior em universidades públicas brasileiras através do Sisu. 
Serve também para a obtenção de bolsas, por meio do ProUni ou para 
obtenção de financiamento através do Fies. 
Enade – O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 
avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e 
concluintes. O exame é obrigatório para os alunos selecionados e condição 
indispensável para a emissão do histórico escolar. 
Sisu - O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) seleciona os candidatos 
às vagas das instituições públicas de ensino superior que utilizarão a 
nota do Enem como única fase de seu processo seletivo. A seleção é feita 
pelo Sistema com base na nota obtida pelo candidato no Enem. 
Gabarito: D 
 
USP PERDE LIDERANÇA EM RANKING DA AMÉRICA LATINA – A 
Universidade de São Paulo (USP) perdeu a primeira posição no ranking de 
universidades latino-americanas do grupo QS University Rankings, uma 
publicação britânica que faz alguns dos principais rankings universitários do 
mundo. Quem tomou a liderança neste ano foi a PUC do Chile. A USP - que 
vinha ocupando a primeira posição desde que o ranking da América Latina havia 
sido criado, em 2011 - neste ano aparece em segundo lugar. 
As outras universidades brasileiras mais bem colocadas no ranking são a 
Unicamp, que se manteve no 3º lugar, UFRJ, em 4º lugar, Unesp, em 9º lugar e 
empatadas em 10º lugar a UFMG e a UFRGS. 
 
3. Saúde 
Mais Médicos 
O Mais Médicos, programa lançado em julho de 2013 pelo Governo 
Federal, visa suprir a carência de médicos nos municípios do interior e nas 
periferias das grandes cidades do Brasil. O programa pretende levar 15 mil 
médicos para as áreas onde faltam profissionais. 
Os médicos do programa recebem do Governo Federal, uma bolsa mensal 
de dez mil reais – valor maior do que recebem muitos médicos em diversas 
prefeituras municipais do Brasil. Os diplomados no exterior não precisam fazer 
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o Revalida - exame que o Conselho Federal de Medicina (CFM) aplica aos 
formados em outros países – para que possam exercer a profissão no Brasil. 
A prioridade no acesso as vagas é para médicos brasileiros, mas houve 
pouco interesse. Assim, o grande contingente é de médicos cubanos, que não 
são contratados diretamente pelo Ministério da Saúde. Por meio da Organização 
Pan-Americana de Saúde (OPAS), o governo brasileirocontrata serviços com o 
governo de Cuba que disponibilizará médicos ao Brasil. Do valor mensal da 
bolsa – R$ 10.000,00 - os médicos cubanos recebem menos, em torno de R$ 
3.000,00. O restante do valor da bolsa ficará com o governo de Cuba. 
A "importação" de médicos de outros países foi alvo de duras críticas de 
associações representativas da categoria e de estudantes de medicina, que 
promoveram atos de protesto pelo país. A Associação Médica Brasileira (AMB) e 
o Conselho Federal de Medicina (CFM) chegaram a entrar com uma ação no STF 
para suspender o programa. As entidades alegam que a contratação de 
profissionais formados em outros países sem que sejam aprovados no Revalida 
é ilegal. 
O registro provisório para os médicos estrangeiros trabalharem no Brasil 
seria expedido pelos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). No entanto, 
essas entidades criaram uma série de dificuldades para a emissão dos registros. 
Assim, o Congresso Nacional alterou a Medida Provisória de criação do 
programa e o registro provisório passou a ser emitido pelo Ministério da Saúde. 
Os CRMs continuam com a função fiscalizadora do exercício da profissão. 
 
O Mais Médicos vem conseguindo atender a 100% da demanda por 
médicos solicitada pelos municípios. 
 
05) (CESPE/CPRM/2013 – ANALISTA DE GEOCIÊNCIAS) Com relação à 
situação da saúde pública no Brasil, julgue os itens que se seguem. 
Recentemente, o governo federal lançou o programa Mais Médicos, que 
tem por objetivo atrair médicos, tanto brasileiros quanto estrangeiros, 
para o interior do país e para a periferia das grandes cidades. 
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COMENTÁRIOS: 
O Mais Médicos visa suprir a carência de médicos nos municípios do 
interior e nas periferias das grandes cidades do Brasil. O programa pretende 
levar 15 mil médicos brasileiros e estrangeiros para as áreas onde faltam esses 
profissionais. 
Gabarito: Certo 
 
Dengue e Chikungunya 
 As doenças infecciosas continuam a ameaçar. No Brasil, a dengue faz um 
número cada vez maior de doentes. Somente em 2014 foram quase 600 mil 
casos. A dengue é causada por vírus e transmitida pelo mosquito Aedes 
aegypti, em baixíssima escala, pelo Aedes albopictus. O mosquito transmissor 
se reproduz na água limpa. Não há uma vacina para a dengue. 
 Pesquisadores da Fiocruz desenvolveram um “mosquito do bem” que 
bloqueia a transmissão do vírus da dengue. Em fase de testes, os 
pesquisadores vão soltar 10 mil mosquitos Aedes aegypti toda semana durante 
três ou quatro meses no bairro de Tubiacanga, na Ilha do Governador, no Rio 
de Janeiro. Os mosquitos contêm a bactéria wolbachia. O objetivo é substituir 
toda a população de mosquitos da região para reduzir os casos de infecção por 
dengue. 
Outra doença que começa a virar epidemia no Brasil é a febre 
chikungunya. Até o dia 14 de outubro, foram registrados 337 casos da 
infecção no país, a maioria de pessoas que não fizeram viagem internacional 
para locais onde há registro de transmissão. A maior parte dos casos foi 
diagnosticada em Feira de Santana na Bahia. A infecção pelo vírus chikungunya 
provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. 
Comparado com a dengue, o vírus mata com menos frequência. 
Por ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes 
aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus a infecção pelo 
chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue. O risco aumenta, 
portanto, em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. 
A principal diferença de transmissão em relação à dengue é que o Aedes 
albopictus também pode ser encontrado em áreas rurais, não apenas em 
cidades. 
Os sintomas surgem entre dois e 12 dias após a picada do mosquito 
contaminado com o vírus. O primeiro deles é uma febre repentina acima de 
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38,5 graus. A principal característica da doença é a forte dor nas articulações. 
Na fase mais aguda, durante a primeira semana, podem aparecer bolhas, 
descamação da pele, fadiga e, em alguns casos, conjuntivite. Os sinais e 
sintomas tendem a ser mais intensos em crianças (até dois anos de idade), 
gestantes e idosos. Pessoas com doenças crônicas têm mais chance de 
desenvolver formas graves da doença. 
Também não há uma vacina para a chikungunya. Sobre a prevenção, 
valem as mesmas regras aplicadas à dengue: ela é feita por meio do controle 
dos mosquitos que transmitem o vírus. Portanto, evitar água parada, que os 
insetos usam para se reproduzir, é a principal medida. Em casos específicos de 
surtos, o uso de inseticidas e telas protetoras nas janelas das casas também 
pode ser aconselhado. 
 
Anvisa autoriza o Canabidiol 
O canabidiol é um medicamento extraído da maconha e que era proibido 
no Brasil. O remédio é utilizado em pacientes com doenças neurológicas 
crônicas, como a epilepsia mioclônica grave, o mal de Parkinson e mesmo 
câncer. A proibição do canabidiol ganhou notoriedade depois que a família da 
garota Anny Fischer, de 6 anos, que sofre da síndrome CDKL5, iniciou uma 
campanha pública, pela internet, e obteve na Justiça, em abril de 2014, o 
direito de importar legalmente o medicamento. Em novembro, a Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que autoriza a utilização de 
medicamentos no Brasil, passou a autorizar os pedidos de importação 
solicitados e o Conselho Federal de Medicina publicou resolução 
regulamentando a prescrição da substância. 
 
 4. Violência e Segurança Pública 
Até a metade da década de 1950, o Brasil era um país majoritariamente 
rural. A partir desta data passou por um processo de urbanização acelerada, 
que teve como causas um rápido processo de industrialização e o êxodo rural. 
A mecanização do campo liberou grandes contingentes de trabalhadores 
das suas atividades rurais. Esse fator somado a histórica concentração de 
terras, as péssimas condições de vida no meio rural e a maior oferta de 
emprego nas cidades levou milhões de trabalhadores a se deslocarem do campo 
para a cidade, em um período de poucas décadas. 
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As cidades não tiveram tempo, nem condições de se adaptarem, 
ocasionado o surgimento de grandes problemas urbanos. Os migrantes do 
campo foram residir na periferia e na periferia da periferia das cidades. Nesses 
lugares faltava quase tudo, infraestrutura, saneamento, áreas verdes e de 
lazer, saúde, educação, transporte de qualidade e moradia. Soma-se a isso 
tudo a carência de emprego e temos um ambiente propício para a explosão da 
violência e da criminalidade. 
A criminalidade tem como causas: 
- Ausência ou omissão do Estado (poder público), principalmente 
nas periferias – Lembre-se sempre que educação, saúde, trabalho, moradia, 
lazer e segurança são direitos sociais garantidos constitucionalmente aos 
cidadãos. Cabe ao Poder Público provê-los à coletividade. 
- Exclusão social ou desigualdade social ou má distribuição de 
renda – Observa-se que a pobreza é a principal causa da criminalidade, mas 
não a única. A relação não é direta, não é de causa e efeito, pois não se pode 
dizer que osladrões surgem todos da pobreza. Aliás, sabemos disso muito bem 
no Brasil, vide o grande número de larápios provenientes das classes mais 
abastadas. 
- Ação dos traficantes de drogas ilícitas – O narcotráfico contribui 
significativamente para o aumento da violência e da sensação de insegurança 
nas cidades brasileiras. 
 
4.1 Violência no Brasil 
O número total de mortos por causas violentas é muito alto no Brasil, e 
o de homicídios é o maior do mundo, segundo o relatório Carga Global da 
Violência Armada, publicado na Suíça. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que qualquer taxa 
acima de dez homicídios por 100 mil habitantes ao ano já é considerada 
uma situação de violência epidêmica e, portanto, inaceitável. Segundo o 
Anuário Brasileiro de Segurança Pública – 8º edição, em 2013 a taxa brasileira 
foi de 25,2 homicídios por 100 mil habitantes ao ano. No total, 50.806 
pessoas foram vítimas de homicídios dolosos no Brasil no ano passado. 
A violência é a principal causa de morte de jovens (brasileiros na 
faixa etária de 15 a 24 anos) – e a terceira da população em geral. Segundo o 
IBGE), causas violentas (acidentes de trânsito, suicídios e homicídios) foram 
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responsáveis por 63% das mortes de jovens entre 15 e 24 anos em 2012. Pelos 
dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da 
Saúde, em 2011 pouco mais de metade de todos os assassinados no Brasil 
eram jovens, dos quais 93% do sexo masculino e 71,4% negros. 
A violência não faz parte do cotidiano da juventude só pelo lado do 
número de vítimas. Mais da metade de todos os presidiários do Brasil, 
54,8%, tem entre 18 e 29 anos. E também aí, há a marca de desigualdades 
sociais e vulnerabilidade: 60,8% dos detentos são negros e 57,8% não 
completaram o ensino fundamental. 
 
Perfil da Criminalidade: 
Faixa etária: jovem (15 a 24/25 anos) 
Gênero: masculino 
Classe social: pobre 
Meio social: periferia das cidades 
Cor da pele: preta/parda 
Escolaridade: ensino fundamental incompleto 
 
4.2 Mudança de perfil 
Desde 2003, a taxa de homicídios varia pouco no Brasil, ficando em torno 
de 26 por 100 mil habitantes. Mas isso não é uma boa notícia. Primeiro, porque 
é um patamar muito elevado de mortes. Segundo, porque essa aparente 
estabilidade disfarça mudanças significativas no perfil da violência no país. 
Uma delas diz respeito à distribuição geográfica: há uma interiorização 
dos homicídios, dos grandes conglomerados para capitais menores e 
destas para cidades do interior. O crescimento econômico de cidades do 
interior sem o adequado investimento em segurança pública e infraestrutura é 
tido como uma das causas para isso. Outro motivo é o fato de que pequenos 
municípios são controlados pelo crime organizado por estar em rota de tráfico 
de drogas e contrabando. 
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Em 2013, a Bahia foi o estado com maior número de mortos: 5.440 (taxa 
de 36,1 a cada grupo de 100 mil pessoas). Alagoas registrou a pior taxa do país 
no período: 64,7 vítimas a cada 100 mil pessoas. Rio Grande do Norte teve o 
maior crescimento na taxa de vítimas por 100 mil pessoas: 93,2% em 2013 
ante 2012, com taxa saltando de 11,4 para 22,1 assassinatos a cada 100 mil 
habitantes. 
O Paraná foi o estado em que o total de vítimas mais caiu. Em 2012, 
foram 3.135 mortos e, em 2013, 2.572 - redução de 17,9%. E São Paulo se 
manteve como o estado com a menor taxa de vítimas a cada grupo de 100 mil 
pessoas: 10,8. Em números absolutos, reduziu o total de vítimas de homicídio 
doloso de 5.209 em 2012 para 4.739 em 2013 - melhora de 9,2%. 
O aumento da violência contra o conjunto da população negra é 
outra mudança escondida na taxa média e estável do país. Entre 2002 e 2011 o 
número de homicídios teve queda acentuada entre brancos e aumentou na 
população negra. 
 
Mudanças no mapa da violência 
DISSEMINAÇÃO - A violência, que em 2000 estava concentrada na Região Sudeste, está se 
espalhando para outras regiões. Apesar da melhora parcial no Sudeste, houve pioras no 
Nordeste, no Norte e no Centro-Oeste. 
 
Crédito: Revista Atualidades - Mapa da Violência 2013 
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De acordo com especialistas em segurança pública, a queda de homicídios 
no Estado de São Paulo se deve, fundamentalmente, ao melhor aparelhamento 
da Polícia Civil – responsável pelas investigações – e da Polícia Militar. Outra 
causa é um dado demográfico: a população de idosos do Estado aumenta. E os 
homicídios atingem principalmente a população mais jovem, que se envolve 
com mais frequência em situações de risco, como o tráfico de drogas. Assim, 
conforme a população idosa se torna proporcionalmente maior, cai o índice de 
assassinatos. A partir dos 50 anos de idade, inclusive, o homicídio nem sequer 
aparece entre as quatro principais causas de morte de homens e mulheres no 
Brasil. 
 
4.3 Sistema Prisional 
Por lei, a grande responsabilidade pela manutenção dos presos no país 
está a cargo dos estados. Segundo o Conselho Nacional de Justiça (junho/2014) 
a população carcerária chegou a 567.655. É o maior número da história e, em 
termos mundiais, o país só fica atrás de Estados Unidos (2,23 milhões), China 
(1,7 milhão) e Rússia (676.400). Se computados também os que estão em 
prisão domiciliar, o Brasil tem 715.655 presos, passando a ser o terceiro país 
com o maior número de presos do mundo. 
O problema é que o total de vagas disponível no sistema penitenciário é 
de 357.219. Em outras palavras, há 1,6 presos para cada vaga. E o excedente 
de detentos só cresce, com o aumento das prisões provisórias – realizadas 
antes do julgamento e condenação – na última década. Segundo o CNJ, 41% 
dos detentos são presos em situação provisória (sem julgamento). Para o 
Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que produz o Anuário da Segurança 
Pública, os números elevados de encarceramento resultam da política de guerra 
às drogas em vários estados e da morosidade judicial – há acusados que 
respondem a todo o processo presos, às vezes por dois anos ou mais. 
Apesar de a taxa média de superlotação no país ser de 1,6 presos por 
vaga, ela é maior que isso em 15 estados. A defasagem de vagas é mais grave 
nas regiões mais pobres: Nordeste e Norte, nos Estados de Alagoas, Amazonas, 
Pernambuco, Amapá, Rio Grande do Norte e Bahia. O Tocantins, Espírito Santo 
e Paraná têm o menor déficit do Brasil. 
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A superlotação agrava a precariedade de boa parte das penitenciárias. 
Celas lotadas, em que os presos têm de se revezar para dormir, e falta de 
condições sanitárias contribuem para disseminar doenças, para a violência 
interna e o crescimento das facções criminosas. Um dos horrores recentes 
foram os assassinatos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no 
Maranhão, em 2013 e início de 2014. 
A tragédia em Pedrinhas envolveu as péssimascondições de 
aprisionamento e a perda de controle das autoridades sobre o local. A crise foi 
gerada por uma guerra entre as facções Primeiro Comando do Maranhão (PCM), 
do interior do Estado, e Bonde dos 40, de São Luís. A crise chocou o mundo 
com vídeos de decapitações e corpos esquartejados. No início de março deste 
ano, a contagem de mortos chegava a 66. Para o conflito, o governo estadual 
enviou tropas da Polícia Militar e reforços da Força Nacional de Segurança 
Pública. Os líderes das facções reagiram, ordenando ataques a ônibus e 
delegacias em São Luís. Uma criança morreu queimada no incêndio de um 
ônibus. No início de 2014, 17 dos líderes foram transferidos para presídios 
federais em outros Estados, num acerto entre o governo maranhense e a União. 
Outro Estado alvo de ondas de violência é Santa Catarina. A organização 
criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC) orquestrou duas grandes 
ondas de ataques em novembro de 2012 e fevereiro de 2013. Segundo a 
Secretaria de Segurança do Estado, a motivação dos ataques foi obter regalias 
para as lideranças do PGC que estão nas cadeias. A violência acabou depois que 
a Força Nacional de Segurança ocupou os presídios e transferiu os líderes para 
presídios federais fora de Santa Catarina. 
Em setembro de 2014, iniciou-se uma terceira onda de ataques 
coordenada pelo PGC. Ônibus, carros e bases da polícia têm sido incendiados 
pelos criminosos em diversas cidades catarinenses. 
 
06) (CESPE/TJDFT/2013 – Analista Judiciário) A respeito de aspectos 
diversos relativos ao cenário geopolítico brasileiro e mundial, julgue o 
próximo item. 
Por meio do Programa Nacional de Apoio ao Sistema Prisional, o 
governo brasileiro pretende aumentar significativamente o número de 
vagas em presídios e reduzir o número de presos em delegacias de 
polícia, transferindo-os para cadeias públicas. 
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De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a população 
carcerária no País ultrapassa os 550 mil presos, em uma estrutura que 
comportaria pouco mais de 300 mil detentos. Com esse significativo déficit 
de vagas nos presídios, há dezenas de milhares de detentos, aprisionados em 
delegacias de polícia. O Brasil é a quarta maior população carcerária do 
mundo, só fica atrás dos Estados Unidos, da China e da Rússia. 
Lançado em novembro de 2011, o Programa Nacional de Apoio ao 
Sistema Prisional do Governo Federal tem duas metas principais: zerar o 
déficit de vagas femininas e reduzir o número de presos em delegacias 
de polícia, transferindo-os para cadeias públicas. 
Gabarito: Certo 
 
 
A presidenta Dilma Rousseff sancionou, em junho, a Lei nº 11.310/2014, 
conhecida como Lei da Palmada. O texto sancionado determina que as 
crianças sejam educadas sem o uso de castigo físico ou tratamento cruel ou 
degradante, como forma de correção, disciplina ou educação. Além das 
punições já previstas pelo Código Penal, a lei determina que os responsáveis 
pela criança ou adolescente que adotem condutas violentas sejam 
encaminhados para programas de proteção a família, tratamentos psicológicos 
ou psiquiátricos, e a cursos de orientação. Também há previsão de receberem 
advertência legal. Caberá ao Conselho Tutelar analisar os casos e definir as 
medidas de punição, assim como encaminhar as crianças a tratamentos 
especializados. 
A norma também é chamada de “Lei Menino Bernardo” em 
homenagem a Bernardo Boldrini, que teria sido morto pela madrasta e por uma 
amiga dela, no interior do Rio Grande do Sul, com o suposto pai. 
Os defensores da lei dizem que ela visa ao reconhecimento e a garantia 
dos direitos humanos de crianças e adolescentes e à superação de um costume 
arcaico. Outros argumentos são que a violência física não educa os menores de 
idade para uma cultura que pretende ser de não-violência e de paz. Segundo 
seus defensores, a lei da palmada é uma das ações que pretende educar as 
pessoas para que resolvam os seus problemas através do diálogo e da 
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compreensão mútuas, e não por meio de agressões físicas e/ou humilhações. O 
projeto que originou a lei foi apoiado e sugerido pela ex-apresentadora Xuxa 
Meneghel, que diz que esse é o modelo ideal para educação. As reações 
contrárias deram-se devido à aceitação cultural do castigo físico a crianças e 
adolescentes pelos pais e responsáveis. O principal argumento contra a lei é a 
rejeição, pelas famílias, da intervenção do Estado em assuntos privados, como 
a educação de crianças em casa. 
 
4.4 Drogas 
Para o projeto Ameripol, o Brasil se tornou o epicentro do narcotráfico 
mundial. Estudos do projeto indicam que o país é refúgio para chefões do 
tráfico da América Latina em fuga, ponte principal para a distribuição da droga 
produzida no continente para a Europa, provedor de produtos químicos para a 
produção de algumas delas e também tornou-se um importante mercado 
consumidor. Além disso, o país virou a base das grandes novas rotas do tráfico 
mundial, que, segundo o estudo, passa pela África para seguir à Europa e à 
Ásia. 
O uso de drogas cresce no Brasil, e os problemas sociais 
vinculados a ele se agravam. Quase 3 milhões de brasileiros usaram cocaína, 
aspiraram (pó) ou fumaram (crack ou oxi), nos 12 meses anteriores ao 
Levantamento Nacional de Álcool e Drogas no Brasil, realizado em 2012 pela 
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Esses números representam 20% 
do consumo global da droga e colocam o Brasil como o segundo mercado de 
cocaína, atrás apenas dos Estados Unidos. O Brasil é o maior consumidor de 
crack do mundo. 
A parte mais visível dos usuários se encontra em regiões degradadas das 
cidades, nas chamadas “cracolândias”, que se espalham muito além das 
metrópoles. Mas sabe-se que o conjunto desses usuários abarca um público em 
todas as classes sociais, cujos integrantes têm algo em comum: 80% deles 
afirmam que tiveram acesso fácil à droga, apesar disso ser ilegal. 
Os programas públicos para o tratamento de dependentes químicos 
passaram a incluir a possibilidade da internação de pacientes à revelia de sua 
vontade. O dispositivo já era previsto na legislação brasileira, e recentemente 
foram criadas parcerias entre as áreas de saúde, assistência social e justiça 
para que pudesse ser utilizado como política pública. 
Na internação involuntária, parentes podem solicitar a internação do 
paciente, desde que aceita por um médico psiquiatra. Nesses casos, o Ministério 
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Público precisa ser informado da internação e dos motivos. Na internação 
compulsória, a determinação cabe apenas ao juiz, após um pedido formal feito 
por um médico, atestando que a pessoa não tem domínio sobre suas 
capacidades psicológicas e físicas. 
 
Legal ou ilegal 
A ampliação do tráfico e do uso de drogas coloca em discussão a forma de 
tratar o assunto. A Lei nº 11.343/2006 isentou os usuários da pena de 
prisão, ainda que o porte de drogas seja crime. Ao mesmo tempo, endureceu as 
condenações por tráfico. Ao usuário, a lei prevê três tipos de pena: advertênciasobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade (de cinco a 
dez meses) e medida educativa de comparecimento à programa ou curso. A 
quem produz ou trafica entorpecentes, a lei prevê de cinco a 15 anos de prisão 
e multa de 500 a 1.500 reais. Cabe ao juiz determinar qual a finalidade da 
droga apreendida – se para consumo pessoal ou tráfico –, pois a lei não 
especifica quantidades para a diferenciação. Esse ponto é polêmico: a fronteira 
imprecisa entre usuário e traficante favorece a fixação arbitrária da pena. 
Quando se fala sobre a legalização das drogas, está se falando da 
legalização da maconha e não de outras drogas mais. Termos diferentes como 
legalizar ou descriminalizar (descriminar também é correto) têm sido, muitas 
vezes, usados indistintamente no debate da legislação sobre drogas. 
• Legalização - Há projetos distintos de legalização: estatizante, 
controlada ou liberal. Nos debates, a legalização de inspiração liberal é a mais 
abordada. Significa colocar as drogas no mesmo patamar do cigarro e do álcool, 
ou seja, produção e consumo regulados e o Estado recolhe impostos sobre 
essas operações. Defensores dessa via argumentam que, ao regulamentar o 
comércio, as drogas sairiam das mãos dos traficantes e a violência seria menor. 
Essa posição era defendida por Milton Friedman (1912-2006), prêmio Nobel de 
Economia, um dos pais do neoliberalismo. Para ele, o mercado regularia o 
consumo da droga. Mesmo assim, temia que houvesse um aumento expressivo 
de consumidores e viciados. 
• Descriminalização - Esse conceito diz respeito ao usuário: é a ideia de 
deixar de caracterizar o porte, a compra e o uso de drogas como crime. Ou 
seja, não cometeria crime quem fosse flagrado consumindo ou portando drogas 
em quantidade compatível com o consumo individual. O crime seria do 
traficante. No Brasil, o movimento pela descriminalização tem a participação do 
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que preside a organização Comissão 
Global de Políticas sobre Drogas. 
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• Manter a proibição - A possibilidade de expansão do consumo de 
substâncias que podem causar forte dependência é o principal argumento de 
quem defende manter a proibição ao uso e tráfico de drogas. 
 
4.5 Programa das UPPs 
Considerada uma das mais bem-sucedidas iniciativas na área de 
segurança pública, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) começaram a ser 
implantadas na cidade do Rio de Janeiro em 2008. Pode-se dizer que estão em 
xeque com acontecimentos recentes de violência. O ponto de partida de 
instalação de uma UPP é uma ação conjunta entre Polícia Militar, Marinha e 
Exército para retirar das favelas líderes do tráfico de drogas e armas. Depois, o 
Estado instala a UPP – uma base de policiamento fixa, que segue o conceito de 
polícia comunitária e conta com a ajuda da população. Essa política inclui 
levar para a comunidade serviços públicos, como coleta de lixo e postos de 
saúde. 
O governo do Rio instalou 39 UPPs até o final de março de 2014, 
abrangendo 257 comunidades. O projeto melhorou a qualidade de vida dos 
moradores e ajudou na redução dos homicídios no Estado: 34% menos entre 
2007 e 2012. 
Mas em 2013 o programa das UPPs sofreu reveses, com abusos e mesmo 
crimes cometidos por policiais, e também a volta de tiroteios. O 
desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, morador da 
favela da Rocinha, virou uma das bandeiras dos protestos do meio do ano de 
2013 no Rio. 
Amarildo sumiu em 14 de julho, após ser levado para averiguação por 
policiais militares. O inquérito concluiu que Amarildo foi levado para a UPP da 
Rocinha e torturado até a morte. Seu corpo nunca foi encontrado. Depois disso, 
relatos de comportamentos abusivos de policiais continuaram a aparecer. 
Desde novembro de 2013, os tiroteios entre traficantes e policiais se 
tornaram frequentes na Rocinha e no conjunto de favelas do Alemão. Várias 
sedes de UPPs sofreram ataques do tráfico. De fevereiro a abril de 2014, três 
policiais de UPPs do Complexo do Alemão foram mortos a tiros nesses ataques. 
Após a onda de ataques, o Governo Federal anunciou o reforço das Forças 
Armadas no combate a violência. No início de abril, tropas federais ocuparam o 
Complexo da Maré na zona norte da capital carioca. 
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 Em outubro de 2014, a Polícia Federal prendeu 51 pessoas em operação 
contra a pedofilia na internet profunda. Essa foi a maior operação contra a 
pedofilia na história da corporação, que também pela primeira vez conseguiu 
rastrear esse tipo de crime na chamada deep net, dark net ou deep web, um 
território frequentado por usuários protegidos pelo anonimato. 
 Dark net é o termo usado para classificar partes da internet que estão 
escondidas e podem ser de difícil acesso sem a utilização de um software 
especial. Essas páginas também não podem ser encontradas por meio de uma 
pesquisa em sites de busca como o Google. 
O software especial permite que as pessoas usem o TOR (The Onion 
Router), que permite acesso à rede “onion”, onde os endereços são aleatórios e 
terminados em.onion e as conexões são criptografadas. O sistema faz a 
conexão com sites escondidos usando uma rede intrincada de servidores, 
arquitetada para impedir tentativas de rastreamento. Identificar a origem do 
acesso é muito difícil, o que facilita o anonimato dos usuários. 
Isso não significa que a dark net é ilegal. Há várias organizações que 
utilizam a sua estrutura de forma lícita. O sistema foi criado para ser usado no 
Exército Americano, mas, agora, também é ferramenta para ativistas pró-
democracia, jornalistas que trabalham em regimes de opressão e criminosos 
que se aproveitam da condição de anonimato. 
 
5. Cultura 
A cultura brasileira é uma síntese da influência dos vários povos e 
etnias que formaram o povo brasileiro. Não existe uma cultura brasileira 
perfeitamente homogênea, e sim um mosaico de diferentes vertentes culturais 
que formam, juntas, a cultura do Brasil. 
Em 2014 comemoramos os 200 anos da morte de Aleijadinho. Foi 
também o ano da morte de três grandes nomes da cultura brasileira: João 
Ubaldo Ribeiro, Rubem Alves e Ariano Suassuna. Vamos ver mais de cada um 
deles. 
Duzentos anos da morte de Aleijadinho - Antônio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, nasceu em 29 de agosto de 1730 em Vila Rica (atual Ouro Preto). 
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É considerado um dos maiores artistas barrocos do Brasil. O artista usava em 
suas obras, madeira e pedra-sabão (matéria-prima brasileira), além de misturar 
diversos estilos barrocos (rococó e estilos clássico e gótico). 
Aos 40 anos, ficou doente. Aos poucos, foi perdendo o movimento das 
mãos e dos pés e para trabalhar pedia ao seu ajudante para amarrar as 
ferramentas no seu braço. Mesmo assim, continuou trabalhando em igrejas e 
altares de Minas Gerais. Morreu doente e abandonado em 18 de novembro de 
1814. 
Toda sua obra, entre talha, projetos arquitetônicos, relevos e estatuária, 
foi realizada em Minas Gerais, especialmente nas cidades de Ouro Preto, 
Sabará, São João del-Reie Congonhas. Os principais monumentos que contém 
suas obras são a Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto e o Santuário 
do Bom Jesus de Matosinhos, onde está a sua obra mais conhecida: "Os Doze 
Profetas". 
O movimento Barroco teve seu início na Itália, ao final do século XVI e 
início do século XVIII. A partir daí, se difundiu pelos países da Europa e chegou 
até as colônias, como, por exemplo, o Brasil. O Barroco na arquitetura 
demonstra uma libertação espacial das geometrias, perpetrado uma riqueza de 
detalhes que exasperavam as emoções e, concomitantemente, uma declaração 
visível da riqueza e do poder da Igreja, posto que o novo estilo manifestou-se, 
em particular, no contexto das novas ordens religiosas. Prevalecia a 
teatralidade e obras monumentais, provocando distintos resultados visuais, 
tanto no exterior, quanto no interior das construções. 
João Ubaldo Ribeiro - Foi membro da Academia Brasileira de Letras. Em 
2008 recebeu o Prêmio Camões, maior premiação para autores de língua 
portuguesa. O estilo literário de João Ubaldo Ribeiro é basicamente traçado pela 
ironia e pelo contexto social do Brasil, abrangendo também cultura portuguesa 
e cultura africana. Seus principais romances são Sargento Getúlio, O Sorriso do 
Lagarto e Viva o Povo Brasileiro no qual expressa com bastante vivacidade e 
imaginação exuberantes aspectos políticos e sociais da vida nordestina e 
brasileira. O último desses romances virou samba-enredo da escola de samba 
Império da Tijuca no carnaval de 1987. Também teve destaque o romance A 
Casa dos Budas Ditosos, que causou polêmica e ficou proibido em alguns 
estabelecimentos. 
Rubem Alves foi um dos intelectuais mais respeitados do Brasil. Atuou 
como cronista, pedagogo, poeta, filósofo, contador de histórias, ensaísta, 
teólogo, acadêmico, autor de livros infantis e até psicanalista, de acordo com 
sua página oficial na internet. Entre as obras infantis dele estão e A pipa e a 
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flor. É autor entre outros de Tempus fugit, O quarto do mistério, A alegria de 
ensinar, Por uma educação romântica e Filosofia da ciência. 
Ariano Suassuna - Autor de obras como Auto da Compadecida e O 
Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, foi um 
preeminente defensor da cultura do Nordeste do Brasil. O Auto da Compadecida 
é uma peça teatral que foi adaptada para o cinema e virou também uma 
minissérie da Rede Globo. A obra que projetou Suassuna em todo o país é um 
drama do Nordeste do Brasil. Insere elementos da tradição da literatura de 
cordel, de gênero comédia, apresenta traços do barroco católico brasileiro, 
mistura cultura popular e tradição religiosa. Apresenta na escrita traços de 
linguagem oral por demonstrar na fala do personagem sua classe social, 
apresenta também regionalismos pelo fato de a história se passar no nordeste e 
o autor ter nascido lá. 
 
Capoeira é declarada patrimônio cultural da humanidade 
A Roda de Capoeira foi inscrita na Lista Representativa do Patrimônio 
Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO. A decisão ocorreu em 
25.11, durante a 9ª sessão do Comitê para a Salvaguarda do Patrimônio 
Cultural Imaterial da agência. 
O Patrimônio Cultural Imaterial ou Intangível compreende as expressões 
de vida e tradições que comunidades, grupos e indivíduos em todas as partes 
do mundo recebem de seus ancestrais e passam seus conhecimentos a seus 
descendentes. 
Manifestação cultural afro-brasileira, a prática é ao mesmo tempo luta, 
dança, esporte e arte. A roda de capoeira tem sua origem na África, trazida 
ao Brasil pelas mãos dos escravos, como forma de defesa. Ao som ritmado e 
bem marcado do berimbau de barriga, caxixi, atabaque, pandeiro e reco-reco, 
dois participantes ensaiam coreografias sincronizadas, gingadas de perna, 
braços, mãos, pés, cabeça e ombros. O repertório abrange chutes e piruetas 
cheios de molejo, malícia e manemolência. 
Além da capoeira, também são reconhecidos no Brasil, como Patrimônio 
Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO, o Círio de Nazaré (PA), o Frevo 
(PE), às Expressões Orais e Gráficas dos Wajapis (AP) e o Samba de Roda do 
Recôncavo Baiano. 
 
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A polêmica das biografias não autorizadas 
Embora a Constituição brasileira assegure a liberdade de expressão, o 
Código Civil, desde 2002, prevê que qualquer biografia precisa ter o aval do 
biografado, quando vivo, ou de sua família ou herdeiros, quando morto, para 
ter autorização de veiculação. Se o personagem ou sua família sentirem que um 
trabalho traz dano à honra do biografado, podem recorrer à Justiça e tirá-la de 
circulação. 
Um dos casos mais notórios de aplicação dessa lei aconteceu em 2007, 
quando Roberto Carlos conseguiu proibir a circulação da biografia “Roberto 
Carlos em Detalhes”, escrita por Paulo Cesar Araújo. Em reação a essa decisão 
judicial, que ameaça deixar todas as biografias brasileiras restritas à anuência 
dos biografados, a Associação Nacional de Editores de Livros (Anel) propôs ao 
Supremo Tribunal Federal a adoção de uma Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI), para permitir a publicação de biografias sem 
autorização do biografado. 
Por meio da associação Procure Saber, um grupo de artistas defende que 
as biografias precisam de autorização para serem publicadas, prática adotada 
em vários países da Europa e nos Estados Unidos. Mas afirmam que essa 
postura nada tem a ver com censura. Desse grupo fazem parte, entre outros, 
Roberto Carlos, Caetano Veloso e Chico Buarque. 
Em maio de 2014, a Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que 
libera a publicação de biografias de personalidades públicas. O texto altera o 
Código Civil e estabelece que não mais será necessária a permissão do 
biografado ou de seus descendentes para a publicação de obras biográficas. O 
projeto seguiu para o Senado. 
 
07) (VUNESP/POLÍCIA CIVIL SP/2014 – OFICIAL ADMINISTRATIVO) A 
publicação de biografias não autorizadas no Brasil vem ganhando 
grande espaço na imprensa e provocando forte polêmica. Uma das 
personalidades artísticas que se destacou na defesa da proibição de 
biografias não autorizadas, desde o início da discussão, foi 
(A) Caetano Veloso. 
(B) Zezé Di Camargo. 
(C) Ivete Sangalo. 
(D) Luan Santana. 
(E) Daniela Mercury. 
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COMENTÁRIOS: 
Por meio da associação Procure Saber, um grupo de artistas defende que 
as biografias precisam de autorização para ser publicadas, prática adotada em 
vários países da Europa e nos Estados Unidos. Mas afirmam que essa postura 
nada tem a ver com censura. Desse grupo fazem parte, entre outros, Roberto 
Carlos, Caetano Veloso e Chico Buarque. 
Gabarito: A 
 
6. Ciência e Tecnologia 
Marco civil da internet 
A presidenta Dilma Rousseff sancionou em 23/04/2014, a lei do Marco 
Civil da Internet. Considerado uma espécie de “Constituição” para o uso da rede 
no país, a legislação contém os direitos e deveres dos internautas e empresas 
ligadas à web. 
O projeto tramitava no Congresso Nacional desde 2011. O tema ganhou 
relevância apósvir mundialmente a público as denúncias de espionagem do 
governo norte-americano. Por meio da NSA, agência de inteligência, os Estados 
Unidos espionaram ou usuários da rede, líderes mundiais, a presidenta Dilma 
Rousseff, a Petrobrás e até o Papa Francisco. O tema já foi questão de prova 
em vários concursos públicos. 
Os principais pontos da nova legislação são: 
Neutralidade da rede - Os provedores não podem ofertar conexões 
diferenciadas, por exemplo, para acesso somente a e-mails, vídeos ou redes 
sociais. O texto estabelece que esse princípio será ainda regulamentado pelo 
Poder Executivo, para detalhar como será aplicado e quais serão as exceções. 
Isso será feito após consulta à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) 
e o Comitê Gestor da Internet (CGI). A proposta não impede a oferta de 
pacotes com velocidade diferenciada. 
Conteúdo de terceiros – Os provedores de conexão à web e aplicações 
na internet não serão responsabilizados pelo uso que os internautas fizerem da 
rede e por publicações feitas por terceiros. As entidades que oferecem conteúdo 
e aplicações só serão responsabilizadas por danos gerados por terceiros se não 
acatarem ordem judicial exigindo a retirada dessas publicações. No caso de 
conteúdo com nudez de determinada pessoa, não é necessário autorização 
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judicial para a retirada da publicação. Para isto, a pessoa objeto da nudez deve 
solicitar a remoção diretamente ao site onde está publicada. 
Sigilo e privacidade - O sigilo das comunicações dos usuários da 
internet não pode ser violado. Provedores de acesso à internet serão obrigados 
a guardar os registros das horas de acesso e do fim da conexão dos usuários 
pelo prazo de seis meses, mas isso deve ser feito em ambiente controlado. A 
responsabilidade por esse controle não deverá ser delegada a outras empresas. 
Não fica autorizado o registro das páginas e do conteúdo acessado pelo 
internauta. A coleta, o uso e o armazenamento de dados pessoais pelas 
empresas só poderão ocorrer desde que especificados nos contratos e caso não 
sejam vedados pela legislação. 
Armazenamento de dados – Provedores da internet que atuam no país 
deverão se submeter à legislação brasileira mesmo quando os dados estiverem 
armazenados no exterior. 
Fim do marketing dirigido - As empresas de acesso não poderão 
"espiar" o conteúdo das informações trocadas pelos usuários na rede. Há 
interesse em fazer isso com fins comerciais, como para publicidade, nos moldes 
do que Facebook e Google fazem para enviar anúncios aos seus usuários de 
acordo com as mensagens que trocam. 
 
08) (IADES/CONAB/2014 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) A sanção 
ao marco civil da internet foi publicada no dia 24 de abril de 2014 no 
Diário Oficial da União. Segundo o documento, a lei que estabelece 
princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da rede no Brasil 
passa a vigorar em 60 dias, no final de junho. 
Considerada uma espécie de Constituição para internautas e 
provedores, o marco civil foi aprovado pelo plenário do Senado Federal 
e assinado pela presidente Dilma Rousseff no dia 23 de abril de 2014, 
durante a abertura do encontro NET Mundial, que aconteceu em São 
Paulo. 
Disponível em: http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/04/sancao-ao-marco-
civil-da-internet-e-publicada-no-diario-oficial.html>, com adaptações. 
Com base nessas informações, é correto afirmar que, entre os 
princípios do marco civil da internet, está a questão da neutralidade de 
rede, a qual estabelece que 
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(A) os provedores de conexão da web e aplicações na internet não 
serão responsabilizados pelo uso que os internautas fizerem da rede e 
por publicações feitas por terceiros. 
(B) os provedores não podem ofertar conexões diferenciadas, por 
exemplo, para acesso somente a e-mails, vídeos ou redes sociais. 
(C) as empresas de acesso não poderão espiar o conteúdo das 
informações trocadas pelos usuários na rede. 
(D) os provedores de aplicações (exemplo: Google e Facebook) terão 
de manter por seis meses o registro de acesso de todos os usuários. 
(E) a remoção de conteúdo não fica a cargo do provedor de conexão 
nem de outras empresas de internet; essa exclusão só pode ser feita 
mediante ordem judicial. 
COMENTÁRIOS: 
Os enunciados das alternativas “A”, “B”, “C” e “D” constam da lei do 
marco civil da internet. Porém, a alternativa que se refere à neutralidade da 
rede é a “B”. 
A alternativa “E” está errada, pois, embora seja necessária ordem judicial 
para a remoção de conteúdo, há exceção. No caso de conteúdo com nudez de 
determinada pessoa, não é necessário autorização judicial para a retirada da 
publicação. Para isto, a pessoa objeto da nudez deve solicitar a remoção 
diretamente ao site onde está publicada. 
Gabarito: B 
 
 Ciência sem Fronteiras 
O Ciência sem Fronteiras é um programa que busca promover a 
consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da 
inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da 
mobilidade internacional. O projeto prevê a utilização de até 101 mil bolsas em 
quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e 
pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato 
com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. 
Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar 
no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas 
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prioritárias definidas no Programa, bem como criar oportunidade para que 
pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior. 
Áreas contempladas: Engenharias e demais áreas tecnológicas; Ciências 
Exatas e da Terra; Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde; Computação e 
Tecnologias da Informação; Tecnologia Aeroespacial; Fármacos; Produção 
Agrícola Sustentável; Petróleo, Gás e Carvão Mineral; Energias Renováveis; 
Tecnologia Mineral; Biotecnologia; Nanotecnologia e Novos Materiais; 
Tecnologias de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais; Biodiversidade e 
Bioprospecção; Ciências do Mar; Indústria Criativa (voltada a produtos e 
processos para desenvolvimento tecnológico e inovação); Novas Tecnologias de 
Engenharia Construtiva e Formação de Tecnólogos. 
 
09) (IADES/EBSERH/2013 – ADVOGADO) Lançado em 2011, o 
Programa Ciência sem Fronteiras, do Governo Federal, busca promover 
a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, 
da inovação e da competitividade brasileira. Em relação ao tema, 
assinale a alternativa correta. 
(A) O Programa estabelece um ranking, entre as melhores instituições 
de ensino superior do país, e concede premiações àquelas que se 
destacam nas áreas de ensino e pesquisa. 
(B) Engenharia, computação, fármacos, biotecnologia, energias 
renováveis e nanotecnologia são algumas das áreas contempladas no 
Programa. 
(C) O projeto prevê a implantação de laboratórios de química, física e 
biologia em todas as escolas públicas de nível médio do país, com o

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