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TÚLlO BATISTA FRANCO fLUXOGRANP, DESCRlTOR E PROJETOS TERAPÊUTICOS 163 ,/ 162 dade nat.ural de capturar movimentos inqtituintes em curso ' e~ii~,i~j;';~nteM planomicropolítico,para a inversão dos pro: cessas e t~cnologias de trabalho em saúd~e:No entanto, a C011.1- p~:~vação ei1.1.píricade nm processo de mudança nos serviços de saúde, é important.e para a condução mesma do nova pro- jeto assistencial, podendo contribuir para a tomada de deci- sões em situações de incerteza, na atividade de planejar, na construção de um novo devir para estes mesmos serviços. Acos- tumados que estamos à avaliação de produtos bem-estnlt.u·· úi.<!~s,qnde há inúmeros indicadores que apontam quantita- tivos exatos, de fácil reconhecimento dos resultados obtidos com cleterminad..as operaç.ões, resta pensar - como capt.urar os processos em curso, de medo que esta captura seja capaz de fornecer dados e informações substantivos o sLificiente para vél.l~d:3:r.4etenninadas análises e contribuir na atividade ele planejar?.Ó ~bjet,{vodeste estudo é partir de um olhar usuário-centra- do sobre serviços elesaúde, pai:atest.a~: a efi~ácia da ferram.~nta ".~l~xogr:a.m.a.D~scrit.or",combinado com Pr~jetos Terapêuticos, nest.e caso, comOuma categoria analítica, para avaliação de serviços de saúde, em apoio ao Planejamento. Para o estudo, usamos o caso do m.unicípio de Luz, Minas Gerais . suplementar". Notadamente, os planos e seguros operam com. a flllalidade de ampliar sua margem de lucro nos negócios da saúde, propondo reduzir os custos de produção da assis- tência através do controle administrativo dos projetos terapêu- ticas, intervin:do portanto no processo decisório, especialmen- te do médico, reduzindo ao mínimo sua autonomia. Têm servi- do como exemplo, neste caso, as experiências de "Manag ed Care".EIUuma segunda alternativa, a inversão do modelo :tecno as - sistencial tem-se (lado, por meio de uma intervenção no nível da micropolíticà de organização dós processos de trabalho, in- corporando prát~as assistenciais que operam a partir das tecnolog ias leves/léve-duras, principalmente. Assim, busca-se a "produção do cuidado", comOeixo na elaboração dos projetos terapêuticoS. Esta propost.a pensa, sobretudo, em ampliar os graus de liberdade dos trabalhadores de saúde, dando potên- cia ao "trabalho vivo", como modus operandi por excelência do processo produtivo em saúde. O modo de implementar a mudança parte da avaliação de que a inversão do-modelo assis- tencial é processual e deve dar-se na exata medida em que se consegue detonar processos instituintes, prot.agonizados pe~ los diversos atores implicados na questão, ou seja, gestores, . trabalhadores e usuários dos serviços de saúde. É este con- junto articulado movidopor um projeto assistencial, e o "de- sejo produtivo" de realizar esta mudança, que efetivamente têm a possibilidade de processá-Ia. por sua vez, as análises da mudança dos serviç~s de saúde obedecem à lógica estruturante de um ou outro método (lógi- ca administrativo-financeira e intervençãO na micropolítica de organização da assistência). N() p~~lJ:leirocaso, bem-estrut.u- rado, a mudança é facilmente capturá.vel atrãY~s.deindicado- ~:~~ta1l1bémbem_estruturados,fonnulacfos de acordo com as té~l~icE\:~P!6prias. da ad~~.lÍn~.str.aç~op15.bllcà.....-H; segundo caso, as análises de processoS de mudanças de modelo assistencial tornaram-se um desafio, dada a dificul- Breve car2l.cteriz::ação do município de Luz: (MG) Luz situa-se na região do Alto São Francisco, a 200 quilô- metros de Belo Horizont.e, em direção oeste, às margens da BR 262. Tem 17.000 hàbitantes, com economia predominan- t.ement.e agrícola. Arede de ensino de prin1eiro e segundo grau é pública, sob gestão da prefeitura, e possui ainda cursos de nível superior na área de ciências humanas e biológicas. Sede de bispado, tem presença significativa da Igreja na organiza- ção social.O serviço de saúde é constituído de uma rede básica, for- mada por duas Unidades Básicas de Saúde na zona urbana,
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