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U id d IIIUnidade III
FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA POLÍTICA
Prof. José Eduardo
Unidade III – Roma e o pensamento republicanoUnidade III – Roma e o pensamento republicano
Objetivos desta unidade: 
 analisar a contribuição do pensamento político
romano para o desenvolvimento das instituições
políticas contemporâneas.
Q tã i i i lQuestão inicial:
 qual a herança deixada pelo pensamento político
romano para a organização política contemporânea?romano para a organização política contemporânea?
A ascensão de RomaA ascensão de Roma
 A República Aristocrática Romana foi fundada em torno 
de 510 a.C. com a derrota de uma monarquia tirânica. 
 Foi estabelecida uma forma de democracia representativa 
similar ao modelo ateniense.
A i tit i ã d Aos poucos, criou-se uma constituição, segundo
a qual o governo seria liderado por dois cônsules
eleitos anualmente pelos cidadãos, com um senadop ,
de representantes e magistrados para assessorá-los.
A ascensão de RomaA ascensão de Roma
 Sob esse regime, a República cresceu em força, ocupando 
províncias na maior parte da Europa. No entanto, no século 
I a C conflitos ci is se espalharam pela República por ca saI a.C. conflitos civis se espalharam pela República por causa 
das diversas facções que lutavam pelo poder.
 Em 48 a C Júlio César assumiu o controle e se tornou Em 48 a.C. Júlio César assumiu o controle e se tornou 
imperador, pondo fim à República.
Características da República RomanaCaracterísticas da República Romana
 A República Romana foi fundada de modo similar às
cidades-estado gregas. 
 Seu sistema de governo combinava elementos de
três diferentes regimes:
i ( b tit íd ô l ) a monarquia (substituída por cônsules);
 a aristocracia (o senado);
d i ( bl i l ) a democracia (a assembleia popular). 
Características da República RomanaCaracterísticas da República Romana
 Cada uma das distintas áreas de poder se equilibravam 
entre si.
 Este sistema de governo foi considerado pela maioria 
dos romanos como uma forma ideal de governo que 
garantia a estabilidade e prevenia a tiraniagarantia a estabilidade e prevenia a tirania. 
Características da República RomanaCaracterísticas da República Romana
Dois fatos importantes marcaram o período republicano de 
Roma: a luta dos plebeus para conseguirem igualdade de 
direitos com os patrícios e a formação do grande Impériodireitos com os patrícios e a formação do grande Império 
Romano por meio das conquistas militares.
A grande desigualdade de direitos entre patrícios e plebeusA grande desigualdade de direitos entre patrícios e plebeus 
provocou uma série de lutas sociais em Roma, que duraram 
cerca de dois séculos.
Uma nova magistratura foi instituída mais tarde, o Tribunato da 
Plebe, que surgiu no auge dos conflitos sociais entre patrícios
e plebeuse plebeus.
Características da República RomanaCaracterísticas da República Romana
A sociedade romana era hierarquizada e composta por: 
 patrícios (minoria com domínio político e econômico); 
 equestres (comerciantes); 
 plebeus (homens livres); 
 clientes (agregados dos patrícios); e os
 escravos (maior camada social).( )
Características da República RomanaCaracterísticas da República Romana
Por meio do controle do poder e das instituições políticas,
os patricios buscavam sempre se beneficiarem, como,
por e emplopor exemplo: 
 O domínio da política exercido pelos patrícios
(donos de terras); e o(donos de terras); e o
 O voto baseado em rendas (censitário).
Características da República Romana:Características da República Romana:
 com as guerras e as conquistas do Império Romano, ocorreu 
um aumento da concentração de terras em posse dos 
patrícios gerando a formação de latifúndiospatrícios, gerando a formação de latifúndios;
 houve, também, o aumento da quantidade de escravos 
(prisioneiros de guerras);(prisioneiros de guerras);
 há o surgimento dos cavaleiros, grupo social novo composto 
por militares que enriqueceram com as conquistas militares;p q q q ;
 e o aumento do êxodo rural, principalmente de camponeses, 
provocado pelo uso excessivo de mão-de-obra escrava no 
campo.
Características da República RomanaCaracterísticas da República Romana
Por meio das revoltas, os plebeus conquistaram vários 
direitos sociais e políticos: 
 fim da escravidão por dívidas; 
 criação dos tribunos da plebe (direito a vetar decisões 
d d f j di i i l b )do senado que fossem prejudiciais aos plebeus); 
 igualdade civil (liberação de casamento entre plebeus 
e patrícios);e patrícios); 
 igualdade religiosa (direito de atuarem como sacerdotes)
e a ampliação de direitos políticos (eleger representantes p ç p ( g p
para diversos cargos políticos).
Características da República RomanaCaracterísticas da República Romana
Segundo Cícero, “O governo é jogado de um lado para o outro, 
como uma bola” (Cícero 106-43 a.C.).
 Veja pela frase acima que a base da República Romana 
era a participação política dos diferentes segmentos 
sociais no governo Deste modo o governo representasociais no governo. Deste modo, o governo representa 
a diversidade de interesses da sociedade romana. 
InteratividadeInteratividade
A partir do século III, o Império Romano entrou em declínio. 
Com o fim das guerras de conquista, esgotou-se a principal 
fonte fornecedora de escra os Te e início a crise dofonte fornecedora de escravos. Teve início a crise do 
escravismo, que abalou seriamente a economia e:
a) foram feitas grandes melhorias no sistema de esgotosa) foram feitas grandes melhorias no sistema de esgotos
e nos aquedutos da cidade.
b) fez surgir o colonato e provocou o êxodo urbano.) g p
c) o cristianismo tornou-se a religião oficial.
d) A religião romana foi formada, combinando diversos ) g ,
cultos e várias influências.
e) sucederam-se diversas rebeliões de escravos, como 
a comandada por Espártaco.
O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero
 Marco Túlio Cícero (106-43 a.C.) destacou-se num período
de agitação e guerras que destruíram a República Romana
(510 a C 27 a C )(510 a.C. – 27 a.C.)
 Cícero é considerado um dos maiores oradores romanos 
e o último grande defensor dos princípios da Repúblicae o último grande defensor dos princípios da República.
O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero
 De acordo com ele, o Estado é a consequência natural 
dos instintos sociais do homem.
 Cícero vê o Estado como uma instituição política distinta da 
sociedade em geral, pois destaca igualmente uma separação 
entre o Estado e o governo reservando a autoridadeentre o Estado e o governo, reservando a autoridade 
política suprema ao povo.
O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero
 54-51 a.C. – Marco Túlio Cícero escreve Da república, 
baseado em A república, de Platão, mas defende uma
forma mais democrática de go ernoforma mais democrática de governo.
 Cícero era um árduo defensor do sistema republicano. 
Advertiu que o rompimento da República provocariaAdvertiu que o rompimento da República provocaria 
a volta do ciclo destrutivo dos governos.
O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero
 Cícero adota uma classificação de governo que distingue 
monarquia, aristocracia e democracia. Cada uma das quais 
poss i certas antagens e estão s bmetidas a m ciclopossui certas vantagens e estão submetidas a um ciclo 
revolucionário que vai de forma pura a impura.
 Na sua opinião o regime republicano de Roma constitui Na sua opinião, o regime republicano de Roma constitui
um exemplo admirável, no qual é possível manter-se a 
estabilidade na vida política. 
O pensamento de Cícero: os ciclos do governosO pensamento de Cícero: os ciclos do governos
RepúblicaRepública
monarquiaAristocracia ou povo qpovo
tirania
Cícero e os ciclos destrutivosde governosCícero e os ciclos destrutivos de governos
 Cícero defendia, então, a substituição da República pela 
monarquia; em seguida, o poder poderia ser passado para 
m tiranoum tirano;
 de um tirano, o poder poderia ser tomado pela aristocracia 
ou pelo povo;ou pelo povo; 
 e, do povo, seria conquistado pelos oligarcas ou tiranos, 
novamente. 
O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero
 Portanto, sem os controles e equilíbrios de uma constituição 
mista, o governo seria “jogado de um lado para o outro, como 
ma bola ”uma bola.”
 Fiel às previsões de Cícero, Roma passou a ser
controlada por um imperador Augusto logo apóscontrolada por um imperador, Augusto, logo após
a morte de César, e o poder foi passado dele para
uma sucessão de governos tirânicos. 
O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero
 Um dos principais méritos da obra de Cícero é a sua 
exposição do conceito de lei natural, estabelecendo 
m sistema em q e coloca em correspondência diretaum sistema em que coloca em correspondência direta 
os princípios da razão abstrata e da lei natural com a 
atividade da razão humana e a legislação do Estado.g ç
O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero
 No tratado Das leis, que constitui um complemento do livro 
Da república, Cícero persiste na sua concepção de que
a lei positi a está baseada nos princípios da ra ão nat rala lei positiva está baseada nos princípios da razão natural, 
e qualquer disposição que apareça em oposição às leis 
da natureza não possui força legal.p ç g
O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero
 O mérito principal de Cícero está em ter transmitido
ao mundo romano as ideias da Grécia em suas obras, 
embora m itas e es com propósitos diferentesembora muitas vezes com propósitos diferentes. 
 A obra de Cícero exerceu pouca influência na política
de seu tempo caracterizado por animosidade das lutasde seu tempo, caracterizado por animosidade das lutas 
internas e a crise de patriotismo. 
O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero
 Mas suas ideias sobre a justiça e a lei natural ficaram 
profundamente enraizadas no pensamento jurídico de 
Roma e dei aram ma marca prof nda nos j ristasRoma e deixaram uma marca profunda nos juristas 
posteriores à época imperial e nos primeiros 
escritores cristãos.
Suas obras: 
 Da república;p ;
 Das leis;
 Diálogo sobre a amizade.g
InteratividadeInteratividade
“Para ganhar o favor popular, o candidato deve conhecer os 
eleitores por seu nome, elogiá-los e bajulá-los, ser generoso, 
fazer propaganda e levantar lhes a esperança de um empregofazer propaganda e levantar-lhes a esperança de um emprego 
no governo. [...]”
As práticas políticas na antiga Roma nos fazem refletir sobre
as atuais. Essas palavras de Cícero (106-43 a.C.) revelam:
a) a concessão de favores, por parte dos eleitores, para cativar 
os candidatos.
b) a necessidade de coagir o eleitorado para conseguir seu apoio.
c) o desinteresse da população diante do poder econômico 
dos candidatosdos candidatos.
d) a existência de relações clientelistas entre eleitores
e candidatos.
e) a pequena importância das relações pessoais para o
sucesso nas eleições.
As bases do poder teocráticoAs bases do poder teocrático
 Desde o seu início, no século I a.C., o Império Romano 
cresceu em força, estendendo-se por toda Europa, África 
Mediterrânea e Oriente MédioMediterrânea e Oriente Médio. 
 No ápice de seu poder, a cultura imperial romana, com 
sua ênfase na prosperidade e na estabilidade ameaçavasua ênfase na prosperidade e na estabilidade, ameaçava 
substituir os valores eruditos e filosóficos associados 
às repúblicas de Atenas e Roma. Ao mesmo tempo, 
o cristianismo se arraigava dentro do Império. 
As bases do poder teocráticoAs bases do poder teocrático
 A partir do século III, o pensamento político foi dominado 
pela Igreja na Europa, e a teoria política durante a Idade 
Média foi moldada pela teologia cristãMédia foi moldada pela teologia cristã.
O impacto do cristianismoO impacto do cristianismo
 O pensamento político passa a se subordinar ao dogma 
religioso, e as ideias da Antiguidade Clássica foram 
neglicenciadasneglicenciadas. 
 Santo Agostinho interpretou as ideias de Platão à luz da 
fé cristã para examinar questões tais como a diferençafé cristã, para examinar questões tais como a diferença 
entre as leis divinas e humanas e, também, se poderia
haver algo como uma guerra justa. 
O cristianismo como religião oficialO cristianismo como religião oficial
 Em 380, o cristianismo foi adotado como religião oficial 
do Império Romano e, conforme o poder e a influência 
da Igreja cresciam s a relação com o Estado se tornoda Igreja cresciam, sua relação com o Estado se tornou 
uma questão em disputa. 
O impacto do cristianismoO impacto do cristianismo
 Um fator primordial na substituição de ideias políticas pelo 
pensamento religioso foi a ascensão do poder político 
da Igreja e do papadoda Igreja e do papado. 
 A Europa medieval foi, de fato, governada pela Igreja, 
uma situação que acabou sendo formalizada em 800uma situação que acabou sendo formalizada em 800 
com a criação do Sacro Império Romano, sob Carlos Magno. 
O domínio do cristianismoO domínio do cristianismo
 A educação se tornou prerrogativa do clero, e a estrutura 
da sociedade foi prescrita pela Igreja, não havendo muito 
espaço para discórdiaespaço para discórdia.
 A Igreja Católica manteve o monopólio sobre o ensino por 
vários séculos na Europa Medievalvários séculos na Europa Medieval. 
 O pensamento político foi dominado pela doutrina católica. 
A crise do sacro império romanoA crise do sacro império romano
 A introdução do pensamento secular na vida intelectual teve 
como efeito a busca de vários estados-nação de afirmarem 
s a independência e os go ernantes entraram em conflitosua independência, e os governantes entraram em conflito 
com o papado.
 A autoridade da Igreja nos assuntos civis foi posta em A autoridade da Igreja nos assuntos civis foi posta em 
xeque. Com o fim da Idade Média, novas nações desafiavam
a autoridade da Igreja e o povo passou a questionar 
o poder dos monarcas. 
Santo Agostinho (354-430)Santo Agostinho (354-430)
 Aurélio Agostinho nasceu em Tagaste (na Argélia). Seu pai 
era pagão e sua mãe, cristã.
 Estudou literatura latina e retórica em Cartago.
 Interessou-se por filosofia por meio das obras de Cícero.
 Em 373 mudou para Roma e passou a explorar a filosofia 
de Platão.
E 387 t i tã Em 387 tornou-se cristão.
 Em 391 foi ordenado padre.
Principais obras de Santo AgostinhoPrincipais obras de Santo Agostinho
 O livre arbítrio (387-395).
 Confissões (397-401) 
 Cidade de Deus (413-425)
O pensamento de Santo AgostinhoO pensamento de Santo Agostinho
 Santo Agostinho procurou integrar a filosofia clássica à 
religião e foi fortemente influenciado por Platão, o que 
também formotambém formou
a base de seu pensamento político.
 Como cidadão romano Agostinho acreditava na tradição de Como cidadão romano, Agostinho acreditava na tradição de 
um Estado sujeito ao estado de direito, mas, como erudito, 
concordava com Aristóteles e Platão que a meta do Estado 
deveria ser permitir ao povo viver uma vida digna e virtuosa. 
O pensamento de Santo AgostinhoO pensamento de Santo Agostinho
 Para um cristão, viver uma vida digna e virtuosa era viver 
pelas leis divinas prescritas pela Igreja. 
 Agostinho acreditava que, na prática, poucos homens viviam 
de acordo com as leis divinas, e a maioria vivia em pecado.
A ti h f i di ti ã t i it D i ( id d d Agostinho fazia uma distinção entre: civitas Dei (cidade de 
Deus) e civitas terrea (cidade terrena).
O pensamento de Santo AgostinhoO pensamento de SantoAgostinho
 Na civitas terrea predominaria o pecado, Agostinho via a 
influência da Igreja no Estado seria o único meio de garantir 
q e as leis da terra fossem feitas como referência às leisque as leis da terra fossem feitas como referência às leis 
divinas, permitindo ao povo viver na civitas Dei.
 A presença de leis justas distinguiria o Estado de um A presença de leis justas distinguiria o Estado de um
bando de ladrões. Segundo Agostinho, os ladrões podem ter 
regras, mas estas não são justas.
O pensamento de Santo AgostinhoO pensamento de Santo Agostinho
 Mesmo na pecaminosa civitas terrea, a autoridade estatal 
pode garantir a ordem por meio do estado de direito
 A ordem é algo que todos temos razão em querer. 
O pensamento de Santo Agostinho: 
governantes e ladrões 
L d õ ú b lídOs estados tem um governante 
ou governo, e as leis regulam a 
conduta e a economia. 
Ladrões se reúnem sob um líder 
e têm regras de disciplina e 
divisão dos saques. 
Os estados governados por 
homens injustos declaram 
Cada bando tem seu próprio 
território e rouba os territórios 
guerra aos seus vizinhos para 
conquistar territórios e recursos. 
vizinhos. 
Santo Agostinho e a guerra justaSanto Agostinho e a guerra justa
 A ênfase de Agostinho na justiça, com suas raízes na 
doutrina cristã, também se aplicava aos assuntos da guerra.
 Acreditava que todas as guerras eram más e que atacar e 
saquear outros estados era injusto.
F i ã à ibilid d d “ j t ” Fazia concessão à possibilidade de uma “guerra justa” 
travada por uma causa justa, tal como a defesa do Estado 
contra uma agressão, ou para restaurar a paz, apesar de g , p p , p
dever ser enfrentada com remorso e só em última instância. 
O pensamento de Santo AgostinhoO pensamento de Santo Agostinho
 Portanto, Agostinho defendia um Estado que vivesse de 
acordo com os princípios cristãos. Seu pensamento foi 
delineado na obra A cidade de De s na q al descre edelineado na obra A cidade de Deus, na qual descreveu
a relação entre o Império Romano e as leis divinas. 
InteratividadeInteratividade
Sobre a doutrina da iluminação de Santo Agostinho, marque a 
alternativa correta:
a) A irradiação da luz divina faz com que conheçamos imediatamentea) A irradiação da luz divina faz com que conheçamos imediatamente 
as verdades eternas em Deus. Essas verdades, necessárias e 
eternas, não estão no interior do homem, porque seu intelecto
é contingente e mutávelé contingente e mutável.
b) A irradiação da luz divina atua imediatamente sobre o intelecto humano, 
deixando-o ativo para o conhecimento das verdades eternas. Essas 
verdades, necessárias e imutáveis, estão no interior do homem.
c) A metáfora da luz significa a ação divina que nos faz recordar as 
verdades eternas que a alma possuía antes de se unir ao corpo.q p p
d) A metáfora da luz significa a ação divina que nos faz recordar 
as verdades eternas que a alma possuía e que nela permanecem 
mediante os ciclos da reencarnaçãomediante os ciclos da reencarnação.
e) É possível ao ser humano obter o conhecimento verdadeiro 
a respeito do mundo.
São Thomás de Aquino (1225-1274)São Thomás de Aquino (1225-1274) 
 Tomás de Aquino nasceu na Itália e estudou na
Universidade de Nápoles. 
 Em 1244 ingressou na ordem dominicana.
 Por volta de 1259 lecionou em Nápoles e atuou como 
lh i d Rconselheiro de papa em Roma. 
 Em 1274 foi escolhido para participar do Concílio de Lyon, 
mas adoeceu e morreu num acidente pelo caminhomas adoeceu e morreu num acidente pelo caminho. 
São Thomás de Aquino (1225-1274)São Thomás de Aquino (1225-1274)
Principais obras:
 Scriptum super sententiis (1254-1256)
 Suma contra os gentios (1258-1260)
 Suma teológica (1267-1273). 
São Thomás de Aquino (1225-1274)São Thomás de Aquino (1225-1274) 
 São Thomás de Aquino tentou integrar as ideias de 
Aristóteles à teologia cristã.
 Levantou questões difíceis, como o direito divino dos
reis e a questão da lei secular x lei divina. 
É id d i i t t d i tã É considerado o mais importante pensador cristão. 
Suas preocupações eram primordialmente teológicas, mas 
como a Igreja era o poder político dominante, a distinção g j p p , ç
entre teológico e político não era tão clara como hoje. 
O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino
 Thomás de Aquino defendia a integração entre o racional e o 
dogmático, da filosofia com a teologia. 
 Também se ocupou da questão do poder secular versus a 
autoridade divina e do conflito entre Igreja e Estado, que 
crescia em vários paísescrescia em vários países. 
O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino
 O propósito do Estado é capacitar o povo a levar uma 
vida digna.
 Para ter autoridade, o soberano deve governar com justiça.
 O Estado só pode julgar a guerra necessária quando
l b it lela promove o bem e evita o mal.
 A guerra só pode ser combatida com a autoridade
do soberano ou governantedo soberano ou governante.
O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino
 Para que uma guerra seja justa, é necessária
uma causa justa. 
 A guerra como proteção dos valores cristãos
pode ser justificada.
O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino
A justiça como virtude:
 ao examinar as questões políticas, enfatizava que a razão 
é tão importante ao pensamento político quanto os 
argumentos teológicos;
i à i tã ã lá i incorporou às suas crenças cristãs a noção clássica 
grega de que o propósito do Estado era promover 
a vida digna e virtuosa. g
O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino
 A justiça era vista como a principal virtude política que 
sustentava toda a sua filosofia. A noção de justiça 
era o elemento cha e da go ernançaera o elemento-chave da governança.
 Leis justas eram o que distinguia um bom governo de um 
mau garantindo-lhe a legitimidade para governarmau, garantindo-lhe a legitimidade para governar. 
 A justiça determinava a moralidade das ações do Estado.
O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino
A guerra justa: 
 apesar do cristianismo pregar o pacifismo para os seus 
seguidores, às vezes era necessário lutar para preservar 
ou restaurar a paz diante de uma agressão;
t t d i d f i ã no entanto, a guerra deveria ser defensiva, não
preventiva e declarada apenas depois de algumas
condições serem cumpridas. ç p
O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino
Os direitos da guerra: 
 a única intenção justa para uma guerra justa é a 
restauração da paz;
 uma guerra justa só pode ser declarada sob a autoridade 
d bde um soberano;
 para que uma guerra seja combatida segundo uma causa 
justa ela deve beneficiar o povojusta, ela deve beneficiar o povo. 
O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino
 As regras de conduta justa numa guerra é que garantiriam 
a justiça da guerra. 
 Para que os critérios da guerra justa fossem cumpridos, 
deveria haver um governo adequadamente estabelecido, 
limitado por leis que garantissem a justiça de suas açõeslimitado por leis que garantissem a justiça de suas ações, 
o que deveria ser, por sua vez, baseado na teoria da 
governança legítima, levando em conta as demandas 
tanto da Igreja quando do Estado. 
O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino
 Ao enfatizar a justiça como virtude essencial, Thomás de 
Aquino refletiu sobre o papel da lei na sociedade. Seu 
interesse pelas regras formo a base de se pensamentointeresse pelas regras formou a base de seu pensamento 
político. 
 Examinou as diferenças entre leis divinas e humanas e Examinouas diferenças entre leis divinas e humanas e, 
por conseguinte, entre as leis da Igreja e do Estado. 
O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino
As leis 
Thomás de Aquino afirmava que:
 as leis que criamos para nós mesmos e para as nossas 
sociedades devem ser baseadas na lei natural que, por
i ó é fl d l i t i t d isi só, é um reflexo da lei eterna que guia todo o universo;
 a lei natural torna-se clara para nós pelo dom da razão 
que nos foi dado por Deus; ela guia nosso comportamentoque nos foi dado por Deus; ela guia nosso comportamento 
moral e ético. 
O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino
Ele afirmava que:
 a lei eterna é divina, vinda diretamente de Deus.
Ela governa o universo. 
 as leis humanas quanto ao crime e ao castigo devem
b d ã l iser baseadas na razão para que se relacionem aos
valores que deduzimos da lei natural. 
O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino
A comunidade:
 assim como Aristóteles, Thomás de Aquino defende que o 
homem é, 
por natureza, um “animal político”. A propensão de formar 
comunidades é algo que nos define como humanoscomunidades é algo que nos define como humanos, 
diferentes de outros animais. 
 Os humanos formam naturalmente unidades familiares,,
que tornam-se vilas e geram sociedades políticas. 
O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino
 O papel da sociedade política era capacitar seus cidadãos a 
desenvolver a razão e, por meio dela, adquirir o entendimento 
de m senso moral em o tras pala ras a lei nat ral Elesde um senso moral – em outras palavras, a lei natural. Eles 
seriam, então, capazes de viver bem, de acordo com a lei 
natural e, como cristãos, de acordo com a lei divina. , ,
Influências do pensamento de São Thomás de AquinoInfluências do pensamento de São Thomás de Aquino
 A convenção de Genebra consiste em quatro tratados 
assinados entre 1864 e 1949 – baseados nos conceitos
de g erra j sta q e definem tratamento j sto aosde guerra justa –, que definem tratamento justo aos
soldados e aos civis em tempos de guerra. 
Influências do pensamento de São Thomás de AquinoInfluências do pensamento de São Thomás de Aquino 
 A necessidade de lei humana se tornou um tema-chave no 
crescente conflito entre a Igreja e os poderes seculares. 
 Os critérios para uma guerra justa fundamentam as ações
da Organização das Nações Unidas, criada em 1945 com 
a intenção de manter a paz mundiala intenção de manter a paz mundial.
InteratividadeInteratividade
Para Tomás de Aquino, filosofia e teologia são ciências 
distintas porque:
a) a filosofia se funda no exercício da razão humana,
e a teologia na revelação divina.
b) fil fi é iê i l t à t l ib) a filosofia é uma ciência complementar à teologia.
c) a filosofia nos traz a compreensão da verdade
que será comprovada pela teologiaque será comprovada pela teologia.
d) a revelação é critério de verdade, por isso
não se pode filosofar.p
e) a teologia é a mãe de todas as ciências, e a filosofia
serve apenas para explicar pontos de menor importância.
ATÉ A PRÓXIMA!

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