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U id d IIIUnidade III FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA POLÍTICA Prof. José Eduardo Unidade III – Roma e o pensamento republicanoUnidade III – Roma e o pensamento republicano Objetivos desta unidade: analisar a contribuição do pensamento político romano para o desenvolvimento das instituições políticas contemporâneas. Q tã i i i lQuestão inicial: qual a herança deixada pelo pensamento político romano para a organização política contemporânea?romano para a organização política contemporânea? A ascensão de RomaA ascensão de Roma A República Aristocrática Romana foi fundada em torno de 510 a.C. com a derrota de uma monarquia tirânica. Foi estabelecida uma forma de democracia representativa similar ao modelo ateniense. A i tit i ã d Aos poucos, criou-se uma constituição, segundo a qual o governo seria liderado por dois cônsules eleitos anualmente pelos cidadãos, com um senadop , de representantes e magistrados para assessorá-los. A ascensão de RomaA ascensão de Roma Sob esse regime, a República cresceu em força, ocupando províncias na maior parte da Europa. No entanto, no século I a C conflitos ci is se espalharam pela República por ca saI a.C. conflitos civis se espalharam pela República por causa das diversas facções que lutavam pelo poder. Em 48 a C Júlio César assumiu o controle e se tornou Em 48 a.C. Júlio César assumiu o controle e se tornou imperador, pondo fim à República. Características da República RomanaCaracterísticas da República Romana A República Romana foi fundada de modo similar às cidades-estado gregas. Seu sistema de governo combinava elementos de três diferentes regimes: i ( b tit íd ô l ) a monarquia (substituída por cônsules); a aristocracia (o senado); d i ( bl i l ) a democracia (a assembleia popular). Características da República RomanaCaracterísticas da República Romana Cada uma das distintas áreas de poder se equilibravam entre si. Este sistema de governo foi considerado pela maioria dos romanos como uma forma ideal de governo que garantia a estabilidade e prevenia a tiraniagarantia a estabilidade e prevenia a tirania. Características da República RomanaCaracterísticas da República Romana Dois fatos importantes marcaram o período republicano de Roma: a luta dos plebeus para conseguirem igualdade de direitos com os patrícios e a formação do grande Impériodireitos com os patrícios e a formação do grande Império Romano por meio das conquistas militares. A grande desigualdade de direitos entre patrícios e plebeusA grande desigualdade de direitos entre patrícios e plebeus provocou uma série de lutas sociais em Roma, que duraram cerca de dois séculos. Uma nova magistratura foi instituída mais tarde, o Tribunato da Plebe, que surgiu no auge dos conflitos sociais entre patrícios e plebeuse plebeus. Características da República RomanaCaracterísticas da República Romana A sociedade romana era hierarquizada e composta por: patrícios (minoria com domínio político e econômico); equestres (comerciantes); plebeus (homens livres); clientes (agregados dos patrícios); e os escravos (maior camada social).( ) Características da República RomanaCaracterísticas da República Romana Por meio do controle do poder e das instituições políticas, os patricios buscavam sempre se beneficiarem, como, por e emplopor exemplo: O domínio da política exercido pelos patrícios (donos de terras); e o(donos de terras); e o O voto baseado em rendas (censitário). Características da República Romana:Características da República Romana: com as guerras e as conquistas do Império Romano, ocorreu um aumento da concentração de terras em posse dos patrícios gerando a formação de latifúndiospatrícios, gerando a formação de latifúndios; houve, também, o aumento da quantidade de escravos (prisioneiros de guerras);(prisioneiros de guerras); há o surgimento dos cavaleiros, grupo social novo composto por militares que enriqueceram com as conquistas militares;p q q q ; e o aumento do êxodo rural, principalmente de camponeses, provocado pelo uso excessivo de mão-de-obra escrava no campo. Características da República RomanaCaracterísticas da República Romana Por meio das revoltas, os plebeus conquistaram vários direitos sociais e políticos: fim da escravidão por dívidas; criação dos tribunos da plebe (direito a vetar decisões d d f j di i i l b )do senado que fossem prejudiciais aos plebeus); igualdade civil (liberação de casamento entre plebeus e patrícios);e patrícios); igualdade religiosa (direito de atuarem como sacerdotes) e a ampliação de direitos políticos (eleger representantes p ç p ( g p para diversos cargos políticos). Características da República RomanaCaracterísticas da República Romana Segundo Cícero, “O governo é jogado de um lado para o outro, como uma bola” (Cícero 106-43 a.C.). Veja pela frase acima que a base da República Romana era a participação política dos diferentes segmentos sociais no governo Deste modo o governo representasociais no governo. Deste modo, o governo representa a diversidade de interesses da sociedade romana. InteratividadeInteratividade A partir do século III, o Império Romano entrou em declínio. Com o fim das guerras de conquista, esgotou-se a principal fonte fornecedora de escra os Te e início a crise dofonte fornecedora de escravos. Teve início a crise do escravismo, que abalou seriamente a economia e: a) foram feitas grandes melhorias no sistema de esgotosa) foram feitas grandes melhorias no sistema de esgotos e nos aquedutos da cidade. b) fez surgir o colonato e provocou o êxodo urbano.) g p c) o cristianismo tornou-se a religião oficial. d) A religião romana foi formada, combinando diversos ) g , cultos e várias influências. e) sucederam-se diversas rebeliões de escravos, como a comandada por Espártaco. O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero Marco Túlio Cícero (106-43 a.C.) destacou-se num período de agitação e guerras que destruíram a República Romana (510 a C 27 a C )(510 a.C. – 27 a.C.) Cícero é considerado um dos maiores oradores romanos e o último grande defensor dos princípios da Repúblicae o último grande defensor dos princípios da República. O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero De acordo com ele, o Estado é a consequência natural dos instintos sociais do homem. Cícero vê o Estado como uma instituição política distinta da sociedade em geral, pois destaca igualmente uma separação entre o Estado e o governo reservando a autoridadeentre o Estado e o governo, reservando a autoridade política suprema ao povo. O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero 54-51 a.C. – Marco Túlio Cícero escreve Da república, baseado em A república, de Platão, mas defende uma forma mais democrática de go ernoforma mais democrática de governo. Cícero era um árduo defensor do sistema republicano. Advertiu que o rompimento da República provocariaAdvertiu que o rompimento da República provocaria a volta do ciclo destrutivo dos governos. O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero Cícero adota uma classificação de governo que distingue monarquia, aristocracia e democracia. Cada uma das quais poss i certas antagens e estão s bmetidas a m ciclopossui certas vantagens e estão submetidas a um ciclo revolucionário que vai de forma pura a impura. Na sua opinião o regime republicano de Roma constitui Na sua opinião, o regime republicano de Roma constitui um exemplo admirável, no qual é possível manter-se a estabilidade na vida política. O pensamento de Cícero: os ciclos do governosO pensamento de Cícero: os ciclos do governos RepúblicaRepública monarquiaAristocracia ou povo qpovo tirania Cícero e os ciclos destrutivosde governosCícero e os ciclos destrutivos de governos Cícero defendia, então, a substituição da República pela monarquia; em seguida, o poder poderia ser passado para m tiranoum tirano; de um tirano, o poder poderia ser tomado pela aristocracia ou pelo povo;ou pelo povo; e, do povo, seria conquistado pelos oligarcas ou tiranos, novamente. O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero Portanto, sem os controles e equilíbrios de uma constituição mista, o governo seria “jogado de um lado para o outro, como ma bola ”uma bola.” Fiel às previsões de Cícero, Roma passou a ser controlada por um imperador Augusto logo apóscontrolada por um imperador, Augusto, logo após a morte de César, e o poder foi passado dele para uma sucessão de governos tirânicos. O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero Um dos principais méritos da obra de Cícero é a sua exposição do conceito de lei natural, estabelecendo m sistema em q e coloca em correspondência diretaum sistema em que coloca em correspondência direta os princípios da razão abstrata e da lei natural com a atividade da razão humana e a legislação do Estado.g ç O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero No tratado Das leis, que constitui um complemento do livro Da república, Cícero persiste na sua concepção de que a lei positi a está baseada nos princípios da ra ão nat rala lei positiva está baseada nos princípios da razão natural, e qualquer disposição que apareça em oposição às leis da natureza não possui força legal.p ç g O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero O mérito principal de Cícero está em ter transmitido ao mundo romano as ideias da Grécia em suas obras, embora m itas e es com propósitos diferentesembora muitas vezes com propósitos diferentes. A obra de Cícero exerceu pouca influência na política de seu tempo caracterizado por animosidade das lutasde seu tempo, caracterizado por animosidade das lutas internas e a crise de patriotismo. O pensamento de CíceroO pensamento de Cícero Mas suas ideias sobre a justiça e a lei natural ficaram profundamente enraizadas no pensamento jurídico de Roma e dei aram ma marca prof nda nos j ristasRoma e deixaram uma marca profunda nos juristas posteriores à época imperial e nos primeiros escritores cristãos. Suas obras: Da república;p ; Das leis; Diálogo sobre a amizade.g InteratividadeInteratividade “Para ganhar o favor popular, o candidato deve conhecer os eleitores por seu nome, elogiá-los e bajulá-los, ser generoso, fazer propaganda e levantar lhes a esperança de um empregofazer propaganda e levantar-lhes a esperança de um emprego no governo. [...]” As práticas políticas na antiga Roma nos fazem refletir sobre as atuais. Essas palavras de Cícero (106-43 a.C.) revelam: a) a concessão de favores, por parte dos eleitores, para cativar os candidatos. b) a necessidade de coagir o eleitorado para conseguir seu apoio. c) o desinteresse da população diante do poder econômico dos candidatosdos candidatos. d) a existência de relações clientelistas entre eleitores e candidatos. e) a pequena importância das relações pessoais para o sucesso nas eleições. As bases do poder teocráticoAs bases do poder teocrático Desde o seu início, no século I a.C., o Império Romano cresceu em força, estendendo-se por toda Europa, África Mediterrânea e Oriente MédioMediterrânea e Oriente Médio. No ápice de seu poder, a cultura imperial romana, com sua ênfase na prosperidade e na estabilidade ameaçavasua ênfase na prosperidade e na estabilidade, ameaçava substituir os valores eruditos e filosóficos associados às repúblicas de Atenas e Roma. Ao mesmo tempo, o cristianismo se arraigava dentro do Império. As bases do poder teocráticoAs bases do poder teocrático A partir do século III, o pensamento político foi dominado pela Igreja na Europa, e a teoria política durante a Idade Média foi moldada pela teologia cristãMédia foi moldada pela teologia cristã. O impacto do cristianismoO impacto do cristianismo O pensamento político passa a se subordinar ao dogma religioso, e as ideias da Antiguidade Clássica foram neglicenciadasneglicenciadas. Santo Agostinho interpretou as ideias de Platão à luz da fé cristã para examinar questões tais como a diferençafé cristã, para examinar questões tais como a diferença entre as leis divinas e humanas e, também, se poderia haver algo como uma guerra justa. O cristianismo como religião oficialO cristianismo como religião oficial Em 380, o cristianismo foi adotado como religião oficial do Império Romano e, conforme o poder e a influência da Igreja cresciam s a relação com o Estado se tornoda Igreja cresciam, sua relação com o Estado se tornou uma questão em disputa. O impacto do cristianismoO impacto do cristianismo Um fator primordial na substituição de ideias políticas pelo pensamento religioso foi a ascensão do poder político da Igreja e do papadoda Igreja e do papado. A Europa medieval foi, de fato, governada pela Igreja, uma situação que acabou sendo formalizada em 800uma situação que acabou sendo formalizada em 800 com a criação do Sacro Império Romano, sob Carlos Magno. O domínio do cristianismoO domínio do cristianismo A educação se tornou prerrogativa do clero, e a estrutura da sociedade foi prescrita pela Igreja, não havendo muito espaço para discórdiaespaço para discórdia. A Igreja Católica manteve o monopólio sobre o ensino por vários séculos na Europa Medievalvários séculos na Europa Medieval. O pensamento político foi dominado pela doutrina católica. A crise do sacro império romanoA crise do sacro império romano A introdução do pensamento secular na vida intelectual teve como efeito a busca de vários estados-nação de afirmarem s a independência e os go ernantes entraram em conflitosua independência, e os governantes entraram em conflito com o papado. A autoridade da Igreja nos assuntos civis foi posta em A autoridade da Igreja nos assuntos civis foi posta em xeque. Com o fim da Idade Média, novas nações desafiavam a autoridade da Igreja e o povo passou a questionar o poder dos monarcas. Santo Agostinho (354-430)Santo Agostinho (354-430) Aurélio Agostinho nasceu em Tagaste (na Argélia). Seu pai era pagão e sua mãe, cristã. Estudou literatura latina e retórica em Cartago. Interessou-se por filosofia por meio das obras de Cícero. Em 373 mudou para Roma e passou a explorar a filosofia de Platão. E 387 t i tã Em 387 tornou-se cristão. Em 391 foi ordenado padre. Principais obras de Santo AgostinhoPrincipais obras de Santo Agostinho O livre arbítrio (387-395). Confissões (397-401) Cidade de Deus (413-425) O pensamento de Santo AgostinhoO pensamento de Santo Agostinho Santo Agostinho procurou integrar a filosofia clássica à religião e foi fortemente influenciado por Platão, o que também formotambém formou a base de seu pensamento político. Como cidadão romano Agostinho acreditava na tradição de Como cidadão romano, Agostinho acreditava na tradição de um Estado sujeito ao estado de direito, mas, como erudito, concordava com Aristóteles e Platão que a meta do Estado deveria ser permitir ao povo viver uma vida digna e virtuosa. O pensamento de Santo AgostinhoO pensamento de Santo Agostinho Para um cristão, viver uma vida digna e virtuosa era viver pelas leis divinas prescritas pela Igreja. Agostinho acreditava que, na prática, poucos homens viviam de acordo com as leis divinas, e a maioria vivia em pecado. A ti h f i di ti ã t i it D i ( id d d Agostinho fazia uma distinção entre: civitas Dei (cidade de Deus) e civitas terrea (cidade terrena). O pensamento de Santo AgostinhoO pensamento de SantoAgostinho Na civitas terrea predominaria o pecado, Agostinho via a influência da Igreja no Estado seria o único meio de garantir q e as leis da terra fossem feitas como referência às leisque as leis da terra fossem feitas como referência às leis divinas, permitindo ao povo viver na civitas Dei. A presença de leis justas distinguiria o Estado de um A presença de leis justas distinguiria o Estado de um bando de ladrões. Segundo Agostinho, os ladrões podem ter regras, mas estas não são justas. O pensamento de Santo AgostinhoO pensamento de Santo Agostinho Mesmo na pecaminosa civitas terrea, a autoridade estatal pode garantir a ordem por meio do estado de direito A ordem é algo que todos temos razão em querer. O pensamento de Santo Agostinho: governantes e ladrões L d õ ú b lídOs estados tem um governante ou governo, e as leis regulam a conduta e a economia. Ladrões se reúnem sob um líder e têm regras de disciplina e divisão dos saques. Os estados governados por homens injustos declaram Cada bando tem seu próprio território e rouba os territórios guerra aos seus vizinhos para conquistar territórios e recursos. vizinhos. Santo Agostinho e a guerra justaSanto Agostinho e a guerra justa A ênfase de Agostinho na justiça, com suas raízes na doutrina cristã, também se aplicava aos assuntos da guerra. Acreditava que todas as guerras eram más e que atacar e saquear outros estados era injusto. F i ã à ibilid d d “ j t ” Fazia concessão à possibilidade de uma “guerra justa” travada por uma causa justa, tal como a defesa do Estado contra uma agressão, ou para restaurar a paz, apesar de g , p p , p dever ser enfrentada com remorso e só em última instância. O pensamento de Santo AgostinhoO pensamento de Santo Agostinho Portanto, Agostinho defendia um Estado que vivesse de acordo com os princípios cristãos. Seu pensamento foi delineado na obra A cidade de De s na q al descre edelineado na obra A cidade de Deus, na qual descreveu a relação entre o Império Romano e as leis divinas. InteratividadeInteratividade Sobre a doutrina da iluminação de Santo Agostinho, marque a alternativa correta: a) A irradiação da luz divina faz com que conheçamos imediatamentea) A irradiação da luz divina faz com que conheçamos imediatamente as verdades eternas em Deus. Essas verdades, necessárias e eternas, não estão no interior do homem, porque seu intelecto é contingente e mutávelé contingente e mutável. b) A irradiação da luz divina atua imediatamente sobre o intelecto humano, deixando-o ativo para o conhecimento das verdades eternas. Essas verdades, necessárias e imutáveis, estão no interior do homem. c) A metáfora da luz significa a ação divina que nos faz recordar as verdades eternas que a alma possuía antes de se unir ao corpo.q p p d) A metáfora da luz significa a ação divina que nos faz recordar as verdades eternas que a alma possuía e que nela permanecem mediante os ciclos da reencarnaçãomediante os ciclos da reencarnação. e) É possível ao ser humano obter o conhecimento verdadeiro a respeito do mundo. São Thomás de Aquino (1225-1274)São Thomás de Aquino (1225-1274) Tomás de Aquino nasceu na Itália e estudou na Universidade de Nápoles. Em 1244 ingressou na ordem dominicana. Por volta de 1259 lecionou em Nápoles e atuou como lh i d Rconselheiro de papa em Roma. Em 1274 foi escolhido para participar do Concílio de Lyon, mas adoeceu e morreu num acidente pelo caminhomas adoeceu e morreu num acidente pelo caminho. São Thomás de Aquino (1225-1274)São Thomás de Aquino (1225-1274) Principais obras: Scriptum super sententiis (1254-1256) Suma contra os gentios (1258-1260) Suma teológica (1267-1273). São Thomás de Aquino (1225-1274)São Thomás de Aquino (1225-1274) São Thomás de Aquino tentou integrar as ideias de Aristóteles à teologia cristã. Levantou questões difíceis, como o direito divino dos reis e a questão da lei secular x lei divina. É id d i i t t d i tã É considerado o mais importante pensador cristão. Suas preocupações eram primordialmente teológicas, mas como a Igreja era o poder político dominante, a distinção g j p p , ç entre teológico e político não era tão clara como hoje. O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino Thomás de Aquino defendia a integração entre o racional e o dogmático, da filosofia com a teologia. Também se ocupou da questão do poder secular versus a autoridade divina e do conflito entre Igreja e Estado, que crescia em vários paísescrescia em vários países. O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino O propósito do Estado é capacitar o povo a levar uma vida digna. Para ter autoridade, o soberano deve governar com justiça. O Estado só pode julgar a guerra necessária quando l b it lela promove o bem e evita o mal. A guerra só pode ser combatida com a autoridade do soberano ou governantedo soberano ou governante. O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino Para que uma guerra seja justa, é necessária uma causa justa. A guerra como proteção dos valores cristãos pode ser justificada. O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino A justiça como virtude: ao examinar as questões políticas, enfatizava que a razão é tão importante ao pensamento político quanto os argumentos teológicos; i à i tã ã lá i incorporou às suas crenças cristãs a noção clássica grega de que o propósito do Estado era promover a vida digna e virtuosa. g O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino A justiça era vista como a principal virtude política que sustentava toda a sua filosofia. A noção de justiça era o elemento cha e da go ernançaera o elemento-chave da governança. Leis justas eram o que distinguia um bom governo de um mau garantindo-lhe a legitimidade para governarmau, garantindo-lhe a legitimidade para governar. A justiça determinava a moralidade das ações do Estado. O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino A guerra justa: apesar do cristianismo pregar o pacifismo para os seus seguidores, às vezes era necessário lutar para preservar ou restaurar a paz diante de uma agressão; t t d i d f i ã no entanto, a guerra deveria ser defensiva, não preventiva e declarada apenas depois de algumas condições serem cumpridas. ç p O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino Os direitos da guerra: a única intenção justa para uma guerra justa é a restauração da paz; uma guerra justa só pode ser declarada sob a autoridade d bde um soberano; para que uma guerra seja combatida segundo uma causa justa ela deve beneficiar o povojusta, ela deve beneficiar o povo. O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino As regras de conduta justa numa guerra é que garantiriam a justiça da guerra. Para que os critérios da guerra justa fossem cumpridos, deveria haver um governo adequadamente estabelecido, limitado por leis que garantissem a justiça de suas açõeslimitado por leis que garantissem a justiça de suas ações, o que deveria ser, por sua vez, baseado na teoria da governança legítima, levando em conta as demandas tanto da Igreja quando do Estado. O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino Ao enfatizar a justiça como virtude essencial, Thomás de Aquino refletiu sobre o papel da lei na sociedade. Seu interesse pelas regras formo a base de se pensamentointeresse pelas regras formou a base de seu pensamento político. Examinou as diferenças entre leis divinas e humanas e Examinouas diferenças entre leis divinas e humanas e, por conseguinte, entre as leis da Igreja e do Estado. O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino As leis Thomás de Aquino afirmava que: as leis que criamos para nós mesmos e para as nossas sociedades devem ser baseadas na lei natural que, por i ó é fl d l i t i t d isi só, é um reflexo da lei eterna que guia todo o universo; a lei natural torna-se clara para nós pelo dom da razão que nos foi dado por Deus; ela guia nosso comportamentoque nos foi dado por Deus; ela guia nosso comportamento moral e ético. O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino Ele afirmava que: a lei eterna é divina, vinda diretamente de Deus. Ela governa o universo. as leis humanas quanto ao crime e ao castigo devem b d ã l iser baseadas na razão para que se relacionem aos valores que deduzimos da lei natural. O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino A comunidade: assim como Aristóteles, Thomás de Aquino defende que o homem é, por natureza, um “animal político”. A propensão de formar comunidades é algo que nos define como humanoscomunidades é algo que nos define como humanos, diferentes de outros animais. Os humanos formam naturalmente unidades familiares,, que tornam-se vilas e geram sociedades políticas. O pensamento de São Thomás de AquinoO pensamento de São Thomás de Aquino O papel da sociedade política era capacitar seus cidadãos a desenvolver a razão e, por meio dela, adquirir o entendimento de m senso moral em o tras pala ras a lei nat ral Elesde um senso moral – em outras palavras, a lei natural. Eles seriam, então, capazes de viver bem, de acordo com a lei natural e, como cristãos, de acordo com a lei divina. , , Influências do pensamento de São Thomás de AquinoInfluências do pensamento de São Thomás de Aquino A convenção de Genebra consiste em quatro tratados assinados entre 1864 e 1949 – baseados nos conceitos de g erra j sta q e definem tratamento j sto aosde guerra justa –, que definem tratamento justo aos soldados e aos civis em tempos de guerra. Influências do pensamento de São Thomás de AquinoInfluências do pensamento de São Thomás de Aquino A necessidade de lei humana se tornou um tema-chave no crescente conflito entre a Igreja e os poderes seculares. Os critérios para uma guerra justa fundamentam as ações da Organização das Nações Unidas, criada em 1945 com a intenção de manter a paz mundiala intenção de manter a paz mundial. InteratividadeInteratividade Para Tomás de Aquino, filosofia e teologia são ciências distintas porque: a) a filosofia se funda no exercício da razão humana, e a teologia na revelação divina. b) fil fi é iê i l t à t l ib) a filosofia é uma ciência complementar à teologia. c) a filosofia nos traz a compreensão da verdade que será comprovada pela teologiaque será comprovada pela teologia. d) a revelação é critério de verdade, por isso não se pode filosofar.p e) a teologia é a mãe de todas as ciências, e a filosofia serve apenas para explicar pontos de menor importância. ATÉ A PRÓXIMA!
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