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Estudo Dirigido Lesão Celular

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ESTUDO DIRIGIDO
1. Defina Lesões Celulares 
As células, em condições normais, vivem em homeostasia, a qual pode ser perturbada devido à exposição nociva, que perturbe o equilíbrio homeostático da célula, assim ocorre a lesão celular.
2. Qual a diferença entre Lesões Celulares Reversíveis e Irreversíveis 
A lesão celular reversível ocorre quando a exposição à célula é por tempo curto e não causa graves danos. Na lesão irreversível, a exposição nociva perdura até que ocorra graves danos à célula, sem possibilidade de reparação.
3. O que pode causar lesão celular? 
Podem variar desde trauma físico grosseiro a defeitos genéticos, mas em geral podem ser agrupados em: privação de oxigênio; agentes químicos; desequilíbrios nutricionais; agentes físicos; envelhecimento.
4. Cite algumas causas exógenas de lesão celular. 
Agentes físicos, químicos, deficiências nutricionais.
5. Cite algumas causas endógenas de lesão celular 
Envelhecimento, fatores genéticos.
6. O que é hipóxia? 
É a deficiência de oxigênio, que interfere com a respiração oxidativa aeróbica.
7. Oque pode causar hipóxia? 
Isquemia; oxigenação inadequada do sangue; incapacidade de transporte de oxigênio pelo sangue.
8. Como a hipóxia pode causar lesão celular? 
A falta de oxigênio leva À diminuição na produção de ATP, o que ocasiona na falha de sistemas dependentes de energia, como as bombas de Sódio e Potássio, redução de síntede proteica, acúmulo de ácido lático, depleção dos estoques de glicogênio.
9. Como a deficiência de ATP causa tumefação celular?
A deficiência de ATP leva as bombas de Sódio e Potássio à falência, resultando em acúmulo intracelular de sódio e efluxo de potássio. O ganho de soluto é acompanhado pelo ganho osmótico de água, causando a tumefação celular. 
10.Onde a água se acumula durante a alteração celular? 
O acúmulo de água ocorre no citoplasma da célula.
11.O que acontece com o cálcio na lesão celular aguda?
A isquemia e certas toxinas causam o aumento da concentração do cálcio citosólico, inicialmente por causa da liberação de Ca2+ armazenado intracelularmente e, mais tarde, do cálcio que resulta do influxo aumentado através da membrana plasmática. O aumento do cálcio citosólico ativa várias enzimas, com efeitos celulares potencialmente prejudiciais. O aumento dos níveis de Ca2+ intracelular resultam, também, na indução da apoptose, através da ativação direta das caspases e pelo aumento da permeabilidade mitocondrial.
12.Como a célula compensa pela perda da respiração aeróbica? 
Na ausência de oxigênio, a célula recorre à via glicolítica, usando a glicose derivada a partir da circulação ou a partir da hidrólise do glicogênio intracelular.
13.Como a lesão celular reversível se torna irreversível? 
A lesão celular passa de reversível para irreversível quando passa do ponto de “não retorno”, ou seja, quando o estímulo nocivo torna a recuperação à normalidade inviável devido aos danos causados na célula.
14. Quais são os sinais de lesão celular irreversível? 
Incapacidade de reverter a disfunção mitocondrial e os profundos distúrbios na função da membrana.
15. Que alterações das mitocôndrias são irreversíveis? 
Perda de fosforilação oxidativa e de geração de ATP.
16. Que são figuras de mielina? 
São massas fosfolipídicas derivadas da membrana lesionada.
17.Que alterações nucleares são indicativas de morte celular?
Cariorrexe: a cromatina adquire distribuição irregular, podendo se acumular em grumos na membrana celular, havendo perda dos limites nucleares. Com a degeneração adicional, o núcleo torna-se fragmentado em várias partículas que representam pedaços do material degenerado.
Cariólise: dissolução da cromatina com perda de coloração do núcleo, e o mesmo desaparece completamente, o que é, também, incompatível com a sobrevivência da célula.
Picnose: diminuição do volume nuclear, que se contrai e se torna hipercorado, com cromatina condensada. É uma alteração mais característica da apoptose.
Ausência nuclear: consequência da total lise celular, onde, ao observar com microscópio, uma célula que deveria ser nucleada encontra-se anucleada.
18.Quais são os sinais clínicos da lesão celular irreversível?
Os sistemas das células são de tal modo interligados, que qualquer que seja o ponto inicial da lesão celular, a tendência é que com o passar do tempo, todos os sistemas da célula sejam atingidos. Quatro desses sistemas são especialmente vulneráveis: 
  
    1) Membranas - de cuja integridade depende o controle das substancias que saem ou entram na célula 
    2) Respiração aeróbica - da qual dependem os sistemas que utilizam energia, inclusive as membranas
    3) Síntese proteica - que produz proteínas estruturais, enzimas e outras
    4) Aparato genético da célula - indispensável para a manutenção da síntese proteica, entre outras funções
  
Há duas formas de morte celular: necrose e apoptose. 
Necrose: é o conjunto de alterações morfológicas que se seguem à morte celular em um organismo vivo. É sempre patológica. As membranas das células necróticas perdem a sua integridade, ocorrendo extravasamento de substâncias contidas nas células. Isto tem importância clínica pois algumas delas são especialmente abundantes em determinados tipos celulares.  Como conseqüência da necrose ocorre inflamação nos tecidos adjacentes para a eliminação dos tecidos mortos e posterior reparo. Durante este processo inflamatório acumulam-se leucócitos na periferia do tecido lesado, que liberam enzimas úteis na digestão das células necróticas. Ao microscópio óptico percebemos alterações citoplasmáticas e alterações nucleares. 
  
As alterações citoplasmáticas consistem em aumento da acidofilia, retração e vacuolização. As alterações nucleares consistem em cariopicnose (retração e aumento da basofilia nucleares), cariorréxis(fragmentação do núcleo) e cariólise (dissolução nuclear). 
Morfologicamente distinguimos diversos tipos de necrose: 
  
1 - Necrose de coagulação: na qual conseguimos perceber por alguns dias uma “sombra” das células necróticas. O tecido é inicialmente firme e pálido ou amarelado. Neste tipo de necrose ocorre desnaturação das proteínas celulares. Ocorre no infarto do miocárdio. 
  
2 - Necrose de liquefação: o tecido necrótico se liqüefaz rapidamente. Ocorre principalmente nas infecções bacterianas com formação de pus e no sistema nervoso central. 
  
3 - Necrose caseosa: é uma forma diferente de necrose de coagulação, na qual o tecido se torna branco e amolecido. É habitualmente encontrada na tuberculose. 
  
4 - Necrose gordurosa (ou enzimática): geralmente causada pelo extravasamento e ativação de enzimas pancreáticas que digerem a gordura do pâncreas, do epíploo e do mesentério. Encontrada na pancreatite aguda. Às vezes ocorre por traumatismo que ocasiona ruptura dos adipócitos; encontrada principalmente na mama feminina. 
  
5 - Gangrena: não é propriamente um tipo de necrose, geralmente se referindo à necrose de um membro por perda do seu suprimento sangüíneo, às vezes complicada por infecção bacteriana (gangrena úmida, gangrena gasosa). 
20. A lesão celular causada por hipóxia ou anóxia pode ser revertida ou reparada pelo fornecimento adequado de oxigênio à célula?
No ponto de lesão celular onde toda a célula e suas organelas (mitocôndrias, RE) estão notavelmente tumefatas, com concentrações aumentadas de água, sódio e cloreto, e concentração reduzida de potássio, se o oxigênio for restaurado, as perturbações são reversíveis. Entretanto, em algumas situações, a restauração do suprimento de oxigênio ainda resulta em morte celular, em um processo conhecido como lesão de isquemia-reperfusão.
21. O que são Radicais Livres?
Os radicais livres são espécies químicas que possuem um único elétron não pareado em órbita externa. Tais estados químicos são extremamente instáveis e reagem prontamente com químicos orgânicos e inorgânicos; quando gerados nas células, atacam avidamente os ácidos nucleicos, assim como uma variedade de proteínas e lipídios celulares.22. Liste os Radicais Livres de Oxigênio mais conhecidos
Os dois principais radicais livres reagentes com o oxigênio produzidos naturalmente pelo organismo humano são: a hidroxila e o superóxido.
23. Como são formados os radicais livres de oxigênio? 
Normalmente as ERO são produzidas em pequenas quantidades, em todas as células, durante as reações de oxidação e redução que ocorrem durante a respiração e a geração de energia mitocondrial. Nesse processo, o oxigênio molecular é sequencialmente reduzido nas mitocôndrias através da adição de quatro elétrons para gerar água. Entretanto, essa reação é imperfeita, e pequenas quantidades de intermediários tóxicos altamente reativos são geradas quando o oxigênio é apenas parcialmente reduzido.

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