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Aulas da P1

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Dia 01/04/14
1ª Aula Teórica - Fundamentos Meteorologia
Meteorologia- Estuda atmosfera terrestre, relacionando o estado físico, químico e dinâmico dos elementos e fenômenos que nela ocorrem e suas interações com a superfície terrestre e com os seres.
Física- processos físicos que ocorrem na atm (radiação, evaporação, condução)
Dinâmica- forças que atuam nos movimentos atm, associados com tempo e clima
Meteorologia	Sinótica- dimensões horizontais e tempo e duração, fenômenos atm, visando elaboração de mapas ou cartas sinóticas, seu acompanhamento permite elaboração da previsão do tempo
Agricola- estuda efeito das condições meteorológicas nas atividades agropecuárias
Biométrica- estuda a influência dos elementos e fenômenos atm sobre os seres vivos
Elementos e Fenômenos
Elemento - grandeza da natureza contínuo. Os principais:
- Radiação solar
- Pressão atm
- Umidade do ar
- Temperatura do ar
Fenômeno – grandeza da natureza ocasional. São classificados como
- Hidrometeoros = formados por partículas de água (liq ou sólida) > orvalho, nevoeiro, geada, chuva, neve
- Litometeoros = formados por partículas sólidas e não aquosas em suspensão na atm > nevoa seca, fumaça, tempestade de poeira
- Fotometeoros = Fenômenos luminosos decorrentes da reflexão, refração, difração ou interferência da luz solar ou lunar > arco-íris, aurora, halo, coroas
- Eletrometeoros – Manifestação autível e/ou visual proveniente da eletricidade atm > relâmpago, trovão, fogo de santelmo e aurora polar
- Eolometeoros – Manifestação de intensa movimentação de ar e de efeito destruidor > furacão, tornado, tempestades
OBS: furacão – maior diâmetro e muita agua, tornado menor diâmetro
Tempo e Clima
Tempo – estado momentâneo da atm, estado atual de um determinado lugar
Clima – conjunto habitual predominante dos elementos físicos, químicos e biológicos que caracterizam a atm de um lugar e influenciam nos seres que nele habitam. 
OBS: Normais climatológicas representam as condições médias (30 anos) do estado da atmosfera do local e isso possibilita se caracterizar o CLIMA e sua comparação entre localidades.
A circulação atmosférica é influenciada por diversos fatores, como por exemplo, tipos de superfície, relevo, concentração de gases na atmosfera, radiação solar e terrestre. Para simplificar essa grande quantidade de fatores no estudo das circulações atmosféricas, costuma-se categorizar os diversos sistemas de circulação de acordo com sua dimensão horizontal e tempo de atuação.
- Macroescala: trata dos fenômenos em escala planetária, que caracterizam o clima de grandes áreas por altitude, latitude e tipo de superfície (continente e oceano). Esta escala é a mais utilizada quando se estuda Climatologia, Mudanças Climáticas, Meteorologia Sinótica e Dinâmica.
- Mesoescala: Fenômenos em escala local ou regional, em que a topografia condiciona o clima pelas condições de relevo local. A exposição do local (definida pelas coordenadas celestes: N, S, E ou W), a configuração (vale, espigão, encosta) e a inclinação do terreno determinam o clima local.
- Microescala: É aquela que condiciona o clima em pequena escala, sendo função do tipo de cobertura do terreno (solo nu, gramado, floresta, cultura rasteira, represa, etc.). O fator principal é a cobertura do terreno e cada tipo de cobertura tem influência própria sobre o microclima 
OBS Linhas de instabilidade e complexos convectivos – são responsáveis por eventos meteorológicos severos (chuva intensa, granizo, descargas elétricas)
Dia 03/04/14
1ª Aula Prática - Estações Meteorológicas
Estação = local onde é instalado conjunto de instrumentos que permitem descrever as condições meteorológicas no momento da observação, que consiste numa sequência de procedimentos executados conforme as normas para avaliação quantitativa e qualitativa de elementos e fenômenos.
Meteorologia > Dados > Observação > Estação Meteorológicas
				Horários padrões OMM, (12, 18, 24H GMT) respeitando o fuso (9, 15, 21H)
		Convencional 
Superfície
OBSERVAÇÕES			Automática
Altitude (radiossonda, satélite e radar)
Instalação de estação de superfície:
- Declive mínimo;
- Horizontes abertos (amplos) – exposição aos ventos predominantes da região, devendo-se não instalar em fundo de vale, nem no topo de morros e montanhas;
- Distante de obstáculos naturais e/ou artificiais; e de corpos hídricos;
- Solo deve ser representativo da região, plano, que não acumulem água de superfície gramada;
- O acesso da estação deve ser voltado para o sul.
Classificação das estações
	- Principal: Estações de superfície que possuem instrumentos para medida de todos os elementos meteorológicos, possibilitando caracterização detalhada das condições meteorológicas presente e sua evolução.
- Ordinária: São aquelas que não medem a pressão 
Em função do elemento	atmosférica, a velocidade e a direção dos ventos e a 
observado. 	irradiação solar global, porém possuem os principais elementos para fins agrometeorológicos. 
- Termo-Pluviométricas: São estações que medem apenas a temperatura do ar (máxima e mínima) e a chuva. Caracterizam as estações utilizadas particularmente em ambientes agrícolas. 
						Sinótica (objetiva previsão do tempo)
						Climatológica (caracterizar clima da região)
Em função da finalidade da observação	Agroclimatológica (fornecer informações para estudar a influência do tempo sobre atividades agrícolas)
Aeronáutica (necessárias à segurança do transporte aéreo, observação de hora em hora)
						Especiais
Estação convencional
Observações dos elementos e fenômenos meteorológicos que ocorrem na troposfera ao nível da superfície terrestre podem ser feitas por instrumentos com leitura direta ou através de instrumentos registradores.
Tipos de instrumentos:
- Medidores ou Leitura Direta: Todos os instrumentos de leitura direta possuem um órgão sensível que é específico para cada um. Exemplo: termômetro e seu órgão sensível é chamado de bulbo.
- Registradores: São aparelhos que registram de forma contínua, em papel especial, a variação do elemento ou fenômeno que está sendo observado, num dado intervalo de tempo (24 horas ou uma semana). Constituido por órgão sensível, mecanismo de transmissão e mecanismo de registro. Exemplo: A temperatura é registrada pelo termógrafo e o seu diagrama é chamado de termograma.
Os instrumentos são instalados: 
- Ar Livre
- Abrigo Meteorológico: Finalidade: Proteger os aparelhos, que determinam a temperatura e umidade do ar, das radiações, dos ventos e das precipitações. 
 Características: Deverá ser construído em madeira, por ter baixo coeficiente de condutividade térmica; Ser pintado com cor reflexiva, preferencialmente branca ou prateada; As portas do abrigo deverão abrir para o lado do hemisfério em que o lugar estiver situado (no Brasil para o Sul); isto é para evitar a incidência direta da radiação solar sobre os aparelhos, quando necessitarmos abrir suas portas; Deverá ser construído dentro do princípio da ventilação natural e para isso suas paredes são duplas e com persianas, sendo estas invertidas; Seu fundo deverá ser apenas protegido por uma tela; A altura do fundo do abrigo até o solo é de 1,20m. 
- Escritório: Local onde o observador meteorológico faz o trabalho de escrita (anotações cálculos). Instalado medidor e registrador de pressão atm do ar
Estação automática
Coleta, de minuto em minuto, as informações meteorológicas (temperatura e umidade do ar, pressão atmosférica, precipitação, direção e velocidade do vento e radiação solar) representativas da área em que está localizada. A cada hora, estes dados são integrados e disponibilizados para serem transmitidos, via satélite ou telefonia celular, para um dado local, por exemplo, a sede do Instituo Nacional de Meteorologia (INMET), em Brasília.
inclui os seguintes subsistemas: 
- Coleta de dados; 
- Controle e armazenamento; 
- Energia (painel solar e bateria); 
- Comunicação. 
São coletados: 
# Temperatura do ar (instantânea, máxima e mínima);
# Umidade relativa do ar (instantânea, máxima e mínima); 
# Temperatura do ponto de orvalho (instantânea, máxima e mínima); 
# Pressão atmosférica do ar (instantânea, máxima e mínima); 
# Velocidade do vento instantânea; 
# Direção do vento; 
# Intensidade da rajada do vento; 
# Radiação solar; 
# Precipitação acumulada no período
Estação de Altitude
radiossonda é um conjunto de instrumentos e sensores para medir a variação vertical da temperatura e umidade do ar e pressão atmosférica, além da velocidade e direção do vento, enquanto é elevada na atmosfera até alturas típicas da ordem de 30 km, por um balão inflado com gás hélio. O deslocamento da sonda é registrado por uma antena GPS, os dados observados, minuto a minuto, são enviados via rádio para a estação receptora no solo que os processa, gera uma mensagem codificada e a envia para o Centro Coletor, onde ocorrerá a distribuição global.
radar começou a ser usado para fins meteorológicos após a última guerra mundial, deriva da expressão “Radio Detection And Ranging”, ou seja, o uso das ondas de rádio na detecção de objetos e na medida das distâncias dos mesmos. Fundamentais para a detecção de tempestades. Quanto maior o valor em decibéis (dbz), maior é a intensidade da formação.
satélite usado principalmente para monitorar o tempo e o clima da Terra, embora monitorem também os efeitos da atividade humana, como uso de iluminação em cidades, queimadas, níveis de poluição, além das auroras polares, tempestades de raios e poeira, superfícies cobertas por neve e gelo, desmatamento e correntes oceânicas, entre outros. 
Além disso, as imagens dos satélites meteorológicos ajudam no monitoramento das nuvens liberadas por vulcões e também da fumaça de queimada de florestas
Dia 08/04/14
2ª Aula Teórica - Coordenadas Terrestres Celestes
 O estudo das características da Terra (forma, volume, área de continentes e oceanos, entre outras) permite entender as variações no recebimento e absorção da Radiação Solar a superfície terrestre e a emissão da Radiação Terrestre. O recebimento de Radiação Solar varia principalmente com a época do ano, o local e a nebulosidade, enquanto sua absorção e emissão dependem do tipo de superfície. 
Em estudos relacionados à radiação Solar é necessário localizar determinado local ou ponto na superfície Terrestre e associá-lo a um sistema de medida de tempo. Para isso se utilizam os sistemas de coordenadas geográficas, definidos por pontos, linhas e círculos da Terra 
 Do mesmo modo que é necessário conhecer as coordenadas geográficas do local à superfície terrestre, também se faz necessário avaliar os movimentos da Terra (rotação e translação), associados aos movimentos aparentes do Sol para um observador na superfície terrestre, e como esses determinam a variação de energia (radiação solar) durante o ano ou mesmo na escala diária (dia/noite). A localização de um astro e o acompanhamento do seu movimento aparente é realizado com auxílio de um sistema de coordenadas celestes, em conjunto com a definição de um referencial local.
Terra
Forma: geóide
Raio Médio: 6.371 Km
Raio Equatorial: 6.378,388 – 21,5> que a polar
Área: 5,1010x108 Km²
Volume: 1,0833x10²¹ Km²
Matéria – 3 estados básicos
# Solido: camada superficial composto por rocha, denominada litosfera aproximadamente 30-120Km de espessura
# Liquido: formada por oceanos, rios, mares, lagos, etc. existente nas depressões da superfície, denominada hidrosfera
# Gasoso: envoltório gasoso denominado atmosfera
Coordenadas Geográficas
Sistema que permite localizar pontos sobre a superfície
Círculos da Terra
# Máximos
Equador – perpendicular a linha dos polos que divide a terra em 2 hemisférios
Sul (Austral)
Norte (Boreal)
Meridianos – círculos planos que passam pelo eixo da Terra que divide em partes iguais
Ocidental (Oeste)
Oriental (Leste)
#Mínimos
Demais círculos paralelos ao Equador Terrestre (Polar, Artico, Trópicos de Capricórnio e Câncer) denominados paralelos terrestres
Planos e Linhas
Plano do horizonte, para um ponto situado na superfície terrestre, é o plano que contém todas as tangentes traçadas ao ponto, sendo perpendicular a vertical local. Esse plano é paralelo aquele formado por uma superfície líquida em repouso, situada no local considerado.
A vertical local à superfície em determinado ponto pode ser definida como a direção local de atuação da força da gravidade. O prolongamento da vertical local, no sentido contrário ao do centro da Terra e acima do plano do horizonte, é considerado positivo, e determina na esfera Terrestre o Zênite. O prolongamento no sentido contrário, ou seja, abaixo do plano do horizonte, é denominado Nadir.
ZZ’ = linha Zênite-Nadir = perpendicular ao plano do horizonte
OBS: Eu, como referêncial
Sistema LAT/LONG
Permite quantificar as coordenadas geográficas de qualquer ponto na superfície terrestre. As coordenadas nesse sistema são expressas em unidade de graus e décimos ou graus sexagesimais, ou seja, graus, minutos e segundos.
# latitude (Φ) é definida como o ângulo, em graus, de determinado lugar até o plano do Equador. A latitude é igual a 0° no Equador e varia até 90° nos Pólos Norte (N) ou Sul (S). Ao norte do Equador a latitude é positiva (+), enquanto ao sul do Equador negativa (-).
# longitude (λ) é determinada como o ângulo, em graus, entre o plano do meridiano de determinado lugar até o plano do meridiano de referência (Greenwich - Gr). A partir de Greenwich a longitude varia de 0° a 180° em direção aos dois hemisférios, Leste ou Oeste. Por convenção, às longitudes a oeste de Greenwich tem sinal negativo (-) e a leste de Greenwich positivo (+)
As coordenadas geográficas permitem localizar um ponto apenas no plano, como por exemplo, os mapas, ou seja, em duas dimensões é necessária uma terceira coordenada para localizar um ponto na superfície terrestre. Essa coordenada é:
# altitude (Z) elevação vertical, em metros, determinada a partir do Nível Médio do Mar (NMM). É positiva(+) quando o ponto está acima do NMM, e negativa (-), caso contrário.
Altitude é diferente de altura ou cota.
A altura é a elevação vertical em metros contada a partir de um plano de referência arbitrário à superfície, enquanto cota, tem significado similar à altura, contudo o plano de referência é o plano do horizonte
Coordenadas Celestes
Permitem indicar a posição dos corpos celestes (Sol, Planetas, entre outros) e estudar os seus movimentos em qualquer instante do dia e qualquer dia do ano.
# Sistema Equatorial - Os pontos, linhas e planos usados neste sistema são obtidos pelo prolongamento do eixo, dos planos, dos paralelos e dos meridianos do globo terrestre até alcançar a esfera celeste. Não variam com tempo.
declinação (δ) é o ângulo ou arco do meridiano, medido a partir do Equador Celeste até o astro ou o ângulo que o raio vetor do astro faz com sua projeção no plano equatorial celestial. Por convenção, corpos celestes no Hemisfério Norte Celeste tem declinação positiva (+), enquanto no Hemisfério Sul Celeste, esses corpos apresentam declinação negativa(-). Varia de -90°a +90°
ascensão reta (Ar) é definida como o ângulo, medido a partir do Equador Celeste, entre a projeção do raio vetor do astro e o vetor posição do ponto vernal. Por definição a ascensão reta varia de 0° a 360° 
Referencial Local é necessário definir referências em determinadas posições da superfície da Terra (locais de observação), que podem ser associados a um sistema de coordenadas. Podem ainda ser usados para estudar propriedades e movimentos da Terra e dos oceanos, acompanhar o movimento dos astros na esfera celeste, entre outros.
Dia 10/04/14
2ª Aula Prática – Medidas do Tempo
A medida do tempo está geralmente relacionada ao movimento dos astros. 
Rotação determina o dia. 
Translação determina o ano.
# Fusos - é o espaço compreendido entre dois meridianos quaisquer, existindo uma infinidade. 
# Fuso Horário - é a distância compreendida entre dois
meridianos, porém, a mesma deve ser de 15°, sendo que cada fuso horário tem um meridiano central e deverá ter seu valor sempre múltiplo de 15°
OBS: porque 15°? 360° da Terra/ 24h = 15°/h
O meridiano de Gr., divide a Terra em dois hemisférios. Então todos os fusos horários a oeste de Gr, são contados de -1 à -12 horas e todos à leste de Gr de +1 a +12 horas.
Determinação do Fuso Horário 
Para o cálculo do fuso horário pertencente de um determinado lugar, dividimos a sua longitude (somente o grau) por 15°. Quando o resto da divisão for maior que 7° 30’, o fuso horário passa a ser 1 hora a mais.
L= 89° 56’25” WG
L=5h 59min 45seg
			 >30 min = +1h ... (f)=5+1=6H
OBS: o numero em graus (89) é próximo de 90 (múltiplo de 15), logo 90/15=6h
Sistema Horário
# HORA CIVIL (HC): é o tempo contado a partir da passagem do Sol pelo meridiano oposto ao lugar considerado – Long / 15
 
HC = h0 + (± L) 
em que, 
h0 = hora civil de Gr; 
(L) = longitude em tempo: Oeste = (-) e Leste = (+)
# HORA LEGAL: É a hora fornecida pelo relógio - fuso
HL = e0 + (± f) 
em que, 
e0 = hora civil de Gr; 
(f) fuso horário: W = (-) e L = (+).
Diferença entre HL de dois lugares (A e B): 
HLA – HLB = (±fA) – (±fB) 
Diferença entre HL e HC de um mesmo lugar (A): 
HLA – HCA = (±fA) – (±LA)
Exemplos: Converter em H as seguintes Long e calcule seus fusos
130°49’25” LGr
8° 43’ 17”	>30’=+1 .... f= +9h ... obs LGr = +
43°13’22” WGr
-2°52’53”
		> 30=+1 .. f= (-2)+(-1)= -3 ... obs WGr = -
A Long de um lugar é 86°45’ LGR. Qual a diferença entre a HL e a HC deste local?
L= 86°45’
L= 5h47’
(f)= 5+1=6H
HLa-HCa= 6h - 5h,47’= 13’
Um avião parte as 22h (HL) de um local A (43°13’ WGr), para um local B (16°LGr), cuja a distância entre os dois locais é de 5400 Km, viajando a velocidade de 900km/h. Pergunta-se
Qual HLA que o avião chegou em B? 8h
Qual HL de A quando avião chega no local B? 22h+6=28h. dia tem 24h, eram 4 da manha
LA= 43°13’ WGr			LB= 16°LGr			vm= espaç/temp
LA= -2h52’52”			LB= 1h4’			900=5400/tempo
									Tempo= 6h de viage
(f)= -3					(f)= 1
Dia: 15/04
3ª Aula Teórica – Relações Astronômicas Terra-Sol
A energia proveniente do Sol se propaga através do espaço na forma de ondas eletromagnéticas, no processo de transferência de energia conhecido como radiação. A quantidade de radiação que chega a Terra é influenciada pelos movimentos aparentes do Sol, decorrentes dos movimentos da Terra de rotação e translação.
Movimento de Rotação é executado pela Terra em torno do seu eixo e apresenta um período de aproximadamente 24 horas. Esse movimento condiciona a alternância dos dias e das noites em nosso Planeta e, assim, varia a quantidade do recebimento diário de radiação solar. Essa variação gera a escala diária de variação das condições meteorológicas, como por exemplo, a variação da temperatura do ar.
O movimento de translação da Terra em torno do Sol está inserido em único plano, denominado de Plano de Eclíptica (forma com Equador um ângulo de 23°27’). O movimento de translação dura em torno aproximadamente um ano. Devido a essa fração de 6 horas, a cada quatro anos têm-se um ano com 366 dias, denominado de ano bissexto. A inclinação do eixo de rotação, associado com o movimento de translação, resulta nas estações do ano (verão, outono, inverno e primavera).
Declinação
Nula (0°): Equinócio – Período de Março e Setembro, estações de verão (22/06) e inverno (22/12)
Máxima (23°27’): Solstício – Período de Junho e Dezembro, estações de outono e primavera
Calculo Declinação do sol
É considerada como se a variação ocorresse somente ao longo do dia.
Klein assume a órbita da Terra é circular e se baseia no número de ordem (n) do dia
OBSERVAÇÃO: n=1 = 1° de janeiro. 
 Em ano bissexto volta para 1° de janeiro.
 N= Dias Juliano=dias corrido
declinação=23,45*sen(360*(284+N)/365)
284 compensa a diferença de 6h
O Sol passa seis meses em cada Hemisfério, assim, cada estação do ano dura três meses.
Distância da Terra ao Sol
Devido à órbita elíptica da Terra a distância Terra-Sol varia durante o ano. Em determinada época do ano a Terra estará mais próxima (Periélio ou Pirigeu) ou mais afastada (Afélio ou Apogeu). Quanto mais próximo da fonte de emissão de radiação maior a densidade de fluxo de radiação e quanto mais afastado da fonte menor a densidade de fluxo de radiação
Ouvir parte do aquecimento da terra
Lei de Lambert
Se o eixo de rotação da Terra fosse perpendicular a Eclíptica não haveria muita variação na radiação durante o ano. 
Quando o Sol ocupa a posição no Zênite de um lugar, a radiação incidente (I) é igual à emergente (I0) e assim, I/I0 = 1. Contudo, o Sol ocupa o Zênite apenas duas vezes por ano, na região Tropical, e fora dos Trópicos isso nunca ocorre, ou seja, vai existir um ângulo entre o Zênite e a posição do Sol (ângulo zenital). Assim, a radiação incidente é dada pela Lei de Lambert, que diz que a radiação incidente diminui proporcionalmente ao ângulo de incidência dos raios solares.
I/I0= cos Z :. Z =|Φ – δ|:. Cos Z= │latitude - declive│
Fotoperíodo
Como resultado da inclinação do eixo de rotação e do movimento de translação, a duração dos dias varia com a latitude e o dia do ano. O fotoperíodo ou duração do dia é caracterizado pelo período em que o Sol está acima do plano do horizonte, ou seja, é o intervalo entre o nascer e o pôr-do-sol (ocaso), decorrente do movimento de rotação da Terra. O fotoperíodo ou número máximo de horas de brilho solar (N) pode ser estimado em função do ângulo horário (H) entre o nascer e o ocaso do Sol.
N= 2H/15
O ângulo horário depende do local (latitude - ) e da época do ano, representado pela declinação solar () e, pode ser determinado pela relação:
Cos H: - tang declinação x tang latitude local
Dia: 29/04
4ª Aula Teórica – Composição e Estrutura da Atmosfera
A atmosfera é a camada gasosa, relativamente fina, que envolve o Planeta, sendo fundamental à vida na Terra. Ela é constituída por um conjunto de gases, vapor d´água e partículas sólidas em suspensão. Atmosfera atua como sede dos fenômenos meteorológicos e, além disso, é fator determinante na qualidade e quantidade da radiação solar que atinge a superfície terrestre.
Composição
Atmosfera é composta por dois conjuntos de gases: componentes fixos (matriz) – longa duração e componentes variáveis – curta duração.
 
Componentes Fixos: conjunto de gases, com predominância do nitrogênio (78%) e do oxigênio (20,9%). Os demais gases nobres (hélio, neônio, argônio, xenônio e criptônio, etc.) somados constituem menos de 1% do total. 
Componentes Variáveis: composto principalmente por vapor d’água, dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e ozônio (O3) 
Além de gases, a atmosfera terrestre contém pequenas partículas sólidas em suspensão, chamadas de aerossóis. A maior concentração é encontrada na baixa atmosfera (Troposfera), próximo a sua fonte principal, a superfície da Terra (continentes e oceanos). Podem originar-se de incêndios florestais, erosão do solo pelo vento, cristais de sais marinhos dispersos pelas ondas, emissões vulcânicas e por atividades agrícolas e industriais. Alguns aerossóis podem originar-se na parte superior da atmosfera, como a poeira dos meteoros que se desintegram. Participam de processos meteorológicos importantes, agem como núcleos de condensação para o vapor d'água e são importantes para a formação de nevoeiros, nuvens e precipitação. Alguns podem absorver ou refletir a radiação solar incidente, e assim, influenciam no balanço de radiação e na temperatura do ar.
# Nitrogênio (N2) - mais abundante da atmosfera, não desempenha nenhum papel relevante, em termos químicos ou energéticos, nas proximidades da superfície terrestre. Na alta atmosfera, absorve certa quantidade de UV. Nitrogênio presente na molécula de vários compostos orgânicos vegetais (proteínas) não é oriundo da atmosfera, mas do solo.
# Oxigênio (O2) - É um dos elementos
mais importantes da química orgânica, participando de maneira relevante no ciclo energético dos seres vivos, sendo essencial na respiração celular dos organismos aeróbicos. Essa molécula é formada durante a fotossíntese das plantas e, posteriormente, utilizada pelos seres vivos no processo de respiração
# Vapor D’Água (H2O) – Exerce papel relevante no aspecto biológico e meteorológico, sua concentração varia de local para local, porem raramente ultrapassa 4% do volume. Encontra-se até 10 Km de altitude. É o principal gás natural do efeito estufa. Algumas áreas, como desertos, pode estar praticamente isento de vapor d’água.
# Dióxido de Carbono (CO2) – É indispensável a vida, está presente na atm por efeito de combustão de combustíveis fósseis e mudanças no uso da terra (desmatamentos e queimadas) ou ocasionada pela respiração de vegetais e animais. Nos vegetais através da clorofila e da síntese de açucares 
# Ozônio (O3) – Forma-se quando as moléculas de oxigênio (O2) se dissociam devido à absorção de radiação UV, e os átomos separados combinam-se individualmente com outras moléculas de oxigênio. ‘Escudo’ natural da Terra (camada de ozônio) para os seres humanos e a outras formas de vida, visto que esses comprimentos de onda estão associados a elevadas quantidades de energia, sendo nocivos aos seres vivos. A concentração desse gás varia com a latitude, com a época do ano, com a hora do dia e, ainda, com a maior ou menor disponibilidade de radiação solar e maiores ou menores temperaturas do ar.
# Partículas Sólidas (PS) – Podem ser de origem mineral (sílica, carbono resultante de combustões incompletas, fibras de vidro, entre outros) ou orgânica (polén, algumas fibras, entre outros).
A quantidade de partículas dependerá da quantidade, que é variável segundo as condições climáticas, a atividade industrial das proximidades e a densidade de tráfego. 
As principais partículas orgânicas e inorgânicas tendem a cair pelo seu próprio peso, sendo, no entanto, impedidas pelas correntes ascendentes. 
Elas influenciam sobre: (i) Visibilidade – diminuem a transparência da atm; (ii) Temperatura do ar – aquecimento da atmosfera – o ar puro é diatérmico, isto é, pode ser atravessado pelo calor do Sol, sem se aquecer, enquanto que as partículas sólidas absorvem este calo.
Dentre as partículas sólidas suspensas na atmosfera, os núcleos de condensação (NC) são os mais importantes, em sua maioria constituída de sais. Parte desse NC’s se originam da dispersão de gotículas d’agua dos oceanos provocados pela ação do vento. Os NC’s agem como centro de atração para vapor d’agua.
OBSERVAÇÃO: nuvem mais escura - absorve mais; nuvem mais clara – reflete mais.
Estrutura Vertical do Ar
Para a Meteorologia, a atmosfera terrestre é dividida em quatro camadas: Troposfera, Estratosfera, Mesosfera e Termosfera, separadas por três zonas de transição, Tropopausa, Estratopausa e Mesopausa, respectivamente. Cada camada é caracterizada por uma mudança uniforme de temperatura em função da altitude. O topo de cada camada é denotado por uma "pausa", onde a temperatura não varia com a altitude. 
# Troposfera é a parte de atmosfera em que vivemos e onde se realizam as observações de tempo meteorológico. Nesta camada a temperatura do ar diminui com a altitude (resfriamento adiabático). Estes movimentos verticais e a abundância de vapor da água fazem da Troposfera a camada mais importante para ocorrência dos fenômenos meteorológicos. A espessura da Troposfera varia com a latitude e com a época do ano. Grandes perturbações atmosféricas (como os ciclones) podem estar associadas à elevação ou redução da espessura da Troposfera.
# Estratosfera é o resultado da absorção direta da radiação solar e aumentam com altitude crescente. Apresenta pequena concentração de vapor d'água e temperatura constante até a região limítrofe, denominada Estratopausa. Formada pela camada de ozônio (O3).
# Mesosfera a temperatura diminui com a altitude, esta é a camada atmosférica onde há uma substancial queda de temperatura chegando até a -90º C em seu topo. Ocorre o fenômeno da aeroluminescência6 das emissões da hidroxila, que geralmente é confundida com as auroras.
# Termosfera temperatura é inicialmente isotérmica e depois aumenta rapidamente com a altitude, como resultado da absorção de ondas muito curtas da radiação solar por átomos de oxigênio e nitrogênio. Considerada “Topo da Atmosfera”.
Dia: 1/05
4ª Aula Prática – Feriado dia do trabalho

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