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DESENVOLVIMENTO INFANTIL JANAINA ALMEIDA Jean William Fritz Piaget foi um biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço, considerado um dos mais importantes do séc. XX. Piaget publicou mais de 50 livros, várias monografias e artigos deixando uma extensa fonte de consulta e pesquisa(RELACIONADO AO DESENVOLVIMENTO INFATIL). Piaget tinha interesse na inteligência e sua transformação sendo que para isso desenvolveu o método clínico referente ao diálogo com crianças, por meio de situações-problema chamadas de provas operatórias. Também desenvolveu uma teoria chamada Epistemologia Genética. Epistemologia significa filosofia da ciência e genética significa construção, evolução. Erik Erikson foi um psicanalista responsável pelo desenvolvimento da Teoria do Desenvolvimento Psicossocial na Psicologia e um dos teóricos da Psicologia do desenvolvimento. Com base em pesquisas formulou a teoria segundo a qual as sociedades criam mecanismos institucionais que propiciam e enquadram o desenvolvimento da personalidade, embora as soluções específicas para problemas similares variem de cultura para cultura. ). Erikson publicou livros sobre Martinho Lutero, Gandhi e Hitler e escreveu ensaios em que relaciona a psicanálise com a história, política, filosofia e teologia PENSADORES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL PENSADORES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL Sigismund Schlomo Freud, mais conhecido como Sigmund Freud, foi um médico neurologista criador da psicanálise. Durante vários anos trabalhou em uma clínica neurológica para crianças, onde se destacou por ter descoberto um tipo de paralisia cerebral que mais tarde passou a ser conhecida pelo seu nome. Em pouco tempo, Freud conseguiu dar um passo decisivo e original que abriu perspectivas para o desenvolvimento da psicanálise ao abandonar a hipnose, substituindo-a pelo método das livres associações, passando então a penetrar nas regiões mais obscuras do inconsciente, sendo o primeiro a descobrir o instrumento capaz de atingi-lo e explorá-lo em sua essência. Desenvolvimento humano é um processo de crescimento e mudança a nível físico, do comportamento, cognitivo e emocional ao longo da vida. Em cada fase surgem características específicas. As linhas orentadoras de desenvolvimento aplicam-se a grande parte das crianças em cada fase de desenvolvimento. Cada criança tem um ritmo próprio de desenvolvimento, às vezes mais rápido, outras vezes mais lento, mas ainda dentro de um padrão considerado normal para sua idade. Fases do desenvolvimento PRÉ NATAL (concepção até o nascimento) PRIMEIRA INFÂNCIA (nascimento até 3 anos) SEGUNDA INFÂNCIA (3 a 6 anos) TERCEIRA INFÂNCIA (6 a 12 anos) ADOLESCÊNCIA (12 a 18 anos) JOVEM ADULTO (18 a 40 anos) MEIA IDADE (40 a 65 anos) TERCEIRA IDADE (acima de 65 anos) Desenvolvimento Infantil Primeira infância Segunda infância Terceira infância Adolescência Jovem adulto Meia idade Terceira idade Do nascimento aos 18 meses - Primeira Infância Desenvolvimento físico Esta é uma fase de rápido crescimento e desenvolvimento: o bebê muda mês a mês!! A criança, através da maturação do Sistema Nervoso Central e do Sistema motor, vai progredindo e começa a coordenar os reflexos que traz ao nascer (sugar, pegar e olhar para) em ações mais complexas: coordena a sucção com a visão (olha para o que suga), depois o olhar e o pegar (olha e pega), desenvolve em seguida o movimento de pegar, começa a descobrir objetos, senta sem suporte, fica de pé e finalmente anda sem ajuda. 1º mês: o bebê dorme a maior parte do tempo, apresenta uma série de reflexos como o agarrar e o sugar. 2º mês: diferencia sons e orienta-se para os humanos, acompanha visualmente o deslocamento de um objeto, sorri em resposta a outro sorriso, demonstra conhecer o rosto da mãe. 3º mês: segura com firmeza um objeto, enxerga em cores, reage a barulhos parando de mamar. 4º mês: levanta a cabeça e a mantém equilibrada, chora quando deixado sozinho, ouve a voz da mãe e vira a cabeça procurando por ela. 5º mês: olha própria imagem no espelho e se alegra com isso, lambe, morde e chupa tudo o que estiver em seu alcance. 6º mês: estica os braços para ganhar colo, segura objetos com as duas mãos, come a primeira papinha. 7º mês: senta de modo firme, começa a entender o "não", interessa-se por figuras em livros, aparecem os primeiros dentes. 8º mês: está pronto para engatinhar, olha para quem o chama pelo nome. 9º mês: os dedos funcionam como pinça para pegar objetos pequenos, bate palmas e dá tchau. 10º mês: aponta com o dedo indicador. 11º mês: tenta ficar de pé encostando-se às paredes e apoiado em móveis. 12º mês (1 ano): começa a andar com ajuda. 15 meses: anda bem sozinho, sobe escadas engatinhando, usa o copo para beber líquidos e pode usar a colher. 1 ano e meio: corre desajeitadamente. Desenvolvimento da linguagem Ao nascer o bebê possui vocalizações diferentes do choro para "fome", "dor". É chorando que o bebê se comunica, especialmente com a mãe. E é incrível como ela consegue entender cada tipo de choro... Aos 3 meses faz ruídos com a garganta e estala o céu da boca. Balbucia (repete uma série de sons: "ma-ma", "da-da") aos 6 meses e reserva cada som para um objeto específico. Brinca com as suas próprias vocalizações. E os adultos, imitando-os, também brincam! Reconhece o "não" e seu próprio nome aos 7 e 8 meses. A média de idade para a 1ª palavra é 11 meses. Desenvolvimento cognitivo Piaget denomina esta fase como Período sensório-motor. Por que? Porque o bebê conhece o mudo e desenvolve a inteligência através dos sentidos e das ações. Ele caminha das atividades reflexas inatas (respostas que traz prontas ao nascer para reagir ao ambiente: sugar, agarrar, acompanhar visualmente) para atividades desenvolvidas para um fim e relacionadas ao ambiente. Por exemplo: olha, agarra e depois põe na boca o que quer. O domínio do ambiente pelo bebê ocorre através do chamado processo de Assimilação (incorporando novos estímulos ambientais: p.ex., agarrar novos objetos) e pelo processo da Acomodação (modificação do comportamento para a adaptação a novos estímulos: p. ex., esticar o braço para agarrar um objeto distante). Desenvolvimento afetivo e social Vinculo mãe-bebê O vínculo mãe-bebê (relação de apego) é extremamente importante neste início da vida! A criança aprende através dele se o mundo é um lugar bom e agradável para viver ou uma fonte de dor, frustração e incerteza. A criança "sinaliza" ao ambiente como ela está, através de alguns comportamentos como o choro, o sorriso, a vocalização, o olhar, cada um deles indicando coisas diferentes: há alguns "sinais" que buscam a aproximação da mãe e outros que pretendem mantê-la presente, interagindo. É possível distinguir, como já dissemos, choros de "manha", "mágoa" e "dor", assim como há sorrisos "fechados", "sociais" e "largos". Quando a mãe responde aos "sinais" que a criança emite (chamamos a isso de interação "sintônica") uma relação afetiva se desenvolve e tanto a criança, como a própria mãe, desenvolvem um sentimento de segurança: o bebê frente ao ambiente e a mãe frente ao seu papel materno. Auto-imagem e autoconceito Em relação à auto-imagem e autoconceito, o bebê, inicialmente, não experimenta a si mesmo como separado dos outros, especialmente da mãe: ele e a mãe são vivenciados como sendo uma coisa só! Com o tempo a criança começa o processo de separação, ainda que a mãe seja vista como uma extensão de si, seja provendo cuidados ou o frustrando. Ansiedades normais do bebê Por volta dos 6 meses o bebê sorri mais para a mãe, dá os braços para ela, vocaliza mais em sua presença, deixando nítida a aquisição de uma ligação de apego e apresentando então ansiedade de separaçãoao seu afastamento. Em torno dos 8 meses surge a ansiedade frente a estranhos, indicando claramente que o bebê já discrimina o familiar do não familiar. Qual é a tarefa do ambiente junto à criança de zero a 1ano e meio? A tarefa do ambiente nesse período é a de prover condições para que o bebê desenvolva um sentido de segurança e confiança em relação ao mundo através do afeto da mãe ou substituto e da adequada satisfação de suas necessidades. Mas, mais importante que a quantidade é a qualidade e a contingência da estimulação que o ambiente provê ao bebê: a criança se apega a quem em com ela uma interação melhor (em qualidade e no momento da necessidade) e não quem fica com ela a maior parte do tempo! O brincar A criança geralmente se diverte jogando objetos e pegando-os, e gosta muito de brincar com a mãe de "achou!" (nas mais diferentes culturas, diga-se de passagem). Brinca de sacudir chocalhos (4 meses), empilhar cubos (13 meses) e com 1 ano e meio folheia livros. Raio de relações significantes: a mãe ou substituto. Modelos teóricos de desenvolvimento Erikson - Confiança versus Desconfiança no ambiente (0-1 ano) Segundo Erikson, a qualidade e o nível da consistência do cuidado recebido pela criança permitem que ela sinta confiança (ou desconfiança) no ambiente e uma primeira apreciação de que as pessoas responderão às suas necessidades e expectativas. Os sinais comportamentais de que a criança está adquirindo essa confiança aparece na facilidade com que ela se alimenta, na profundidade do seu sono, na tranqüilidade da alimentação, na facilidade do seu sorriso e no deixar a mãe se afastar sem mostrar uma ansiedade intensa ou uma raiva muito acentuada. Ela deixa a mãe ir embora /sair de perto porque o seu retorno é confiável e seguro. Nesse sentido, a colocação de uma rotina frente às primeiras experiências da criança é fundamental no processo de desenvolvimento da segurança. Freud - Fase oral Neste período do desenvolvimento o bebê é puro "Id" (impulsos) e pede ao ambiente uma gratificação imediata de suas necessidades - princípio do prazer ("quero agora!"). Essa gratificação é primariamente oral, através de modos incorporadores (sugar, alimentar-se) Com o tempo, os limites colocados pelo ambiente entram em confronto com essas necessidades e surge então um "Ego" rudimentar - princípio da realidade ("eu agüento esperar"): a criança aprende aos poucos a esperar e a adiar a satisfação imediata de suas necessidades. Dos 18 meses aos 3 anos – Primeira Infância Desenvolvimento físico Este é o momento da aquisição dos "dentes de leite". Ocorre também o refinamento das manobras de pegar e soltar (apreensão fina dos dedos). Nesse sentido, e acompanhando essas conquistas, a maioria das crianças já anda, sobe e desce sozinha, corre, senta-se, começa a alimentar-se sozinha(sabe usar garfo e colher), colocar e tirar algumas peças de roupas, consegue desenhar círculos, vira uma página de cada vez, chuta bola e faz torre com blocos de montar. Do ponto de vista físico é também o importante momento da aquisição do controle da bexiga e do intestino: começa a deixar as fraldas. Desenvolvimento da linguagem A criança se personaliza e começa a usar o "eu", mostrando assim a fundamental aquisição da diferenciação "eu" e "não eu". Utiliza já frases de duas palavras: "roupa mamãe" (2 anos) para pedir o que deseja. Mas, como a fala não é ainda capaz de dar à criança condições de expressar tudo, a frustração dá lugar à raiva e a raiva gera a birra. É importante que as pessoas ao redor compreendam o porquê desta irritação. Surge o plural e começa a fase dos "porquês". Desenvolvimento cognitivo Segundo Piaget Este momento é denominado agora de Período pré-operatório e o grande avanço é o surgimento da função simbólica com o uso da linguagem (2 anos). A criança aprende a diferenciar entre ela e o mundo externo: começa a ver os objetos como separados de si mesma (conceito de objeto). Desenvolve a capacidade de representar objetos e pessoas mentalmente em sua ausência (permanência do objeto) em torno dos 2 anos. Outras características importantes desta fase: ➢ Egocentrismo: a criança entende tudo a partir da própria perspectiva. ➢ Animismo: a criança acredita que os objetos inanimados estão vivos, isto é, possuem sentimentos e intenções. ➢ Pensamento mágico: a criança acredita ter o poder de fazer coisas acontecerem a partir de seus desejos. Desenvolvimento afetivo e social Com o crescente processo separação e individualidade, a criança ganha um senso de existência inteiramente separada, aumenta a independência da mãe, embora, às vezes, vacile entre um funcionamento independente e retorno ao apego inicial. A criança já "caminhou" muito até esse momento (já aprendeu a andar, a diferenciar familiares de estranhos, adquiriu a primeiras noções de linguagem) e se recebeu cuidados adequados, sente-se seguro frente ao ambiente e precisa então "testar" tudo isso. Muito de sua interação com o ambiente tem o caráter de uma "oposição" àquilo que lhe é pedido, em várias situações da vida diária. É teimosa, negativista: "não vou", "não quero", "não gosto". Aparecem de forma intensa alguns impulsos como os de: aquisição (a criança passa a pegar tudo, a querer tudo, dizendo que é dela); agressão (reage muitas vezes batendo, chutando, fazendo birra às frustrações que o ambiente impõe à ela); sexual (na situação de banho é freqüente encontrar crianças explorando as sensações produzidas pelo toque a seus órgãos sexuais). As mães começam a ser mais exigentes com a criança,a exigir maior cooperação,obediência e controle, como é o caso do treino do banheiro (processo de eliminação) que acontece em geral nesse momento. É o início da introdução das normas, do que pode e não pode. O brincar A criança nesta fase tem objetos favoritos (brinquedos, cobertor e outros). Brinca de forma solitária, não dividindo os brinquedos (tudo é "meu") e sua brincadeira é livre e sem regras. Importante lembrar que seu tempo de atenção muito curto (por isso devem ocorrer mudanças freqüentes de brincadeira). Gosta bastante de brincar de esconde-esconde. Qual a tarefa do ambiente junto à criança de até 3 anos? A tarefa do ambiente nesse período é o de dar limites aos comportamentos da criança, isto é, começar a estabelecer para a criança o que pode e o que não pode, o certo e o errado. Normas para a criança Importante nesse sentido que: ➢ as normas sejam claras, bem determinadas e exigidas na maioria das vezes: isto faz com que a criança aprenda mais rápido e se sinta segura frente às conseqüências de seu comportamento. ➢ a aprendizagem das normas e do controle não signifique a aquisição do medo e da vergonha. Importante esclarecer que, nesse momento inicial do aprendizado das normas, que as normas sociais são obedecidas geralmente apenas quando o agente socializador está presente. Há necessidade de um controle externo, ou seja, a mãe precisa estar presente na situação dizendo à criança para "não fazer sujeira", "não subir na mesa"! E é, por sua vez, pelo receio de perder o "amor" da mãe que a criança obedece à ela. Raio de relações significantes: os pais. Modelos teóricos de desenvolvimento Erikson - Autonomia versus Vergonha e Dúvida (1-3 anos) Nesta fase, a criança luta para dominar e controlar o ambiente. Começa a se ver como separada dos pais, ainda que dependente dele e o esforço é obter autonomia sem perder a auto-estima. E precisa de protetores firmes que saibam discriminar quando ela pode ir ou deve ser segurada. A falha em dominar essas tarefas ou a punição decorrente leva à vergonha ou à dúvida sobre si mesma e suas capacidades (sentimento de ser "má" ou "suja"). Freud - Fase anal A atenção e o prazerda criança são dirigidos à excreção, a qual é também fonte de prazer. Corresponde ao momento em que as demandas do ambiente começam a ser colocadas para a criança (como ir ao banheiro). Também as atitudes frente a figuras de autoridade começam a ser formadas e predominam as de ambivalência (existência simultânea de dois sentimentos ou duas ideias com relação a uma mesma coisa) e de rebeldia. Dos 3 aos 6 anos – Segunda Infância Desenvolvimento físico Nesta fase corre, salta, pula, anda de triciclo (3 anos). Também anda de bicicleta, anda na ponta dos pés, joga bola, aprende a nadar (4 anos). Usa tesouras, botões, massa de modelar e utensílios como colher e garfo. Ocorre uma alteração nas proporções do corpo, a criança passa a reconhecer as diferentes partes do corpo e se interessa por roupas de adulto. Demonstra curiosidade pelos órgãos sexuais, pelo nascimento dos bebês e pelas diferenças Sexuais. Desenvolvimento cognitivo Piaget - Período pré-operatório (continuação) Usando palavras, a criança pode imaginar e falar sobre objetos não presentes, acontecimentos e sentimentos. O pensamento é, entretanto, egocêntrico: a criança é incapaz de adotar o ponto de vista do outro e esforça-se pouco para adaptar a comunicação às necessidades de quem ouve. O pensamento é também limitado pela incapacidade em levar em conta dois aspectos da observação ou dos objetos simultaneamente (não conservação. Por exemplo, na situação: a criança olha para duas bolinhas de massa de modelar do mesmo tamanho, uma delas é então manipulada e se torna mais fina, a criança responde então que uma é maior que a outra porque mais comprida). Tenta desenhar uma pessoa (3 anos) e depois, coisas que já viu (5 anos). Desenvolvimento afetivo e social Ocorre uma grande "ampliação da socialização": a criança é exposta a influências sociais mais amplas, visitando a casa de amigos e muitas vezes freqüentando a escola. Além dos contatos sociais da criança crescerem rapidamente nessa fase, há diferenças em relação ao sexo da criança: ➢ as meninas gastam grande parte do tempo em interações sociais, a afiliação é uma tendência maior delas. ➢ os meninos estão mais freqüentemente engajados em alguma atividade física. Continua a dependência dos pais, mas inicia-se o esforço pela autonomia: criança quer tomar banho sozinha, ajuda um pouco nas tarefas da casa, envolvimento maior com a escola maternal/creche. A criança inicia tarefas, propõe atividades, se antecipa ao ambiente. O brincar A criança nesta fase brinca ativamente com a fantasia e faz uso intenso da imaginação. Entretanto, o brincar tem características diferentes: já não precisa tanto da manipulação do concreto e recorre muito ao "faz-de-conta".Também começa a brincar com jogos competitivos. Os adultos como modelos Nesta fase, a criança se identifica com os adultos frente aos quais se ligou emocionalmente e com os quais convive. Temos grande responsabilidade nessa fase!!!! Ela imita esses modelos, ensaia "papéis" em termos do comportamento, dos valores, das atitudes e da forma de reagir. Quais as tarefas do ambiente junto à criança de 3 a 5 anos? As tarefas do ambiente nesse período são no sentido de permitir, dentro dos limites por ele considerados como adequados, que a criança teste a sua iniciativa, sejam dadas condições para que ela verifique o efeito de suas ações e possa aprender que se lançar em frente pode ser algo agradável e ter bons resultados, dentro do equilíbrio liberdade x limites. É fundamental a adequação dos pais como modelos a serem imitados e seguidos: se estes são indiferentes ou hostis, criam modelos pobres para que a criança se identifique, o afeto é a base tanto para a aquisição de normas quanto da identificação. Nesse sentido é importante que os pais como modelos tenham um bom conhecimento de si mesmos, se aceitem e se respeitem como pessoas, estejam satisfeitos consigo me smo e possam transmitir um ao outro com tranqüilidade a visão que cada um tem da criança. A influência dos pais sobre os filhos é profunda justamente porque ela se dá através dessa aprendizagem por imitação mais do que por um ensino direto. A tarefa do ambiente nesse período é também, portanto a reflexão individual e a auto-análise dos adultos como pessoas frente às quais a criança se identifica e toma como modelos. Raio de relações significantes: a família básica. Modelos teóricos de desenvolvimento Erikson - Iniciativa versus Culpa A criança neste estágio está envolvida em entender, planejar e realizar tarefas. Um senso de moralidade primitivo é manifestado com a sensação de culpa (superego) frente os atos impulsivos. Este é o tempo das rivalidades com os irmãos e o complexo de castração. Uma disciplina por demais restrita e a conseqüente internalização de normas muito rígidas podem interferir na espontaneidade da criança, com o teste da realidade e levar à culpa excessiva. Freud - Fase fálica Os genitais são o foco de interesse, estimulação e excitação. O pênis é o órgão de interesse para ambos os sexos e a criança mostra-se incrivelmente interessada nas diferenças sexuais. Complexo de Édipo: a criança deseja o pai do sexo oposto e, simultaneamente livrar-se do pai do mesmo sexo. Esse apego ao sexo oposto é vivenciado com intensa preocupação (ansiedade de castração nos meninos e inveja do pênis nas meninas). Dos 6 aos 12 anos – Terceira Infância Desenvolvimento físico Ocorre a erupção dos dentes permanentes. Também se tem a elaboração da coordenação motora fina. As crianças têm maior consciência das mãos como instrumentos de trabalho. Começam a identificar-se com o pai do mesmo sexo. Há um incremento das proezas atléticas. Ocorre o início da puberdade ao final do período (para as meninas). Desenvolvimento da linguagem Nesta fase tem-se um vocabulário enriquecido e sofisticado gramaticalmente. Ocorre o início da leitura (5 anos) e a criança tem muito prazer em jogos de palavras e habilidades verbais. Fala tão bem quanto escreve (12 anos). Desenvolvimento cognitivo Piaget - Período operacional concreto Este é um estágio caracterizado pela aquisição de lógica elementar (relações de causa-efeito) sobre eventos concretos, presentes e experenciados. Os princípios de reversibilidade e conservação de volume, peso, número e extensão são adquiridos. Há compreensão sobre a relação entre a parte e o todo, capacidade de seriação e classificação (por exemplo: frente à pergunta: há mais bolas vermelhas ou brinquedos nesta caixa, a criança é capaz de dizer a resposta correta do conjunto, ou seja, há mais brinquedos). O raciocínio é do tipo empírico-dedutivo: "o que é". Desenvolvimento afetivo e social Surge um novo socializador: a escola. Conseqüentemente tem-se também a separação da mãe e de casa por um período de tempo maior. Os professores, os colegas e os amigos se tornam influências sociais importantes. Entretanto, as amizades são transitórias e os interesses mudam rapidamente. A criança vai deixando de lado a fantasia e o brinquedo, passando a empreender tarefas reais na direção de competências acadêmicas e sociais. Teste do processo de desenvolvimento anterior Esta é uma fase de teste do processo de desenvolvimento anterior e nesse sentido: ➢ é preciso que a afeição tenha gerado segurança para que ela se sinta tranqüila para conviver com outros adultos e ambientes. ➢ é preciso que os limites impostos ao seu comportamento tenham levado a uma capacidade grande de se adaptar e seguir normas (as da escola são muitas)é preciso que a liberdade tenha permitido a iniciativa e a expectativa de que testar e enfrentar novas situações é muito bom. É preciso acima de tudo que a criança tenha desenvolvido e adquirido uma auto-imagem positiva. ➢ crescimento das relações com os colegasdo mesmo sexo e do oposto. O brincar As crianças nessa fase participam de jogos em equipe na escola e em casa, com regulamentos. A competição nos jogos pode ter resultados associados à auto-estima. Quais as tarefas do ambiente? As tarefas do ambiente nesse período são: ➢ em relação à família: continua a ser o primeiro socializador, dela depende a escolha de escola. ➢ Cabe a família apoiar a criança, valorizar o seu trabalho na escola, o seu ganho de competências e habilidades. Tem que enfrentar também o início do afastamento da criança da dominância familiar, a cada instante o filho traz um "pode?" novo e diferente, cabendo aos pais discutir, rever, ceder ou impor normas. ➢ em relação à escola: responder às necessidades da criança de se sentir capaz, empreendedora, competente; informar e formar, assumir o desenvolvimento da criança com o um todo, não ser apenas um mero transmissor e cobrador de informações ou, pior ainda, um lugar onde a criança gasta parte do seu tempo, aliviando as responsabilidades da família. Cabe à escola o manter ou transformar a visão que a criança tem de si mesma, de suas capacidades, de seu valor: os professores são adultos significantes e modelos a serem imitados, bem como os companheiros serão os transmissores de novos padrões de comportamento e atitudes. Raio de relações significantes: a vizinhança e a escola. Modelos teóricos de desenvolvimento Erikson - Indústria versus Inferioridade O domínio das tarefas escolares e a contenção dos impulsos do período anterior para adaptar-se às leis do ambiente são os objetivos desse período. Há reconhecimento por se produzir coisas. O domínio desse estágio pode ser inferido se a criança sente-se adequada em relação às suas habilidades pessoais, competência ou status entre os colegas. O que mais atrapalha nessa fase esse sentido de dever e realização seria o desajustamento na escola, a competição excessiva, limitações pessoais e outras condições que leva à experiência de fracassos, resultando em sentimentos de inferioridade. Freud - Latência Resolução do Complexo de Édipo(em que existe uma “disputa” entre a criança e o progenitor do mesmo sexo pelo amor do progenitor do sexo oposto) com a identificação positiva com o pai do mesmo sexo e internalização dos valores parentais formando a consciência moral - Superego. Impulsos sexuais recebem menor ênfase e são canalizados para objetivos socialmente aceitáveis. Aumenta a preocupação com o domínio sobre o ambiente externo: escola, hobbies, esportes, amigos. Dos 12 aos 18 anos - Adolescência Desenvolvimento físico É o auge do desempenho do trabalho cardiovascular. O corpo adulto está maduro fisicamente e sexualmente. Também o auge da atividade reprodutiva e sexual (o interesse sexual encontra-se aumentado no homem no início dessa faixa etária e na mulher mais no final da mesma). Ocorrem mudanças nas mulheres pela gravidez. Desenvolvimento da linguagem Uma das tarefas do adulto é superar o egocentrismo do pensamento experimentado na adolescência. A habilidade em lidar com mais e mais objetos no nível operatório formal (raciocínio lógico) é estendida. Desenvolvimento cognitivo Perfeição das habilidades de fala e escrita para situações formais. Desenvolvimento afetivo e social Ocorre a formalização dos valores pessoais e objetivos, de um modelo de vida em relação a trabalho, casamento, família, profissão. Os objetivos educacionais são completados (graus mais avançados), luta pela carreira e objetivos de trabalho. Compromisso com outra pessoa pelo casamento e movimento em direção aos papéis parentais. Raio de relações significantes: companheiros na amizade e no sexo. Modelos teóricos de desenvolvimento Erikson - Intimidade versus Isolamento Estabelecimento de relacionamento com parceiro sexual com potencial para paternidade/maternidade. O medo excessivo da perda da identidade pessoal ou rejeição pode levar a evitar os relacionamentos resultando em isolamento. Realização de relacionamentos sexuais maduros. Conciliação da identidade sexual com os objetivos do trabalho e da carreira. Reações às mudanças na imagem psicossexual resultante da paternidade/maternidade (assumir papéis familiares). BIBLIOGRAFIA ➢ http://www.plenamente.com.br/desenvolvim ento-humano.php ➢ https://www.maemequer.pt/desenvolviment o-infantil/desenvolvimento-fase-a-fase/dese nvolvimento/desenvolvimento-infantil-idad e/ ➢ IMAGENS- GOOGLE INC. The End!!!!! OBRIGADA!!
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