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acp ete paralisacao de obra por ausencia de estudo e licenciamento ambiental

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PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE SENADOR CANEDO-GOIÁS
____________________________________________________________________
EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA VARA 
DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE SENADOR 
CANEDO – ESTADO DE GOIÁS.
 
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, por sua 
Representante Legal junto à Promotoria de Justiça da Comarca de Senador Canedo – 
Estado de Goiás, no uso de suas atribuições legais e com fulcro nos artigos 129, 
inciso III e 225, caput, ambos da Constituição da República e ainda, com base na Lei 
Federal nº 7.347/85, Lei Federal nº 6938/81, Lei Estadual nº 8.544/78, Resoluções 
CONAMA nºs 001/86 e 237/97, vem perante Vossa Excelência propor a presente 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA AMBIENTAL
em face do:
MUNICÍPIO DE SENADOR CANEDO-GOIÁS, pessoa 
jurídica de direito público interno, representado pelo Sr. 
Prefeito Municipal – Vanderlan Vieira Cardoso, com sede na 
GO-403, Km 9, Conjunto Morada do Morro, Senador 
Canedo-GO, 
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – 
SEMMA, com sede na Rua Santos Dumond, Qd. 21, Lt. 02, 
Setor Central, Senador Canedo, representada pelo seu 
Secretário Bonivaldo Pedro Silva,pelos fundamentos de fato e 
de direito que passa a aduzir:
I - DOS FATOS
Foi proposta, no dia 16 de abril de 2008, ação de desapropriação 
por utilidade pública, para fins de implantação da estação de tratamento de esgoto do 
município de Senador Canedo, relativamente à “faixa de terras, na margem 
esquerda do rio Meia Ponte que se estende desde as cercanias da Vila Galvão até 
as proximidades da GO-020”, zona rural, deste município.
Por meio de despacho, proferido pela Excelentíssima Juíza em 
substituição, em 29 de maio de 2008, foi concedida imissão na posse do bem 
desapropriado, “conforme especificado no Decreto do Poder Executivo de nº 396 de 
1º de abril de 2008, independentemente da perfeição do ato citatório.”
Em 10 de junho de 2008, chegou ao conhecimento desta 
Promotoria de Justiça representação formulada pelo Sr. José Ferreira Pires Filho, 
proprietário da área em questão, noticiando que a área referida “ situa-se margeando 
o rio Meia Ponte e na sua distância máxima das margens do referido curso d´ água 
a divisa da propriedade possui menos de 600 (seiscentos) metros, o que fere o 
dispositivo do Decreto Estadual 5.496/2001”.
Face à gravidade das informações contidas na representação 
supracitada, foi instaurado por esta Promotoria de Justiça o Procedimento 
Administrativo de nº 103/08, visando apurar a veracidade das notícias relativas à 
implantação da ETE, em área de preservação permanente, bem como à ausência de 
licenciamento ambiental.
Consta dos autos da ação de desapropriação referidos (autos nº. 
443/08 – protocolo 200801546391) que a propriedade objeto da ação consiste em 
20.816 hectares de pastagens e 7.484 hectares de área de preservação permanente, 
formada pela faixa de proteção do Rio Meia Ponte e mata existente no local.
Em 13 de junho de 2008, por volta das 11h, técnicos da Agência 
Goiana do Meio Ambiente, autuaram o Município de Senador Canedo, por iniciar 
as obras de implantação da ETE, sem o competente estudo e licenciamento 
ambiental, oportunidade em que lavraram o respectivo Auto de Infração nº 16497, 
assim como o Termo de Embargo e Interdição de nº 18422, onde embargaram toda 
atividade de estruturação do local, bem como o início de qualquer obra de 
implantação da ETE naquele local. (doc ).
Do mesmo modo, em virtude do descumprimento do termo de 
embargo supracitado, em data de 16 de junho de 2008, técnicos ambientais, 
novamente, procederam à autuação do Município, lavrando o Auto de Infração de nº 
16498, e novo Termo de Embargo e Interdição, este sob o nº 18423. 
Consta do Relatório Técnico Ambiental de nº 170-A/08, elaborado 
pelo técnico, Neri Caetano Barbosa, da Agência Ambiental de Goiás que: 
“Em atenção aos autos de nº 443, datado de 11 de junho de 2008, 
constando solicitação do Ministério Público desta Comarca, realizamos levantamento 
técnico nas margens do Rio Meia Ponte, quando constatamos a presença de equipes de 
trabalhadores que realizavam a construção de cercas de arame, visando isolar a área 
de implantação da ETE. No local verificamos também a presença de máquinas que 
realizavam a terraplanagem para instalação do escritório do canteiro de obras, a 
abertura de cercas da propriedade para a passagem de máquina, e o início da 
preparação do terreno e o levantamento de uma tenda para apoio da equipe de 
engenharia.(...)
“Após vistoriar o local e constatar que as obras estavam sendo 
executadas sem os devidos estudos e o licenciamento ambiental, optamos por autuar o 
município de Senador Canedo e embargar as obras de execução da ETE.
“Considerando ainda que a Prefeitura de Senador Canedo se negou a 
cumprir o termo de embargo de nº. 18422, datado de 13 de Junho de 2008, retornamos 
ao local, onde as atividades estavam sendo desenvolvidas normalmente e realizamos 
nova autuação e novo embargo das atividades, conforme cópias dos autos em anexo(...)
“O município de Senador Canedo vem recebendo uma concentração 
industrial muito dinâmica, ao mesmo tempo em que o vale do Meia Ponte, tanto nesse 
município como no município de Goiânia reúne atividades diversas como os 
condomínios de alto luxo, onde se destaca o Flamboyant, o Portal do Sol I e II e o 
Goiânia Golf, contrastando como os cemitérios parque municipal, parque memorial de 
Goiânia, a ETE Ateneu, ETE do Distrito de Senador Canedo, 2 frigoríficos como o 
Goiás Carnes, o Frigoleles e um curtume, além de uma reciclagem de resíduos e um 
confinamento intensivo de bovinos. Ninguém está prevendo esta externalidade negativa 
e de alto risco que vem incomodando, alterando e interferindo na integridade dos 
recursos naturais e na sociedade, sem se considerar ainda que esse processo de 
ocupação concentrada esteja gerando uma expectativa geral, local e de conflito.
“A ETE de Senador Canedo pode ser apenas mais uma fonte de alto 
potencial poluidor a ser instalada ou a gota d'água para acelerar o conflito que já é 
latente.”
Outrossim, em resposta aos quesitos formulados pelo Ministério 
Público, restou constatado que:
“(...)
Questão nº 5.
Consideramos, pela magnitude da obra, ser imprescindível a realização 
do estudo de impacto ambiental para a implantação do projeto, principalmente pela 
sensibilidade ambiental da área, pela presença de moradias e indústrias como os 
condomínios (Portal do Sol I, e II, Flamboyant, Goiás Carne – empresa de Exportação 
de carnes), ainda devido a necessidade da construção de emissários, elevatórias e 
outras intervenções, uma vez que o despejo só será direcionado ao local por meio de 
bombeamento. E até o momento esse estudo não foi realizado e nem obtido o 
licenciamento para a implantação do proejeto .(grifado) 
Questão nº 6.
Será uma atividade de significativo impacto ambiental, pelo volume da 
obra, pela movimentação de terra, pela passagem de emissários e tubulações sobre 
outros cursos d'água, áreas consideradas de preservação permanente, oleodutos e 
gasodutos.
Questão nº 7.
Sim, embora entendemos tratar-se de uma obra de interesse público e 
social, cujo objetivo é a melhoria da qualidade de vida da população do município de 
Senador Canedo, a degradação ambiental decorrente da implantação do projeto é 
inevitável,e isso só poderia ser melhor avaliado através de estudos prévios, que 
pudessem apontar os método de atenuação, amenização e compensação do referido 
impacto.
Questão nº 8.
Embora se trate de uma obra de interesse público, social e coletivo, onde 
os da real dimensão da obra benefícios para a comunidade são evidentes e a área 
apresentar condições topográficas ideais para a execução do projeto, resguardando 
com segurança a APP do rio Meia Ponte, consideramos importante à apresentação dos 
estudos para que haja a demonstração de seus impactos, mesmo porque, certamente 
haverá no futuro precedente para o lançamento de esgoto industrial no sistema.”
Foi apresentada, nesta Promotoria de Justiça, cópia da licença 
ambiental prévia, expedida pela Secretaria do Meio Ambiente de Senador Canedo 
(doc. ), datada do dia 30 de maio de 2008, contudo, eivada de vícios relativos à 
legitimidade do órgão licenciador, em total desacordo com a legislação ambiental 
(Resolução 69/06 – CEMAm), bem como inexistente o estudo exigido em lei, qual 
seja, o EIA-RIMA, acompanhado de audiência pública.
Por tais razões, em 19 de junho de 2008, foi proposta Ação 
Cautelar Inominada preparatória da presente (Protocolo nº 200802756020, da 
Escrivania do Crime e Fazendas Públicas desta Comarca).
Pretende-se, por meio da presente ação civil pública, a 
paralisação das obras de implantação da ETE de Senador Canedo, a qual 
deverá ser executada após o devido licenciamento ambiental válido, o qual 
deverá ser precedido do estudo de impacto ambiental definido em lei.
Sendo assim, impende ressaltar que não se trata de uma ação de 
ressarcimento de dano ambiental, mas sim de pretensão relacionada com o impulso e 
a operacionalização forçada da tutela preventiva do meio ambiente.
II - DA LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO
O artigo 129, inciso III, da Constituição da República é claro ao 
estabelecer a legitimidade do Ministério Público na defesa do Meio Ambiente, bem 
como aos termos do artigo 5º da Lei Federal nº 7.347/85, que confere iniciativa de 
ação para resguardar os interesses difusos e coletivos e, ainda, o artigo 14, § 1º, da 
Lei Federal nº 6.938/81. 
Assim, ao Ministério Público, como guardião da defesa da ordem 
jurídica e dos interesses indisponíveis da sociedade, compete, portanto, zelar pela fiel 
observância da Constituição e das leis, defendendo os interesses meta-individuais, 
sendo o detentor de legitimidade para referida defesa.
 III- DO DIREITO E DOS FUNDAMENTOS 
1 - Da Necessidade Do Licenciamento Ambiental Válido
O artigo 225 da Constituição da República, em seu inciso IV, 
estabelece para as obras que causem danos ao ambiente a exigência prévia de 
elaboração do estudo de impacto ambiental, in verbis:
"Artigo 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao 
poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras 
gerações.
Continua o § 1º, incisos IV e V, do citado artigo: 
“IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade 
potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de 
impacto ambiental, a que se dará publicidade.
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, 
métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e 
o meio ambiente;"
A Lei Federal n º 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre 
a Política Nacional do Meio Ambiente, estabelece em seu artigo 3º e incisos, o que se 
segue:
"Artigo 3º. Para fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - Meio Ambiente: o conjunto de condições, leis, influências e 
interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a 
vida em todas as suas formas:
II - Degradação da qualidade ambiental: a alteração adversa das 
características do meio ambiente;
III - Poluição: a degradação da qualidade ambiental resultante de 
atividades que direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões 
estabelecidos."
O artigo 10 da mesma Lei de Política Nacional do Meio Ambiente 
diz, in verbis: 
“Artigo 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de 
estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados 
efetiva e potencialmente poluidoras, bem como capazes, sob qualquer forma, de 
causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão 
estadual competente, ..., sem prejuízo de outras licenças exigíveis.”
A Lei Estadual n º 8544, de 17 de outubro de 1978, que dispõe 
sobre o controle de poluição do meio ambiente, estabelece:
“Artigo 2º. Considera-se poluição do meio ambiente a presença, o 
lançamento ou liberação, nas águas, no ar, no solo, de toda e qualquer forma de matéria ou 
energia, com intensidade, em quantidade de concentração ou com características em desacordo 
com as que forem estabelecidas em lei, ou que tornem ou possam tornar as águas, o ar ou o 
solo: 
I - impróprios, nocivos ou ofensivos à saúde;
II - inconvenientes ao bem-estar público;
III - danosos aos materiais, à fauna e à flora;
IV - prejudiciais à segurança, ou uso e gozo da propriedade e às 
atividades normais da comunidade
(...)
Artigo 5º. A instalação, a construção ou ampliação, bem como 
operação ou funcionamento das fontes de poluição que forem enumeradas no 
regulamento desta lei, ficam sujeitos à prévia autorização do órgão estadual de 
controle de poluição do meio ambiente, mediante licenças de instalação e 
funcionamento.”
O Decreto n º 1.745, de 06/12/79, que aprova o Regulamento da Lei 
Estadual n º 8.544/78, no art. 78, inciso IV, endossa a necessidade de licenciamento 
ambiental das fontes de poluição.
A Lei Federal n º 9.605/98, que estabelece os crimes e infrações 
administrativas contra o meio ambiente, tipifica como crime:
“Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer 
parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente 
poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou 
contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:
Pena - detenção, de uma a seis meses, ou multa, ou ambas as penas 
cumulativamente.”
Portanto é inequívoca a necessidade do Município Senador Canedo 
de possuir o prévio, válido e eficaz licenciamento ambiental, antes de iniciar a 
instalação da estação de tratamento de esgoto deste município. 
A política de proteção ao meio ambiente fez editar pelo Conselho 
Nacional de Meio Ambiente - CONAMA, a Resolução nº 01 de 23 de janeiro de 
1986, a qual expressamente determina em seu artigo 1º, inciso IV:
"Art. 1º - Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualquer 
alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, 
causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades 
humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I – a saúde, a segurança e o bem estar da população;
II – as atividades sociais e econômicas;
III – à biota;
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V – a qualidade dos recursos ambientais.”Mais adiante, em seu artigo 2º enumera exemplificativamente uma 
série de obras ou atividades cuja elaboração do EIA/RIMA é obrigatória, senão 
vejamos: 
"Art. 2º - Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e 
respectivo relatório de impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos a 
aprovação do órgão estadual competente, e da SEMA em caráter supletivo, o 
licenciamento, tais como:
(...) 
V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de 
esgotos sanitários; 
Assim, inquestionável a necessidade da administração, por meio do 
órgão ambiental competente, em controlar a atividade pretendida pela primeira 
requerida, através do licenciamento ambiental válido e eficaz.
2- Do credenciamento junto ao Ceman
A Resolução nº 69 de 2006 do CEMAm – CONSELHO 
ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE (doc. ) estabeleceu os procedimentos 
para a descentralização do licenciamento ambiental, com o fito de garantir a 
competência dos Municípios para o licenciamento das atividades de impacto local e a 
competência supletiva do Estado, evitando a duplicidade e omissão de ações, 
determinando, de consequência, a necessidade do credenciamento de cada município 
junto àquele Conselho.
Desta maneira, para que seja providenciado tal credenciamento 
junto ao CEMAm, para a realização do licenciamento ambiental das atividades 
consideradas de impacto local, o Município deverá, de acordo com o art. 2º da 
mencionada Resolução:
“(...)
I. ter implantado Fundo Municipal de Meio Ambiente, através de 
lei, dotação orçamentária e conta bancária;
II. ter implantado e em funcionamento Conselho Municipal de 
Meio Ambiente ou Conselho misto que tenha entre suas 
atribuições institucionais a proteção e conservação do meio 
ambiente, com caráter deliberativo, tendo em sua composição, 
no mínimo, 50% de entidades não governamentais;
III. possuir nos quadros do órgão municipal do meio ambiente, ou 
a disposição deste órgão, profissionais legalmente habilitados 
para a realização do licenciamento ambiental;
IV. possuir servidores municipais com competência para exercício 
da fiscalização ambiental;
V. possuir legislação administrativa para aplicação do 
licenciamento ambiental e com as sanções administrativas pelo 
seu descumprimento;
VI. possuir o levantamento das atividades potencialmente 
poluidoras e/ou degradadoras no Município.” 
Segundo extrai-se do documento anexo, (doc. ) oriundo da 
SEMARH – Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, em resposta ao 
Ofício de nº 195/08-PJ, não consta credenciamento do Réu, Município de Senador 
Canedo, junto ao CEMAm, nos termos da Resolução nº 69, porquanto “ até a 
presente data a prefeitura não apresentou documentos que solucionassem os 
problemas apresentados e, portanto, não foram transferidas atividades que hoje 
são licenciadas pelo Estado” .
Assim considerado, temos que o Requerido, Município de Senador 
Canedo, não está autorizado a realizar licenciamento ambiental e emitir a licença 
ambiental das atividades de impacto local, por falta de credenciamento junto ao 
CEMAm, sendo assim, nula a licença expedida pela SEMA local. 
Outrossim, cumpre esclarecer que, em ato de legalidade 
questionável, a Assembléia Legislativa suspendeu os efeitos do item 24.06, Anexo 
único da Resolução n. 69, retrocitada, em 25de junho de 2008.
Em se tratando de legislação afeta à proteção do meio ambiente, a 
competência legislativa é concorrente, competindo à União estabelecer normas gerais 
a serem observadas pelos Estados, ao passo que, aos municípios resta a competência 
para suplementar a legislação federal e estadual, no que couber (art. 24, c/c 30, II, 
CR).
Dessa forma, se a Resolução CONAMA 01/86 conferiu aos 
Estados competência para aprovação de Estudo de Impacto Ambiental e expedição 
do licenciamento (art. 20), cabe exclusivamente a este ente definir a forma de sua 
atuação, assim como os critérios para delegar parcela dessa competência aos 
municípios, razão pela qual a descentralização da atividade de licenciamento não é 
obrigatória, tratando-se de mera faculdade daquele que detém a competência 
administrativa para exercitá-la.
Ademais disso, impende ressaltar que a declaração de 
inconstitucionalidade de ato normativo do Poder Executivo e conseqüente nulidade 
só pode ser feita, em definitivo, pelo Poder Judiciário, razão pela qual a competência 
extraordinária conferida ao Poder Legislativo par suspender eficácia de atos 
normativos do Poder Executivo deve ser objeto de interpretação restrita.
3- Da Ausência do EIA/RIMA
Cumpre salientar que, apesar da exigência legal do licenciamento 
ambiental para obras ou atividades potencialmente poluidoras, o empreendimento do 
Requerido, desde a sua concepção, não obedeceu aos trâmites formais estabelecidos 
na legislação pátria, eivando-o de vícios insanáveis, que foram, todavia, revestidos 
da aparência de legalidade por parte da Requerida Secretaria Municipal de Meio 
Ambiente. 
Desta maneira, em razão da atividade da primeira Requerida ser 
efetivamente a instalação de estação de tratamento de esgoto, ao não ser precedida da 
realização do EIA/RIMA – Estudo de Impacto Ambiental e o respectivo Relatório de 
Impacto Ambiental, desatendeu à determinação constitucional de prévia e eficaz 
avaliação do ambiente na tomada de decisões, uma vez que a atividade pretendida 
pela requerida comporta riscos de significativa degradação ambiental.
A política de proteção ao meio ambiente fez editar pelo Conselho 
Nacional de Meio Ambiente - CONAMA, a Resolução nº 01 de 23 de janeiro de 
1986, a qual expressamente determina em seu artigo 1º:
"Art. 1º - Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental 
qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do 
meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia 
resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, 
afetam:
I – a saúde, a segurança e o bem estar da população;
II – as atividades sociais e econômicas;
III – à biota;
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V – a qualidade dos recursos ambientais.”
Mais adiante, em seu art.2º enumera exemplificativamente 
uma série de obras ou atividades cuja elaboração do EIA/RIMA é obrigatória, dentre 
elas tem-se expressamente a ACRESCENTAR:
"Art. 2º - Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e 
respectivo relatório de impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos a 
aprovação do órgão estadual competente, e da SEMA em caráter supletivo, o 
licenciamento, tais como:
(...) 
V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de 
esgotos sanitários; 
“O princípio da obrigatoriedade reza que o EIA não se encontra, 
essencialmente, no âmbito do poder discricionário da Administração. Ou seja, a 
aprovação do EIA é pressuposto indeclinável para o licenciamento da 
atividade. A regra é a elaboração do EIA: a exceção, sua dispensa. Por isso, 
esta última tem que ser justificada com o Relatório de Ausência de Impacto 
Ambiental Significativo (RAIAS).
De acordo com esse princípio, a Administração deve, e não 
simplesmente pode, elaborar o EIA para aquelas atividades que causam danos 
substanciais ao meio ambiente. A margem de flexibilidade da Administração é 
mínima, prendendo-se somente a detalhes de execução do EIA.
Presenteo pressuposto da ‘importância do impacto’, a atividade da 
Administração, na exigência do EIA, passa a ser vinculadamente, direcionada, não 
lhe cabendo fazer, in casu, apreciação da conveniência e oportunidade, pois carece 
de liberdade de abstenção.
Conclui-se, de forma cabal, que em razão da atividade desenvolvida 
ser efetivamente a instalação de estação de tratamento de esgoto, fere os preceitos 
constitucionais demonstrados e eiva de nulidade o procedimento que culminou na 
Licença Ambiental de Instalação DCP nº 021/2008, por parte da Secretaria 
Municipal de Meio Ambiente, razão pela qual deve a mesma ser cassada – tanto pela 
falta de legitimidade para tal ato, como pela ausência de EIA-RIMA- e, de 
conseqüência, determinada a recuperação do meio ambiente degradado pela primeira 
parte Requerida.
A conduta dos responsáveis na Secretaria Municipal de Meio 
Ambiente pela concessão das referidas licenças está tipificada no artigo 67, da Lei 
dos Crimes Ambientais, e está sendo objeto de investigação policial na Delegacia 
Estadual de Meio Ambiente.(Inquérito Policial n. 048/08 - DEMA)
IV - DO ÔNUS DA PROVA
Pelo princípio da prevenção, norteador de todo o Direito Ambiental, 
que se fundamenta nas características de irreversibilidade e de difícil quantificação e 
reparação dos danos ambientais, consubstanciada na velha máxima de que prevenir é 
melhor do que remediar, não se deve autorizar um empreendimento sem que se tenha 
certeza absoluta da não ocorrência de degradação ambiental.
Em virtude da natureza difusa do interesse ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, a supremacia desse interesse público condiciona que a 
busca da certeza da não ocorrência dos danos recaia sobre o primeiro Requerido e 
não sobre a coletividade, isto é, ocorre a inversão do ônus da prova, devendo o 
empreendedor, município de Senador Canedo, apresentar os estudos que comprovem 
a não ocorrência de possíveis danos ou irregularidades aqui apontadas. 
V - DO OBJETIVO DA PRESENTE AÇÃO
Aos termos do art. 3º da Lei nº 7.347/85, são três os objetivos da 
ação civil pública: obrigação de fazer, obrigação de não fazer e indenização.
In casu, o Ministério Público materializa seu pedido, consoante da 
documentação inclusa nos autos do Procedimento Administrativo anexo, visando a 
declaração de nulidade do procedimento administrativo de licenciamento ambiental, 
que culminou na Licença Ambiental de Instalação nº 021/2008, bem como dos 
demais atos administrativos, que de qualquer forma autorizem qualquer alteração no 
meio ambiente na área objeto da presente ação, em que a requerida pretenda instalar 
uma estação de tratamento de esgoto. 
VI - DA NECESSIDADE DA MEDIDA LIMINAR
Em razão da nulidade do licenciamento ambiental concedido, pelo 
não cumprimento da exigência legal de elaboração de EIA/RIMA (Estudo de 
Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental), no não credenciamento junto 
ao CEMAm, e pelo fato do primeiro Requerido, com sua atuação, estar causando 
degradação ambiental de caráter irreversível na região, a concessão de MEDIDA 
LIMINAR é imprescindível para que cessem os danos e não acarrete maiores 
prejuízos ao meio ambiente e à saúde da coletividade. 
O artigo 12 da Lei nº 7.347/85, que contempla um procedimento 
especial, estabelece que é permitido ao Juiz o poder de conceder, sem justificação 
prévia, MEDIDA LIMINAR, onde lhe é permitido ainda cominar multa para o 
descumprimento (artigo 12, parágrafo 2º ), cuja exigência, no entanto, fica 
condicionada ao trânsito em julgado da decisão final.
Trata-se de verdadeira medida antecipatória do provimento do 
mérito, tal qual nas liminares de procedimento especial, e não mera providência 
cautelar, perfeitamente possível, compatível e autorizada por lei, podendo ser 
concedida nos próprios autos da ação civil pública (cf. RTJ - JESP 113/312).
 A medida liminar tem, assim, perfeita aplicabilidade ao caso em 
questão, pois, a suspensão imediata da conduta lesiva ao meio ambiente praticada 
pelo Requerido Município de Senador Canedo é a única forma real de se garantir 
a sobrevivência dos recursos naturais afetados e a devolução da qualidade de vida 
à população diretamente prejudicada.
Para tanto, bastam a presença do fumus boni juris e do periculum in 
mora, além da caracterização de possíveis danos irreparáveis ou de difícil reparação 
ao meio ambiente e às pessoas ou que mereçam a imediata ação do Poder Judiciário.
O fumus boni juris está materializado na prova demonstrada da 
concessão indevida do licenciamento ambiental, sem a exigência do EIA/RIMA, e 
por órgão que não tinha atribuição para tanto, uma vez que não está credenciado 
junto ao CEMAm. 
Já o periculum in mora traduz-se no risco de se implantar a teoria 
do fato consumado, concernente no fato de que, se aguardarmos o julgamento final 
da presente ação, a implantação do empreendimento poderá ter tomado proporções 
irreversíveis.
O perigo da demora em uma situação como esta eqüivale, nas 
palavras emprestadas do Promotor Jacson Correa1, “além do respaldo à própria 
ilegalidade, a um verdadeiro estímulo à destruição da natureza, permitindo também 
que persistam as reiteradas agressões à saúde humana, provocando por si só a 
irreparabilidade do dano face a impossibilidade de mensurá-lo concreta 
suficientemente, uma vez que o meio ambiente sadio, e por conta disso toda a 
natureza representam um patrimônio que pertence a todos, indistintamente”.
1 Revista de Direito Ambiental - Ed. Revista dos Tribunais nº 1 - pág. 277
Ademais, a defesa do meio ambiente é regida por princípios 
próprios, entre os quais encontra-se o princípio da precaução ou também denominado 
de princípio da cautela, da prudência, o qual exige, quando exista perigo grave ou 
irreversível ao meio ambiente, que não se imponha a certeza instrumental como meio 
de se postergar-se a adoção de medidas eficazes para impedir a degradação do meio 
ambiente. A certeza exigida pelo princípio da precaução dirige-se justamente para o 
lado oposto, isto é, para a afirmação da inexistência de prejuízo ao meio ambiente, a 
fim de que qualquer tipo de intervenção possa ser admitida.
Assim, o Ministério Público requer, aos termos do artigo 12 da Lei 
nº 7.347/85, a concessão de MEDIDA LIMINAR, inaudita altera pars, consistente 
na ordem à primeira parte Requerida que cesse, incontinenti, as atividades de 
construção e instalação da estação de tratamento de esgoto, bem como qualquer 
alteração ao ambiente na área objeto da presente ação. Tudo sob pena do pagamento 
de multa diária a ser cominada, nos termos do 11, da Lei de Ação Civil Pública. 
Requer, ainda, nos mesmos termos do artigo 12 da Lei nº 7.347/85, 
a concessão de MEDIDA LIMINAR, inaudita altera pars, consistente na 
SUSPENSÃO da validade da Licença Ambiental de Instalação nº 021/2008 do 
empreendimento em questão, tudo sob pena do pagamento de multa diária a ser 
cominada, nos termos do 11, da Lei de Ação Civil Pública.
VII - DO PEDIDO:
ANTE O EXPOSTO, requer o Ministério Público do Estado de 
Goiás, por sua Representante Legal que assina a presente, no uso de suas atribuições 
Constitucionais (artigo 129, inciso II) Infra-Constitucionais e Institucionais, havendo 
substanciosa adequação entre o fato e o direito:
I - Seja a presente ação recebida, autuada e processada na forma e no rito 
preconizado;
II – O apensamento dos Autos nº 720/2008, da Escrivania das Fazendas 
Públicas à presente, nos termosdo artigo 809 do Código de Processo Civil. 
III - A concessão initio litis da LIMINAR, na forma requerida; 
IV – Digne-se sejam as partes Requeridas citadas na pessoa de seus 
Representantes Legais, para, querendo, virem responder aos termos da presente ação 
no prazo legal, sob pena de aplicação dos consectários jurídicos legais da revelia, o 
que desde já requer, produzindo as provas que porventura possuir, acompanhando-a 
até final julgamento, facultando ao Oficial de Justiça para a comunicação processual, 
a permissão estampada no artigo 172, § 2°, do Código de Processo Civil;
Quanto ao MÉRITO, requer: 
Em relação à Requerida Secretaria Municipal de Meio Ambiente, 
visa o que se segue:
I - Obrigação de não fazer, consistente em abster-se de autorizar, 
permitir e/ou licenciar qualquer obra ou atividade na área objeto da presente 
ação, ou em qualquer outra no Município de Senador Canedo, sem antes 
proceder o seu cadastramento junto ao CEMAN, nos termos da Resolução nº 
69/2006.
Em relação à Município de Senador Canedo, objetiva o seguinte: 
I – Obrigação de não fazer, consistente em:
a) interromper, imediatamente, a realização das atividades da 
instalação de estação de tratamento de esgoto;
b) não praticar qualquer alteração no ambiente na área objeto desta 
ação;
II – Obrigação de fazer, consistente em:
a) cadastrar-se junto ao CEMAm, nos termos da Resolução nº 
69/2006;
b) apresentar no processo de licenciamento ambiental referido, a 
elaboração de EIA/RIMA, a que deverá dar publicidade, com a realização de 
Audiência Pública.
c) desocupar a área objeto da presente ação;
d) recuperar a atual área degradada visando a restauração do ambiente 
ao status quo ante, mediante projeto técnico a ser apresentado, que atenderá 
às exigências técnicas definidas em perícia a ser realizada;
e)indenizar os danos causados ao meio ambiente, cuja dimensão, 
caracterização e valoração serão estipulados em liquidação de sentença por 
artigos.
V - a procedência in totum do pedido liminar e da ação proposta, com 
o julgamento definitivo de modo a satisfazer todos os objetivos expostos na presente 
peça vestibular inicial, fixando-se para isto prazo para o seu cumprimento, bem como 
cominação de sanção pecuniária, para o caso de descumprimento no prazo 
estipulado, nos termos do artigo 11 da Lei nº 7.347/85
VI – A publicação de Edital para dar conhecimento a terceiros 
interessados e à coletividade, considerando o caráter erga omnes da Ação Civil 
Pública.
VII - Requer e protesta, ainda, provar o alegado por qualquer meio de 
prova admitida em direito, máxime provas testemunhais, periciais e documentais, e, 
inclusive pelo depoimento pessoal dos Representantes Legais das Requeridas, 
pleiteando desde já a juntada dos documentos anexos que fazem parte do conjunto 
probatório colhido no Procedimento Administrativo de nº 103/08, em trâmite nesta 
Promotoria de Justiça.
VII - Protesta-se, ainda, por eventual emenda, retificação e/ou 
complementação da presente exordial, caso necessário.
VIII – Sejam condenados as partes Requeridas ao pagamento da custas e 
demais cominações legais, em sendo o caso. 
Na forma do art. 18, da Lei Federal 7347/85, requer a dispensa do 
adiantamento e pagamento de custas, emolumentos, honorários periciais, e outros 
encargos.
Conquanto de valor inestimável, dá-se à causa, para os efeitos 
legais, o valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), ressalvando, no entanto, que 
este é um valor estimativo e formal, não impedindo o arbitramento de eventual 
indenização em nível superior.
Nesses termos,
P. deferimento.
Senador Canedo, 15 de julho de 2008.
MARTA MORIYA LOYOLA
Promotora de Justiça
	EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE SENADOR CANEDO – ESTADO DE GOIÁS.
	AÇÃO CIVIL PÚBLICA AMBIENTAL
	II - DA LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO
	 III- DO DIREITO E DOS FUNDAMENTOS
	Marta Moriya Loyola
	Promotora de Justiça

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