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Importância do Consumo na Macroeconomia

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Teoria do Consumo 
Macroeconomia II 
14/08/2013 
Importância do Consumo em 
Macroeconomia 
• Componente com maior 
participação na demanda 
agregada. 
– 61% do PIB Brasileiro* 
– 71% do PIB Americano* 
• Oscilações do consumo são 
importantes para explicar as 
oscilações econômicas na 
Teoria Keynesiana. (Teoria 
Geral - 1936). 
• Papel importante no 
crescimento econômico 
 
 
Fonte: Gonçalves e Guimarães, capítulo 11. * Fonte: Banco Mundial, http://data.worldbank.org/indicator/NE.CON.PETC.ZS 
A Função Consumo Keynesiana 
• Pressupostos: 
– O consumo real depende positivamente da renda 
disponível. 
– Quando a renda disponível aumenta, os gastos com 
consumo aumentam, mas não na mesma proporção, 
parte da renda é poupada. 
– Assim, a propensão marginal a consumir (PMgC), ou 
seja, a proporção de uma unidade adicional de renda 
destinada ao consumo, é um valor entre zero e um. 
– A propensão média a consumir (PMeC) cai à medida 
que a renda sobe, poupança é um luxo. 
– A taxa de juros não tem um papel importante na 
determinação do consumo. 
A Função Consumo Keynesiana – cont. 
C 
Y 
a 
A inclinação da função consumo é a PMgC. 
C = a+ bY 
bYaC 
Consumo real consumo 
autônomo 
propensão marginal 
a consumir (PMgC) 
renda 
disponível 
0a
10  b
C =Y 
Propensão Média a Consumir (PMeC) 
b
Y
a
Y
C
PMeC 
bPMgCPMeCa  ,0 Como
C 
Y 
a 
C = a+ bY 
C = Y 
0Y
0
1



PMeS
PMeC
YC
0
1



PMeS
PMeC
YC
:)( poupado é consumido é não que O S
 b
Y
a
PMeS
b
Y
a
PMeS
Y
C
Y
S
PMeS
CYS










1
1
1
Evidências Empíricas 
• A função consumo keynesiana era corroborada pelos 
dados agregados do período entre guerras: 
– Anos de renda baixa apresentavam baixo nível de 
consumo e poupança ; 
– Anos de renda baixa apresentavam uma razão 
entre consumo e renda era alta (PMeC cai à 
medida que a renda aumenta); 
– Correlação entre consumo e renda era alta (pouca 
importância do juros na determinação do 
consumo); 
• Dados de cross-section também confirmavam os 
pressupostos da função consumo keynesiana. 
 10  PMgC
Evidências Contrárias à Função Consumo 
Keynesiana 
Evidências de Kuznets: 
• Usando séries de tempo mais longas, Kuznets descobriu que a 
proporção entre o consumo e a renda era estável de uma década 
para a outra, apesar dos aumentos na renda durante o período 
estudado. 
• Ou seja, a PMeC era estável de uma década para a outra, 
contrariando um dos pressupostos da função consumo keynesiana. 
Estagnação Secular: 
• Porém, se a PMeC cai com o aumento da renda, o crescimento 
econômico levaria a um aumento da proporção da poupança na 
renda. 
• Se a proporção do consumo na renda não fosse compensada pelo 
aumento de outros componentes da demanda agregada, como 
gastos do governo e investimento, a demanda agregada ficaria 
abaixo do produto de pleno emprego, resultando em estagnação. 
O Enigma do Consumo 
C 
Y 
a 
Função 
consumo de 
curto prazo 
Função 
consumo de 
longo prazo 
(PMeC 
constante) 
O enigma do consumo: 
 
Por que os pressupostos da função 
consumo keynesiana eram 
corroborados por dados de cross-
section e séries de tempo curtas, 
mas falhavam quando séries de 
tempo longas eram usadas? 
 
Como as funções consumo de curto 
e longo prazo poderiam ser 
coerentes uma com a outra? 
 
A Hipótese do Ciclo de Vida – Franco 
Modigliani 
• A renda varia 
sistematicamente ao longo 
da vida das pessoas. 
 
• A poupança permite que os 
indivíduo transfiram a 
renda dos momentos em 
que ela é alta para os 
momentos em que ela é 
baixa. 
 
0S
$ 
T 
a 
Consumo 
Renda 
0S
Versão Simples da Hipótese do Ciclo de 
Vida 
• Indivíduo planeja consumir seus ganhos da vida 
inteira em parcelas iguais: 
  tleltt AYNY
T
C  1
1
presente. no mantidos ativos dos valor o é 
 trabalho;do esperada anual média renda a é 
 trabalho;de futuro anos os são 
 trabalho;do corrente renda a é 
 indivíduo; do vidade anos os são 
corrente; consumo o é 
t
le
l
t
t
A
Y
N
Y
T
C
Implicações da Hipótese do Ciclo de Vida 
• Aumento temporário da renda não implica em um grande 
aumento do consumo corrente: 
  tleltt AYNY
T
C  1
1
TY
C
l
t
t 1


• Aumento permanente da renda implica em um aumento do 
consumo corrente maior: 
 
T
N
T
N
TY
C
Y
C
le
t
t
l
t
t 






 11
• Aumento temporário da renda equivale a aumento da 
riqueza: 
TA
C
t
t 1


A Função Consumo do Ciclo de Vida 
• Assumindo que a renda média anual esperada do trabalho é 
uma múltiplo da renda corrente: 
  tleltt AYNY
T
C  1
1
0 ,   ltle YY
• Ou seja, o indivíduo corrige sua expectativa da renda futura 
esperada do trabalho por meio de uma proporção de uma 
mudança na renda corrente do trabalho. 
• Podemos então reescrever a função consumo como: 
t
lel
tt AbYbYbC 321 
  lttt YbbAbC 213 
Comparação com a Função Consumo 
Keynesiana 
Ciclo de Vida 
  lttt YbbAbC 213 
Keynesiana 
Y 
C 
tAb3
Y 
C 
bYaC 
a
A função consumo do ciclo de vida é semelhante à função 
consumo keynesiana para um dado nível de riqueza. 
Resolvendo o Enigma do Consumo 
1C
13 Ab
Y 
C 
Como a riqueza não varia 
proporcionalmente com a renda 
de pessoa para pessoa ou de ano 
para ano, quando a renda 
aumenta nestes casos, a PMeC 
cai. 
Porém, a riqueza e a renda 
andam juntas em períodos mais 
longos, mantendo a PMeC 
constante. 
  lttt YbbAbC 213 
 213 bb
Y
A
b
Y
C
PMeC
l
t
t
l
t
t 
2C
23 Ab
Função consumo de curto 
prazo não é válida no 
longo prazo. 
A Hipótese da Renda Permanente – Milton 
Friedman 
• Consumo corrente é proporcional a renda permanente, Yp. 
• Parecido com a hipótese do ciclo de vida, consumo não 
depende somente da renda corrente. 
• A diferença da hipótese do ciclo de vida está no 
comportamento da renda. 
• Na hipótese da renda permanente os indivíduos 
experimentam mudanças temporárias e aleatórias da renda. 
tp YYY 
• Na visão de Friedman, a renda corrente é a soma de dois 
componentes, a renda permanente (Yp) e a renda transitória 
(Yt) 
0 ,   pYC
Renda Permanente 
• Em cada período, os indivíduos ajustam sua estimativa de 
renda permanente em uma fração j da discrepância entre a 
renda efetiva no período corrente e a estimativa da renda 
permanente no período anterior. 
  1j0 , 11   pttptpt YYjYY
• É a renda média de longo prazo esperada proveniente da 
riqueza humana (renda do trabalho) e não humana (ganho 
esperado de ativos) 
Correção da estimativa da 
renda permanente de um 
período para o outro. 
A Hipótese da Renda Permanente no 
Curto Prazo 
  1j0 , 11   pttptpt YYjYY
t
t
p
tt YYY 
0 , t   pt YC No curto prazo, a 
medida de renda 
permanente é corrigida 
de um período para o 
outro 
proporcionalmente à 
diferença entre a renda 
medida e a renda 
permanente esperada 
no período anterior. 
  pttptt YYjYC 11  
  t
p
tt jYYjC   11
  j
Y
Y
j
Y
C
PMeC
t
p
t
t
t   11
• No curto prazo, a função consumo da renda permanente se 
assemelha a função consumo Keynesiana. 
• A PMeC não é constante com a renda. 
A Hipótese da Renda Permanente no 
Longo PrazoYY p 
0 ,   pYC
• No longo prazo, os choques de 
renda se anulam. 
• Portanto, a renda permanente 
se aproxima da renda medida. 
• A PMeC de longo prazo é 
constante. 

t
t
Y
C
PMeC
Enigma do Consumo foi resolvido: 
• A hipótese da renda permanente produz uma função consumo de 
curto prazo semelhante a função consumo Keynesiana e, 
portanto. 
• No longo prazo, a PMeC é constante com a renda. 
A Hipótese do Passeio Aleatório –Robert 
Hall 
• Introduziu expectativas racionais à hipótese da renda 
permanente. 
• Se as expectativas forem racionais, os indivíduos incorporam 
toda a informação disponível para prever sua renda 
permanente. 
• Desta forma, qualquer mudança na renda permanente será 
imprevista. 
• Então, mudanças no consumo também serão imprevistas. 
• A combinação de renda permanente e expectativas racionais 
implica que o consumo segue um passeio aleatório. 
Escolha Intertemporal – Irving Fisher 
Modelo Simples: 
• Consumidor vive por dois períodos. 
• No primeiro período, o consumidor é jovem e decide 
quando da sua renda vai ser consumida e quanto será 
poupada. 
• Ao final do segundo período o consumidor morre e 
não deixa poupança. 
• As hipóteses do ciclo de vida e da renda permanente 
fazem uso do modelo de escolha intertemporal 
desenvolvido por Irving Fisher. 
• Neste modelo, analisa-se como os consumidores 
racionais efetuam escolhas intertemporais, ou seja, 
opções envolvendo mais de um período. 
A Restrição Orçamentária Intertemporal 
Período 1: 
Indivíduo divide sua renda 
entre poupança e consumo. 
SCY 
11
    
renda da 
presente valor 
2
1
consumo do 
 presente valor 
2
1 11 r
Y
Y
r
C
C




SrYC )1(
22

Período 2: 
Indivíduo recebe juros da 
poupança. 
r
YC
S



1
22
A Restrição Orçamentária Intertemporal – 
cont. 
C1 
C2 
Y1 
Y2 
Y1+ Y2/(1+r) 
(1+r)Y1+ Y2 Poupança 
Empréstimo 
Inclinação=(1+r) 
Optimização 
),(max
21,
21
CCU
CC
r
Y
Y
r
C
C




11
 s.a. 21
2
1
C1 
C2 
IC1 
IC2 
IC3 
C1* 
C2* 
rTMS 1
Aumento da Renda 
C1 
C2 
C1
0 
C2
0 
C1
1 
C2
1 
Tanto um aumento da renda 
no período 1 quando no 
período 2 desloca a restrição 
orçamentária para fora. 
Aumento na Taxa de Juros 
C1 
C2 
C1
0 
C2
0 
C1
1 
C2
1 
Y1 
Y2 
Agente é inicialmente um 
poupador (S > 0). 
Efeito renda: C1 e C2 
Efeito Substituição: C1 e C2 
(Aumento em r aumenta o preço 
relativo de C1) 
C1 
C2 
C1
0 
C2
0 
C1
1 
C2
1 
Y1 
Y2 
Aumento na Taxa de Juros 
Agente é inicialmente um 
tomador de empréstimo (S < 0). 
Efeito renda: C1  e C2  
Efeito Substituição: C1 e C2 
(Aumento em r aumenta o preço 
relativo de C1) 
Restrição ao Crédito 
C1 
C2 
Y1 
Y2 
11
 0 YCS 
Indivíduo pode poupar no 
período 1, mas não pode 
tomar empréstimo. 
Indivíduo é Poupador 
Restrição ao crédito é inativa. 
C1 
C2 
Y1 
Y2 
C1 
C2 
Y1 
Y2 
Indivíduo é Tomador de Empréstimo 
Restrição ao crédito é ativa. 
Exercício 
Determine o valor da poupança de um 
consumidor dadas as seguintes informações: 
função utilidade: U = ln(C1)+ ln(C2) , em que C1 é 
o consumo presente e C2 , o consumo futuro; a 
renda é de $100 no presente e de $50, no 
futuro; a taxa de juros de mercado é 0%; e não 
há imperfeições no mercado de crédito. 
 
Bibliografia 
BLANCHARD, O. “Macroeconomia”. Pearson 
Prentice Hall, 5ª Edição, 2011. 
DORNBUSCH, R.; FISHER, S. e STARTZ , R. 
“Macroeconomia”. McGraw-Hill, 10ª Edição, 2009. 
FROYEN, R. T. “Macroeconomia”. Editora Saraiva, 5ª 
Edição, 2006. 
GONÇALVES, C. E. S. e GUIMARÃES, B. “Introdução à 
Economia”, Elsier, 2010. 
MANKIW, G. N. “Macroeconomia”. LTC Editora, 5ª 
Edição, 2004.

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