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GE Introducao Engenharia 03

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Introdução a Engenharia
UNIDADE 3
1
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA
UNIDADE 3
 Para início de conversa
Olá Caro(a) aluno(a), vamos iniciar nossa terceira unidade?
Fico feliz por estarmos juntos em mais uma unidade, pois nesta iremos tratar de um único assunto - ETICA. 
Mas você sabe o que é ética? Já pensou em como ela se aplica a sua vida? Já pensou em como a ética 
poderia vir a ser aplicada no seu dia a dia profissional?
A ética a ser pensada e observada como princípio de vida deveria ser a ética profissional que deve reger 
a sua vida depois de formado e em todos os momentos da sua vida adulta.
Nesta unidade vamos discutir e tentar entender esses conceitos. Preparado para mais uma troca de in-
formações?
Vamos lá!
1 ÉTICA E MORAL
Caro(a) aluno(a) para que eu possa começar realmente a disciplina, lhe pergunto, será que realmente 
entendemos o que é ética?
Apesar de serem conceitos aplicados ao nosso dia a dia, ética e moral possuem definições complexas e 
muitas vezes difíceis de serem compreendidas.
Contudo vários autores escreveram sobre o tema, entre eles o filósofo e professor Mário Sérgio Cortella, 
em seu livro Qual é tua obra - Inquietações Propositivas sobre Ética, Liderança e Gestão. E é desse autor 
uma das mais simples e compreensíveis explicações para o que é ética.
 Veja o vídeo!
Que tal agora você assistir ao vídeo do Programa do Jô? Vamos lá?
Neste vídeo Jô Soares entrevista Mario Sergio Cortella, o qual explica, com grande simplicidade e proprie-
dade, através de exemplos simples, o que é ética e moral. Link: (professor-mario-sergio-cortella-lanca-livro).
Assista ao vídeo ele tem duração de 21 minutos, em seguida reflita sobre o assunto.
2
 
 Palavras do Professor
E aí? Assistiu? Gostou? Tenho certeza que sim.
E agora, refletindo sobre o tema, podemos entender que ética e moral são conceitos bem próximos e que 
se complementam. 
 Leitura complementar
Para lhe auxiliar no entendimento de algumas informações, quero lhe indicar o site: significados.com.br, ele 
explica, conforme descrito abaixo, os conceitos de ética e moral. Nele encontramos que:
§	Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar 
explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre 
a moral.
§	Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas 
regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral 
ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.
§	Ética e moral são temas relacionados, mas são diferentes, porque moral se fundamenta na obediência 
a normas, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos e a ética, busca fundamentar 
o modo de viver pelo pensamento humano.
 Leitura complementar
Posso lhe indicar outra leitura onde, o autor Gustavo Bernando, na (Revista Eletrônica do Vestibular), analisa 
com grande simplicidade os dois conceitos e diz que: 
“A moral incorpora as regras que temos de seguir para vivermos em sociedade, regras estas determi-
nadas pela própria sociedade. Quem segue as regras é uma pessoa moral; quem as desobedece, uma 
pessoa imoral.
A ética, por sua vez, é a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, que reflete sobre as regras morais. 
A reflexão ética pode inclusive contestar as regras morais vigentes, entendendo-as, por exemplo, ultra-
passadas.”
3
 Para Resumir
De um modo geral, analisando os dois sites, entenderemos que a ética é o conhecimento, a reflexão, e 
moral são as regras orientadas por esse conhecimento. As duas estão intrinsecamente ligadas. E é im-
possível, para um ser social, viver em sociedade sem que em algum momento seja solicitado a observar 
ou adotar esses dois conceitos.
No Brasil, contudo, existe uma máxima na cultura popular que valoriza a lei do menor esforço. De acordo 
com a (Lei_de_Gérson) o ideal é “levar a melhor em tudo”. Entretanto a Lei do Gerson não deve ser seguida 
como regra, nem deve ser considerada uma forma correta de viver, afinal tirar vantagem em tudo não deve 
ser considerada uma forma normal de se portar perante a sociedade.
 
 Veja o vídeo!
Vamos agora assistir o vídeo da Lei de Gérson, de trinta segundos, apresenta a origem do jargão
 (https://www.youtube.com/watch?v=J6brObB-3Ow).
Coloque-se no lugar do outro... Você gostaria que alguém levasse a melhor te passando para trás? Com 
certeza não. 
Na verdade, como afirma Leila Navarro, no vídeo Abaixo a Lei de Gerson! Vantagem, só se for para todos!, 
com duração de 2 minutos e 41 segundos, VANTAGEM SÓ SE FOR PARA TODOS!
http://www.leilanavarro.com.br/
Vamos voltar ao nosso raciocínio. Você assistiu ao vídeo? Espero que tenha gostado.
Agora vamos analisar que, se essas questões valem para a vida pessoal de todos nós, na vida profissional 
é ainda muito mais importante. Devemos ressaltar que, além das condutas estabelecidas pela sociedade, 
na maioria dos casos, as profissões têm suas próprias regras de conduta ou manual de ética. 
 Leitura complementar
Para esclarecer esse aspecto do exercício profissional, independente da área de atuação sugerimos a 
leitura do texto (A importancia da etica no exercicio profissional) .
Caro(a) estudante, na engenharia não é diferente, nem poderia, pois essa profissão tem uma atuação tão 
abrangente que afeta em muito a sociedade, e os desvios éticos, ocorridos durante o seu exercício, podem 
efetivamente custar vidas. 
4
Um texto muito interessante com título: Diretrizes Gerais sobre o ensino da ética na engenharia, trata do 
ensino da ética para futuros engenheiros, mostrando os dilemas que assolam os profissionais da área, 
desde as fraudes, até aqueles que colocam em risco a vida das pessoas. 
No texto fica claro que o domínio da ética na engenharia envolve todas as relações interpessoais, sejam 
elas entre os engenheiros e seus funcionários, entre os engenheiros e seus clientes, entre os engenheiros 
e seus empregadores. Em todas estas relações as questões éticas devem ser consideradas e estar acima 
dos interesses financeiros e pessoais. 
Outro texto bastante interessante, sobre a Ética e Responsabilidade Profissional, encontra-se no Caderno 
nº 1 da Série de fascículos sobre ética, responsabilidade, legislação, valorização e exercício das profis-
sões da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia publicado pelo CREA do Paraná se encontra no link: 
http://paginapessoal.utfpr.edu.br. 
Neste texto o autor aborda outros conceitos além da ética, pois ele versa sobre a responsabilidade, a 
obrigação, além de apresentar conceitualmente vários aspectos legais, como dolo, culpa, etc. Além disso, 
ele aborda o perfil da profissão de engenheiro e oferece muitas informações interessantes. 
Como leitura complementar sobre o tema ética, e já abordando a prática profissional e seus desafios, indi-
camos a leitura do Caderno nº 8 também da Série de fascículos sobre ética, responsabilidade, legislação, 
valorização e exercício das profissões da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia publicado pelo CREA 
do Paraná . Neste texto o autor aborda as questões éticas aplicadas ao mercado de trabalho e também al-
guns conceitos muito importantes no dia a dia do engenheiro, entre eles a proatividade e a resolutividade.
E leia também o artigo (A ÉTICA NA FORMAÇÃO DOS ENGENHEIROS ), que irá apresentar alguns aspectos 
bastante interessantes para a construção de seu conhecimento sobre o tema.
Ufa! Muita leitura não é? Mas precisamos de um embasamento teórico se quisermos enfrentar o acúmulo 
de informações.
 Veja o vídeo!
Vamos agora adentrar no Código de Ética em Engenharia, mas antes de falarmos especifica-
mente do código de ética, vamos assistir ao vídeo - O Código de Ética Começa Por Você, Profissional(https://www.youtube.com/watch?v=XfPZ-y4mVmA), com duração de 7 minutos e 3 segundos.
Vamos assistir !
5
2 CÓDIGO DE ÉTICA DA ENGENHARIA 
Depois de um bom vídeo, vamos continuar com nosso raciocínio.
Saindo dos aspectos da vida pessoal ou das questões éticas aplicadas a todas as profissões, vamos abor-
dar a ética sob a ótica do exercício profissional de engenheiro propriamente dito. 
 Leitura complementar
Como introdução do tema e para que você tenha conhecimento sobre a história da ética na engenharia, 
visite o link: http://www.confea.org.br/media/etica_historico.pdf.
 
 Palavras do Professor
E, aí entendeu como tudo aconteceu? Como chegamos ao código que aplicamos hoje no exercício de 
nossa profissão?
Em resumo, podemos dizer que em 30 de setembro de 1971, o CONFEA (na época Conselho Federal de 
Engenharia, Arquitetura e Agronomia) homologou a Resolução Nº 205, que definiu a adoção de um (Código 
de Ética Profissional ), a ser adotado por todos os profissionais das categorias vinculadas a este Conselho.
E passados 31 anos, em novembro de 2002, o Colégio de Entidades Nacionais - Cden, órgão composto por 
28 (vinte e oito) Entidades Nacionais credenciadas junto ao CONFEA, aprovou um novo Código de Ética, 
sendo o mesmo atualizado e revisado com foco nas mudanças ocorridas na sociedade durante os anos de 
vigência da versão inicial. 
Esse código de ética passou então a reger as atividades profissionais de todas as categorias vinculadas 
ao CONFEA. 
 Leitura complementar
Meu caro(a), antes de continuarmos, você poderá ler mais sobre o Cden no link http://www.confea.org.br. 
E para ter noção da importância e abrangência do Cden no cenário da engenharia nacional veja, na lista 
abaixo, quais as entidades o compõem na atualidade. 
6
 Para Pesquisar
Pesquise sobre elas para entender do que tratam e como funcionam esses órgãos e entidades de classe.
01 - ABEA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHEIROS DE ALIMENTOS 
02 - ABEAG – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHEIROS AGRÍCOLAS 
03 - ABEAS - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO AGRÍCOLA SUPERIOR 
04 - ABEE - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHEIROS ELETRICISTAS 
05 - ABENC - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHEIROS CIVIS 
06 - ABENGE - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO DE ENGENHARIA 
07 - ABES - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL 
08 - ABETI – ASSOCIAÇÃO DE BRASILEIRA DE ENSINO TÉCNICO INDUSTRIAL 
09 - ABEQ - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA QUÍMICA 
10 - ANEST - ASSOC. NAC. DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
11 - CONFAEAB – CONFEDERAÇÃO DOS ENGENHEIROS AGRÔNOMOS DO BRASIL 
12 - CONTAE - CONSELHO NACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES DE TÉCNICOS INDUSTRIAIS 
13 - FAEMI - FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE ENGENHEIROS DE MINAS DO BRASIL 
14 - FEBRAE - FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÕES DE ENGENHEIROS 
15 - FEBRAGEO - FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GEÓLOGOS 
16 - FENEA - FEDERAÇÃO NACIONAL DOS ENGENHEIROS AGRIMENSORES 
17 - FENEMI - FEDERAÇÃO NACIONAL DE ENGENHARIA MECÂNICA E INDUSTRIAL 
18 - FENTEC - FEDERAÇÃO NACIONAL DOS TÉCNICOS INDUSTRIAIS 
19 - FISENGE - FEDERAÇÃO INTERESTADUAL DE SIND. DE ENGENHEIROS 
20 - FNE - FEDERAÇÃO NACIONAL DOS ENGENHEIROS 
21 - IBAPE - INSTITUTO BRAS. DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA 
22 - SBEA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA AGRÍCOLA 
23 - SBEF - SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENGENHEIROS FLORESTAIS 
24 - SBMET - SOCIEDADE BRASILEIRA DE METEOROLOGIA 
25 - SOBES - SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA
Mas vamos ao Código de Ética? Vamos lá !
Iniciando o estudo do Código de Ética Profissional da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geogra-
fia e da Meteorologia, nosso primeiro passo será entender que a Resolução Nº 1002 de 26 de novembro 
de 2002 (do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) “obriga a todos os profissionais do 
Sistema Confea/Crea a observância e cumprimento do Código de Ética Profissional da Engenharia, da Ar-
quitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia”. Essa mesma resolução também 
estabelece o que é um código de ética e nos diz que:
7
“código de ética profissional” deve ser resultante de um pacto profissional, de um acordo crítico coletivo 
em torno das condições de convivência e relacionamento que se desenvolve entre as categorias integran-
tes de um mesmo sistema profissional, visando uma conduta profissional cidadã. 
Ou seja, antes de tudo, esta resolução diz que o código de ética da engenharia é obrigatório a todas as 
categorias de profissionais vinculados ao CONFEA e que o mesmo estabelece a conduta destes, definindo 
as regras de convivência entre os membros destas categorias. Desta maneira, o código de ética passa a 
definir, dentro dos critérios nele estabelecidos, o certo e o errado a ser praticado no exercício da profissão.
 Leitura complementar
Para que você aprofunde mais seu conhecimento, leia o Código de Ética Profissional da Engenharia, da 
Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia se encontra no link http://www.confea.org.br. 
Após a leitura vamos discutir alguns itens que considero interessantes para a compreensão do código.
Fez a leitura? Vamos em frente.
Analisando o código em si, selecionamos os artigos que julgamos relevantes e vamos observá-los. 
No primeiro artigo, o código já deixa clara a sua função ética e já fala em boas práticas profissionais e 
direitos e deveres a serem observado pelos profissionais da engenharia.
Art. 1º - O Código de Ética Profissional enuncia os fundamentos éticos e as condutas necessárias à boa e 
honesta prática das profissões da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e 
da Meteorologia e relaciona direitos e deveres correlatos de seus profissionais.
 Guarde essa ideia!
É importante ressaltar que, ao tratar do termo Boas Práticas, o código se aplica não apenas às questões 
de caráter ético ou moral, mas também aos aspectos técnicos da profissão, posto que, não existe como 
dissociar-se os dois aspectos quando tratamos de uma área tão abrangente como a engenharia. 
Vamos lá, seguindo a análise, fica claro no texto do código de ética que, apesar de sua obrigatoriedade, as 
especificidades de cada categoria é respeitada ao ser possível a existência de regras de conduta próprias 
para cada uma das categorias, caso necessário. 
Art. 3º - As modalidades e especializações profissionais poderão estabelecer, em consonância com este 
Código de Ética Profissional, preceitos próprios de conduta atinentes às suas peculiaridades e especifici-
dades.
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 Dica!
Fique atento, pois no decorrer do texto, o sexto artigo coloca a figura do profissional de enge-
nharia como responsável pelo bem estar e desenvolvimento do homem. Essa é visão enriquecedora do 
engenheiro como cidadão, com um papel social forte, e não mais apenas um técnico. É uma visão muito 
esclarecedora e nos traz um cenário inovador, além de ser essencial na construção do perfil do engenheiro 
como um relevante ator nas relações sociais.
O engenheiro como um cidadão, passa a ser uma figura nova, mas muito importante nas atividades da pro-
fissão, uma situação, que nos dias atuais torna-se ainda mais evidente, uma vez que o engenheiro passa 
a gerenciar cada vez mais pessoas, a trabalhar com equipes interdisciplinares das mais variadas catego-
rias e formações e passa a lidar com as mais variadas situações. Temos ainda que lembrar que quanto 
maiores as equipes, quanto mais pessoas envolvidas, mais variados são os contextos sociais existentes e 
maior será a diversidade de características dos atores sociais a serem gerenciados. Essa nova realidade 
realmente traz a tona a necessidade do perfil estabelecido no artigo 6 do código de ética.
Art. 6º - O objetivo das profissões e a ação dos profissionais volta-se para o bem-estar e o desenvolvi-
mento do homem, em seu ambiente e em suas diversas dimensões: como indivíduo,família, comunida-
de, sociedade, nação e humanidade; nas suas raízes históricas, nas gerações atual e futura.
 Leitura complementar
Tratando do engenheiro como cidadão ou um ser socialmente responsável, indico a leitura do texto: 
ATUAÇÃO PROFISSIONAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL: O ENGENHEIRO DO SÉCULO XXI. Esse 
texto deixa claro que o grande desafio da atualidade é colocar a engenharia a serviço da sociedade. 
No artigo seguinte o código estabelece que, os mesmos preceitos éticos adotados pelo profissional de-
vem permear os conselhos e órgãos de classe das categorias.
A seguir os princípios éticos da profissão são estabelecidos de forma clara e simples, não deixando mar-
gem a dúvida, como pode ser observado abaixo:
Art. 8º - A prática da profissão é fundada nos seguintes princípios 
éticos aos quais o profissional deve pautar sua conduta:
Do objetivo da profissão
I - A profissão é bem social da humanidade e o profissional é o agente capaz 
de exercê-la, tendo como objetivos maiores a preservação e o desenvolvimen-
to harmônico do ser humano, de seu ambiente e de seus valores; 
9
Da natureza da profissão 
II - A profissão é bem cultural da humanidade construído permanentemente 
pelos conhecimentos técnicos e científicos e pela criação artística, manifes-
tando-se pela prática tecnológica, colocado a serviço da melhoria da qualida-
de de vida do homem; 
Da honradez da profissão 
III - A profissão é alto título de honra e sua prática exige conduta honesta, 
digna e cidadã; 
Da eficácia profissional
IV - A profissão realiza-se pelo cumprimento responsável e competente dos 
compromissos profissionais, munindo-se de técnicas adequadas, assegurando 
os resultados propostos e a qualidade satisfatória nos serviços e produtos e 
observando a segurança nos seus procedimentos; 
Do relacionamento profissional
V - A profissão é praticada através do relacionamento honesto, justo e com 
espírito progressista dos profissionais para com os gestores, ordenadores, 
destinatários, beneficiários e colaboradores de seus serviços, com igualdade 
de tratamento entre os profissionais e com lealdade na competição; 
Da intervenção profissional sobre o meio 
VI - A profissão é exercida com base nos preceitos do desenvolvimento sus-
tentável na intervenção sobre os ambientes natural e construído e da incolu-
midade das pessoas, de seus bens e de seus valores;
 Da liberdade e segurança profissionais 
 VII - A profissão é de livre exercício aos qualificados, sendo a segurança de 
sua prática de interesse coletivo.
Considero que neste artigo três colocações são fundamentais: a valorização da profissão e da honestida-
de, quando se afirma que “A profissão é alto título de honra e sua prática exige conduta honesta, digna 
e cidadã”, a necessidade e exigência da qualificação profissional “A profissão é de livre exercício aos 
qualificados” e o respeito ao próximo no exercício da profissão “com igualdade de tratamento entre os 
profissionais e com lealdade na competição”.
10
No que versa sobre os deveres do profissional o código é bastante rico em detalhes e abrange todos os 
aspectos relevantes do exercício da profissão, mas gostaria de ressaltar os critérios elencados ao tratar 
das relações com clientes, empregados e colaboradores e das questões ambientais.
Art. 9º - No exercício da profissão são deveres do profissional:
III - Nas relações com os clientes, empregadores e colaboradores:
a. dispensar tratamento justo a terceiros, observando o princípio da eqüidade;
b. resguardar o sigilo profissional quando do interesse de seu cliente ou em-
pregador, salvo em havendo a obrigação legal da divulgação ou da informa-
ção;
c. fornecer informação certa, precisa e objetiva em publicidade e propaganda 
pessoal;
d. atuar com imparcialidade e impessoalidade em atos arbitrais e periciais;
e. considerar o direito de escolha do destinatário dos serviços, ofertando-lhe, 
sempre que possível, alternativas viáveis e adequadas às demandas em suas 
propostas;
f. alertar sobre os riscos e responsabilidades relativos às prescrições técnicas 
e às conseqüências presumíveis de sua inobservância;
g. adequar sua forma de expressão técnica às necessidades do cliente e às 
normas vigentes aplicáveis;
V - Ante ao meio:
a. orientar o exercício das atividades profissionais pelos preceitos do desen-
volvimento sustentável;
b. atender, quando da elaboração de projetos, execução de obras ou criação 
de novos produtos, aos princípios e recomendações de conservação de ener-
gia e de minimização dos impactos ambientais;
c. considerar em todos os planos, projetos e serviços as diretrizes e dispo-
sições concernentes à preservação e ao desenvolvimento dos patrimônios 
sócio-cultural e ambiental.
Essas relações entre os engenheiros, os clientes, os colaboradores e os empregadores, são um ponto 
fundamental das questões éticas e definem muito do que efetivamente é fundamental no exercício da 
ética profissional. 
As questões relativas às condutas vedadas ao profissional, localizadas o 10º artigo ficam estabelecidas 
no código de forma clara, sendo talvez a parte em que o profissional deveria ter mais atenção e zelo na 
leitura, pois interfere diretamente em sua qualidade moral e em suas relações interpessoais. 
Seguem-se a ele, em grau de importância, as reflexões referentes à infração ética, que nos artigos 13 e 
14 tem sua importância definida e as possibilidades de punição claramente identificadas. 
11
Art. 13 - Constitui-se infração ética todo ato cometido pelo profissional que 
atente contra os princípios éticos, descumpra os deveres do ofício, pratique 
condutas expressamente vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem.
Art.14 - A tipificação da infração ética para efeito de processo disciplinar será 
estabelecida, a partir das disposições deste Código de Ética Profissional, na 
forma que a lei determinar.
 Palavras do Professor
Caro(a) aluno(a), com esses últimos artigos do código, concluímos a terceira unidade.
Gostaria de aproveitar para lembrar que todos os textos e vídeos indicados são extremamente importan-
tes na construção do seu conhecimento sobre o tema. Então é muito importante que você leia e assista 
a todos com atenção.
Para retirar as dúvidas procurem seus tutores, e até breve.

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