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Classificacao dos arcos parcialmente desdentados

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CLASSIFICAÇÃO DOA ARCOS PARCIALMENTE DESDENTADOS
PPR – Professora Dúcia Caldas Trindade - Aula 02
Arcos parcialmente desdentados: 64.554 combinações
Quando falamos de arcos parcialmente desdentados, vamos ver que existem inúmeras combinações estatísticas possíveis, desde a ausência de só um central, ou um central e dois laterais, etc. Existem cerca de 64.554 combinações diferentes, dependendo da localizaçào dos dentes faltosos e da disposição dos dentes remanescentes. 
Desta forma, o que poderíamos fazer para uniformizar essa classificação ou forma de olhar para carda arco de uma forma mais fácil, didática, que permitisse uma conversa entre dois profissionais? Foram surgindo tentativas de classificar esses arcos dentários em grupos, a fim de padronizar esses arcos. 
A partir dessas necessidades, diversos autores surgeriram variadas classificações, com o objetivo único de agrupar os grupos semelhantes entre si em um único grupo/classificação específico. 
É muito mais fácil chegar para alguém e falar que o paciente “x”é um desdentado classe II modificação 1, do que falar que ele tem em seu arco inferior ausência do canino do lado direito e tem extreminade livre só no lado esquerdo.
Classificar: Agrupar os representantes de uma população – Semelhança entre si
Por que utilizar uma classificação?
Facilitar o ensino
Facilitar a comunicação entre profissional e técnico
Sistematização do desenho (específico daquela classificação), ensino e tratamento
Tipos de classificação:
Tipos de suporte (via de transmissão):
Proteses dentosuportadas (PPR)
Próteses dentomucosuportadas (PPR)
Próteses mucoossuportadas (PT)
As classificações acima são de acordo com a via de suporte da prótese, ou seja, considerando a via de transmissão das cargas mastigatórias, como visto na aula anterior. Para PPR só temos dois tipos de prótese: dentosuportadas ou dentomucocosuportadas. Toda prótese mucosuportada é uma prótese total, visto que é a fibromucosa que transmite a carga para o tecido ósseo, ou seja, ela recebe a carga e a transmite em forma de carga de compressão.
Já na PPR temos as dentosuportadas e dentomucosuportadas. Desta forma, a carga é pode ser transferica para o tecido ósseoa só através dos dentes (dentosuportada), ou seja, ao nível de ligamento, e no segundo caso (dentomucosuportada) seria a PPR mais “problemática”, não tem uma biomecânica muito favorável e temos duas vias diferentes para a carga chegar ao tecido ósseo.
Considerando a fisiologia:
Próteses fisiológicas
Próteses semi-fisiológicas
Próteses afisiológicas
Em consequência à essa classificação referente à via de suporte ou de transmissão de cargas, surgiu uma classificação em relação à fisiologia. As próteses dentosuportadas são também chamadas de próteses fisiológicas, por exemplo. Já a prótese dentomucosuportada é chamada de prótese semi-fisiológica. Por fim, a prótese mucosuportada (que é a prótese total) é também designada como prótese afisiológica (não-fisológica).
Próteses dentossuportadas ou fisiológicas
Cargas de pressão → Dentes suportes → Cargas de tração →Tecido ósseo
Nesse caso, as cargas de pressão são transformadas em cargas de tração ao nível do ligamanto periodontal, já que são os dentes que vão transferir as cargas, sendo isso bem aceito pelo tecido ósseo.
Nesse caso temos uma prótese em que apenas os dentes estão transmitindo as forças que são recebidas pelos dentes artificiais. Desta forma, quando o paciente está mastigando, essa força que inside na face oclusal do(s) dente(s) artificial(s) são transmitidas para os dentes suportes (que estão vizinhos ao espaço) através do componente chamado apoio, que tem a finção de transmitir a carga para os dentes suportes principais. 
Próteses dentomucossuportadas ou semi-fisiológica
Cargas de pressão → Dentes suportes fibromucosa → Cargas de compressão → Tecido ósseo
Nesse tipo de prótese (dentomucosuportada) tanto os dentes suportes (esses quatro dentes inferiores mostrados na imagem um) como a fibromucosa vão transmitir a carga mastigatória para o tecido ósseo. Como já se sabe, a fibromucosa transmite cargas de compressão que não são fisiologicamente tão bem aceitas como as cargas de tração.
A base, pelo fato de está ajustada na fibromucosa, vai transmitir as cargas que são recebidas pelos dentes suportes, recebendo a carga e espalhando em toda a região, ou seja, distribuindo a carga em uma superficie maior. 
A reabsorção óssea é um processo contínuo que vai ocorrendo com o uso de qualquer prótese, mas quando mais adaptada a base acrílica estiver sobre a área que é permitida usarmos (chamada de área chapeável), essa força (que leva a reabsorção) vai ser distribuída de forma uniforme, não agravando tanto a perda óssea.
Considerando a posição dos espaços edentados (topografia) – Classificação de KENNEDY (1925)
Classe I
Classe II
Classe III
Classe IV
A classificação mais utilizada nos dias de hoje é a Classificação de Kennedy, por se a mais fácil e didática. Essa classificação considera a POSIÇÃO dos espaços desdentados que existem, e não o NÚMERO de espaços. 
Temos quatro tipos de classes (I, II, III e IV), sendo todas escritas em algarismo romano. Tem como características abranger uma série de combinações distintas, ser simples, didática e de uso universal. 
Classificação de Kennedy (1925)
Maior abrangência
Simplicidade
Atende às necessidades do ensino e da prática clínica
Usada universalmente
Classe I de Kennedy: Edentado posterior bilateral
A classe I de Kennedy se refere a um arco parcialmente desdentado, onde o edentulismo ocorre posteriormente nos dois lados. Ou seja, temos extremos livre ou extremidades livres bilateralmente.
Classe II de Kennedy: Edentado posterior unilateral
A classe II é quando temos essa perda (espaço dentário) unilateral (edentado unilateral posterior). 
Classe III de Kennedy: Edentado posterior intercalar
 Refere-se ao edentado posterior, mas só que agora ele tem um pilar posterior, ou seja, é um edentado posterior intercalar. Observe na imagem ao lado que temos um dente posterior (pilar posterior) com espaços (espaços intercalares) entre ele.
Caso não tivessemos esse molar (37) estavamos diante de um caso de arco de Kennedy tipo II. E qual a melhor situação para esse paciente: ser tipo II ou tipo III? Claro que seria o caso em que o paciente tem esse pilar posterior (classe III), já que teriamos uma prótese dentosuportada. Se a gente retirasse esse molar teriamos que fazer uma prótese dentomucosuportada (que tem muita problemática). Desta forma, toda classe III de Kennedy necessita de uma prótese dentosuportada.
Classe IV de Kennedy: Edentado anterior intercalar (cruza a linha média)
Refere-se ao edentado da região anterior, necessitando SEMPRE cruzar a linha média. Caso não cruze a linha média, estamos diante de uma classe III. 
A classe IV pode ser dentosuportada (quando temos mais dentes presentes e poucos dentes faltantes) ou dentomucosuportada, dependendo do número de dentes ausentes e presentes.
Regras de Applegate para a classificação de Kennedy →Applegate sugeriru regras para complementar a Classificação de Kennedy.
Regra 01 – A classificação deve ser feita após preparo de boca (modifica a classificação original)
Toda a classificação deve ser feita após o preparo de boca, sendo esta a fase de saneamento dental inicial. Antes de confeccionar uma PPR temos que tratar tártaros, extrair dentes que necessitam, etc.
Na foto ao lado estamos diante de um caso de classe III. Mas após avaliação inicial foi concluído que não teríamos como aproveitar o elemento 37, sendo necessário extrair este. Desta forma, o arco não é mais classe III, mas sim classe II.
Regra 02 – Quando o terceiro molar estiver ausente e não há intenção de substituí-lo a região desdentada correspondente não deve ser considerada.
Quando temos ausência do terceiro molar e não desejamos repor esse dente, não devemos considerá-lo. 
Se considerarmos o terceiro molar na imagem aolado, ou seja, se temos a necessidade ou desejo de repor esse dente, o arco ao lado seria classificado como classe II (desdentado posterior unilateral), modificação 1, já que a classificação considera o espaço desdentado mais posterior.
Mas caso não tenhamos a necessidade de repor esse elemento 28, o arco classifica-se como classe III.
Regra 03 – Quando o terceiro molar estiver presente e for utilizado como pilar deve ser considerado na classificação.
Quando o terceiro molar estiver presente e você for utilizá-lo como dente suporte (pilar posterior) para a PPR, devemos considerá-lo para a classificação.
Falamos a pouco que geralmente não consideramos os terceiros molares para a classificação. Desta forma, no caso ao lado devemos extraí-los? Não, já que ao invés de termos uma prótese dentosuportada (classe III), teriamos uma dentomucosuportada (classe I), caso escolhessemos extrair os terceiros molares da imagem ao lado.
Regra 04 – Quando o segundo molar estiver ausente e não for substituído a região desdentada correspondente não deve ser considerada.
Quando o segundo molar está ausênte e também não vamos substituí-lo, o mesmo não deve ser considerado.
Um paciente que só tem até primeiro molar no arco inferior (em ambos os lados), por exemplo, e apresenta o arco superior correspondendo à imagem ao lado, faz sentido eu colocar um segundo molar direito (17), se ele não terá seu antagonista inferior (não teria eficiência mastigatória)? Não! Desta forma, se o segundo molar estiver ausente e eu não for substituí-lo, não devo considerar o espaço que seria ocupado por ele para a classificação. Se fossemos considerar, teriamos uma prótese dentomucosuportada. Caso não consideremos, teremos uma classe II (veja o espaço mais posterior) e dentosuportada. 
Se o paciente não tiver o dente antagonista ou se esse dente antagonista for uma prótese total, não há a necessidade de repor o dente.
Regra 05 – A área desdentada mais posterior determina a classificação.
No caso ao lado temos uma classe III, modificação 1.
Exemplo: Se o paciente tivesse terceiros molares no arco inferior e eu não quisesse que eles extruíssem, teria que montar a PPR até terceiros molares (superiores). Desta forma, como considerei os terceiros molares superiores, teria um arco tipo I modificação 2. 
Regra 06 – As demais áreas desdentadas que não participam da determinação da classe são denominadas de “modificação” e são indicadas pelo seu número. O arco ao lado pode ser classificado como classe III modificação 1.
Regra 07 – Para determinação das modificações de uma classe é considerado o número e não a extensão das áreas desdentadas.
Para determinar o número/quantidade de modificaçãoes, consideramos a quantidade de espaços (independente de sua extensão) e não a quantidade de dentes ausentes.
Regra 08 – A classe IV não aceita modificação, pois qualquer outra área desdentada estará localizada posteriormente, determinando a classificação. A classe IV não aceita modificações por que qualquer espaço a mais que tiver estará atrás dela, o que faria que a classificação não fosse mais classe IV, já que quem rege a classificação é o espaço mais posterior.
Partes de uma PPR

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