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Contabilidade Avançada I Autoria: Juliana Leite Kirchner Tema 08 Juros sobre Capital Próprio (JCP) seç ões Tema 08 Juros sobre Capital Próprio (JCP) Como citar este material: KIRCHNER, Juliana Leite. Contabilidade Avançada I: Juros sobre Capital Próprio (JCP). Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 08 Juros sobre Capital Próprio (JCP) 5 CONTEÚDOSEHABILIDADES Conteúdo Nessa aula você estudará: • Juros sobre Capital Próprio. • Contabilização e tratamento legal. • Conhecimento da forma de cálculo e contabilização dos Juros sobre Capital Próprio. • Cálculo da base de cálculo para os Juros sobre Capital Próprio. Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Contabilidade Avançada I, dos au- tores José Hernandez Perez Junior e Luís Martins de Oliveira, editora Atlas, 2012. Roteiro de Estudo: Juliana Leite Kirchner Contabilidade Avançada I 6 CONTEÚDOSEHABILIDADES Juros sobre Capital Próprio (JCP) Os Juros sobre Capital Próprio, que, anteriormente, eram tratados como um custo de oportunidade, passaram a ser regulamentados pela Lei n. 9.249/1995, que trouxe para a contabilidade um embasamento legal para efetuar seu registro e para que pudesse refletir na apuração do resultado, permitindo, assim, que as empresas passassem a contabilizar os custos de oportunidade. Ribeiro (2010, p. 101) afirma que Juros remuneratórios do Capital Próprio ou Juros sobre o Capital Próprio (JCP) correspondem a uma importância que a empresa paga ao seu titular, sócio ou acionista, como remuneração dos valores por eles investidos na composição do capital da própria empresa. Quando uma pessoa física ou jurídica investe seus recursos no capital de uma empresa, certamente estará almejando obter rendimentos. Portanto, na visão do autor, os Juros sobre Capital Próprio correspondem a uma remuneração adicional, ou rendimento extra, àquela decorrente da participação nos lucros, pagos ao titular, sócio ou acionista da empresa. Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • O que são Juros sobre Capital Próprio (JCP)? • O que é custo de oportunidade? • Qual é a legislação aplicável aos Juros sobre Capital Próprio? • Como ocorre a contabilização dos Juros sobre Capital Próprio (JCP)? LEITURAOBRIGATÓRIA 7 LEITURAOBRIGATÓRIA Acerca dos Juros sobre Capital Próprio, Oliveira e Perez Junior (2011, p. 356-357) citam parte de um artigo publicado na Revista de Contabilidade do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo, que explicita muito bem a caracterização do Juro sobre Capital Próprio: Surgiu, e já há bastante tempo, a ideia de introduzir, na mensuração do lucro das empresas, essa figura – a do juro sobre o capital próprio – com base no seguinte raciocínio: só é lucro o que a empresa produz acima do que seus sócios ganhariam aplicando seu capital no mercado financeiro. Até esse valor a empresa não produz genuinamente lucro. Assim, se uma empresa produz um lucro de 2% num ano sobre o Patrimônio Líquido, estará, na verdade, produzindo um prejuízo para os acionistas ou sócios, já que não estará conseguindo sequer ganhar o que eles obteriam se investissem seus recursos no mercado financeiro. Os Juros sobre Capital Próprio (JCP) foram introduzidos na contabilidade tributária pela Lei n. 9.249/1995, como forma de compensar a extinção da correção monetária do Balanço que gerava saldo devedor dedutível para as empresas com capital de giro próprio. Legislação Aplicável: a Lei n. 9.249/1995 introduziu os Juros sobre Capital Próprio da Contabilidade Tributária, permitindo, assim, sua regulamentação, seu registro e sua contabilização pelas empresas. Mas é preciso observar também: • Lei n. 9.430/1996: artigos 51, 55, 78 e 88. • Lei n. 9.532/1997. • Lei n. 9.779/1999: artigo 8. • Lei n. 9.959/2000. • Regulamento do Imposto de Renda – RIR/1999 (Decreto n. 3000/1999): artigos 347, 348, 668 e 685. • Instrução Normativa SRF n 11/1996. • Instrução Normativa SRF n. 41/1998. • Comunicado 6.548, BACEN, de 30/12/1998. • Deliberação CVM n. 207/1996. 8 Facultatividade do Pagamento de Juros sobre Capital Próprio: a Lei n. 9.249/1995, em seu artigo 9º, não determina que ocorra necessariamente a remuneração por parte de empresas a seus titulares mediante pagamento de Juros sobre Capital Próprio, mas sim que essa remuneração é facultativa, ou seja, a lei afirma que a pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos da apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados, de forma individual, a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração de capital próprio, calculados sobre a conta do Patrimônio Líquido e limitados à variação da TJLP. Deste modo, é permitido que a soma dos valores pagos a título de Juros sobre Capital Próprio seja deduzida da base de cálculo da provisão para a contribuição social sobre o lucro líquido e da base de cálculo da provisão para o Imposto de Renda, em conformidade à legislação tributária, sendo que a lei não obriga que as empresas remunerem seus titulares pagando-lhes Juros sobre Capital Próprio. Base de Cálculo – Dedutibilidade: o artigo 347 do Regulamento do Imposto de Renda – RIR/1999, bem como o artigo 9º da Lei n. 9249/1995 estipulam a dedutibilidade, na apuração do lucro real, das importâncias pagas ou creditadas, a títulos de Juros sobre Capital Próprio, aos sócios ou acionistas das pessoas jurídicas. Para tanto, dispõem: Artigo 347 A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos de apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP (Lei n. 9249, de 1995, art. 9º). Parágrafo 1º O efetivo pagamento ou crédito dos juros fica condicionado à existência de lucros, computados antes da dedução dos juros, ou de lucros acumulados e reservas de lucros, em montante igual ou superior ao valor de duas vezes os juros a serem pagos ou creditado (Lei n. 9249, de 1995, artigo 9º e par. 1o; e Lei n. 9430, de 1996, art. 78). Posteriormente, mediante a Lei n. 9430/1996, os Juros sobre Capital Próprio passaram a ser, também, dedutíveis para a apuração da base de cálculo da contribuição social. Deste modo, observa-se que a base de cálculo dos Juros sobre Capital Próprio são as contas do Patrimônio Líquido. Assim, considera-se o Patrimônio Líquido existente no encerramento do período imediatamente anterior àquele da remuneração. É o que expõe Ribeiro (2010, p. 105) ao afirmar que o patrimônio líquido que servirá de base de cálculo para os juros é o existente no encerramento do período imediatamente anterior àquele da remuneração. LEITURAOBRIGATÓRIA 9 Assim, se a empresa estiver enquadrada no regime do lucro real anual, deverá considerar o PL existente no último dia do exercício anterior, e se estiver enquadrada no regime do lucro real trimestral, o PL será aquele existente no último dia do trimestre anterior. A base de cálculo dos Juros sobre o Capital Próprio, portanto, é o total do Patrimônio Liquido antes de apurado o resultado do exercício. Ressalte-se que não entra na base de cálculo o valor do Lucro Liquido apurado no período findo (trimestre ou ano, conforme os juros estejam sendo remunerados na base trimestral ou anual). Neste contexto, em conformidade à Lei n. 6.404/1976, em seu artigo 178, parágrafo 2º, alínea “d”, posteriormente alterada pela Lei n. 11.638/2007, à Medida Provisória n. 449/2008, convertida na Lei n. 11.941/2009, posteriormente alterada pela Lei n. 11.638/2007,o Patrimônio Líquido é composto pelos seguintes itens: Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados. Ou seja, o total do grupo Patrimônio Líquido passou a ser apurado da seguinte forma: (+) Capital Subscrito (-) Capital a Realizar (+) Reservas de Capital (+) Reservas de Lucros (+ ou -) Ajustes de Avaliação Patrimonial (-) Ações em Tesouraria (-) Prejuízos Acumulados (=) Total do Patrimônio Líquido (+) Capital Subscrito Observe que a Lei n. 11.638/2007, para fins de cálculo de Juros sobre Capital Próprio, criou o grupo Ajustes de Avaliação Patrimonial, em substituição à Reserva de Reavaliação, que foi extinta. Neste contexto, somente devem compor a base de cálculo, para fins de apuração dos Juros sobre Capital Próprio, os Ajustes de Avaliação Patrimonial, quando estes forem devidamente realizados e adicionados na determinação do lucro real e da contribuição social sobre o LEITURAOBRIGATÓRIA 10 lucro. Caso as reservas de avaliação não estejam realizadas, não devem compor a base de cálculo dos Juros sobre Capital Próprio. Neste sentido, é a disposição do artigo 347, parágrafo 4o, do Regulamento do Imposto de Renda – RIR/1999: Artigo 347 Parágrafo 4º Para fins de cálculo da remuneração prevista neste artigo, não será considerado o valor de reserva de reavaliação (Ajustes de Avaliação Patrimonial); de bens ou direitos da pessoa jurídica, exceto se esta for adicionada na determinação da base de cálculo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro liquido. Não devem compor a base de cálculo as parcelas de ajustes de avaliação patrimonial não realizadas. Neste sentido, é o que afirma Oliveira e Peres Junior (2011, p. 358) ao expor que não devem também compor a base de cálculo as parcelas não realizadas – mediante alienação, depreciação, amortização ou baixa, a qualquer título, de bens ou direitos do Ativo Imobilizado – da reserva de reavaliação (Ajustes de Avaliação Patrimonial); constituída como contrapartida do aumento do valor de bens do Ativo Imobilizado que tenha sido capitalizada, nos termos dos arts. 436 e 437 do RIR/99. Ainda em conformidade ao disposto no parágrafo 1o, artigo 9o, da Lei n. 9249/1995, já transcrito, o efetivo pagamento dos Juros sobre Capital Próprio, ou seu crédito, encontra-se condicionado à existência de lucros que sejam computados antes da dedução dos juros ou à existência de lucros acumulados em montante igual ou superior ao valor de duas vezes os juros a serem pagos ou creditados. Forma de Cálculo do Juro sobre Capital Próprio: os Juros sobre Capital Próprio devem ser calculados sobre as contas do Patrimônio Líquido. Assim, qualquer modificação que incida no total do Patrimônio Líquido, durante o exercício, deve ser considerada na base de cálculo. Para tanto, encontra-se limitada à variação pro rata dia da Taxa de Juros de Longo Prazo1, ou seja, a TJLP, conforme disposição do artigo 347 do Regulamento do Imposto de Renda – RIR/1999, bem como do artigo 9o da Lei n. 9249/1995, que explicitam: 1 A Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) é calculada trimestralmente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e expressa em termos anuais. Sua divulgação é por meio de Resoluções do Banco Central do Brasil (BACEN). LEITURAOBRIGATÓRIA 11 Artigo 347 A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos de apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio liquido e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP (Lei n. 9249, de 1995, artigo 9º). A base para a remuneração do Juro sobre Capital Próprio é a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Portanto, para efeito de dedutibilidade da base de cálculo da provisão para o Imposto de Renda (lucro real) e da base de cálculo da provisão para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, os Juros sobre Capital Próprio estão limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Observa-se que a empresa pode realizar o pagamento dos Juros sobre Capital Próprio em conformidade à taxa que pretender, no entanto, desde que não seja superior à variação, pro rata dia2, da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Na realização do cálculo, não deve ser considerado o valor da reserva de reavaliação de bens ou direitos do contribuinte (Ajustes de Avaliação Patrimonial). Somente deve ser considerado se a reserva for adicionada à determinação da base de cálculo do lucro tributável pelo Imposto de Renda e Contribuição Social. Ainda, o contribuinte que apurar o lucro real anual somente poderá incluir na base de cálculo dos Juros sobre Capital Próprio o lucro apurado no período-base anterior. É o que afirmam Oliveira e Perez Junior (2011, p, 358), ao exporem que o contribuinte que apura o lucro real anual não poderá incluir na base de cálculo dos juros sobre o capital próprio, o lucro apurado no encerramento do próprio período-base. Em outras palavras, o lucro apurado, por exemplo, no exercício findo em 31-12-x1 passa a compor a base de cálculo somente a partir do ano- calendário seguinte. Não será considerado para o cálculo dos juros, para o contribuinte que apura o imposto de renda com base no lucro real anual, o lucro apurado no encerramento do próprio período- base/exercício. E, por fim, é possível ao contribuinte que apurar e pagar os tributos com base no lucro real trimestral considerar na base de cálculo dos Juros sobre Capital Próprio o lucro líquido 2 Relativamente à variação pro rata dia, Ribeiro (2010, p. 107) explicita: “Sendo a base de cálculo dos JCP, [...], o valor do Patrimônio Líquido existente no último dia do exercício anterior ao do pagamento (empresa enquadrada no regime do lucro real anual), ou do trimestre anterior (empresa enquadrada no regime do lucro real trimestral), caso haja modificação para mais ou para menos nesse saldo durante o período, dever-se-á aplicar a taxa proporcional ao número de dias em que o montante do capital esteve investido na empresa (taxa pro rata dia). Observe que o capital poderá conter uma parcela que esteve investida na empresa durante todo o período, e outra parcela que esteve investida em um período menor”. LEITURAOBRIGATÓRIA 12 que for apurado nos trimestres anteriores, após a provisão para o Imposto de Renda. No entanto, Oliveira e Perez Junior (2011, p. 358) fazem uma ressalva quanto à apuração de prejuízo contábil, afirmando que “no caso de apuração de prejuízo contábil nos trimestres anteriores, este valor terá que ser deduzido da determinação da base de cálculo dos juros”. Porém, se o trimestre apresentou prejuízo, deverá ser deduzido da base de cálculo dos juros. Registro dos Juros sobre Capital Próprio: os Juros sobre Capital Próprio, pagos ou creditados, devem ser registrados como Despesas ou Receitas Financeiras. Condições para a Dedutibilidade: a dedutibilidade e o pagamento das importâncias pagas ou creditadas a título de Juros sobre Capital Próprio, sobre a base de cálculo da provisão da Contribuição Social sobre o Lucro Liquido e da base de cálculo da provisão para o Imposto de Renda, encontram-se condicionados à existência, tanto em montante igual quanto em montante superior a duas vezes o valor dos juros a serem pagos ou creditados durante o exercício de: a) Lucros antes da dedução dos Juros sobre Capital Próprio. b) Lucros acumulados e reservas de lucros. É o que estabelece o parágrafo 1o do artigo 347, do Regulamento do Imposto de Renda – RIR/1999, bem como o artigo 9o da Lei n. 9249/1995 que explicitam: Artigo 347 [...] Parágrafo 1o O efetivo pagamento ou crédito dos juros fica condicionado à existência de lucros, computados antesda dedução dos juros, ou de lucros acumulados e reservas de lucros, em montante igual ou superior ao valor de duas vezes os juros a serem pagos ou creditado (Lei n. 9249, de 1995, artigo 9º e par. 1o; e Lei n. 9430, de 1996, art. 78). Neste sentido, Ribeiro (2010, p. 102) afirma que “o efetivo pagamento ou crédito dos juros fica condicionado à existência de lucros, computados antes da dedução dos juros, ou de lucros acumulados, em montante igual ou superior ao valor de duas vezes os juros a serem pagos ou creditados”. Para que ocorra o pagamento de Juros sobre Capital Próprio, relativamente à primeira condição, deve haver a existência de lucros antes da dedução dos Juros sobre Capital LEITURAOBRIGATÓRIA 13 Próprio. Porém, mesmo que não haja lucro, passa-se à segunda condição, ou seja, se o saldo existente na conta lucros acumulados adicionado ao saldo das reservas de lucros for igual ou superior a duas vezes o montante dos Juros sobre Capital Próprio a serem pagos. Na contabilização e dedutibilidade dos Juros sobre Capital Próprio, a dedutibilidade dos juros pagos ou creditados, para fins fiscais, está condicionada à existência, em montante igual ou superior a duas vezes o valor dos juros durante o exercício de lucros antes da dedução dos Juros sobre Capital Próprio ou de lucros acumulados e reservas de lucros. Limites à Dedutibilidade: o valor dos Juros sobre Capital Próprio, pago ou creditado, enquanto despesas financeiras dedutíveis, deve observar alguns limites à dedutibilidade para se determinar o lucro real e a base de cálculo da contribuição social sobre o lucro, para não exceder tais limites. São dois limites, quais sejam: 1. 50% do lucro líquido correspondente ao período-base do pagamento ou crédito dos juros, antes da provisão para o Imposto de Renda e da dedução dos referidos juros. 2. 50% dos saldos de lucros acumulados e reservas de lucros. Observe que, apesar de haver dois limites, são apenas opções disponibilizadas ao contribuinte, já que ele poderá optar pelo maior dos dois limites. Portanto, tais limites devem ser observados para fins de dedutibilidade da base de cálculo da Provisão para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e da Provisão para o Imposto de Renda, de modo que o valor dos Juros sobre Capital a ser pago ou creditado aos titulares da empresa limita- se ao maior desses valores. LEITURAOBRIGATÓRIA 14 Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Acesse o texto da Lei n. 9.249/1995, que introduziu os juros sobre o capital próprio da Contabilidade Tributária, permitindo, assim, sua regulamentação, seu registro e sua contabilização pelas empresas. Disponível em: <ttp://www.normaslegais.com.br/legislacao/ tributario/lei9249.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014. Acesse o Regulamento do Imposto de Renda – RIR/1999 – Decreto n. 3.000, de 26 de março de 1999, que regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Disponível em: <http://www. receita.fazenda.gov.br/Legislacao/rir/default.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014. Acesse o site Portal de Contabilidade. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade. com.br/>. Acesso em: 02 jan. 2014. Trata-se de um portal contábil e jurídico de conteúdo essencial e eficaz para o estudo e o entendimento da Ciência Contábil, em todas as suas dimensões, pois aborda diferentes temáticas por diversos ângulos. Acesse o artigo Juros sobre Capital Próprio: entenda o que são, quais suas finalidades e sua repercussões, de Alexandre Demetrius Pereira. Disponível em: <http://www.blogdireitoempresarial.com.br/2011/04/juros-sobre-capital-proprio-entenda-o. html>. Acesso em: 02 jan. 2014. Esse artigo ampliará seus conhecimentos sobre os Juros sobre Capital Próprio, de modo que demonstra sua definição, suas principais características, suas finalidades e repercussões. LINKSIMPORTANTES 15 LINKSIMPORTANTES Acesse o artigo Juros sobre Capital Próprio: uma análise sobre o impacto tributário para quem paga e para quem recebe, de Maria Heloisa Bisca, Mariana Carvalho Gradi, Alexandre Gonzales e Daniel Ramos Nogueira. Disponível em: <http://www.fipen.edu.br/hermes1/ index.php/hermes1/issue/view/1>. Acesso em: 02 jan. 2014. Esse artigo aborda o tema Juros sobre Capital Próprio e demonstra que, mediante a promulgação da Lei n. 9.249/95, o uso dos Juros sobre Capital Próprio passa a ser mais uma opção de remuneração dos sócios/acionistas nas empresas. Escolhida essa alternativa, a empresa passa a ter direito de deduzir o valor dos JSCP da base de cálculo do imposto de renda e contribuição social. Este estudo demonstra os impactos resultantes dessa escolha sobre a perspectiva da empresa que está pagando e dos acionistas que estarão recebendo. Vídeos Assista ao vídeo Juros sobre Capital Próprio – Entenda essa remuneração em dinheiro, elaborado por Dalton Vieria. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=a4ixf0yYAjY>. Acesso em: 02 jan. 2014. O vídeo didático aborda os principais aspectos em torno dos Juros sobre Capital Próprio, sua definição, suas características e em quais circunstâncias pode ser realizado. 16 Instruções: Este é o momento de você finalmente exercitar seu aprendizado por meio da resolução das questões deste Caderno de Atividades. Lembre-se de que, para responder às questões, você precisará assistir às teleaulas, ler o Livro-Texto, refletir e pesquisar mais sobre os temas relativos a esta disciplina. É de fundamental importância a realização dessas atividades, tendo em vista que permitem que você reflita e aprimore seus conhecimentos, bem como permitem a organização de seu aprendizado. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Questão 1: Anteriormente, os Juros sobre Capital Pró- prio eram vistos como um custo de opor- tunidade. Neste sentido, surgiu a necessi- dade de se obter um embasamento legal para efetuar seu registro e obter um refle- xo na apuração do resultado, mediante a contabilização desses custos de oportuni- dade pelas empresas. Neste contexto, a Lei n. 9.249/1995 passou a dispor acerca dos Juros sobre Capital Próprio (JCP), in- serindo os Juros sobre Capital Próprio na Contabilidade Tributária, promovendo alte- rações na legislação tributária, tendo como objetivo compensar a extinção da correção monetária do balanço que gerava saldo de- vedor dedutível para as empresas com ca- pital de giro próprio. Mediante a referida lei, o custo de oportunidade passou a ter um embasamento legal para se efetuar seu re- gistro, bem como proporcionando reflexos AGORAÉASUAVEZ 17 na apuração do resultado, permitindo que as empresas passassem a contabilizar os custos de oportunidade. Qual a definição de Juros sobre Capital Próprio? Questão 2: Considere as seguintes afirmativas: I – Anteriormente, os juros sobre capi- tal próprio eram vistos como um custo de oportunidade. II – Os Juros sobre Capital Próprio foram introduzidos na contabilidade tributária pela Lei n. 9249/1995, como forma de compen- sar a extinção da correção monetária do balanço que gerava saldo devedor dedutí- vel para as empresas com capital de giro próprio. III – Não será considerado para o cálculo dos juros, para o contribuinte que apura o Imposto de Renda com base no lucro real anual, o lucro apurado no encerramento do próprio período-base/exercício. IV – Se o trimestre apresentou prejuízo, deve ser deduzido da base de cálculo dos juros. V – Na contabilização e dedutibilidade dos juros sobre o capital próprio, a dedutibilida- de dos juros pagos ou creditados, para fins fiscais, está condicionada à existência, em montante igual ou superior a duas vezes o valor dos juros durante o exercíciode lu- cros antes da dedução dos juros sobre o capital próprio ou de lucros acumulados e reservas de lucros. Acerca da validade ou falsidade das afir- mativas, assinale a alternativa correta: a) F,F,F,F,F. b) F,V,F,V,F. c) F,F,F,V,F. d) V,F,V,F,V. e) V,V,V,V,V. Questão 3: Com relação aos Juros sobre Capital Pró- prio, é correto afirmar que: a) Nas empresas que apuram o lucro real anual, as reservas de capital podem ser incluídas na base de cálculo dos juros so- bre o capital próprio. b) Os juros sobre capital próprio deverão ser registrados contabilmente no ativo cir- culante, como despesas pagas antecipa- damente. c) Os juros são calculados sobre as con- tas do Patrimônio Líquido, não havendo qualquer limite para seu cálculo e conta- bilização. AGORAÉASUAVEZ 18 d) Nas empresas que apuram o lucro real anual, o lucro apurado no exercício não pode ser incluído na base de cálculo dos Juros sobre Capital Próprio. e) Os Juros sobre o Capital Próprio deve- rão ser registrados como receitas finan- ceiras somente após seu efetivo paga- mento. Questão 4: Os Juros sobre Capital Próprio (JCP) foram introduzidos na contabilidade tributária pela Lei n. 9249/1995, como forma de compen- sar a extinção da correção monetária do balanço que gerava saldo devedor dedutí- vel para as empresas com capital de giro próprio. A respeito do assunto, assinale a alternativa incorreta: a) Os juros sobre o capital próprio devem ser considerados como despesa financei- ra do período. b) Os Juros sobre Capital Próprio recebi- dos de controladas devem ser registrados em contrapartida à conta de investimen- tos em controladas. c) Os Juros sobre Capital Próprio devem ser considerados redutores de conta es- pecífica do Patrimônio Líquido. d) Os Juros sobre Capital Próprio pagos ou creditados somente poderão ser impu- tados ao dividendo mínimo pelo seu valor líquido do Imposto de Renda na fonte. e) Os Juros sobre Capital Próprio são aceitos como dedutíveis da base de cálcu- lo do Imposto de Renda e da contribuição social se forem calculados e contabiliza- dos de acordo com as normas tributárias. Questão 5: Sobre a contabilização e dedutibilidade dos juros sobre o capital próprio, é correto afir- mar que: a) Nas companhias de capital aberto, os juros pagos ou creditados devem ser con- tabilizados na conta Despesas Financei- ras, no Resultado do Exercício. b) De acordo com a legislação do Impos- to de Renda, a pessoa jurídica não pode deduzir, para efeito de apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados a título de remuneração do capital próprio. c) Se houver, em determinada empresa, lucros acumulados e reservas de lucros no montante de $ 1.000.000 e a empresa obtiver um lucro contábil, antes da provi- são para o Imposto de Renda e da de- dução dos referidos juros, de $ 1.200.000 no período-base, o limite para a dedução dos juros será de $ 500.000, ou seja, 50% dos saldos de lucros acumulados e reser- vas de lucros. d) Os Juros sobre Capital Próprio rece- bidos de controladas devem ser registra- dos em contrapartida à conta de Receitas AGORAÉASUAVEZ 19 Financeiras Recebidas de Investimentos em controladas. e) A dedutibilidade dos juros pagos ou creditados, para fins fiscais, está condi- cionada à existência em montante igual ou superior a duas vezes o valor dos ju- ros durante o exercício de lucros antes da dedução dos juros sobre o capital próprio ou de lucros acumulados e reservas de lucros. Questão 6: O valor dos Juros sobre Capital Próprio, pago ou creditado, enquanto despesas fi- nanceiras dedutíveis, deve observar alguns limites à dedutibilidade para se determinar o lucro real e a base de cálculo da contri- buição social sobre o lucro, para não exce- der tais limites. Quais são esses limites? Questão 7: Como os Juros sobre Capital Próprio, pa- gos ou creditados, devem ser registrados? Questão 8: Os Juros sobre Capital Próprio devem ser calculados sobre as contas do Patrimônio Líquido. Assim, qualquer modificação que incida no total do Patrimônio Líquido, du- rante o exercício, deve ser considerada na base de cálculo. Qual a base para a remu- neração do Juro sobre Capital Próprio? Questão 9: Os Juros sobre Capital Próprio estão sujei- tos à tributação exclusiva na fonte? Questão 10: Determinada empresa de capital fechado apresentou os seguintes saldos: Capital social integralizado 2.000.000 Reservas de capital 240.000 Lucros acumulados 200.000 Lucro contábil do período antes do IRCS 490.000 Supondo que no exercício de 20XA a taxa anual dos juros de longo prazo foi de 22%, qual o valor dedutível dos Juros sobre Ca- pital Próprio? AGORAÉASUAVEZ 20 Neste tema, você aprendeu que os Juros sobre Capital Próprio eram vistos como um custo de oportunidade. Neste sentido, surgiu a necessidade de se obter um embasamento legal para efetuar seu registro e obter um reflexo na apuração do resultado, mediante a contabilização desses custos de oportunidade pelas empresas. Mas o que é o custo de oportunidade? O custo de oportunidade significa o quanto poderia ter sido ganho com a utilização alternativa do capital ou qualquer outro fator produtivo. Entende- se, assim, que, economicamente, visando à correta mensuração econômica e contábil, todos os fatores produtivos utilizados para a exploração de determinado empreendimento precisam ser remunerados, mesmo que sejam de propriedade dos donos do negócio. Exemplificando, certo empresário autônomo do ramo de contabilidade resolve abrir um escritório. Para tanto, pretende fazer uso de um imóvel próprio, pelo qual não haverá, na maioria das vezes, pagamento de aluguel. No entanto, no custo total da manutenção do escritório, ele deve considerar, também, o custo de oportunidade, ou seja, o valor do aluguel que o mencionado contador poderia obter como receita mensal, caso alugasse seu imóvel para outro interessado. Ainda com o intuito de facilitar a compreensão, vale considerar outro exemplo. Determinada indústria, com o intuito de expandir seus negócios, adquire um conjunto de equipamentos totalmente informatizado por $ 3 mil, mediante utilização de parte de capital próprio. Porém, o mesmo conjunto de maquinário poderia ter sido adquirido por $ 3.150, mediante um pagamento para sessenta dias, com a inclusão de 5% para os encargos financeiros cobrados pelo fornecedor ou pela instituição bancária. Assim, seria oportuno registrar na contabilidade da indústria o custo de oportunidade que ela obteve em relação ao mesmo equipamento que ela poderia ter adquirido se não fosse mediante seu capital próprio. Neste contexto, a Lei n. 9.249/1995 passou a dispor acerca dos Juros sobre Capital Próprio (JCP), inserindo-os na Contabilidade Tributária, promovendo alterações na legislação tributária e com o objetivo compensar a extinção da correção monetária do balanço que FINALIZANDO 21 gerava saldo devedor dedutível para as empresas com capital de giro próprio. Mediante a referida lei, o custo de oportunidade passou a ter um embasamento legal para se efetuar seu registro, proporcionando reflexos na apuração do resultado, permitindo que as empresas passassem a contabilizar os custos de oportunidade. Neste tema, você aprendeu que os Juros sobre Capital Próprio, que, anteriormente, eram tratados como um custo de oportunidade, passaram a ser regulamentados pela Lei n. 9.249/1995, que trouxe para a contabilidade um embasamento legal para efetuar seu registro e para que possa refletir na apuração do resultado, permitindo, assim, que as empresas passassem a contabilizar os custos de oportunidade. Os Juros Remuneratórios do Capital Próprio ou Juros sobre Capital Próprio (JCP) correspondem a uma importância que a empresa paga a seu titular,sócio ou acionista, como remuneração dos valores por eles investidos na composição do capital da própria empresa. Quando uma pessoa física ou jurídica investe seus recursos no capital de uma empresa, certamente estará almejando obter rendimentos. Portanto, os Juros sobre Capital Próprio correspondem a uma remuneração adicional, ou rendimento extra, àquele decorrente da participação nos lucros, pagos ao titular, sócio ou acionista da empresa. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO 22 REFERÊNCIAS ALMEIDA, M. C. Contabilidade Avançada. São Paulo: Atlas, 2007. BRASIL. Lei n. 6.404/1976. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Lei n. 10.406/2002 (Novo Código Civil). Disponível em: <http://www.planalto. gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Lei n. 11.638/2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Lei n. 11.491/2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Regulamento do Imposto de Renda - RIR/1999. <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Instruções Normativas da Receita Federal. Disponível em: <http://www.receita. fazenda.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Instruções da Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Disponíveis em: <http:// www.cvm.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamento Contábeis – CPC. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/pronunciamentos>. Acesso em: 02 jan. de 2014. DELFINO, Angelita. Avaliação de Investimentos pelo Método da Equivalência Patrimonial: um estudo comparativo da aplicação das normas brasileiras, norte-americanas e interna- cionais. Disponível em: <http://www.unifin.com.br/Content/arquivos/20111006155419.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. FIPECAFI – FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS CONTÁBEIS, ATUÁRIAS E FI- NANCEIRAS. Manual de Contabilidade das sociedades por ações: aplicável também às demais sociedades. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 23 _______. Suplemento do Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações: aplicável também às demais sociedades. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007. KIRCHNER, Juliana Leite et. al. Educação sem fronteiras, 7: Ciências Contábeis. Vali- nhos: Anhanguera Publicações, 2012. MARION, J. C.; REIS, A. C. de R. (Coords.). Mudanças nas demonstrações contábeis. São Paulo: Saraiva, 2003. MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2003. MARTIS, Eliseu; IUDICIBUS, Sérgio et al. Manual de Contabilidade Societária: aplicável a todas as sociedades - Fipecafi. São Paulo: Atlas, 2011. NEVES, S.; VICECONTI, P. E. V. Contabilidade avançada e análise das demonstrações financeiras. 13. ed. São Paulo: Frase, 2004. OLIVEIRA, Luis Martins; PEREZ Junior, José Hernadez. Contabilidade Avançada: texto e testes com as respostas. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. _______. Conversão de Demonstrações Contábeis. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2009. OLIVEIRA, Alexandre M. S. et al. Contabilidade Internacional. São Paulo: Atlas, 2008. OLIVEIRA, Gustavo Pedro. Contabilidade Tributária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Avançada. 2. ed. São Paula: Saraiva, 2009. SCHIMDT, P.; SANTOS, J. L.; FERNANDES, L. A. Contabilidade Avançada: Aspectos Societários e Tributários. São Paulo: Atlas, 2008. _______. Contabilidade Internacional: Equivalência Patrimonial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2006. ZANETTE, M. et al. Educação sem fronteiras: Ciências Contábeis. Campo Grande: Uni- derp Interativa, 2011. REFERÊNCIAS 24 Ajuste de avaliação patrimonial: é uma correção do valor apresentado no Balanço Patrimonial, por um ativo ou passivo, em relação a seu Valor Justo. Essa correção busca expressar a realidade patrimonial de uma empresa; e como é um ajuste, o valor da conta pode ser para mais ou para menos. O ajuste da avaliação patrimonial não é reserva, pois não passou pelo resultado, e não é sinônimo de reavaliação de ativos, pois não está relacionado com o mercado, mas sim com um Valor Justo. Diferentemente da reserva de reavaliação, a conta ajuste da avaliação patrimonial poderá ter natureza credora ou devedora, neste caso, redutora do Patrimônio Líquido. Custo de oportunidade: significa o quanto poderia ter sido ganho com a utilização alternativa do capital ou qualquer outro fator produtivo. Entende-se, assim, que, economicamente, visando à correta mensuração econômica e contábil, todos os fatores produtivos utilizados para a exploração de determinado empreendimento precisam ser remunerados, mesmo que sejam de propriedade dos donos do negócio. Dividendos: é a parcela do lucro apurado pela empresa, que é distribuída aos acionistas por ocasião do encerramento do exercício social (balanço), em conformidade ao exposto no § 2o do art. 202 da Lei das Sociedades Anônimas. Juros sobre Capital Próprio (JSCP): é uma das formas de se distribuir o lucro entre os acionistas, titulares ou sócios de uma empresa. A outra é sob a forma de dividendos. Esse pagamento é tratado como despesa no resultado da empresa, enquanto o dividendo não. Neste caso, o investidor terá de pagar o Imposto de Renda sobre o capital recebido. Essa questão fiscal é justamente o benefício da companhia, pois, como esse pagamento é contabilizado como despesa da empresa, antes do lucro, ela não arca com os tributos, repassando este ônus ao investidor. A opção entre dividendos e Juros sobre Capital Próprio compete à assembleia geral, ao conselho de administração ou à diretoria da empresa. Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP: é uma espécie de taxa de juro utilizada para a remuneração de diversas aplicações financeiras e empréstimos do mercado nacional. GLOSSÁRIO 25 Questão 1 Resposta: Juros Remuneratórios do Capital Próprio ou Juros sobre o Capital Próprio (JCP) correspondem a uma importância que a empresa paga a seu titular, sócio ou acionista, como remuneração dos valores por eles investidos na composição do capital da própria empresa. Quando uma pessoa física ou jurídica investe seus recursos no capital de uma empresa, certamente estará almejando obter rendimentos. Portanto, os Juros sobre Capital Próprio correspondem a uma remuneração adicional, ou rendimento extra, àquele decorrente da participação nos lucros, pagos ao titular, sócio ou acionista da empresa. Questão 2 Resposta: E Questão 3 Resposta: D Justificativa: o Patrimônio Líquido que servirá de base de cálculo para os juros é o existente no encerramento do período imediatamente anterior àquele da remuneração. Assim, se a empresa estiver enquadrada no regime do lucro real anual, deverá considerar o PL existente no último dia do exercício anterior; se estiver enquadrada no regime do lucro real trimestral, o PL será aquele existente no último dia do trimestre anterior. A base de cálculo dos Juros sobre Capital Próprio, portanto, é o total do Patrimônio Líquido antes de apurado o resultado do exercício. Ressalte-se que não entra na base de cálculo o valor do Lucro Líquido apurado no período findo (trimestre ou ano, conforme os juros estejam sendo remunerados na base trimestral ou anual). GABARITO 26 Questão 4 Resposta: C Justificativa: Os Juros sobre Capital Próprio devem ser considerados como despesa financeira do período. Questão 5 Resposta: E Justificativa: A dedutibilidade e o pagamento das importâncias pagas ou creditadas a título de Juros sobre Capital Próprio, sobre a base de cálculo da provisão da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e da base de cálculo da provisão para o Imposto de Renda, encontram-se condicionados à existência, tanto em montante igual quanto em montantesuperior a duas vezes o valor dos juros a serem pagos ou creditados durante o exercício de: - Lucros antes da dedução dos Juros sobre Capital Próprio; ou - Lucros acumulados e reservas de lucros. É o que estabelece o parágrafo 1o, do artigo 347, do Regulamento do Imposto de Renda – RIR/1999, bem como o artigo 9o Lei n. 9.249/1995. Questão 6 Resposta: São dois limites, quais sejam: 1) 50% do lucro líquido correspondente ao período-base do pagamento ou crédito dos juros, antes da provisão para o Imposto de Renda e da dedução dos referidos juros. 2) 50% dos saldos de lucros acumulados e reservas de lucros. Observe que, apesar de haver dois limites, são apenas opções disponibilizadas ao contribuinte, já que ele poderá optar pelo maior dos dois limites. Questão 7 Resposta: Os Juros sobre Capital Próprio, pagos ou creditados, devem ser registrados como Despesas ou Receitas Financeiras. GABARITO 27 GABARITO Questão 8 Resposta: Os Juros sobre Capital Próprio devem ser calculados sobre as contas do Patrimônio Líquido. Assim, qualquer modificação que incida no total do Patrimônio Líquido, durante o exercício, deve ser considerada na base de cálculo. Para tanto, encontram- se limitados à variação pro rata dia da Taxa de Juros de Longo Prazo, ou seja, a TJLP, conforme disposição do artigo 347, do Regulamento do Imposto de Renda – RIR/1999, bem como o artigo 9o Lei n. 9249/1995 A base para a remuneração do Juro sobre Capital Próprio é a Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP. Questão 9 Resposta: Sim, os juros pagos ou creditados, a título de remuneração do capital próprio, devem ser tributados exclusivamente na fonte à alíquota de 15%, na data do pagamento ou crédito. O imposto retido não pode ser compensado na Declaração de Ajuste Anual (Lei n. 9249, de 26 de dezembro de 1995, art. 9, par. 2; Decreto n. 3000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda (RIR/1999), art. 668). Questão 10 Resposta: 245.000
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