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Relatório Análise de Alimentos

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UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO
RELATÓRIO DO ESTÁGIO EM ANÁLISE DE ALIMENTOS I
BAURU
2018
RELATÓRIO DO ESTÁGIO EM ANÁLISE DE ALIMENTOS I
Relatório de atividades apresentado à disciplina de Estágio em Análise de Alimentos I, sob responsabilidade da Prof.ª Maria Dorotéia Borges dos Santos.
BAURU
2018
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	MATERIAL E MÉTODOS	6
3	RESULTADOS E DISCUSSÕES	8
INTRODUÇÃO
DETERMINAÇÃO DA UMIDADE
Uma das análises de maior importância dos alimentos é a determinação de umidade, pois este parâmetro está relacionado à sua estabilidade, conservação, qualidade e composição. Alimentos com alto teor de umidade sofrerão deterioração mais rapidamente, como por exemplo, os produtos lácteos fluidos, que possuem entre 87%-91%. O açúcar (≤ 1%), a margarina e a maionese (15%) são exemplos de produtos com baixo teor. Neste sentido, sabe-se que a água pode estar em três formas distintas nos alimentos: água livre, que se refere à porcentagem de água presente nos espaços intergranulares e entre os poros do material; água absorvida, que se encontra na superfície do amido, pectina, celulose e proteína por ligação de hidrogênio e forças de Van de Waals; água ligada, que está ligada quimicamente a outros componentes do alimento e, portanto, não é liberada nos métodos de determinação de umidade. Diante disso, a água livre é a única forma que se consegue medir com certeza em todos os métodos analíticos empregados (CECCHI, 2003). 
DETERMINAÇÃO DE CINZAS
A quantidade de cinzas em um alimento corresponde ao resíduo inorgânico, que permanece após a decomposição da matéria orgânica em mufla a 550°C, sendo transformada em CO2, H2O e NO2. As cinzas obtidas são utilizadas para a quantificação do conteúdo mineral dos alimentos, avaliação de adulteração de produtos alimentícios e adição de componentes em alimentos comercializados. Esta porção inorgânica é constituída por elevadas quantidades de potássio, sódio, cálcio e magnésio, e por pequenas quantidades de alumínio, ferro, cobre, manganês e zinco.
A cinza obtida não tem necessariamente a mesma composição que a matéria mineral presente no alimento, já que pode ocorrer perda por volatilização ou alguma interação entre os constituintes da amostra. Os elementos minerais se apresentam na cinza sob a forma de óxidos, sulfatos, fosfatos, silicatos e cloretos, dependendo das condições de incineração e da composição do alimento (CECCHI, 2003).
DETERMINAÇÃO DE LIPÍDEOS
Lipídeos são caracterizados por serem substâncias não são solúveis em água, mas sim em solventes orgânicos, como éter etílico, éter petróleo, acetona, clorofórmio, benzeno e álcoois. Os solventes apolares tem como finalidade extraírem a fração lipídica neutra, que incluem ácidos graxos livres, mono, di e triacilgliceróis.
Um dos métodos de extração de lipídeos é o método de Soxhlet através do aquecimento da amostra em equipamento, que utiliza refluxo de éter de petróleo. Quando se aquece este solvente ocorre a sua evaporação, condensação e, subsequentemente, a extração do extrato etéreo de lipídeos. O processo de extração é realizado por oito horas contínuas, aproximadamente, sendo obtido o peso do balão de Soxhlet após este período para calcular a proporção de lipídeos totais da amostra (CECCHI, 2003).
O método de Bligh-Dyer é uma técnica de extração a frio, que possui inúmeras vantagens, como por exemplo, a extração de todas as classes de lipídeos sem aquecimento e equipamentos sofisticados, além de ser empregado em produtos com elevado teor de umidade e também em produtos secos. Entretanto, este método utiliza solventes de alto grau de toxicidade, como clorofórmio e metanol (CECCHI, 2003; GUSSO et al., 2012).
ANÁLISE DE MEL
O mel é constituído por diferentes açúcares, com predominância de glicose e frutose. Sob o ponto de vista nutricional, pode-se afirmar que o mel é um alimento calórico e denso. A cada 100 g de mel pode conter cerca de 80 g de glicídios, mas também possui vitaminas e minerais em sua composição.
No Brasil os parâmetros de qualidade do mel estão regulamentados pela Instrução Normativa n° 11, de 20 de outubro de 2000 do Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Esta normalização é baseada nas normas e diretivas do MERCOSUL (Resolução MERCOSUL GMC, nº 15/94) e que estão descritas na Portaria nº 367 de 4 de setembro de 1997 do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
ANÁLISE DE ÓLEOS
	Normalmente os lipídeos são classificados como gorduras, quando estão em estado sólido e como óleos quando estão em estado líquido. Estes também podem ser classificados conforme sua polaridade: fosfolipídios são polares e triacilglicerol são apolares. Óleos vegetais e gorduras vegetais são os produtos constituídos principalmente de glicerídeos de ácidos graxos de espécie vegetal.
	A formação de odores e sabores estranhos em alimentos que contêm lipídeos, geralmente descrita como rancidez é uma das reações mais importantes de deterioração destes produtos. Existem dois tipos de rancidez: hidrolítica e oxidativa. A rancidez hidrolítica deve-se à ação de lipases, amplamente distribuídas nos alimentos e que catalisam a hidrólise dos triglicerídeos, liberando ácidos graxos. A rancidez oxidativa pode ocorrer por via enzimática pela ação das enzimas lipoxigenases ou por via não enzimática, através da autoxidação ou da fotoxidação (EMBRAPA, 2002). 
ANÁLISE DE ÁGUA
	As atividades humanas têm gerado alterações significativas no meio ambiente, influenciando a disponibilidade de inúmeros recursos. A água está se tornando um recurso escasso e com baixa qualidade em certos territórios. Os crescentes desmatamentos, os processos de erosão e assoreamento dos mananciais superficiais, os descartes de efluentes, detritos industriais e domésticos em recursos hídricos têm contribuído com este problema.
No Brasil, os padrões de potabilidade da água foram determinados pelo COMANA nº 20 Portaria nº 518, de 25 de março de 2004, e os padrões referentes aos efluentes líquidos estabelecidos na Resolução nº 357, de 17 de março de 2005 (VEIGA, 2005).
MATERIAL E MÉTODOS
DETERMINAÇÃO DE UMIDADE
Utilizou-se balança analítica, estufa a 105°C, pesa-filtro, dessecador, espátula de metal e pinça de metal. 
Primeiramente, identificaram-se os três pesa-filtros com o nome da equipe e, em seguida, foram colocados em estufa por 60 min para aquecimento e secagem. Após isso, os mesmos foram transferidos para o dessecador e, após resfriamento, pesados em balança analítica. Em cada pesa-filtro foram pesados aproximadamente 2 g da polpa de abacaxi congelada, sendo novamente transferidos para estufa a 105°C com auxílio de pinça de metal. No dia seguinte, os pesa-filtros foram retirados da estufa e colocados em dessecador até resfriamento para pesagem das amostras.
DETERMINAÇÃO DE CINZAS
Utilizou-se balança analítica, mufla a 550°C, cadinho de porcelana, dessecador, espátula de metal e pinça de metal.
Identificou-se o cadinho de porcelana com o nome da equipe, colocando-o em mufla a 550°C por 30 min para aquecimento e secagem. Em seguida, o mesmo foi transferido para o dessecador para resfriamento e posterior pesagem. No cadinho foram pesados 4,1042 g da polpa de abacaxi congelada, seguindo para mufla a 550°C. Após a incineração do alimento, retirou-se o cadinho da mufla com auxílio de pinça de metal, colocando-o em dessecador até resfriamento para pesagem das cinzas.
DETERMINAÇÃO DE LIPÍDEOS PELO MÉTODO BLIGH-DYER
Utilizou-se balança analítica, estufa a 60-80°C, dessecador, pinça de metal, espátula de metal, béquer de 50 mL, pipeta volumétrica de 10 mL, funil de vidro pequeno, papel de filtro e grades de tubos. 
Pesou-se 2,5182 g da polpa de abacaxi congelada em frasco com tampa, adicionando 10 mL de clorofórmio, 20 mL de metanol e 5,8 mL de água destilada. Agitou-se o frasco durante 30 min e, em seguida, foram colocados 10 mL de clorofórmio e 10mL da solução de sulfato de sódio 1,5%. Tampou-se o frasco e agitou-se por mais 2 min e, após isso, este foi deixado em repouso em capela de fluxo laminar para a decantação até o dia seguinte. A camada superior foi descartada, retirando 15 mL da camada inferior, os quais foram transferidos para um tubo de vidro com tampa. Neste recipiente foram colocados 1,0068 g de sulfato de sódio, agitando-o para retirar traços de água arrastados durante a pipetagem. O líquido foi filtrado em funil de vidro com papel de filtro. Mediu-se 5 mL do filtrado, que foram despejados em béquer de 50 mL e colocado em estufa a 80°C até evaporação do solvente. Em seguida, foi resfriado em dessecador e pesado em balança analítica.
DETERMINAÇÃO DE EXTRATO ETÉREO (LIPÍDEOS)
Utilizou-se equipamento Soxhlet, chapa aquecedora, balança analítica, estufa a 60-80°C, dessecador, pinça de metal, espátula de metal, papel de filtro, balão extrator de Soxhlet de 250 mL e béquer de 150 mL.
Pesou-se o balão extrator de Soxhlet previamente tarado em estufa. Em seguida, com auxílio de um béquer de 150 mL foram pesados 2,0694 g da polpa de abacaxi congelada em papel de filtro, o qual foi vedado e colocado no balão extrator de Soxhlet. Este foi inserido no aparelho após adição de éter de petróleo, procedendo à extração. Após isso, o éter residual foi eliminado em chapa aquecedora e o balão foi seco em estufa até atingir peso constante. 
ANÁLISE DE MEL
Determinação de acidez livre, lactônica e total
Utilizou-se balança analítica, pHmetro, agitador e barra magnética, espátula de metal, béquer de 50 mL, proveta de 100 mL, pipeta graduada de 5 mL e 10 mL.
Pesou-se 10,0487 g do mel da marca Apiários, que foram dissolvidos em 75 mL de água destilada. Agitou-se em agitador magnético até dissolução. Em seguida, verificou-se o pH da amostra com auxílio do pHmetro e realizou-se a titulação com solução de hidróxido de sódio 0,05 N até pH 8,5. Imediatamente, adicionou-se 10 mL de hidróxido de sódio 0,05 N e, sem demora, titulou-se com ácido clorídrico 0,05 N até pH 8,30. Após isso, foi realizada a titulação de 75 mL de água destilada com hidróxido de sódio 0,05 N até pH 8,5. 
Reação de Lugol
Utilizou-se béquer de 50 mL, proveta de 50 mL e pipeta de 2 mL.
Foram pesados 10,0203 g do mel em um béquer e adicionou-se 10 mL de água. Agitou-se e, em seguida, foi adicionado 1 mL da solução de Lugol. Foi observada se a coloração da solução permaneceu vermelho-violeta a azul, indicativo de glicose comercial.
Reação de Lund
Utilizou-se proveta de 50 mL, proveta de 25 mL e pipeta de 5 mL.
Pesou-se 2,0050 g da amostra em proveta de 50 mL, adicionando 20 mL de água destilada. Em seguida, colocou-se 5 mL de ácido tânico, completando o volume até 40 mL com água destilada. A proveta foi agitada e deixada em repouso durante 24 horas. Observou-se se houve depósito entre 0,6 e 3,0 mL, indicativo de mel puro. A ausência deste identifica mel adulterado e acima de 3,0 mL, mel de má qualidade.
Reação de Fiehe
Utilizou-se balança analítica, espátula de metal, proveta de 50 mL, béquer de 50 mL, pipeta graduada de 1 mL, bastão de vidro e tubo de ensaio pequeno.
Pesou-se 5,0687 g do mel em um béquer e adicionou-se 5 mL de éter, agitando vigorosamente. A camada etérea foi transferida para um cadinho, onde foram adicionados 1 mL de solução clorídrica de resorcina, deixando em repouso por 10 min. Observou-se se houve o aparecimento de uma coloração vermelha intensa, que indica presença de glicose comercial ou de mel superaquecido.
ANÁLISE DE ÓLEOS
Determinação da acidez
Utilizou-se balança analítica, Erlenmeyer de 125 mL, proveta 50 mL e bureta de 10 mL. 
Pesou-se 2,0276 g da manteiga Italac em Erlenmeyer de 125 mL, adicionando 25 mL de solução éter-álcool (2:1) e duas gotas do indicador fenolftaleína. Titulou-se com solução de 
hidróxido de sódio 0,1 M até atingir coloração rósea, persistindo por 30 segundos.
Determinação do índice de refração
Utilizou-se refratômetro de Abbé e banho-maria.
Realizou-se o ajuste do aparelho Abbé com água. Uma pequena porção de amostra da manteiga Italac foi colocada em banho-maria para torná-la líquida, possibilitando a leitura em refratômetro.
Determinação da densidade relativa
Utilizou-se picnômetro de 50 mL e banho-maria.
Primeiramente, obteve o peso do picnômetro vazio. Em seguida, colocou-se água destilada até completar o volume deste e pesou-se novamente em balança analítica. O mesmo foi feito com a amostra de manteiga.
ANÁLISE DE ÁGUA
Foram analisadas amostras de águas coletadas pelas alunas, além da amostra do Biotério da Universidade do Sagrado Coração (USC).
Determinação de dureza
Utilizou-se proveta de 50 mL, Erlenmeyer de 250 mL, bureta de 30 mL, pipeta graduada de 2 mL, espátula de metal e béquer de 50 mL.
Transferiu-se 50 mL de cada amostra de água das alunas e do biotério para Erlenmeyers e adicionou-se 1 mL da solução-tampão e 0,05 g do indicador negro de eriocromo T. Titulou-se com a solução de EDTA 0,01 M até que a coloração púrpura se transformou-se em azul.
Alcalinidade total por método volumétrico om indicador visual
Utilizou-se béquer de 100 mL, Erlenmeyer de 250 mL e bureta de 25 mL.
Transferiu-se 50 mL de cada amostra para um Erlenmeyer, adicionando 2 gotas da solução indicadora de fenolftaleína. Observou-se se houve aparecimento de cor, que indica presença de hidróxidos ou carbonatos, titulando com ácido clorídrico 0,01 M até desaparecimento da cor rósea. O volume gasto foi anotado e, então, foram adicionados 2 gotas do indicador verde de bromocresol, titulando com ácido clorídrico 0,01 M até a mudança da cor azul para verde. Anotou-se o volume gasto desta solução.
Determinação de cloreto
Utilizou-se chapa aquecedora, banho-maria, béquer de 100 mL e bureta de 10 mL.
Transferiu-se 50 mL de cada amostra de água em béqueres de 100 mL, que foram aquecidos até a redução do volume a 20 mL, aproximadamente. Em seguida, foram adicionadas 4 gotas do indicador cromato de potássio, titulando com solução nitrato de prata em bureta de 10 mL até aparecimento de coloração avermelhada.
Determinação da cor pelo método de comparação óptica
Utilizou-se aparelho comparador visual munido de risco padrão de cor, tubos de cristal próprios para leitura e peças de cristal homogêneo.
Encheu-se um dos tubos de água bidestilada e deionizada, atentando-se para não formar bolhas. O mesmo foi feito com o segundo tubo, colocando a amostra que se desejava determinar a cor. Ambos os tubos foram colocados em cada presilha do comparador visual, girando o disco até que a cor da amostra coincidisse com a cor do disco padrão. Anotou-se o número da escala expresso em uH (unidade de Hazen).
Determinação de pH
Utilizou-se pHmetro , agitador magnético com barra magnética e béquer de 100 mL.
Primeiramente, lavou-se o eletrodo de vidro com água destilada, secando delicadamente com papel fino, colocando o eletrodo nas soluções-tampão (pH 4,0 e pH 7,0) para calibração do aparelho. Em seguida, foram transferidos 50 mL de cada amostra de água em béqueres de 100 mL, realizando a leitura do pH em agitação.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
DETERMINAÇÃO DE UMIDADE
Calculou-se o teor de umidade pela fórmula que se segue:
Cálculos:
Média = 88,91%
Onde:
Pi = estão representados na Tabela 1 como “pesa-filtro” – “amostra final”
Pf = estão representados na Tabela 1 como “amostra seca”
Tabela 1 - Massas obtidas durante o método analítico
	Massa
(g)
	Pesa-filtro (1): 22,0193
	Amostra (1): 2,0357
	Amostra final (1): 22,2438
	Pesa-filtro (2): 26,8806
	Amostra (2): 2,0102
	Amostra final (2): 27,1017
	Pesa-filtro (3): 25,8100
	Amostra (3): 2,0523
	Amostra final (3): 26,0404
Fonte: Elaborada pela autora.
O teor de umidade da amostra de polpa de abacaxi congelada (Tabela 2) não está de acordo com a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos da UNICAMP (TACO), como demonstrado na Figura 1. As condições de produção e diferentes espéciesde abacaxi podem levar à variação de umidade do produto. Outro fator que pode estar vinculado a essa alteração é a manipulação do alimento durante a realização do método, o qual foi descongelado e congelado subsequentemente.
Figura 1 - Composição de alimentos por 100 gramas de parte comestível: Centesimal, minerais, vitaminas e colesterol
Fonte: TACO (2011, p. 37).
DETERMINAÇÃO DE CINZAS
Calculou-se o teor de cinzas pela fórmula que se segue:
Cálculo:
Onde:
Peso das cinzas = 27,3563béquer – 27,3695béquer+cinzas
A porcentagem de cinzas da polpa de abacaxi foi de 0,3216%, mostrando que o produto encontra-se de acordo com a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos da UNICAMP (TACO), como representado na Figura 1. Diante disso, observa-se que esta amostra possui baixo teor de cinzas quando comparado a alimentos lácteos (0,7%-6,0%) e peixes (1,2%-3,9%), por exemplo. Esta variação é aceitável, já que a quantidade de compostos inorgânicos em produtos alimentícios depende da natureza dos mesmos e do método de determinação empregado (CECCHI, 2012).
DETERMINAÇÃO DE LIPÍDEOS PELO MÉTODO BLIGH-DYER
Calculou-se o teor de lipídeos pela fórmula que se segue:
Cálculo:
Onde:
p = peso dos lipídeos contidos em 5 mL (31,6788 g béquer+amostra após estufa – 31,6765 g béquer)
g = peso da amostra (37,6934 g béquer+amostra – 31,6765 g béquer)
A porcentagem de gordura da polpa de abacaxi foi de 0,15%, mostrando que o produto encontra-se de acordo com a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos da UNICAMP (TACO), como representado na Figura 1.
DETERMINAÇÃO DE EXTRATO ETÉREO (LIPÍDEOS)
Calculou-se o teor de lipídeos pela fórmula que se segue:
Cálculo:
Onde:
Pr = peso do resíduo (102,9138 g balão+amostra após estufa + 102,9104 peso do balão)
Pa = peso da amostra
A porcentagem de gordura da polpa de abacaxi foi de 0,16%, mostrando que o produto encontra-se de acordo com a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos da UNICAMP (TACO), como representado na Figura 1.
ANÁLISE DE MEL
Determinação de acidez livre, lactônica e total
Calcularam-se acidez livre, lactônica e total pelas fórmulas que se seguem:
Cálculos:
Onde:
V1 = volume de hidróxido de sódio gasto na titulação
V2 = volume de ácido clorídrico gasto na titulação
V3 = volume de hidróxido de sódio gasto na titulação do branco
f1 = fator do hidróxido de sódio
f2 = fator do ácido clorídrico
P = gramas da amostra
De acordo com a Legislação determinada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que estabelece limite de acidez de 4% v/p para mel de mesa, a amostra encontra-se fora dos limites aceitáveis para o consumo humano. Erros analíticos também podem ser levados em consideração, como a manipulação e armazenamento do alimento, execução do método, entre outros.
Reação de Lugol
A coloração da reação do mel analisado ficou avermelhada, indicando presença de glicose comercial.
Reação de Lund
O depósito do mel analisado foi de 3,2 mL, que indica má qualidade do mesmo. Contudo, durante a execução do método podem ter ocorrido erros analíticos, que levaram ao resultado duvidoso.
Reação de Fiehe
A coloração da reação permaneceu amarela, não se tratando de uma amostra que sofreu superaquecimento ou contém glicose comercial.
ANÁLISE DE ÓLEOS
Determinação de acidez
Calculou-se o índice de acidez pela fórmula que se segue:
Cálculo:
Onde:
v = mL de solução de hidróxido de sódio 0,1 M gasto na titulação
f = fator da solução de hidróxido de sódio
P = g da amostra 
O índice de acidez encontra-se dentro do limite (máximo 3 milimoles/100g de matéria gorda) estabelecido pela Portaria nº 146 de 07 de março de 1996 descrito no Regulamento Técnico do Ministério da Agricultura do Abastecimento e da Reforma Agrária.
Determinação do índice de refração
O índice de refração está relacionado com o grau de saturação das ligações, mas é afetado pelos fatores: teor de ácidos graxos livres, oxidação e tratamento térmico. O índice de refração da manteiga foi de 1,333.
Determinação da densidade relativa
Este método determina a razão da massa da amostra em relação à da água por unidade de volume a 25°C, sendo aplicável a gorduras líquidas e óleos. Não foi possível calcular este parâmetro para a manteiga, devido à ausência de informações no protocolo da análise (valor de P da fórmula não descrito).
ANÁLISE DE ÁGUA
Determinação de dureza
A dureza total da água é a soma das concentrações de cálcio e magnésio, que são expressas como carbonato de cálcio. Não foi possível calcular este parâmetro para as amostras analisadas, devido a erros na etapa de padronização.
Alcalinidade total por método volumétrico om indicador visual
Calculou-se a alcalinidade total da água pela fórmula que se segue:
Cálculo:
	
Onde:
v = volume de HCl gasto, em L
M = molaridade da solução de ácido
Va = volume da amostra de água, em L
A alcalinidade total de água relaciona-se aos íons hidroxila, carbonato e bicarbonato. A ANVISA (Resolução - CNNPA nº 12, de 1978) não estabelece limites deste parâmetro para águas de abastecimento público.
Determinação de cloreto
Calculou-se a quantidade de cloreto presente nas amostras de água pela fórmula que se segue:
Cálculo:
Onde:
M = molaridade do nitrato de prata
v = volume de nitrato de prata gasto na titulação
Va = volume da amostra, em mL
De acordo com a ANVISA (Resolução - CNNPA nº 12, de 1978), que estabelece o limite de 250 mg/L em íon cloreto para águas de abastecimento público, as amostras de água analisadas estão aptas para o consumo humano. Contudo, na amostra 2 observou-se precipitação de cloreto antes do cromato de prata, de cor vermelha, mostrando relação com seu resultado, que foi superior ao das demais.
Determinação da cor pelo método de comparação óptica
A presença de cor na água está relacionada à presença de íons metálicos, plâncton, resíduo industrial, húmus, entre outros materiais orgânicos. Neste sentido, a ANVISA (Resolução - CNNPA nº 12, de 1978) estabelece cor até 10 e tolerável até 20 para águas de abastecimento público, sendo que o número da escala de cor para as três amostras foi de 5 uH, permanecendo dentro do limite aceito pela legislação.
Determinação de pH
As faixas de pH das amostras estão representadas na Tabela 2.
Tabela 2 – Faixas de pH das amostras analisadas.
	Responsáveis/Local
	pH
	Marina
	8,4
	Luana
	8,7
	Biotério
	8,7
Fonte: Elaborada pela autora.
A medida de pH indica a atividade dos íons hidrogênio e pode apresentar-se abaixo ou acima de 7,0 como resultado da presença de ácidos, bases ou hidrólise de sais dissolvidos. Diante disso, de acordo com a ANVISA (Resolução - CNNPA nº 12, de 1978), que determina pH entre 5 a 9 para águas de abastecimento público, as amostras encontram-se aptas para o consumo humano.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A maioria das análises bromatológicas (determinação de umidade, cinzas e lipídeos) e físico-químicas (mel, óleo e água) mostraram-se dentro dos limites determinados pela Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO) e pela ANIVSA, respectivamente. Contudo, houve certos erros analíticos, falhas na execução dos protocolos de análise, que impediram a conclusão dos resultados, como foi o caso da determinação de dureza da água. Mesmo diante disso, foi possível compreender as metodologias aplicadas na prática, associando com o conteúdo teórico retomado através de esclarecimento de dúvidas e revisões para a avaliação.
REFERÊNCIAS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Águas de Consumo Alimentar. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/resol/12_78_aguas.htm>. Acesso em: 21 mar. 2018.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Mel. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/resol/12_78_mel.htm>. Acesso em: 21 mar. 2018.
CECCHI, H.; M. Fundamentos Teóricose Práticos em Análise de Alimentos. 2. ed. Campinas: Editora Unicamp, 2003.
GUSSO, A. P. et al. Comparação de diferentes métodos analíticos para quantificação de lipídios em creme de ricota. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, v. 67, n. 389, p. 51-55, 2012. Disponível em: <https://revistadoilct.com.br/rilct/article/viewFile/226/236>. Acesso em: 11 mar. 2018.
LIMA, D. M. et al. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TACO 4ª edição revisava e ampliada, Campinas/SP, 2011. Disponível em: <http://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/2017/03/taco_4_edicao_ampliada_e_revisada.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2018.
LIMA, J. R. Vida de Prateleira de Amêndoas de Castanha de Caju em Embalagens Comerciais. Disponível em: <http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arquivos/artigo_1567.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2018.
Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Manteiga. Disponível em: <http://www.agais.com/normas/leite/manteiga.htm>. Acesso em: 21 mar. 2018.
VEIGA, G. da. Análises físico-químicas e microbiológicas de água de poços de diferentes cidades da região sul de Santa Catarina e efluentes líquidos industriais de algumas empresas da grande Florianópolis, 2005. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/105056/Graziella_da_Veiga.pdf?sequence=1>. Acesso em: 21 mar. 2018.

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