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Relatório Lauro de Souza Lima

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UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO
RELATÓRIO LABORATÓRIO CLÍNICO HOSPITALAR: INSTITUTO LAURO DE SOUZA LIMA
BAURU
2018
1.INTRODUÇÃO
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, crônica, granulomatosa e de evolução lenta, causada pelo Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen). Esse bacilo é capaz de infectar grande número de pessoas (alta infectividade), mas poucos adoecem (baixa patogenicidade). As manifestações clínicas da hanseníase são bastante variáveis e estão relacionadas com a imunogenicidade do bacilo e com o sistema imunológico do hospedeiro. A associação desses fatores é responsável pelo alto potencial incapacitante da doença e esta, sem dúvida, é uma das principais razões para que ela seja de notificação compulsória e investigação obrigatória. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, para fins terapêuticos, a classificação operacional baseada no número de lesões cutâneas. Os casos com até cinco lesões são considerados Paucibacilares (PB) e aqueles com mais de cinco lesões são os Multibacilares (MB). O diagnóstico laboratorial da hanseníase é importante para auxiliar no diagnóstico diferencial com outras doenças dermatoneurológicas, casos suspeitos de recidiva e na classificação para fins de tratamento. Nestes casos, o exame baciloscópico do raspado intradérmico (baciloscopia) é o método comumente utilizado por ser de fácil execução, pouco invasivo e de baixo custo.
O estágio foi realizado nos dias 19 a 23 de fevereiro de 2018 no Instituto Lauro de Souza Lima que é conhecido por ser centro de referência em Hanseníase. A instituição é localizada na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros km 225/226, s/n - Distrito Industrial Marcus Vinícius Feliz Machado.
2. DESENVOLVIMENTO
	O estágio foi desenvolvido no setor de microbiologia, onde se observou sua rotina.
Devido ao fato do Mycobacterium leprae não crescer em nenhum meio de cultivo artificial, ou seja in vitro, o método utilizado para o crescimento da bactéria é feito no coxim plantar de camundongos da linhagem Balb ou Nude (que vem sendo mais utilizado devido a sua característica própria de ser imunodeprimidos), por um período de 6 meses e serão analisados sua viabilidade e/ou sua resistência conforme necessário. Nos casos que se verificam a resistência do bacilo, muitas vezes é utilizado a linhagem Balb onde se administram as drogas diariamente na ração ou uma vez por semana por gavagem, dependendo da droga a ser analisada.
A eutanásia dos camundongos também foi observada, onde se realiza através de câmara de CO2, definido pelo comitê de ética sendo um dos menos danosos aos animais, por ser rápido e indolor.
	A coloração de Ziehl-Neelsen é utilizada para coloração dos esfregaços confeccionados de acordo com as amostras obtidas dos camundongos, que são observadas em três esfregaços na mesma lamina. A amostra é dividida em três tubos a partir de onde serão realizados os esfregaços, o primeiro com a amostra apenas centrifugada e filtrada (grande concentração de bacilos), o segundo a partir da diluição de 10x em soro fisiológico do primeiro tubo (média concentração de bacilos) e o terceiro tubo a partir da diluição de 100x em soro fisiológico do primeiro tubo (pequena concentração de bacilos, ideal para contagem de bacilos). Esta coloração pode ser realizada também a partir de biópsia de pacientes, com o objetivo de quantificar e qualificar os bacilos ali presentes, observando se o paciente realmente contem a doença ou se o tratamento está sendo realmente efetivo. Em alguns casos se dá necessário a coloração de Gram também, quando o analista suspeita que haja mais alguma infecção, ou quando não há o bacilo da Hanseníase. 
	Todas as amostras derivadas de pacientes são semeadas em alguns meios de cultura ricos e específicos para Mycobacterium onde serão observados se há o crescimento ou não de outras bactérias, se houver crescimento se realiza a coloração de Gram para a identificação de Gram positiva ou Gram negativa, em sua maioria a identificação é de bactérias Gram positivas e pode ser contaminação na hora que foi feita a coleta da amostra do paciente.
	O laudo é emitido através do que foi observado no laboratório de microscopia, se a contagem de bacilos considerados íntegros for muito grande, será classificado como um paciente muito infectado e as anotações são feitas por + (cruzes), sendo o maior número +6 podendo ser 0 se não houver bacilos. Além disso é necessário definir se os bacilos são viáveis ou não, se estiverem na forma granulomatosa e em alta quantidade por exemplo, indica que o paciente estava infectado, mas já está em tratamento e os bacilos estão ineficazes. 
3. CONCLUSÃO
	As rotinas hospitalares são importantes para o estudante, pois ele pode observar na prática o que é aprendido na teoria nos 4 anos em que cursa a universidade, e assim podendo conhecer diferentes áreas de atuação do biomédico em sua rotina normal de trabalho.