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Arbitragem: Resolução de Conflitos

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Faculdade Carlos Drummond de Andrade
Direito – Noturno
Unidade Tatuapé
Grupo – Arbitragem – Justiça Restaurativa
Alunos:
Cláudio Ponciano RA.562670
Daísa Araújo Santana RA.562500
Eduardo Leite da Silva RA.563391
Elayne Torres dos Santos Freire RA,563947
Felipe Áraújo de Oliveira RA.563768
Francine Cristina Sândoli Morais RA.172001694
Jhecy R. Von Groll Vogado RA.562313
Karoline da Silva Doná RA.564588
Marcos Ramom Querino dos Santos RA.564223
Waleska Alves Pessoa de Oliveira RA.564797
Sumário – Resolução de Conflitos: Arbitragem
A Arbitragem
Antecedentes Históricos
A Lei de Arbitragem
Arbitragem e o Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição
Convenção de Arbitragem
Cláusula Compromissória
Efeitos de Cláusula Compromissória
Compromisso Arbitral – Art. 9ª Lei 9.307/1996
Efeitos do Compromisso Arbitral
O Árbitro
Escolha dos Árbitros
Quem pode ser Árbitro
Sentença Arbitral
Efeitos da Sentença Arbitral
Nulidade da Sentença Arbitral
A Arbitragem 
Pode-se definir arbitragem como um tipo de resolução de conflitos notavelmente flexível, por consistir em escolher os próprios juízes que são denominados como árbitros, quando se é feita a escolha pela arbitragem nos encarregamos de todas as conseqüências geradas por tal julgamento, o ato pode ser gerado por base de contratos feitos pelas partes facilitando o fluxo de processos nas varas comuns, principalmente aqueles que se trata de patrimônio, como define o professor Luiz Antonio Scavone Junior (2015); 
A arbitragem pode ser definida, assim, como o meio privado, jurisdicional e alternativo de solução de conflitos decorrentes de direitos patrimoniais e disponíveis por sentença arbitral, definida como um título executivo judicial e prolatada pelo arbitro, juiz de fato e de direito, normalmente especialista na matéria controvertida.
Desta forma a arbitragem é certamente fundamental para diminuir o alto índice de processos encontrados hoje nos tribunais; um conflito que poderia demorar anos para ser julgado, hoje pode ser solucionado em curto prazo com a arbitragem. A escolha por esse julgamento se faz como alternativa das partes, que podem decorrer de um contrato onde se escolhe um árbitro e o direito a ser utilizado no caso, como por exemplo, o direito brasileiro ou um tratado internacional: 
”Característica importante da arbitragem é a de que as partes poderão escolher não só os julgadores, os árbitros, mas também o direito aplicável, ou seja, os fundamentos jurídicos em que os árbitros irão fulcrar sua decisão” (SCAVONE JUNIOR, 2015). 
Naturalmente um fator extremamente estabelecido é que quem decide por escolher a arbitragem, pode vir a escolher o direito aplicado facilitando e objetivando a conclusão final de todo o processo. 
Nota–se que os árbitros podem decidir com base em um princípio chamado equidade, que é a decisão composta sem a observância das formas de direito, como bem observado no livro dos professores Antonio Carlos Rodrigues do Amaral e Letícia M. F. do Amaral Viggiano “A Lei de Arbitragem nos tribunais”;
 Ademais, se assim autorizado pelas partes, o árbitro poderá decidir com base na equidade, ou seja, fora das formas e regras expressas de direito. (AMARAL; VIGGIANO, 2008) 
Ou seja, não há possibilidade de haver paralisação aos meios de processos arbitrais, pois as conclusões além de serem tomadas observando as regras do direito, podem partir de princípios diferentes. Todavia utilizando desta ferramenta nota–se a evolução na resolução de conflitos contendo praticidade evolução nos processos parados nos tribunais.
1.1 Antecedentes Históricos
Na antiguidade não se existia um Estado forte o suficiente para superar os arrojos individualistas dos homens e atribuir o direito acima da vontade dos particulares. Dessa forma, o litígio havido entre as partes era resolvido, primitivamente, pelo uso da autotutela, da autodefesa, entretanto nesse sistema não predominava a justiça, e, sim, a cominação do mais forte. Buscou-se, então, uma maneira de resolução de conflitos amigável e imparcial através de árbitros, pessoas de confiança mútua de ambas as partes, em quem as partes se louvaminhavam para que os conflitos fossem efetivamente resolvidos. Essa intervenção, em geral, era confiada aos sacerdotes, pois o fato de terem um contato direto com as divindades garantiam soluções acertadas, de acordo com a vontade dos Deuses, ou aos anciãos, que conheciam a cultura do cunho social integrado pelos interessados. 
2 A lei de Arbitragem 
Em 23 de setembro de 1996 entrou em vigor a lei 9.307/96. Esta lei que conta com 44 artigos e, segundo profissionais da área é ampla e elaborada. Nela é possível encontrar o que antes havia apenas no Código Civil e no Código de Processo Civil, mas ao fundir as antigas disposições de ambos os Códigos a lei foi expressamente revogada e introduziu, assim como modificou incisos nos dois códigos.
A arbitragem é geralmente procurada por pessoas que tem pretensão de resolver conflitos contratuais, diminuindo litígios de origem patrimonial, todavia este não serve para anular um contrato se o mesmo for um ato jurídico perfeito e tenha efeito para ambas as partes e para terceiros. Anular o processo passa a ser algo de teor judicial, e não mais arbitral.
O princípio básico da arbitragem é a autonomia de vontade, isto é, o direito de escolher desde como será a via arbitral à forma das leis em que será fundamentado o julgamento. Todavia a limitação surge quando o direito atinge a ordem pública, a moral e os bons costumes, a lei ou a segurança nacional, como bem observa Paulo Borba Casella;
Desse modo, confere-se à autonomia da vontade das partes, em matéria arbitral, extensão irrestrita, com abrangência muito maior e regulação diversa da aplicável às contratações nas quais se opte por cláusula judicial de eleição de foro. 
Com o surgimento da lei 9.307/96 facilitou-se a resolução dos conflitos que provinham do direito positivo pátrio a arbitragem, seja interna ou internacional, podendo assim obter resultados satisfatórios de efetividade institucional e operacional. No Brasil ainda pouco se utiliza deste método, diferente de outros países como Estados Unidos e Japão, que têm a conciliação como parte do processo judiciário em vigor há anos e se utiliza dele com frequência. Ainda que de forma debilitada é possível que esse método se torne mais abrangente quando outros estados, além de grandes capitais, ganhem fóruns conciliadores.
2.1 Arbitragem e o Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição
“A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça a direito” (Art. 5º XXXV; C.F, 1988).
O efeito principal deste princípio é o direito de ação, que é um direito fundamental, conhecido como direito de acesso ao poder judiciário ou direito ao acesso à justiça.
O novo Código de Processo Civil em seu art. 3º Caput, mudou a nomenclatura ao citar que o individuo tem direito de apreciação jurisdicional, que é o mais correto, tendo em vista os casos que são submetidos aos meios alternativos de pacificação social.[1: Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. (CPC; 2015).]
O direito de ação é um direito amplo, que se adequa em várias situações jurídicas como, por exemplo, o direito de escolher e irá ou não provocar o judiciário, o direito de tutela jurisdicional, direito de recurso, entre outros.
No caso da Arbitragem, o litigio é submetido à jurisdição, mas não a jurisdição estatal, o órgão é escolhido pelas partes, que exercem sua escolha através da autonomia da vontade, ou seja, embora a questão seja afastada do Poder Judiciário, ela não é afastada da jurisdição.
A administração da justiça passou por diversos problemas até chegar à conscientização de que o que realmente importa é a pacificação social; e para atingir esse tão importante objetivo é que existe o direito de ação, que é para todas as pessoas físicas e jurídicas, que aleguem ter o seu direito lesado,no entanto os princípios que devem ser enaltecidos na garantia da inafastabilidade é o direito de uma ação jurisdicional adequada, qualificada, tempestiva e principalmente efetiva.
3 Convenção de Arbitragem
É o meio em que as partes escolhem uma via alternativa, em comum acordo, de resolução de conflitos ao Poder Judiciário.
“O art.3º da Lei 9.307/96 preceitua: As partes interessadas podem submeter à solução de seus litígios ao juízo arbitral mediante convenção de arbitragem, assim entendida a cláusula compromissória e o compromisso arbitral” É o meio em que as partes escolhem uma via alternativa, em comum acordo, de resolução de conflitos ao Poder Judiciário.
A lei brasileira estabelece duas espécies de convenção de arbitragem, são elas: Lei 9.307/1996 (Jhecy, está faltando texto aqui¿)
3.1 Cláusula compromissória 
É celebrada anteriormente ao surgimento de um litigio (geralmente contida em contratos assinados pelas partes ou de documento auxiliar que tenha menção do contrato).
A clausula compromissória divide-se em duas definições: Clausula Cheia e Clausula Vazia, onde uma defini condições mínimas para a arbitragem (árbitros, local e objeto do litígio), e outra que não compreende definições básicas para a arbitragem (sendo definida posteriormente ou em juízo ou delegada pelas partes do processo), como bem define Luiz Antonio Scavone Junior no Livro Manual de Arbitragem, 2015; Clausula Cheia “A clausula arbitral cheia é aquela que contém os requisitos mínimos para que possa ser instaurado o procedimento arbitral (as condições mínimas que o artigo 10 da lei de arbitragem impõe para o compromisso arbitral), como, por exemplo, a forma de indicação dos árbitros, o local etc., tornando prescindível o compromisso arbitral. Sendo assim, ao surgir o conflito, as partes não precisam firmar compromisso arbitral e qualquer delas pode dar início ao procedimento arbitral”. E a ”clausula arbitral vazia (ou em branco) é aquela em que as partes simplesmente se obrigam a submeter seus conflitos à arbitragem, sem estabelecer, contudo, as regras mínimas para desenvolvimento da solução arbitral e, tão pouco, indicar as regras de uma entidade especializada, tornando necessário, ao surgir o conflito que as partes, antes de dar início a arbitragem, firmem, além da clausula arbitral, um compromisso arbitral.
Convencionada a arbitragem por meio da cláusula arbitral, para especificar seus efeitos é necessário determinar se trata-se de cláusula cheia ou vazia.
Contudo, contratos no âmbito jurídico da arbitragem, mais precisamente são as cláusulas compromissórias, que é de fato escrita no próprio contrato, em documento anexo ou em aditivo contratual, onde as partes se comprometem a assinar e manter o compromisso arbitral. Cláusula essa prevista no artigo que diz: "Admite-se nos contratos a cláusula compromissória, para resolver divergências mediante juízo arbitral, na forma estabelecida em lei especial".
O artigo quarto da Lei de arbitragem demonstra o conceito técnico do que seja a cláusula compromissória; "A cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes em um contrato comprometem-se a submeter á arbitragem os litígios que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato. Inciso §1° A cláusula compromissória deve ser estipulada por escrito, podendo estar inserta no próprio contrato ou em documento apartado que a ele se refira".
3.3 Compromisso Arbitral – Artigo 9º Lei 9.307/1996
É a demonstração de interesse/vontade das partes, para utilização de arbitragem, como meio de solucionar seus litígios já existentes.
O compromisso arbitral nada mais é que a convenção de arbitragem mediante o qual as partes pactuam que o conflito já existente entre elas será dirimido através da solução arbitral e pode ser: Judicial – na medida em que as partes decidem colocar termo no procedimento judicial em andamento e submeter o conflito a arbitragem; e Extrajudicial – firmado depois do conflito, mas antes da propositura de ação judicial. (SCAVONE JUNIOR, 2015).
Conforme artigo 10º, sob pena de nulidade, o compromisso arbitral deve conter: definição do local de arbitragem, arbitro(s) e objeto do litígio. Conclui-se que a diferente entre Clausula Compromissória e Compromisso Arbitral é: em uma a solução do litigio é previamente definida em contrato e na outra ocorre o acordo entre as partes, após o litigio.
4 O Árbitro
O árbitro é quem irá julgar a questão submetida á arbitragem. Fica ele colocado na posição Juiz. A posição dele esta claramente no Artº18 da Lei da Arbitragem. “O Árbitro é juiz de fato e de direito, e a sentença que proferir não fica sujeita a recurso ou homologação pelo Poder Judiciário” .
Como bem afirma Roque, 2009 “O Juízo arbitral poderá ser constituídos de um único árbitro ou vários; neste último caso, será um tribunal arbitral. As partes nomearão um ou mais árbitros, sempre me número ímpar, podendo nomear, também, os respectivos suplentes:  ab initio, não podemos indicar qual seria o preferível: o Juízo singular ou coletivo; dependerá do caso a ser resolvido e da experiência que a arbitragem obtiver na sua aplicação”. 
Além de ouvir partes, advogados e testemunhas, os árbitros podem tentar uma iniciativa de conciliação ou mediação para promover um acordo. 
4.2 A Escolha dos Árbitros
Para estabelecer o processo de escolha dos árbitros, podem-se adotar regras de um órgão arbitral institucional ou entidade especializada.
Segundo Roque, 2009 “Sendo nomeados vários árbitros, estes, por maioria elegerão o presidente do tribunal. Não havendo consenso, será designado presidente o mais idoso. O Árbitro ou o presidente do tribunal designará. Se julgar conveniente, um secretário, que poderá ser um dos árbitros. Essas regras são estabelecidas pela lei e por isso devem ser seguidas sob pena de nulidade do julgamento”. 
4.3 Quem pode ser Árbitro
Podem ser árbitros qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes. O mesmo deve ter maior idade e perfeita condições mentais. 
A capacidade é instituto de direito civil, de tal sorte que nele vamos buscar subsídios para identificar quem pode ser árbitro. Com efeito, a capacidade é termo genérico.
Conforme Scavone “de fato, toda pessoa é dotada de personalidade jurídica, ou seja, de capacidade de ser titular de direitos e obrigações (capacidade de direito ou capacidade de gozo dos direitos)”. 
Não há exigência que o árbitro seja advogado ou ate mesmo formação em ciência jurídica, sendo assim na prática é recomendado que pelo menos um dos árbitros seja advogado ou formado em ciência jurídica.
5. Sentença Arbitral
A sentença é uma autoridade privada, ditas por um árbitro ou um tribunal arbitral constituído de legalidade e jurisdição para proferir uma decisão. A sentença arbitral deve ser emitida por escrito, as partes podem estabelecer um prazo para que a sentença seja firmada a, não havendo prazo estabelecido e convencionado, a sentença deverá ser apresentada no prazo de 90 dias contados desde a instituição da arbitragem, adendo as partes e os árbitros em comum acordo podem prorrogar ao prazos estabelecidos.  
Conforme dita a Lei de Arbitragem em seu artigo 19; “Considera-se instituída a arbitragem quando aceita a nomeação pelo árbitro, se for único, ou por todos, se forem vários”. 
Conforme afirma José Eduardo Carreira Alvim, 2000 “ A sentença arbitral tem a mesma natureza jurídica da sentença judicial, sendo um ato aceito pelo Estado como expressão de manifestação da sua própria vontade”.
5.1 Efeitos da Sentença Arbitral
A sentença arbitral jamais poderá ser modificada pelo Poder Judiciário, conforme afirma José Eduardo Carreira Alvim em seu livro Tratado Geral de Arbitragem, 2000: Fica a cargo do árbitro ou presidente do tribunal arbitral de enviar as partes cópia da sentença, as partes podem reclamar de quaisquer erros materiais no prazo de cinco dias, incluso pedido de esclarecimento, dúvidas ou contradições, ou até mesmo enviar um requerimento ao árbitro ou tribunal arbitral solicitando pronunciamento sob a questãodesejada, no prazo de dez dias o árbitro ou poder judiciário deverá encaminhar o pedido de esclarecimento solicitado e formulado pelas partes.[2: Os efeitos da sentença que vier a ser proferida na ação de nulidade são diversos porquanto em determinados casos o vício que a contamina é de forma, permitindo renovação, e, noutros, de substância, não podendo outra sentença arbitral ser proferida senão renovando-se todo o processo arbitral’’. ALVIM, Carreira, Eduardo, José. Tratado Geral da Arbitragem. Belo Horizonte. Editora Mandamentos: 2000.]
5.3 Nulidade da Sentença Arbitral
Não há possibilidade recurso sob o mérito da decisão arbitral. Porém a parte afetada poderá requerer sob o Poder Judiciário a declaração de nulidade da sentença arbitral, sob o conteúdo do art.º 32 da Lei de arbitragem.[3: I – for nulo o compromisso;II – emanado de quem não podia ser árbitro;III – não contiver os requisitos do art.26 desta Lei;IV – for proferida fora dos limites da convenção de arbitragem;V – não decidir todo o litígio submetido a arbitragem;VI – comprovado que foi proferido por prevaricação, concussão ou corrupção passiva;VII – proferida fora do prazo, respeitando o disposto no art.12, inciso III, desta Lei;VIII – forem desrespeitados os princípios de que trata o art.21. parágrafo 2º desta Lei”.]
Conclui-se que a parte compreende que a sentença é nula, por qualquer um dos motivos citados, tem direito de propor uma ação no Poder Judiciário requerendo a devida declaração de nulidade no prazo de noventa dias após o recebimento da notificação da decisão. 
Referências Bibliográficas
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988
ROQUE, Sebastião José  Arbitragem: A solução viável. 2° ed. Revista e ampliada São Paulo: 2009.
SCAVONE JUNIOR, Luiz Antonio Manual de arbitragem: mediação e conciliação/ Luiz Antonio Scavone Junior. 6° ed. Revista atualizada e ampliada. Rio de Janeiro: editora Forense:2015.
AMARAL, A. C. R. e VIGGIANO, L. M. F. A. A lei de arbitragem nos tribunais. 1º Ed. São Paulo. Editora Lex S.A. 
CRETELLA JÚNIOR, José. “Da arbitragem e seu conceito categorial”. In Revista de Informação Legislativa. Op.cit.p. 128. Apud GORCZEVSKI, Clovis – Formas Alternativas para Resolução de Conflitos: Arbitragem no Brasil; Porto Alegre: Livraria do Advogado. 1999.
MARTINS, Pedro. A. Batista. “A Arbitragem Através dos Tempos. Obstáculos e preconceitos à sua implementação no Brasil”. In A Arbitragem na era da Globalização. Rio de Janeiro, 1997. p36. Apud GORCZEVSKI, Clovis. Formas Alternativas para Resolução de Conflitos: Arbitragem no Brasil; Porto Alegre: Livraria do Advogado. 1999.
FIUZA, César. Teoria Geral da Arbitragem. Belo Horizonte. Del Rey, 1995; p 64. Apud GORCZEVSKI, Clovis – Formas Alternativas para Resolução de Conflitos: Arbitragem no Brasil; Porto Alegre: Livraria do Advogado. 1999.
MUJALLI, Walter Brasil. A Nova Lei de Arbitragem. São Paulo. Editora de Direito, 1997; p.39. Apud GORCZEVSKI, Clovis – Formas Alternativas para Resolução de Conflitos: Arbitragem no Brasil; Porto Alegre: Livraria do Advogado. 1999.
 CRETELLA JÚNIOR, José. Curso de Direito Romano. 14ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 1991; p. 408. Apud GORCZEVSKI, Clovis – Formas Alternativas para Resolução de Conflitos: Arbitragem no Brasil; Porto Alegre: Livraria do Advogado. 1999.
ALVIM, Carreira, Eduardo, José. Tratado Geral da Arbitragem. Belo Horizonte. Editora Mandamentos: 2000.
Disponível em: Convenção de Arbitragem <https://jus.com.br/artigos/29479/da-convencao-de-arbitragem-e-seus-efeitos> Acesso em 06.09.2017.
Disponível em: Cláusula Compromissória <http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,arbitragem-convencao-arbitral-clausula-compromissoria-x-compromisso-arbitral,51210.html> Acesso em 06.09.2017.
Disponível em: Cartilha da OAB pdf. 
<http://www.santosarbitral.com.br/cartilhademediacaoearbitragem.pdf> Acesso em 06.09.2017.

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