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6 Transmissão Parassimpática

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1 
FÁRMACOS QUE INTERFEREM NA 
NEUROTRASMISSÃO PARASSIMPÁTICA 
- Mostrar organização do SN autônomo Parassimpático. 
- Discutir ação dos receptores Muscarínicos em diferentes tecidos. 
- Discutir os Mecanismos de Ação de Fármacos que Interferem com a 
Transmissão Parassimpática. 
- Agonistas Muscarínicos: Betanecol 
- Antagonista Muscarínicos: Atropina 
Fibras do Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático 
Vias Eferentes autônomas: 
- Constituídas por 2 neurônios em série. 
- Neurônios são chamados pré-ganglionar e pós-ganglionar. 
- Gânglios autônomos encontram-se fora do SNC. 
- Os gânglios possuem a terminação nervosa das fibras pré-ganglionares e os 
corpos celulares das fibras pós-ganglionares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Efluxo craniano: olho (nervo oculomotor), glândulas salivares e lacrimais, 
vísceras torácicas e abdominais (nervo vago). 
2. Efluxo sacral: vísceras pélvicas e abdominais (nervos eretores). 
 
 Gânglios estão perto dos órgãos alvo (fibra pré-ganglionar longa e pós-ganglionar 
curta). 
 
Sistema também chamado Crânio-Sacral. 
Principais Receptores Colinérgicos: o conhecimento da classificação e propriedade dos 
receptores colinérgicos em diferentes tecidos é fundamental para que se possam 
compreender os efeitos diversos da acetilcolina e dos agentes que atuam na transmissão 
parassimpática. 
1. Nicotínico (Muscular ou Neuronal) 
2. Muscarínicos: M1, M2, M3, M4 e M5 
 
Receptor M1 (“Neural”) 
Localização: Neurônios do SNC e periférico e nas células parietais gástricas 
Efeitos Principais: Liberação de ácido gástrico e Motilidade gastrintestinal 
Receptor M2 (“Cardíaco”) 
Localização: Átrio, Nodo SA, Nodo AV e Ventrículo. 
Efeitos Principais: Redução da força contrátil. 
 2 
Receptor M3 (“Glandular”) 
Localização: Glândulas exócrinas, Músculo liso e Endotélio vascular. 
Efeitos Principais: Secreção glandular (Ex.: salivar, brônquica, sudorípara), Contração 
do músculo liso e Vasodilatação (Receptor endotelial). 
Drogas que Afetam os Receptores Muscarínicos 
1. Agonistas Muscarínicos (Parassimpaticomiméticos) 
 
2. Antagonistas Muscarínicos (Parassimpaticolíticos) 
 
1. Agonistas dos Receptores Muscarínicos 
Desempenham Função no Tratamento de: 
Retenção urinária (Hipotonia da Bexiga) - Betanecol 
BETANECOL: Agonista Muscarínico (não seletivo) que liga-se reversivelmente a esses 
receptores. 
USO: Retenção urinária pós-operatória e pós-parto. 
Farmacocinética BETANECOL: 
Administração: Oral ou SC 
Oral: início do efeito após 30-60 min 
SC: início do efeito após 5-15 min 
Dose oral 40 vezes maior que SC (Betanecol é amônia quaternária). 
Administração com refeição: náusea e vômito (1 hora antes ou 2 após refeição). 
!!!! Nunca injetar IM ou IV: altos níveis no sangue causam diarréia, bradicardia, 
hipotensão severa. 
Efeitos Adversos BETANECOL: 
1. Cardiovasculares: 
a) Redução da freqüência e débito cardíaco (M2) 
b) Vasodilatação (M3 endotelial) 
2. TGI: 
a) Aumento da atividade peristáltica do estômago e intestino (dor, cólica e 
vômitos). 
b) Secreção de ácido gástrico. 
3. Pulmão 
• Contração do músculo liso brônquico (perigoso em asmáticos) 
• Secreção brônquica 
4. Glândulas: 
a) Aumento da Sudorese, Salivação e Secreção brônquica (M3) 
Assistência de Enfermagem 
Betanecol 
1. Avaliação pré-administração 
- Objetivo terapêutico: retenção urinária não obstrutiva. 
- Identificar paciente de risco: 
a) Úlcera péptica (aumenta liberação de ácido) 
b) Asma (induz broncoconstrição) 
c) Hipotensão (induz bradicardia e vasodilatação) 
d) Obstrução do trato urinário (aumenta força de contração e obstrução da via pode 
causar dano ao órgão). 
2. Administração 
- Oral: 1 hora antes ou 2 após refeição (causa náusea e vômito). 
- SC: checar dose (lembrar que dose SC é muito menor que oral). 
- Nunca administrar IM ou IV!!!! (alta concentração sangüínea) 
 3 
- Lençol ou banheiro accessíveis (efeito rápido e intenso). 
3. Minimizando Efeitos Colaterais 
- Monitorar pressão arterial e pulso (hipotensão e bradicardia podem ocorrer). 
- Alertar paciente sobre possível salivação ou transpiração excessiva. 
- Alertar paciente sobre possível emergência urinária. 
4. Minimizando Intoxicação 
- Pedir para que paciente reporte manifestações de estimulação muscarínica 
excessiva (salivação, transpiração, urina involuntária, defecação involuntária e 
sinais de hipotensão como tontura). 
- Utilizar atropina (antagonista muscarínico) SC ou IV. 
 
2. Antagonistas Muscarínicos (Parassimpáticolíticos ou agentes anticolinérgicos) 
Atropina e Hioscina (Escopolamina) 
- Antagonistas Competitivos Reversíveis (não seletivos). 
- Efeitos relacionados à inibição da ação da acetilcolina. 
- Ocorrência Natural (Atropina = Atropa belladonna, Hioscina = Hyoscyamus 
niger e Scopolia carniolica). 
- Competem com os agonistas muscarínicos por um local de ligação no receptor. 
Uso Terapêutico 
- Usados como adjuvantes na anestesia. 
- Alguns anestésicos causam irritação aumentando secreção salivar e brônquica. 
- Atropina induz: redução das secreções e broncodilatação (bloqueio M3). 
Atropina (Ciclopentolato e Tropicamida) 
- Usados em exames de retina. 
- Induz Midríase e Ciclopegia (paralisia do músculo ciliar). 
Uso Terapêutico 
- Disenteria 
- Bloqueio muscarínico no intestino reduz o tônus e motilidade. 
- Overdose com agonistas muscarínicos. 
Administração 
- Oral, tópica (olho), IM, SC, IV. 
Interação Medicamentosa 
- Antihistamínicos 
- Antidepressivos tricíclicos 
- Antipsicóticos 
Efeitos Indesejáveis dos Antagonistas Muscarínicos: 
- Boca (Xerostomia) e pele ressecada (inibe secreção glandular via bloqueio M3). 
- Taquicardia (bloqueio M2). 
- Midríase (dilatação da pupila). 
- Fotofobia 
- Retenção urinária. 
- Constipação (redução do tônus e motilidade intestinal). 
Assistência de Enfermagem 
Atropina 
1. Avaliação pré-administração 
- Identificar paciente de risco: 
a) Glaucoma 
b) Obstrução do trato urinário 
c) Taquicardia 
2. Administração 
 4 
- VO, IV, IM, SC. 
- Pode ocorrer dificuldade para engolir (boca seca). 
- Aconselhar que o paciente molhe a boca com água antes de administrar o 
fármaco. 
3. Minimizando Efeitos Colaterais 
- Boca seca: mascar goma. 
- Fotofobia: uso de óculos escuros, pouca luz no quarto. 
- Retenção urinária: aconselhar paciente a urinar antes de tomar medicamento. 
- Constipação: aconselhar paciente a aumentar ingestão de fibras. 
- Hipertermia (pouca transpiração): evitar exercício físico. 
- Taquicardia: monitorar freqüência cardíaca. 
4. Minimizando Interação 
- Antidepresivos tricíclicos: pacientes com depressão. 
- Antihistamínicos: pacientes com alergia. 
- Antipsicóticos: pacientes esquizofrênicos. 
4. Intoxicação 
- Sinais: boca seca, fotofobia, hipertermia, alucinação, delírios, pele quente e seca. 
- Remover fármaco com carvão ativado. 
- Administrar fisiostigmina (inibidor da ACh colinesterase) = aumento da 
transmissão colinérgica.

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