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Processos Grupais – Resumão!
Apresentamos as contribuições para o curso de Psicologia, identificando a gênese de grupos, ressaltando as áreas de atuação e o papel profissional nos diversos contextos, junto à equipe multi ou interdisciplinar.
Assim sendo, a presente disciplina tem como objetivos específicos:
- Reconhecer processos psicológicos e comportamentais no contexto grupal.
- Compreender a natureza dos grupos pelos processos psicológicos inerentes a cada contexto.
- Compreender os pressupostos filosóficos, históricos e sociais que subsidiam as práticas com grupos em sua atuação profissional.
Módulo 1: O PROCESSO GRUPAL
O conceito de grupo e o processo grupal / A instituição do grupo.
Para discutir qual ou quais os sentidos de um grupo social e tentar traçar uma dinâmica dos grupos, isto é, o movimento de uns em relação a outros, é necessário descrever algo da história dos estudos sobre grupos a partir das maneiras como eles têm sido definidos. Algumas das referências para essas definições tem sido a quantidade de membros (se são pequenos grupos, categorias sociais, a “massa”), a medida da sua organização (aglomerados, categorias sociais, grupos estruturados, organizações, instituições) ou a medida do relacionamento entre seus membros (face a face ou não).
Ao nos referirmos a grupos, sabemos que a Psicologia Social tem ampla contribuição no tema, por iniciar os estudos nesta área. Os primeiros estudos sobre grupos foram iniciados no século XIX (“Psicologia de Massas”, por Gustav Le Bon, por exemplo), em que muitos pesquisadores foram influenciados pela revolução francesa. Nesta época se perguntava no campo da Psicologia: o que levaria uma multidão a seguir a um líder mesmo com risco a sua própria vida?
De fato, quando falamos “massa”, normalmente tratamos dela com desdém – afinal, nesse caso, as pessoas não têm nomes nem ligações e, ainda mais, são necessariamente dominadas, controladas. Seu comportamento, segundo cientistas sociais como Le Bon (2008), pode ser entendido como o de uma “manada”, sujeita a interferências sem a mediação da razão. A multidão reunida em grandes eventos ou em situações cotidianas nas ruas, nos terminais de transporte público ou nos estádios de futebol, por exemplo, teria comportamento imprevisível, que se caracterizaria pela possibilidade de os indivíduos realizarem atos de que, em outras situações, sem a presença da multidão, não seriam capazes. A violência de um quebra-quebra e de um linchamento seria a marca desse comportamento coletivo marcado pela diminuição do funcionamento intelectual, a razão, e pela ampliação da afetividade.
Freud, em Psicologia das Massas e Análise do Ego (2011), entra nesse debate a partir da discussão sobre a obra de Le Bon. Para ele, a psicologia individual não poderia ser separada da social, e toda psicologia é, num certo sentido, social, na medida em que se verificam nos indivíduos os traços recolhidos das suas relações sociais. Freud também considera entre os seres humanos um instinto gregário, chave para algo como uma mente grupal, cujo estudo da razão que sustenta o funcionamento dos grupos e parte desse trabalho. Reconhece também como as massas são influenciadas pela presença “fascinante”, hipnotizante, de um líder. As dimensões inconscientes envolvidas na constituição do grupo e sua incidência no indivíduo ajudam a compreender fenômenos já descritos por Le Bon, como a potência do indivíduo quando se vê pertencente ao grupo, ou mesmo a submissão, no grupo, a entendimentos até mesmo contrários às crenças individuais.
A suposição fundamental de Freud formulada nesse texto é de que as relações amorosas (laços emocionais) constituem a essência da mente grupal, e é nesse suporte que está, por exemplo, a importância do líder.
Você pode perceber a diversidade de conceitos e a complexidade que existe na literatura com relação a grupos.
Neste sentido, parece haver concordância entre alguns dos diversos autores quanto a haver um objetivo comum para duas ou mais pessoas. As concepções tradicionais sobre grupos usualmente os caracterizam como um conjunto de pessoas que compartilham um objetivo comum. Entretanto, numa perspectiva social critica, a melhor definição do processo grupal corresponde à sua inevitável sujeição à passagem do tempo e a inserção social.
Vale aqui indicar o entendimento de Lane (1986) sobre os grupos, para os quais ela reivindica a mesma preocupação quanto à importância da história na sua instituição. Lane (1986) insiste em tratar o grupo como processo ao caracterizá-lo como uma unidade que não se faz como permanente, que se constitui fundamentalmente de pessoas e relações e que está inserida num determinado contexto histórico e social. Ora, tudo isso que irá compor a concepção e a materialidade dos grupos é sujeito a passagem do tempo, isto é, muda, transforma-se, por conta dessa passagem. É por isso que se poderá, assim, falar em processo, porque o grupo só existe sendo; não é coisa que possa ser abstraída de sua condição histórica.
Assim, é importante considerar que a ideia de grupo dá conta de uma variedade importante de conjuntos de indivíduos. Se ela se presta a caracterização de uma categoria social que compreende determinada identidade profissional (o grupo de psicólogos, por exemplo), a ideia de grupo também estará presente quando falamos de pequenos grupos, quando os indivíduos estão face a face, envolvidos em uma pratica social determinada, como numa empresa (os funcionários da empresa X), na escola (os alunos ou os professores) ou em uma ação de assistência social (educadores, técnicos, gestores).
Dentre os diferentes entendimentos sobre os grupos e as tradições históricas e filosóficas as quais estão vinculados, uma chave para sua apresentação é percorrer a incidência do imaginário nesses universos. Destacamos, inicialmente, a Psicologia dos Grupos voltada para as questões individuais, marcadamente ideológicas, de ordem funcionalista, uma Psicologia Social dos pequenos grupos naturais. Esta se verifica mais intensamente no âmbito da Psicologia Social americana, com autores como Lewin, Newcomb, Asch, Stoessel e Maisonnave, e é voltada para os problemas de produção e de eficiência, seja num grupo de soldados ou de operários, seja num grupo terapêutico, estudando os relacionamentos intragrupo, a liderança e a motivação.
Na outra ponta, na Psicologia Social das categorias sociais, estão os estudos sobre grupos que colocam em jogo os elementos da história e da cultura nas quais os grupos estão inseridos. Alinhados a Psicologia Social “sociológica”, que veio se desenvolvendo principalmente na Europa do Pós-guerra, esses estudos que privilegiam os fatores históricos, ideológicos e políticos identificam a Psicologia Social europeia e os trabalhos de autores como Tajfel, Doise e Moscovici.
Numa posição intermediaria em relação a essas duas vertentes, no que diz respeito aos estudos sobre grupos, estariam os trabalhos sobre Psicoterapia de Grupo, sejam ou não de inspiração freudiana, mais ou menos próximos da vertente americana, como Moreno, ou da vertente europeia, como Guattari, e os desenvolvidos por psicólogos sociais sul-americanos, como Baremblitt, Bauleo, Bleger e Pichon-Riviere.
Em qualquer das vertentes da Psicologia Social – a Psicologia Social dos pequenos grupos naturais, a Psicoterapia de Grupo ou a Psicologia Social das categorias sociais –, a presença do imaginário como elemento para identificação e mediação entre os grupos traz, de maneira indiscutível, a tensão entre a ordem e a desordem no âmbito dos grupos.
É importante ressaltar que a representação que se tem de um grupo social compreende aquilo que se “vê” e o que se espera dele numa determinada circunstância. Assim, é preciso estar atento não apenas ao que está sendo representado e em qual contexto, mas também a quem representa, para se poder compreender, na história das ideias sobre grupo, as explicações que se oferecem a como e por que os indivíduos se associam, classificam e categorizam uns aos outros, assimcomo os efeitos dessas associações nos relacionamentos que ocorrem dentro dos grupos e entre eles.
Exercícios
Direção – guiar os outros para o comportamento perfeito = não é um motivo que faz as pessoas quererem pertencer a um grupo, pode ser, talvez, uma consequências, mas não O motivo.
Considere as afirmativas abaixo e identifique aquelas que se filiam a esse modo a-histórico de conceber os processos grupais:
I. Os pequenos grupos atuam no sentido de reprodução, através das aprendizagens que reproduzem o sistema social mais amplo.
II. Os pequenos grupos têm implícitos valores que visam reproduzir os do individualismo, da harmonia e da manutenção.
III. A função do grupo é definir papéis e, consequentemente, a identidade social dos indivíduos é garantir a sua produtividade social. (estas estão corretas).
Em se tratando de produção teórica crítica sobre grupos em psicologia, analise as afirmações abaixo:
I. O significado da existência e da ação grupal só pode ser encontrado dentro de uma perspectiva histórica que considere a sua inserção na sociedade, com suas determinações econômicas, institucionais e ideológicas.
II. O caráter processual dos grupos, do ponto de vista psicossocial, reside no fato de que o grupo se constitui no tempo e não se institui de imediato.
III. O grupo deve ser conhecido enquanto processo histórico, e nesse sentido é mais adequado o termo processo grupal, em vez de dinâmica de grupo. (tudo correto).
Os estudos sobre grupos numa perspectiva sócio histórica contrariam posturas teóricas tradicionais, nas quais a função do grupo estaria relacionada a: definir os papéis sociais dos indivíduos.
Para Lane (1984), o grupo deve ser reconhecido no seu caráter processual, quando os determinantes sociais e históricos estão presentes nas relações entre seus participantes. Para a autora passa a ser fundamental algumas premissas para conhecermos o processo grupal, tal como: O próprio grupo só poderá ser conhecido enquanto um processo histórico.
Módulo 2: A DINÂMICA GRUPAL E SEUS FUNDAMENTOS
Neste momento, além de compreender as classificações possíveis de um grupo, você deve estar refletindo sobre como se apresentam os estudos sobre os estágios de um grupo e/ou como pode se apresentar o seu desenvolvimento. Diversos autores apontaram as fases de desenvolvimento de um grupo, tais como Buchanan e Huczynski,1985; Greenberg e Baron,1995; Ivancevich e Matteson,1999; Tosi, Rizzo e Carroll,1994, (apud ZANELLI,2004) e Lacoursiere,1980 (apud ROTHMANN e COOPER, 2009).
Segundo Scholtes (1992), uma equipe passa por estágios razoavelmente previsíveis:
Estágio 1 – Formação ou iniciação
Fase em que se inicia a formação da equipe, em que seus membros pesquisam as fronteiras do comportamento adequado ao grupo. Estágio da transição da condição de indivíduo para membro.
Estágio 2 - Turbulência ou diferenciação
Fase em que os membros da equipe começam a perceber a quantidade de trabalho que têm à frente e é comum entrarem em estado de pânico. É o estágio mais difícil para a equipe.
Estágio 3 - Normas ou integração
Fase do restabelecimento do propósito central da equipe. À medida que os membros da equipe se acostumam a trabalhar em conjunto, sua resistência inicial vai desaparecendo.
Estágio 4 - Atuação ou maturidade
Neste estágio, a equipe já definiu seu relacionamento e suas expectativas.
Entretanto, Albuquerque e Puente-Palacios (2004) se referem aos estágios de desenvolvimento do grupo como sendo: formação, conflito, normatização, desempenho e desintegração. Esta última fase de desenvolvimento dos grupos (desintegração) ocorre quando objetivos que levaram á criação da equipe são atingidos e não há mais motivo para ela continuar a existir. Também é possível que o grupo nunca atinja o estágio final ou faça o possível para não atingi-lo.
E neste momento você deve estar se perguntando: por que é importante identificar tais fases para a psicologia? A importância em identificar tais estágios do desenvolvimento do grupo consiste em reconhecer que certos períodos de turbulência fazem parte do processo grupal, sendo necessário identificar em qual momento será interessante e prudente uma intervenção externa. Os autores ressaltam a importância de reconhecer estas fases consiste justamente em saber quando intervir externamente com prudência, visto que certa turbulência também faz parte do grupo. 
Além de analisarem os estágios de um grupo, alguns autores buscam entender em que sentido as formas de comunicação podem influenciar a relação grupal.
Wagner e Hollenbeck (1999) citam a estrutura de comunicação de um grupo como fator crucial para a eficácia de um grupo, pois se os membros não conseguem trocar informações entre si, o grupo não consegue funcionar eficazmente. Segundo eles, para uma boa gestão de um grupo é importante conhecer os diferentes tipos de estrutura de comunicação grupal e ser capaz de implementar aqueles que estimulem a maior produtividade do grupo.
Em pesquisas realizadas sobre comunicação e produtividade do grupo, cinco estruturas têm recebido especial atenção: redes de comunicação radiais, em Y, encadeadas, circulares e de conexão total. As três primeiras são mais centralizadas (um membro pode controlar os fluxos de informação no grupo) e nas redes descentralizadas circulares e de conexão total, todos os membros são igualmente capazes de enviar e receber mensagens. A rede de conexão total, por exemplo, coloca cada pessoa do grupo em contato com todas as outras.
A composição do grupo também pode exercer a influência sobre o mesmo, tanto como grupo homogêneo quanto heterogêneo. Um grupo homogêneo é considerado mais útil para tarefas simples e sequenciais, que exijam cooperação e requeiram rapidez. Um grupo heterogêneo é mais útil para tarefas complexas, coletivas, que exijam criatividade e que não dependam de rapidez (GRIFFIN; MOORHEAD, 2006).
Além da influência da disposição e comunicação do grupo, também existe a influência do tamanho do grupo sobre seu desempenho.
Sobre isto, Griffin e Moorhead (2006) apontam que uma equipe com muitos membros tem mais recursos disponíveis e completa um grande número de tarefas relativamente independentes, com interações e comunicações provavelmente mais formais e, consequentemente, uma grande parcela do tempo é utilizada para questões administrativas. Os autores sugerem que o tamanho mais adequado a um grupo é determinado pela capacidade de seus membros interagirem uns aos outros de modo eficaz.
Entretanto, Robbins (2004) sugere que as equipes mais eficazes são justamente nem muito pequenas e nem muito grandes, com cerca de 4 a 12 pessoas:
 “As muito pequenas costumam apresentar diversidade de pontos de vista. No entanto, quando possuem mais de 10 ou 12 membros, torna-se difícil realizar alguma coisa. Os membros sentem dificuldade de interagir construtivamente enquanto para chegar a um consenso, e muitas pessoas não conseguem desenvolver a coesão, o comprometimento e a responsabilidade mútua, necessários para um bom desempenho.” (ROBBINS, 2004, p.112).
Considerando os aspectos que influenciam a estrutura de um grupo, também precisamos ressaltar a importância das normas, as quais consistem em padrões de comportamentos e desempenhos tolerados, aceitos e esperados, sustentados pelos membros do grupo. As normas regulamentam e estabelecem o que se pode e o que não se pode fazer, as quais são informalmente estabelecidas pelos membros do grupo. Elas se apresentam mais explícitas do que implícitas, pois é comum que os membros do grupo entendam o que se espera deles, como por exemplo, o tipo de vestimenta ou conduta social de cooperação. Cada grupo desenvolve as normas através da comunicação com os outros e podem evoluir através de um processo interpessoal de negociação, construindo historicamente o que é um comportamento aceitável. (ZANELLI, BORGES-ANDRADE E BASTOS, 2004; GRIFFIN; MOORHEAD, 2006; ROTHMANN e COOPER, 2009).
Diante da diversidade de aspectos pesquisadossobre o processo grupal, consideramos que apesar da Psicologia Social ter surgido com a pesquisa das massas, podemos observar como as pesquisas de grupos menores é que se constitui então seu objeto, particularmente por terem objetivos claramente definidos. Historicamente, foi com as pesquisas de Kurt Lewin (professor alemão refugiado do nazismo) em Massachusetts Institute of Technology – MIT, que se desenvolveu a primeira teoria consistente sobre grupos, principalmente contribuindo para aplicação e estudo das relações humanas no trabalho. (BOCK,1999).
Fundamentos teóricos em Dinâmica de Grupo: Kurt Lewin.
 
Kurt Lewin tem como uma das principais contribuições de sua Psicologia Social as investigações sobre a solução de conflitos nos pequenos grupos, por elaborar conceitos e uma metodologia que pudesse ampliar o entendimento dos pequenos grupos para também intervir nos grupos sociais.
Os estudos sobre a dinâmica dos pequenos grupos realizados por Lewin buscariam responder a duas perguntas relativas ao funcionamento dos grupos sociais nesse contexto tão decisivo da nossa história: como se pode produzir o nazismo como fenômeno psicológico? Qual a prevenção psicológica contra ele? Temas de seu grande interesse – ele próprio judeu e egresso da Europa durante a guerra.
De acordo com BOCK (1999) a teoria dos grupos desenvolvida por Lewin abordou temas como coesão do grupo (condições necessárias para a sua manutenção); pressões e padrão do grupo (argumentos reais ou imaginários, manifestos ou velados utilizados para garantia de fidelidade); motivos individuais e objetivos do grupo; liderança e realização do grupo e, por fim, as propriedades estruturais dos grupos (forma de comunicação, papéis, dentre outros).
Kurt Lewin (apud BERGAMINI, 2006) considera que a dinâmica do grupo é determinada pelo conjunto de interações existentes no interior de um espaço psicossocial. O comportamento dos indivíduos ocorre em função dessa dinâmica grupal, independente das vontades individuais. Portanto, foram por ele elaborados quatro pressupostos:
• A interação do indivíduo no grupo depende de uma clara definição de sua participação no seu espaço vital;
• O indivíduo utiliza-se do grupo para satisfazer às suas necessidades próprias;
• Nenhum membro de um grupo deixa de sofrer o impacto do grupo e não escapa à sua totalidade;
• O grupo é considerado como um dos elementos do espaço vital do indivíduo.
 
O espeço vital psicológico ou espaço de vida corresponde a um conceito desenvolvido por Kurt Lewin que designa “a totalidade de fatos que determinam o comportamento de um indivíduo em um certo momento” (Lewin,1973, p.28). O autor se refere a totalidade de fatos como situação e, portanto, o comportamento do indivíduo é determinado em função da situação.
Nas pesquisas com grupos de crianças em que se variava o clima das relações com um monitor (autoritário, democrático, laissez-faire), ele procurou identificar o efeito do ambiente político e de suas mudanças sobre a capacidade dos indivíduos de realizarem tarefas, assim como suas repercussões sobre a satisfação e a agressividade.
Com relação ao desempenho de um grupo, observa-se que apresenta características situacionais, dinâmicas e evolutivas, modificando suas estratégias e comportamentos para ajustá-los às circunstâncias. Por exemplo, uma orquestra sinfônica possui certas características no momento de desempenho perante a plateia e outras bem diferentes durante os ensaios. Mais do que isso, a orquestra muda o comportamento dependendo da plateia.
A importância alcançada por Lewin na Psicologia Social americana pode também ser encontrada no seu linguajar físico, ao tratar do confronto de forças intragrupos e intergrupos, o que conferiria um maior reconhecimento cientifico as suas teorias. Com seu interesse aumentado pelo fascínio que o desenvolvimento de tecnologia, inclusive para a manipulação de seres humanos, produziu a partir das Grandes Guerras, como “arma” contra literalmente quaisquer problemas, inclusive os sociais, as teorias de Lewin viriam a reafirmar as concepções sobre pequenos grupos, que, desenvolvidos em ambiente de guerra, serviriam para a otimização de seus comportamentos. 
É importante reconhecer que Lewin foi inovador ao abordar aspectos da personalidade como referidos ao contexto cultural e, mais do que isso, político, ao tratar da presença da democracia, dando status cientifico a essas considerações. Também é importante considerar o contexto em que são feitas suas pesquisas: em meio as Grandes Guerras, num ambiente em que parecia ser preciso marcar a diferença entre o “povo alemão” e o “povo americano” – de sua nova pátria. Ainda assim, mesmo reconhecendo os aspectos históricos dos fenômenos grupais, herança notável de sua formação cientifica europeia, Lewin elabora nessa mesma tradição um entendimento sobre grupos tratando daquilo que e “visível”, ainda que seja seu efeito, como as forças de atração e de repulsão interindividuais. Nas suas considerações, em que pese a importância da valoração dos grupos e de suas diferenças, elementos essencialmente simbólicos, o grupo continua mantendo uma existência natural. Portanto, não são consideradas as dimensões imaginarias (isto é, afetivas, sócio históricas) nos fenômenos grupais, as quais poderiam auxiliar na explicação do que produz e sustenta essas valorações e diferenças.
 
Como você pode perceber, o ideário de Kurt Lewin torna-se referência indispensável nos estudos relacionados a dinâmica de grupo, pois suas pesquisas praticamente marcaram o aparecimento desse campo. Foi a partir desta referência que vários pesquisadores puderam contribuir para a construção desse saber, tais como Moreno, Piaget, Bales, Mucchielli, entre outros. Moreno trouxe uma abordagem baseada em  uma conotação psicanalítica, criando os grupos de psicodrama, sociograma, role-playing e outras técnicas. Piaget criou a corrente da epistemologia genética, na psicologia do desenvolvimento, enfatizando o grupo como elemento fundamental na educação do pensamento lógico. Bales, na comunicação no grupo, desenvolveu um referencial acerca do chamado grupo de trabalho.  Nestes referenciais, as definições de relações humanas estão ligadas à experiência vivencial dos indivíduos, que se desempenham dentro dos roles correspondentes a seus agrupamentos biológicos (sexo, idade), e a sua adaptação social, adquirida através de seu crescimento e capacitação. (MINICUCCI, 2001).
 
“Os acontecimentos mais significativos para a vida dos indivíduos e dos grupos estão vinculados ao esclarecimento dessas diferenças funcionais e biológicas, referentes a cada ser humano. As comparações, imitações, rivalidades, satisfações e desilusões de cada um constituem o drama dos seres humanos, que convivem e que se empenham em encontrar a maneira de manter sua posição individual num mundo que pertence aos demais. As inter-relações existentes dos grandes e dos pequenos, dos jovens e dos velhos, dos homens e das mulheres satisfazem a esta descrição universal das diferenças possíveis com uma significação dinâmica para cada ser humano.”  Fonte: https://psicologado.com/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/dinamica-de-grupo-e-sua-contribuicao-para-a-qualidade-de-vida-na-terceira-idade © Psicologado.com, acessado em 01/02/2016
 
É importante reconhecer que Lewin foi inovador ao abordar aspectos da personalidade como referidos ao contexto cultural e, mais do que isso, político, ao tratar da presença da democracia, dando status científico a essas considerações. Mesmo reconhecendo os aspectos históricos dos fenômenos grupais, herança de sua formação científica europeia, Lewin elabora dentro dessa mesma tradição um entendimento sobre grupos tratando daquilo que é “visível”, ainda que seja seu efeito, como as forças de atração e de repulsão interindividuais.
Assim, na perspectiva sócio histórica, a teoria de Lewin não considera as dimensões afetivas e sócio históricas nos fenômenos grupais, as quais poderiam auxiliar na explicação do que produz e sustenta essasvalorações e diferenças.
A proposta de trabalho com grupos de Kurt Lewin, a partir da compreensão e intervenção sobre sua dinâmica, abre uma nova frente de atuação para a psicologia. A novidade desta proposta pode ser reconhecida:
na compreensão do grupo como lugar de forças e interações;
Se você compreendeu adequadamente a proposta teórica apresentada por Kurt Lewin, assinalou a alternativa a. As demais alternativas não correspondem ao arcabouço teórico proposto por Lewin pois o autor não corresponde a uma corrente positivista e, apesar de ter se utilizado de conceitos da matemática e física, não se constituiu o foco da construção de sua teoria. Apesar de Lewin dar um status científico a essas considerações, tão pouco elaborou uma teoria especificamente para contrapor as concepções humanistas ou foi submisso a psicologia social americana, visto seu caráter inovador, ao abordar aspectos da personalidade como referidos ao contexto cultural e, mais do que isso, político, ao tratar da presença da democracia.
Exercícios
I. O trabalho em grupo no qual os indivíduos têm autonomia e controle sobre as tarefas facilita a atividade criativa e os habilita a resolver imprevistos.
II. Os problemas de comunicação em grupos ou instituições nas quais a estrutura é predominantemente autocrática podem ter relação com a centralização da informação.
III. Conflito interpessoal e competição são fenômenos observados em grupos ou instituições hierarquizadas, mas não nos que possuem uma gestão democrática. Errada!
formação ou iniciação, turbulência, normas ou interação, atuação ou maturidade (estágios razoavelmente previsíveis).
II.         Desde o momento de sua constituição, um grupo pode receber a influência de três tipos de fatores: o ambiente, o próprio grupo e o indivíduo. Cada um desses fatores gera consequências que explicam porque alguns conseguem desenvolver a capacidade de trabalhar em equipe e outros não.
III.        Segundo Will Schutz, no desenvolvimento grupal existem três fases de necessidades interpessoais: inclusão, controle e afeto. Para ele todos os grupos passam por essas três fases, em que há oportunidades para os membros satisfazerem suas necessidades interpessoais.
I.          Existem condições que podem criar um clima favorável para a participação e o trabalho em equipe: as pessoas conhecerem, compartilharem e concordarem com os objetivos do grupo; os chefes, com estilo participativo, ouvirem e acatarem sugestões; e é fator positivo, também, a organização da equipe ser bem vista no meio externo.
II. Lewin foi inovador ao abordar aspectos da personalidade como referidos ao contexto cultural e, mais do que isso, político, ao tratar da presença da democracia, dando status científico a essas considerações.
III.        Coesão pode ser fator ambíguo: de um lado, contribui para a eficácia e o bem-estar de cada um e, do outro, impede a entrada de novos membros, terminando por provocar a obsolescência. Pode gerar a ideia de que o que vem de fora não é bom e o conflito, assim, pode ser reprimido.
A construção fundamental de Lewin, para compreendermos suas proposições sobre os processos grupais (ou as dinâmicas de grupo), é a chamada “Teoria de Campo”, que envolve os conceitos de campo psicológico e campo social. Segundo o autor, o que é o “CAMPO SOCIAL”? Assinale a alternativa correta. O campo social é uma totalidade dinâmica constituída de entidades sociais coexistentes, não necessariamente integradas entre si.
A Teoria de Campo de Lewin (em que “campo” é definido como a totalidade de coexistência de factos que são concebidos como mutuamente interdependentes), desenvolvida por Kurt Lewin em A Dinamic Theory of Personality, é uma das muitas teorias que procuram explicar a natureza e o comportamento humano.
Essa teoria defende que o comportamento humano é dependente de dois fatores:
•	O comportamento é derivado da totalidade dos fatos coexistentes;
•	Esses fatos e eventos apresentam um campo dinâmico de forças, nos quais fatos ou eventos têm uma inter-relação com os demais, influenciando e sendo influenciado por eles.
O campo dinâmico é chamado campo psicológico, que é o espaço de vida que contém a pessoa e seu ambiente psicológico. Este campo psicológico é o que a pessoa interpreta a si e ao mundo externo. É o meio ambiente em que pessoas, objetos, situações podem ter valências diferentes, sendo valência positiva quando atraem e vão ao encontro das necessidades do indivíduo e sua satisfação e negativa quando podem ou sugerem causar algum dano ou prejuízo. 
A primeira atrai e a segunda causa repulsa, criando nessa situação uma força, um vetor. Um vetor tende a criar a “locomoção” em certa direção. O modelo de comportamento humano proposto pela teoria de campo pode ser representado pela equação:
C= f (P,M)
Onde (C) = comportamento é o resultado da função (f) interação entre a pessoa (P) e seu meio externo (M). (P) = a pessoa é representada pelas suas características genéticas, pela sua aprendizagem em contato com o meio. Esta teoria explica por que um mesmo objeto pode ser visto e interpretado de modo diferente por cada pessoa. 
A partir dessa teoria podemos entender que o indivíduo se comporta de acordo com suas percepções e não de acordo com a realidade, ou seja, reage conforme àquilo que é confortável ou não com suas cognições.
Assim como o indivíduo e seu ambiente formam um campo psicológico, assim também o grupo e o seu ambiente compõem um campo social. Os comportamentos sociais ocorrem no interior de entidades sociais simultaneamente existentes como subgrupos, membros do grupo, barreiras e canais de comunicação, e delas resultam. Assim, o comportamento do grupo é uma função do campo total existente em qualquer momento dado.
O comportamento depende do campo atual ao invés do passado ou do futuro. O campo é a totalidade da coexistência dos fatos que são concebidos como mutualmente interdependentes.
Diferentes estilos de liderança e situá-los no contexto das organizações.
1. A estrutura autocrática
O líder atua como dirigente.
Toma decisões em nome do grupo.
Não permite ao grupo participação alguma nas decisões.
Determina os programas do grupo.
Traça os planos mais importantes.
Só ele conhece os passos futuros das atividades do grupo.
Só ele dita as atividades dos membros.
É o encarregado de recompensas e punições.
Trata-se de um estilo verificado em líderes militares e industriais (que falam de sua família empresarial), assim como em diretores de colégio (ambiente familiar).
2. A estrutura paternalista
É uma liderança amável e cordial.
Evita discórdias.
Promove apenas o crescimento do líder, o único a tomar decisões, cometer erros e aprender com a própria experiência.
O líder é exclusivista, trabalhador e perfeccionista.
Em discussões, dá conselhos paternais, opiniões de peso e as palavras finais.
É considerado o “pai”, pois pensa por todos.
Teme entregar seu cargo a outra pessoa por nunca estar seguro de que outro líder poderá conduzir seu grupo com tanta dedicação e eficiência.
É um estilo de liderança presente em governos, empresas e na religião.
3. A estrutura permissiva
O líder proporciona completa liberdade do grupo, que fica sem controle e ajuda.
O líder conduz a experiências insatisfatórias.
Os liderados não aprendem habilidades de socialização e de tolerância às diferenças individuais.
Encontra-se este estilo em empresas que valorizam o trabalho solitário.
4. A estrutura participativa ou democrática
Os membros trabalham em conjunto.
Dá-se a máxima importância ao crescimento e desenvolvimento de todos.
Ninguém é exclusivamente líder.
A liderança é distribuída.
Utiliza-se o princípio do consenso.
É elevado o grau de relações interpessoais agradáveis.
Este estilo aparece em empresas que valorizam o trabalho em equipe.
6. A liderança situacional
O líder sabe ser autocrático, democrático ou permissivo, de acordo com a situação.
Sua sabedoria em aplicar os três estilos de liderança determinará seu sucesso pessoal como líder.É um líder que sabe quando usar tal ou qual método.
Seu problema é aprender a variar de técnica segundo as diferentes condições e pessoas com as quais se defronta em seu trabalho.
É fundamental que se conheça o comportamento do liderado e a situação organizacional para se poder utilizar a liderança de forma mais adequada.
É um estilo verificado em empresas que possuem muitos setores e, portanto, necessitam de líderes flexíveis à situação de cada grupo.
Módulo 3: ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE GRUPOS-1
Neste momento vamos identificar algumas das principais abordagens teóricas que estudaram e desenvolveram um compêndio teórico e prático sobre a dinâmica grupal.
Dentre eles, nos ateremos neste módulo a: Moreno, Piaget e Pichón-Revière.
Contribuições teóricas: Moreno
Jacob Levy Moreno, o criador do Psicodrama...
Até 1920, Moreno teve uma intensa vida religiosa, fazendo parte de um grupo que fundou a "Religião do Encontro". Eles expressavam sua rebeldia diante dos costumes estabelecidos usando barbas, vivendo pelas ruas à maneira dos mais pobres e procurando novas formas de interação com o povo. Neste período, ele ia aos jardins de Viena e criava jogos de improviso com as crianças, favorecendo-lhes a espontaneidade, e participou, no ano de 1914, em Amspittelberg, juntamente com um médico venereologista e um jornalista, de um trabalho com prostitutas vienenses através do qual, utilizando técnicas grupais, conscientizou-as de sua condição, o que proporcionou que organizassem uma espécie de sindicato. Formou-se em medicina em 1917. Interessou-se pelo Teatro, fundando, em 1921, o Teatro Vienense da Espontaneidade, experiência que constituiu a base de suas ideias da Psicoterapia de Grupo e do Psicodrama. A proposta do Teatro da Espontaneidade consistia na criação de uma representação espontânea, sem texto pronto e decorado, com os atores criando no momento e assim relacionando-se com a plateia. A partir daí ele criou o "jornal vivo", em que dramatizava as notícias do jornal diário junto com o grupo participante, lançando naquele momento as raízes do Sociodrama. Ao trabalhar com os pacientes do hospital psiquiátrico usando o "Teatro da Espontaneidade", criou o Teatro Terapêutico, que depois foi chamado "Psicodrama Terapêutico". Em 1925 emigrou para os EUA, onde, dois anos depois, fez a primeira apresentação do Psicodrama fora da Europa. Em 1931 introduziu o termo Psicoterapia de Grupo e este ficou sendo considerado o ano verdadeiro do início da Psicoterapia de Grupo científica, embora as fundamentações e experiências tenham iniciado em Viena. (ALMEIDA, GONÇALVES e WOLFF, 1988)
A palavra "Drama" significa "ação" em grego e, neste sentido, o. Psicodrama pode ser definido como uma via de investigação da alma humana mediante a ação. O Psicodrama consiste em um método de pesquisa e intervenção nas relações interpessoais, nos grupos, entre grupos ou de uma pessoa consigo mesma. O objetivo se relaciona a mobilizar para vivenciar a realidade a partir do reconhecimento das diferenças e dos conflitos e facilita a busca de alternativas para a resolução do que é revelado, expandindo os recursos disponíveis. Tem sido amplamente utilizado na educação, nas empresas, nos hospitais, na clínica, nas comunidades.
O Psicodrama é uma parte de uma construção muito mais ampla, criada por Jacob Levy Moreno, a Socionomia. Na verdade, a denominação da parte foi estendida para o todo e, quando as pessoas usam o termo Psicodrama, estão, geralmente, se referindo à Socionomia - ciência das leis sociais e das relações, que se caracteriza fundamentalmente por seu foco na intersecção do mundo subjetivo, psicológico e do mundo objetivo, social, contextualizando o indivíduo em relação às suas circunstâncias. Divide-se em três ramos: a Sociometria, a Sociodinâmica e a Sociatria, que guardam em comum a ação dramática como recurso para facilitar a expressão da realidade implícita nas relações interpessoais ou para a investigação e reflexão sobre determinado tema.
A Sociometria, através do teste sociométrico, mensura as escolhas dos indivíduos e expressa-as através de gráficos representativos das relações interpessoais, possibilitando a compreensão da estrutura grupal.
A Sociodinâmica investiga a dinâmica do grupo, as redes de vínculos entre os componentes dos grupos.
A Sociatria propõe-se à transformação social, à terapia da sociedade.
A Sociodinâmica e a Sociatria têm objetivos complementares e utilizam-se das mesmas técnicas: o Psicodrama, o Sociodrama, o Role Playing, o Teatro Espontâneo, a Psicoterapia de Grupo. Enquanto técnicas, a diferença entre o Psicodrama e o Sociodrama consiste em que no primeiro o trabalho dramático focaliza o indivíduo - embora sempre visto como um ser em relação - e no segundo focaliza o próprio grupo.
De acordo com a FEBRAP – Federação Brasileira de Psicodrama (http://www.febrap.org.br, 2016), a transformação social e o trabalho com a comunidade era o grande sonho de Moreno. No começo do século XX, ele buscava relacionar-se com crianças e adultos nas praças e ruas de Viena, estimulando-os a descobrirem novas formas de estar no mundo. A filosofia do momento, que embasa a teoria e a prática psicodramática, foi sendo configurada através de sua observação do potencial criativo do ser humano. Desde então, o Psicodrama vem se transformando, desenvolvendo-se como teoria e como prática. Profissionais da área clínica adaptaram-no para o atendimento processual em consultório, muitas vezes num enquadre de psicoterapia individual, trazendo novas contribuições para a teoria psicodramática do desenvolvimento emocional e para a compreensão da psicopatologia, assim como para a configuração de modelos referenciais na compreensão da experiência emocional humana e dos grupos. Neste contexto, mais comumente, a expressão dos impedimentos e conflitos envolve tensão, agressividade e, principalmente, o reconhecimento e acolhimento da dor psíquica.
A prática psicodramática, em suas inúmeras modalidades, começa pelo envolvimento das pessoas com o tema ou com a experiência a ser vivenciada, através de lembranças ou histórias do cotidiano dos indivíduos e/ou das organizações. Cabe ao diretor manejar as técnicas psicodramáticas, como recursos de ação, para garantir o envolvimento do grupo e a escolha da cena protagônica, que refletirá a experiência dos presentes. Ele vai convidando todos para participarem na criação conjunta do enredo, favorecendo a emergência da realidade grupal.
Neste sentido, o Psicodrama é facilitador da manifestação das ideias, dos conflitos sobre um tema, dos dilemas morais, impedimentos e possibilidades de expressão em determinada situação. Fundamentado na teoria do momento e no princípio da espontaneidade, promove a participação livre de todos e estimula a criatividade na produção dramática e na catarse ativa. Finaliza-se com os comentários, inicialmente dos participantes da cena e depois do grande grupo, com a identificação da realidade que acaba de ser vivenciada e com o levantamento de soluções possíveis para as questões abordadas.
Nas atividades desenvolvidas no âmbito social, buscam-se soluções práticas e reais para os problemas, contribuindo para a descoberta de alternativas que promovam o desenvolvimento sustentável nas comunidades.
O principal objetivo da ação dramática é favorecer aos membros do grupo a descoberta da riqueza inerente em vivenciar plenamente o status nascendi da experiência grupal, participando com a maior honestidade possível no momento. Desta maneira, os participantes recriarão no grupo seus modelos de relacionamento, confrontando e sendo confrontados com as diferenças individuais, condição necessária para apreenderem a distinção entre sua experiência emocional e a dos outros, sendo cada um deles agente transformador dos demais. O Psicodrama vem expandindo suas fronteiras, ampliando a diversidade de experiências de intervenção psicossocial. Acompanhando esta expansão, a produção científica tem procurado aprofundar as questões provocadas por esta práticarenovada. (http://www.febrap.org.br/psicodrama/default.aspx?idm=20, acessado em 01/02/2016).
Contribuições teóricas: Piaget
Jean Piaget, renomado psicólogo e filósofo suíço, conhecido por seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil. Piaget passou grande parte de sua carreira profissional interagindo com crianças e estudando seu processo de raciocínio, obtendo com isso um significativo impacto sobre os campos da Psicologia e Pedagogia. Piaget aos 11 anos de idade publicou seu primeiro trabalho sobre sua observação de um pardal albino, estudo que é considerado o início de sua brilhante carreira científica. Ele frequentou a Universidade de Neuchâtel, onde estudou Biologia e Filosofia, recebendo seu doutorado em Biologia em 1918, aos 22 anos de idade.
Após formar-se, Piaget foi para Zurich, onde trabalhou como psicólogo experimental. Lá ele frequentou aulas lecionadas por Jung e trabalhou como psiquiatra em uma clínica, experiências que muito o influenciaram em seu trabalho. Ele passou a combinar a psicologia experimental, que é um estudo formal e sistemático, com métodos informais de psicologia: entrevistas, conversas e análises de pacientes. Em 1919, Piaget mudou-se para a França, onde foi convidado a trabalhar no laboratório de Alfred Binet, um famoso psicólogo infantil que desenvolveu testes de inteligência, padronizados para crianças. Piaget notou que crianças francesas da mesma faixa etária cometiam erros semelhantes nesses testes e concluiu que o pensamento lógico se desenvolve gradualmente. Foi então em 1919 que Piaget iniciou seus estudos experimentais sobre a mente humana e começou a pesquisar também sobre o desenvolvimento das habilidades cognitivas. Seu conhecimento de Biologia levou-o a enxergar o desenvolvimento cognitivo de uma criança como sendo uma evolução gradativa. Jean Piaget revolucionou as concepções de inteligência e de desenvolvimento cognitivo partindo de pesquisas baseadas na observação e em entrevistas que realizou com crianças. Buscando analisar as relações que se estabelecem entre o sujeito que conhece e o mundo que tenta conhecer, considerou-se um epistemólogo genético porque investigou a natureza e a gênese do conhecimento nos seus processos e estágios de desenvolvimento. Em 1921, Piaget voltou à Suíça e tornou-se diretor de estudos no Instituto J. J. Rousseau da Universidade de Genebra, buscando observar crianças brincando e registrando meticulosamente as palavras, ações e processos de raciocínio delas. As teorias de Piaget foram, em grande parte, baseadas em estudos e observações de seus filhos que ele realizou ao lado de sua esposa. Piaget lecionou em diversas universidades europeias, dentre elas a Universidade de Sorbonne (Paris, França), onde permaneceu de 1952 a 1963. Até a data de seu falecimento, Piaget fundou e dirigiu o Centro Internacional para Epistemologia Genética. Ao longo de sua brilhante carreira, Piaget escreveu mais de 75 livros e centenas de trabalhos científicos. Piaget desenvolveu diversos campos de estudos científicos: a psicologia do desenvolvimento, a teoria cognitiva e o que veio a ser chamado de epistemologia genética, as quais tinham o objetivo de entender como o conhecimento evolui. Piaget parte do pressuposto de que o conhecimento evolui progressivamente por meio de estruturas de raciocínio que substituem umas às outras por meio de estágios. Isso significa que a lógica e formas de pensar de uma criança são completamente diferentes da lógica dos adultos.
A essência do trabalho de Piaget ensina que ao observarmos cuidadosamente a maneira com que o conhecimento se desenvolve nas crianças, podemos entender melhor a natureza do conhecimento humano. Em sua teoria identifica os quatro estágios de evolução mental de uma criança, sendo que cada estágio é um período onde o pensamento e comportamento infantil é caracterizado por uma forma específica de conhecimento e raciocínio: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.
A capacidade de adaptar-se para Piaget é o processo de funcionamento do organismo a uma nova situação, e como tal, implica a construção contínua do modo como as partes ou elementos se relacionam, e que determina as características ou o funcionamento do todo. Essa adaptação refere-se ao mundo exterior, como toda adaptação biológica. De tal forma, indivíduos progridem intelectualmente a partir do ato de exercitar e estímulos oferecidos pelo meio que os cercam. Ramozzi-Chiarottino citado por Chiabal (1990) diz que o que vale igualmente dizer que a inteligência humana pode ser praticada, buscando um aperfeiçoamento de potencialidades, que passam gradativamente de um estado a outro desde o nível mais primitivo da existência, caracterizado por trocas bioquímicas até o nível das trocas simbólicas.
Para Piaget o comportamento dos seres vivos não é inato, nem resultado de condicionamentos. Para ele o comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo, sendo caracterizada como uma teoria interacionista. A inteligência do indivíduo, como adaptação a situações novas, portanto, está relacionada com a complexidade desta interação do indivíduo com o meio. Em outras palavras, quanto mais complexa for esta interação, mais “inteligente” será o indivíduo. As teorias piagetianas abrem campo de estudo não somente para a psicologia do desenvolvimento, mas também para a sociologia e para a antropologia, além de permitir que os pedagogos tracem uma metodologia baseada em suas descobertas. A adaptação intelectual constitui-se então em um "equilíbrio progressivo entre um mecanismo assimilador e uma acomodação complementar". Piaget situa o problema epistemológico no âmbito de uma interação entre o sujeito e o objeto. E de acordo com Piaget (1982) essa dialética resolve todos os conflitos nascidos das teorias, associacionistas, empiristas, genéticas sem estrutura, estruturalistas sem gênese, e permite seguir fases sucessivas da construção progressiva do conhecimento.
O construtivismo piagetiano analisa os processos de desenvolvimento e aprendizagem como resultados da atividade do homem na interação com o ambiente. E para explicar tal interação Piaget citado em Goulart (1983) propõe alguns conceitos centrais como: assimilação, acomodação e adaptação.
A assimilação é considerada como a incorporação dos dados da realidade nos esquemas disponíveis no sujeito, ou seja, o indivíduo assimila tudo o que ouve, transformando isso em conhecimento próprio. “No processo de acomodação o sujeito modifica os esquemas para internalizar os elementos novos. Do equilíbrio desses dois processos ocorre uma adaptação ao mundo cada vez mais adequada e uma consequente organização mental”. (GOULART, 1983).
Piaget (1982) apresenta o pressuposto de que a inteligência humana somente se desenvolve no indivíduo em função de interações sociais que são, em geral, negligenciadas. Porém, apesar de tal afirmação, Piaget não se deteve sobre essa questão do papel dos fatores sociais no desenvolvimento humano e sim, das influências e determinações dessa mesma interação sobre a inteligência do ser humano.
As observações de Piaget põem em foco as condições intelectuais que tornam a pessoa capaz de cooperar e explicam o efeito da cooperação na formação de sua mente. A estruturação do pensamento em agrupamentos e em grupos móveis permite que cada indivíduo adote múltiplos pontos de vista. Outro tipo de comportamento que a atividade grupal desenvolve, segundo a linha de Piaget, é chamado de reciprocidade. No momento em ocorre contribuições de ajuda mútua, colaboração. O indivíduo raciocina com mais lógica quando discute com os outros, em reciprocidade. (MINICUCCI, 1997). Para o autor o indivíduo raciocina com mais lógica quando discute com outro, pois, frente ao companheiro, a primeira coisa que procura é evitar a contradição. Por outro lado, a objetividade, o desejo de comprovação, a necessidade de dar sentido ás palavras e ás idéias são não só obrigações sociais, como também condições de pensamento operatório. (MINICUCCI,1997).
Mediante experiências em grupo, o indivíduo aprende que, ante algo objetivo, pode - se adotar diferentes pontos de vista correlatos e que as diversas observações extraídas não são contraditórias, mas complementares. O indivíduo que intercambia em grupo suas idéias, com seus semelhantes, tende a organizar de maneira operatória seu próprio pensamento, portanto, o grupo favorece o desenvolvimento do chamado pensamento operatório. (MINICUCCI, 1997).
Considerando estes conceitos centrais, o educador deve tornar a atividade grupal proporcional ao nível de desenvolvimento cognitivo dos alunos, não podendo ir além das suas capacidades, nem deixá-los agindo sozinhos, uma vez que, busca-se que o sujeito seja capaz de formar esquemas conceituais de conteúdos com flexibilidade de pensamento, estimulando-se a reflexão e construção de conceitos e princípios ao interagir com o outro.
Contribuições teóricas: Pichón-Revière
 Enrique Pichon Rivière nasceu em Genebra (1907) tendo migrado para Buenos Aires em 1977, sendo um médico psiquiatra e psicanalista suíço, nacionalizado argentino. A técnica dos grupos operativos começou a ser sistematizada por Enrique Pichon-Rivière, a partir de uma experiência no hospital de Las Mercedes, em Buenos Aires, por ocasião de uma greve de enfermeiras. Esta greve inviabilizaria o atendimento aos pacientes portadores de doenças mentais no que diz respeito à medicação e aos cuidados de uma maneira geral. Diante da falta do pessoal de enfermagem, Pichon-Rivière propõe, para os pacientes “menos comprometidos”, uma assistência para com os “mais comprometidos” e a experiência foi muito produtiva para ambos os pacientes, os cuidadores e os cuidados, por ter havido maior identificação entre eles e pôde-se estabelecer uma parceria de trabalho, uma troca de posições e lugares, trazendo melhor integração. Pichon-Rivière começou a trabalhar com grupos na medida em que observava a influência do grupo familiar em seus pacientes. Sua prática psiquiátrica esteve subsidiada principalmente pela psicanálise e pela psicologia social, sendo ele o fundador tanto da Escola Psicanalítica Argentina (1940) como do Instituto Argentino de Estudos Sociais (1953). Para o autor, o objeto de formação do profissional deve instrumentar o sujeito para uma prática de transformação de si, dos outros e do contexto em que estão inseridos, defendendo a ideia de que aprendizagem é sinônimo de mudança, na medida em que deve haver uma relação dialética entre sujeito e objeto e não uma visão unilateral, estereotipada e cristalizada.
A aprendizagem centrada nos processos grupais coloca em evidência a possibilidade de uma nova elaboração de conhecimento, de integração e de questionamentos acerca de si e dos outros. A aprendizagem é um processo contínuo em que comunicação e interação são indissociáveis, na medida em que aprendemos a partir da relação com os outros. A técnica de grupo operativo consiste em um trabalho com grupos, cujo objetivo é promover um processo de aprendizagem para os sujeitos envolvidos, através de uma leitura crítica da realidade, uma atitude investigadora, uma abertura para as dúvidas e para as novas inquietações. Neste conceito, a constituição do sujeito é marcada por uma contradição interna: ele precisa, para satisfazer as suas necessidades, entrar em contato com o outro, vincular-se a ele e interagir com o mundo externo. Deste sistema de relações vinculares emerge o sujeito, sujeito predominantemente social, inserido numa cultura, numa trama complexa, por meio da qual internalizará vínculos e relações sociais que vão constituir seu psiquismo.
Para Pichon-Rivière (1988), a teoria do vínculo tem um caráter social na medida em que compreende que sempre há figuras internalizadas presentes na relação, quando duas pessoas se relacionam, ou seja, uma estrutura triangular. O vínculo é bi-corporal e tripessoal, isto é, em todo vínculo há uma presença sensorial corpórea dos dois, mas há um personagem que está interferindo sempre em toda relação humana, que é o terceiro. Neste sentido, vínculo é uma estrutura psíquica complexa. O circuito vincular tem direção e sentido, tendo um porquê e um para quê. Quando somos internalizados pelo outro e internalizamos o outro dentro de nós, podemos identificar o estabelecimento do vínculo de mútua representação interna. Considera-se que este vínculo consiste em uma estrutura complexa de relação que vai sendo internalizada e que possibilita ao sujeito construir uma forma de interpretar a realidade própria. Na vivência com os outros nós nos constituímos por meio de uma história vincular que vai se tecendo nessa relação. Assim, o grupo operativo é considerado como uma estrutura operativa que possibilita aos integrantes meios para que eles entendam como se relacionam com os outros (GAYOTTO, [1992]).
“Todo conjunto de pessoas, ligadas entre si por constantes de tempo e de espaço e articuladas por sua mútua representação interna, se coloca explícita ou implicitamente na tarefa que constitui sua finalidade”.
Essa síntese constitui um pensamento do autor: c) Pichon-Rivière.
Se você compreendeu adequadamente a proposta teórica apresentada por Kurt Lewin, assinalou a alternativa c. As demais alternativas não correspondem a definição de grupo apresentada no enunciado. A definição faz menção a tarefa enquanto finalidade do grupo, fator explicitamente ressaltado por Pichón-Revière e não pelos demais autores.
Exercícios
O Psicodrama permite o acesso a uma forma de realidade raramente atingida por outras abordagens terapêuticas, alcançando o território dionisíaco, que é a libertação das convenções corriqueiras, que Moreno chamou de realidade suplementar. Seu conceito é fundamental e foi introduzido para ajudar na apresentação da verdade pessoal do protagonista - “o decidir”. De acordo com os princípios da realidade suplementar, a autora ao escrever o texto pretendia... Transparecer que o mais importante é o que parece como verdadeiro e faz parte de uma verdade pessoal.
“O principal objetivo da ação dramática é favorecer aos membros do grupo a descoberta da riqueza inerente em vivenciar plenamente o status nascendi da experiência grupal, participando com a maior honestidade possível no momento”.
Essa síntese constitui um pensamento do autor: Levy Moreno.
Piaget trouxe grande contribuição ao estudar o desenvolvimento do pensamento, evidenciando as condições intelectuais que tornam a criança capaz de cooperar, explicando o efeito da cooperação na formação da mente. No entanto, quanto ao entendimento de Piaget em relação ao processo grupal, se pode afirmar que: As condições intelectuais da cooperação serão cumpridas num grupo quando cada integrante for capaz de compreender os pontos de vista dos demais.
O psicodrama compreende três etapas: Aquecimento, dramatização e compartilhamento. / Quando necessário os outros papéis podem ser desempenhados pelos demais membros do grupo.
Para Pichón-Rivière os papéis nos grupos operativos são muito importantes, pois surgem no acontecer grupal, no relacionamento eu-grupo e são condutas organizadas para satisfazer necessidades e expectativas individuais do grupo. Sobre tais papéis, analise as afirmativas a seguir:
Existem papéis instituídos (coordenador, observador e integrantes) e os não instituídos (o porta-voz, o bode expiatório, e o líder de mudança).
O líder de mudança surge quando se aceita o que o porta-voz disse, e este se torna um líder que expressou o desejo do grupo e contribuiu para a realização da tarefa.
O porta-voz se torna bode expiatório quando o grupo não aceita o que por ele foi dito e, por sua vez, o bode expiatório revela aquilo que está implícito no grupo, permitindo com isso a tomada de consciência. 
Cabe ao observador perceber e registrar o processo grupal, registrando a história do grupo.
Descentramento = Representa o “sair de si” que permite que o sujeito se reconheça no grupo, com outras pessoas que também têm necessidades e todos tendo com o objetivo comum a atingir, apesar daspróprias expectativas e história de vida.
Módulo 4: ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE GRUPOS-2
Contribuições teóricas: Schutz
 Will C. Schutz foi um estudioso das dinâmicas de grupos e desenvolveu ao longo de 30 anos suas pesquisas sistemáticas, realizando novas experiências sobre o fenômeno estudado por Kurt Lewin. Schutz (1958) destacou as implicações de suas descobertas como a interdependência e a estreita correlação que existe em todo grupo de trabalho entre seu grau de integração e seu nível de criatividade. O autor também considera as dimensões de dependência e interdependência como fatores centrais de compatibilidade de grupo, indicando que o determinante estratégico de compatibilidade é a dosagem específica de orientações para autoridade com orientações para intimidade pessoal. A concepção de compatibilidade de grupo é importante na constituição de equipes de trabalho, que tem metas bem definidas a alcançar, que poderia, ou deveria, funcionar adequadamente pela competência técnica de seus integrantes, mas que, por vezes, não rendem o esperado, certamente pelas dificuldades interpessoais no trabalho grupal.
No desenvolvimento do grupo, portanto, precisam também ser considerados os aspectos de personalidade de seus membros com relação as dimensão de dependência (autoridade) e interdependência (intimidade) além da dimensão tempo e outros fatores, tais como: objetivos do grupo, contexto físico-social, dentre outros. Esta formulação permite a Schutz a elaboração de um teste chamado FIRO (Fundamental Interpessoal Relations Orientations), capaz de medir conflitos e/ou independência em relação a cada uma das dimensões, bem como o grau com que o indivíduo fará sentir os seus pontos de vista ao expressar-se em um grupo. O autor inova o fenômeno grupal com sua teoria das “Necessidades Interpessoais” na formação e desenvolvimento de um grupo, conceito usado para especificar que a integração dos membros de um grupo acontece quando certas necessidades fundamentais são satisfeitas, pois só em grupo e pelo grupo essas necessidades podem ser satisfeitas, sendo fundamentais porque são vivenciadas por todo ser humano em um grupo qualquer.
Schutz (1958) nota 3 zonas de necessidades interpessoais existentes em todos os grupos:
NECESSIDADE DE INCLUSÃO; que significa a necessidade de se sentir considerado pelos outros, de sua existência no grupo ser de interesse para o outros. Cada membro do grupo procura seu lugar através de tentativas para encontrar e estabelecer os limites de sua participação no grupo, o quanto vai dar de si, o quanto espera receber, como se mostrará ou que papel desempenhará primordialmente. É uma fase de introdução do grupo de forma ativa e experimental.
A necessidade de inclusão é o sentir-se aceito, integrado e valorizado totalmente pelo grupo, além de procurar provas de que não é ignorado, isolado ou rejeitado. Em todas as três etapas, a maturidade social (o nível de socialização), e a necessidade de inclusão, condicionarão e determinarão atitudes mais ou menos adultas, evoluídas. Logo, os menos socializados nesta fase, comportam-se como membros infantis, com atitudes de dependência ou como membros da fase típica da revolta adolescente com atitudes de contra-dependência, forçando a inclusão. Esta fase refere-se ao significado que cada pessoa pensa ou sente ter para as outras pessoas que compõem o grupo. Assim, aquelas que se sentem com autoestima baixa comportam-se de maneiras extremadas e ansiosas, sendo sub-social com atitudes retraídas e afastando-se das pessoas, ou ultra social com atitudes extrovertidas, não suportando ficar sozinhas.
Os sentimentos inconscientes são iguais tanto no comportamento do sub-social quanto no comportamento do ultra social, mesmo que manifestos e opostos, a técnica sutil utilizada por ambos é de ser querido e poderoso. Os mais socializados podem participar muito ou pouco numa situação de grupo sem sentir-se ansioso, tendo atitudes de autonomia e interdependência e encontram satisfação pelos laços que estabelecem entre os membros do grupo. Para Schutz (1958), somente estes se tornam capazes de dar e receber afeição e estabelecem suas relações em nível autenticamente interpessoal. Os problemas apontados nesta fase de inclusão é o da decisão, ficar dentro ou fora do grupo. As interações de inclusão concentram-se nos encontros e a ansiedade da inclusão é de ser insignificante.
NECESSIDADE DE CONTROLE: significa respeito pela competência e responsabilidade dos outros e consideração dos outros pela competência e responsabilidade do indivíduo. Encontrado o seu lugar, cada membro passa a interessar-se pelos procedimentos que levem às decisões, ou seja, pela distribuição do poder no grupo e controle das atividades dos outros. É uma fase de jogo de forças, competição por liderança, discussões sobre metas e métodos, atuação no grupo e formação de normas de conduta dentro do grupo. Cada um busca atingir um lugar satisfatório às suas necessidades de controle, influência e responsabilidade.
A necessidade de controle faz referência ao poder, influência, autoridade, como também os indivíduos definirão para si mesmo suas próprias responsabilidades e as de cada membro dentro do grupo. Surgem então, questões como o grupo está controlado e por de quem? Quem tem autoridade sobre quem, em que momento e por quê? Respostas a estas perguntas trazem segurança para o indivíduo e vai delineando as estruturas do grupo e da autoridade.
A socialização determinará os comportamentos assim como o seu grau, sendo que os menos socializados permanecerão com atitudes infantis e dependentes procurando livrar-se das responsabilidades e passando-as, por exemplo, para aqueles que denominam como mais carismáticos. O desejo de controle varia entre desejo de ser controlado, isentando-se de responsabilidade e o desejo de controlar, que é ter autoridade sobre os outros com objetivo de ter controle sobre o próprio futuro. O comportamento de controle não implica em destacar-se como na inclusão. pois está subjacente à competência, ou seja, sentir-se competente ou sentir-se incapaz. Aqueles que se sentem incapazes têm comportamentos extremados e ansiosos com atitudes autocratas, pois tentam dominar, sendo fanático pelo poder e competidor. Os de atitudes abdicrata afastam-se de posições de poder e responsabilidades. A sensação latente tanto no autocrata quanto no abdicrata é a mesma, a incapacidade de se desincumbir de obrigações; não ser competente. Aqueles que se sentem capazes, denominados como democrata, que teve o seu problema de controle resolvido na infância, sentem-se confiável, dando ou recebendo. Pensa e quer o controle do grupo em termos de responsabilidades partilhadas. O problema do controle é estar por cima ou por baixo. A interação primária do controle é o confronto devido papéis diversificados e as lutas pelo poder. Competição e a influência passam a ter uma importância central e a ansiedade do controle corresponde a de ser incompetente.
NECESSIDADE DE AFETO: significa sentimentos mútuos ou recíprocos de amar os outros e ser amado, ou seja, sentir-se amado. Uma vez resolvidos razoavelmente os problemas de controle, os membros começam a expressar e buscar integração emocional. Surgem abertamente manifestações de hostilidade direta, ciúmes, apoio, afeto e outros sentimentos. Cada um procura conhecer as possibilidades de intercâmbio emocional, estabelecer limites quanto à intensidade e qualidade das trocas afetivas. O clima emocional do grupo pode oscilar entre momentos de grande harmonia e momentos de insatisfação, hostilidade e tensão. A tendência é o estabelecimento de um clima afetivo positivo dentro do grupo e que traz satisfações a todos, mas que não perdura muito tempo, passando ao polo oposto. 
Esta é a fase dos vínculos emocionais que se refere às proximidades pessoais e emocionais entre as pessoas. É a última fase a emergir no desenvolvimento de uma relação humana ou de um grupo. Os indivíduos querem obter provas de serem totalmente valorizados. Desejamser percebidos como insubstituíveis e aspiram ser respeitados por suas competências, aceitos como seres humanos não apenas pelo que têm, mas também pelo que são. De acordo com a maturidade social haverá variação de comportamentos, sendo que os indivíduos dependentes tentam satisfazer suas necessidades de afeto através de relações privilegiadas, exclusivas e geralmente possessivas, desejam relações hiperpessoais. Para esses indivíduos, os comportamentos estão classificados como subpessoal. Esse comportamento é o de evitar elos íntimos com as pessoas. Inconscientemente, temem não ser amados e sentem dificuldades de gostar das pessoas, além de desconfiarem dos sentimentos das mesmas. Enquanto, os indivíduos com o comportamento superpessoal procuram estar extremamente próximo das pessoas, inconscientemente ser querido é essencial como tentativa de aliviar a ansiedade de ser rejeitado. Usam a manipulação e a possessividade como técnicas sutis de relacionamento.
Os indivíduos mais socializados, denominados de pessoal, que tiveram as relações de afeto bem resolvidas na infância e interação íntima com outras pessoas, são capazes de dar e receber afeto genuíno. O problema de afetividade é estar próximo ou distante. A interação afetiva será o abraço e a ansiedade: é de ser ou não capaz de ser amado.
Alguns anos depois, Schutz retoma estes conceitos, ampliando com mais dois: A ciclagem e a separação. Para ele, a ciclagem representa o momento em que forças externas podem se impor ao funcionamento do grupo, chegando a fase de separação, o grupo se desfaz resolvendo suas relações de forma oposta, ou seja, do afeto para a inclusão. O comportamento individual é uma combinação de 4 tipos de comportamentos nestas zonas (e fases): o comportamento deficiente, o excessivo, o patológico e o ideal, na medida em que as necessidades são ativadas e satisfeitas.
O grupo passa pelas fases de inclusão, controle e afeção, em que há oportunidades para os membros satisfazerem suas necessidades interpessoais e o ciclo das pode repetir-se várias vezes durante a vida de um grupo, independente da sua situação.
Schutz (1958) relata ainda que cada dimensão pode apresentar doenças físicas especificas como enfermidades da inclusão, enfermidades do controle e enfermidades do afeto.
As enfermidades da inclusão referem-se aos limites entre EU e o resto do mundo, assim se manifestam na pele, nos órgãos sensoriais, olhos, ouvidos, nariz e boca, e com os sistemas corporais que entram em contato com o ambiente, como o sistema respiratório e digestivo-excretor, como por exemplo espinhas, cravos ou herpes, que podem ser uma manifestação de conflitos inconscientes relativos a inclusão, mantendo as pessoas afastadas. Outro exemplo, e o câncer tradicional, onde tem-se a impressão de que os doentes têm um forte desejo de viver, mas provavelmente existe neles uma poderosa dimensão inconsciente que deseja morrer.
As enfermidades do controle referem-se aos sistemas de órgãos que controlam o corpo: músculos, esqueleto, sistema nervoso e glândulas endócrinas. Por exemplo: a interpretação da artrite pode ser vista como contenção poderosa da raiva. Geralmente mulheres jovens que gostariam de bater nas próprias mães, sentem-se culpadas, e a artrite e um caminho para o impedimento de golpear alguém fisicamente.
O afeto refere-se a expressão de amor com o coração e de sexo com os órgãos genitais e, sendo assim, as enfermidades do afeto se manifestam no sistema circulatório. A circulação nutre o corpo todo, se esta constrita, o organismo inteiro tem dificuldade para obter nutrição suficiente. Isto acontece quando o amor está ruim ou ausente. Quando o sangue flui livremente através de um coração descontraído e aberto, e porque o amor está dando certo. Enfermidades genitais podem acontecer se há culpa sexual, se há dificuldade e um problema, se os costumes religiosos ou sociais são violados.
As necessidades interpessoais são satisfeitas normalmente por um equilíbrio de relações nas 3 zonas. As zonas de necessidades interpessoais caracterizam 3 fases de desenvolvimento grupal, embora muitas vezes não possam ser nitidamente distinguidas, pois os componentes do grupo não se enquadram todos na mesma etapa ao mesmo tempo, ao procurar satisfazer suas necessidades de acordo com seu ritmo pessoal.
Schutz (1958) traça um paralelo entre a formação de um grupo e as dimensões que surgem no desenvolvimento infantil. Aponta que inclusão, controle e afeto são aspectos interpessoais dos estágios oral, anal e fálico, pois a necessidade de inclusão que refere a necessidade do vínculo humano e tem como objetivo a sobrevivência, está ligada ao estágio oral que tem a boca como maior estimulação e maior necessidade para a mesma. A necessidade de controle, que refere ao poder e responsabilidade, está ligada ao estágio anal, período de luta e poder em torno da higiene pessoal, período da primeira barganha e negociação com a retenção das fezes. Por fim, a necessidade de afeto que faz referência aos vínculos emocionais está ligada ao estágio fálico, justamente na situação edípica, onde esses vínculos são elaborados através dos sentimentos de amor, ciúmes rivalidade, por exemplo. Schutz (1958) enfatiza então que inclusão, controle e afeto caracterizam todos os níveis de organização social. A inclusão, o controle e o afeto são dimensões presentes no homem desde a sua concepção.
Com relação ao método de trabalho desenvolvido pelo autor, o mesmo baseia-se nos Programas de Formação em grupos de encontro (grupos T). Estes grupos funcionam como laboratórios onde cada indivíduo possa ter a oportunidade de desenvolvimento de suas capacidades através de dinâmicas, e a partir destes encontros as relações interpessoais, os sentimentos de autoestima e as potencialidades de cada um possam ser trabalhados com um objetivo de crescimento individual e grupal, até do contexto geral de uma instituição.
Avaliação dos fenômenos da interação humana em grupos: Bales.
R. Bales (1950) em seu clássico estudo sobre o processo de interação discerniu 12 categorias que representam funções de participação num grupo de trabalho, cujo objetivo principal consiste na resolução de problemas.
As categorias distribuem-se em duas áreas de ocorrência: a área de tarefa e a área sócio emocional. A primeira é considerada neutra, englobando os comportamentos de perguntas e tentativas de respostas. A segunda pode ser positiva ou negativa, conforme as reações emocionais manifestadas dos participantes.
A área de tarefa compreende as funções ao nível de interação de conteúdo ou canalização de energia para a consecução dos objetivos comuns do grupo, enquanto a área sócio emocional compreende as funções de manutenção do próprio grupo. O quadro 1 mostra as categorias de interação e suas expressões comportamentais.
Os indivíduos do grupo desempenham papéis relacionados às categorias de interação nos dois níveis, tarefa e sócio emocional. Esses papéis são assumidos formal ou informalmente no curso dos processos de interação. Mesmo quando um papel formal é atribuído a um indivíduo, ele geralmente assume, também, outro papel informal.
Os papéis assumidos com mais frequência tendem a caracterizar a atuação do indivíduo no grupo. Assim, ao nível da tarefa, uma pessoa quase sempre inicia as atividades, propõe ou sugere ao grupo maneiras de abordar as tarefas ou cursos de ação, enquanto outra pessoa dinamizará os esforços, estimulando o grupo para melhor qualidade dos resultados, outra ainda ficará mais como observadora, etc. ao nível sócio emocional, alguns indivíduos aliviarão habilmente as tensões que surgem, outros mostrarão solidariedade, ou discordância, ou aumentarão as tensões, por exemplo.
QUADRO 1: CATEGORIAS DE INTEGRAÇÃO NO GRUPO – BALES
 
	ÁREA
	CATEGORIAS
	PROBLEMAS
	SUBCATEGORIAS
	COMPORTAMENTOS
	SÓCIO-EMOCIONAL
	Reações positivas
	f
 
e
 
d
	1.    Mostra solidariedade
2.    Mostra alívio de tensão
3.    Mostra concordânciaEleva o status do outro, ajuda, gratifica, é amistoso.
Partilha, ri, demostra satisfação.
Aceita passivamente, compreende, concorda.
	TAREFA
	Tentativas de resposta
	c
 
 
b
 
a
	4.    Dá sugestão
 
5.    Dá opinião
 
6.    Dá informação
	Sugere direções sem tirar a autonomia dos outros.
Analisa, avalia, expressa desejos e sentimentos.
Orienta, repete, esclarece, confirma.
	TAREFA
	Perguntas
	e
 
 
 
b
 
 
 
c
 
	7.    Pede informação
 
 
8.    Pede opinião
 
 
 
9.    Pede sugestão
 
	Solicita orientação, repetição, esclarecimento, confirmação.
Solicita análise, avaliação, expressão de desejos e sentimentos.
Solicita direção, possíveis formas de ação.
	SÓCIO-EMOCIONAL
	Reações negativas
	 
d
 
 
e
 
f
	10.Mostra discordância
 
 
 
11. Mostra tensão
 
12.Mostra antagonismo
	Rejeita passivamente, recorre a formalidade, nega ajuda.
Pede ajuda, devaneia, evade-se.
Rebaixa o status do outro e defende ou afirma o seu, é hostil.
 
Legenda de problemas:
a. de orientação
b. de avaliação
c. de controle
d. de decisão
e. de tensão
f. de integração
FONTE: Bales (1950)
Os estudos de Bales registrarão a seguinte distribuição típica de comportamentos de interação dos membros no grupo: cerca de 12% de reações negativas, 25% de reações positivas, 7% de perguntas e 56% de respostas. Este resultado indica, claramente, que a maior parte da interação no grupo é realizada sob forma de respostas sem perguntas equivalentes, isto é, informações, opiniões e sugestões não-pedidas. Menos de metade dos comportamentos interativos expressa reações positivas, negativas e perguntas. Seria interessante comparar estes dados que se referem a grupos típicos, normais, de universitários norte-americanos para resolução de problemas, com grupos nossos em reuniões de trabalho e verificar até que ponto os participantes também manifestam opiniões (eu acho..., eu penso..., eu considero...) e informações não-solicitadas com a mesma frequência, bem como a proporção das outras categorias. O leitor poderia fazer esta observação, empiricamente, sem preocupar-se com o rigor da pesquisa científica, apenas como base introdutória de reflexões pessoais sobre algumas dificuldades existentes no funcionamento e na eficiência de grupos de trabalho.
As classificações de papéis funcionais no grupo em construtivos e não-construtivos, conforme o esquema apresentado, não pode ser rigidamente aplicado. Um determinado papel desempenhado por um membro não pode ser julgado em termos absolutos, pois a interação não se faz no vácuo. Um papel facilitará ou inibirá as atividades e o desenvolvimento do grupo, sendo, portanto, construtivo ou não-construtivo, a depender das necessidades do grupo e de seus membros naquela ocasião específica.
Assim, por exemplo, embora na classificação os esforços para harmonizar e realizar divergências entre membros figurem como tipicamente facilitadores ou construtivos, haverá ocasiões na vida do grupo em que a descoberta e a eclosão dos conflitos latentes, para posterior tentativa e possibilidade de resolução dos membros, sejam altamente desejáveis. Os comportamentos de conciliação seriam inibidores do desenvolvimento de grupo e, por conseguinte, papéis não-construtivos nessa circunstância.
A competência interpessoal dos membros do grupo é desenvolvida à medida em que eles se conscientizam da variedade de papéis exigidos para o desempenho global do grupo e se sensibilizam para o que é mais apropriado às necessidades existenciais do grupo e de seus membros num determinado momento da vida do grupo.

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