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Unidade 5 conteúdo TEP adaptado

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Técnicas de Estudo e Pesquisa 
 
67 
5 Execução da Pesquisa 
Coleta dos dados. 
Análise dos dados. 
Dados quantitativos. 
Dados qualitativos. 
Interpretação dos resultados. 
Técnicas de Estudo e Pesquisa 
 
68 
 
Na unidade anterior você recebeu as orientações sobre o planejamento da 
pesquisa e a redação do seu projeto. Nesta unidade, trataremos da parte prática da 
pesquisa, ou seja, sua execução. A execução da pesquisa é a segunda das três 
etapas da pesquisa – planejamento, execução e divulgação. 
 
OBJETIVOS DA UNIDADE: 
• Compreender os passos necessários para a aplicação do projeto de 
pesquisa, ou seja, execução dos procedimentos planejados (metodologia) para 
alcançar os objetivos, obedecendo aos aspectos éticos, ao cronograma e ao 
orçamento estabelecido pelo pesquisador. 
 
PLANO DA UNIDADE: 
• Coleta dos dados. 
• Análise dos dados. 
• Dados quantitativos. 
• Dados qualitativos. 
• Interpretação dos resultados. 
 
Bem-vindo à quinta Unidade de Estudo. 
Bom estudo! 
Técnicas de Estudo e Pesquisa 
 
69 
 
A execução da pesquisa é o processo utilizado durante a realização da 
pesquisa para obter os dados sobre o objeto em estudo, seguindo o que foi 
previamente planejado e está documentado no projeto de pesquisa. Neste 
momento, como em toda a pesquisa, é importante ter cuidado para cumprir passo 
a passo as orientações contidas no projeto. As técnicas planejadas devem ser 
adequadas, possibilitando ao pesquisador sistematizar a localização, coleta, 
registro e tratamento dos dados necessários para solução do problema investigado 
e verificação da hipótese formulada (LIMA, 2004). 
Lembre-se de que pesquisas que utilizam informações provenientes, direta ou 
indiretamente, de animais e humanos, não podem iniciar sua fase de execução sem 
a aprovação do comitê de ética em pesquisa. 
 
Coleta dos dados 
 
Nesta etapa, paciência, persistência e disciplina são requisitos fundamentais 
para o pesquisador, pois a coleta de dados é uma tarefa laboriosa, que demanda 
tempo e é dependente da interação com os sujeitos da pesquisa, animais ou 
humanos, ou ainda da busca e leitura de arquivos, textos científicos ou outros 
documentos utilizados como fonte de dados. 
O pesquisador precisa ser disciplinado no cumprimento daquilo que foi 
planejado, pois a pesquisa científica caracteriza-se por ser sistemática e alterações 
na coleta de dados poderão comprometer a credibilidade dos dados obtidos. 
Araújo (2006) afirma que o rigor científico é decisivo para o êxito desta etapa. Para 
El-Guindy (2004), nesta fase, toda a criatividade, característica fundamental do 
pesquisador durante o planejamento do trabalho, compreensão da literatura sobre 
o assunto e discussão dos resultados obtidos, cede lugar à disciplina. 
Técnicas de Estudo e Pesquisa 
 
70 
 
Podemos voltar ao exemplo da Unidade 
4 sobre a receita culinária para fazermos uma 
comparação com esta etapa. Imagine o que 
aconteceria se durante o preparo do prato as 
quantidades estipuladas na receita e a ordem 
para acrescentar os ingredientes não fossem 
respeitadas. Os bons cozinheiros sabem que 
acrescentar o fermento no início da mistura 
de um bolo pode comprometer a sua receita. 
A execução da pesquisa é assim também. Se os procedimentos metodológicos 
não forem seguidos, os resultados obtidos ficarão comprometidos e, 
conseqüentemente, o conhecimento desenvolvido a partir desta pesquisa será 
questionável. Embora, os recursos metodológicos planejados – tipos de pesquisa, 
técnicas de coleta de materiais e métodos de análise, não representem métodos 
infalíveis que garantem segurança de resultados totalmente inquestionáveis, são 
instrumentos capazes de minimizar eventuais equívocos e otimizar a validade dos 
resultados alcançados (Lima, 2004). 
Assim, se uma pesquisa pretende avaliar o perfil de concluintes do ensino 
médio sobre sua escolha profissional, utilizando questionários, todos devem ser 
aplicados de maneira uniforme, pelo mesmo pesquisador ou por um grupo 
previamente treinado. Da mesma forma, em pesquisas experimentais, a atenção 
deve ser direcionada ao recrutamento dos sujeitos da pesquisa, preenchimento 
das fichas de coleta de dados e também armazenamento destas informações, no 
caso da pesquisa com muitos anos de seguimento (estudos longitudinais). 
Ainda, durante a coleta dos dados, o 
pesquisador deve procurar a imparcialidade e a 
isenção. A tendenciosidade deve ser evitada para 
garantir que os dados levantados retratem 
fielmente a realidade e não aquilo que o 
pesquisador espera. 
Técnicas de Estudo e Pesquisa 
 
71 
 
No caso das pesquisas que utilizam como fonte de dados material científico 
previamente publicado por outros autores ou ainda documentos, públicos ou 
privados, que ainda não receberam tratamento analítico, como a pesquisa 
documental, esforços devem ser empregados para selecionar adequadamente o 
material que será utilizado como fonte de informações. 
Para as pesquisas bibliográficas apresentamos um roteiro que poderá auxiliá-lo: 
 
A. Identificação das fontes bibliográficas: 
 
Constituem-se fontes para a pesquisa bibliográfica: 
• Fontes primárias 
 Apresentam trabalhos originais publicados pela primeira vez pelos 
autores. São exemplos de fontes primárias: teses e dissertações, livros, relatórios 
técnicos, artigos em revistas científicas, anais de congressos. 
• Fontes secundárias 
 Contém trabalhos não originais e que basicamente citam, revisam e 
interpretam trabalhos originais. Exemplos: artigos de revisão bibliográfica, livros-
texto, tratados e enciclopédias. 
• Fontes terciárias 
 Contém índices categorizados de trabalhos primários e secundários, 
podendo ou não apresentar um resumo. Bases de dados bibliográficos, índices e 
listas bibliográficas. 
 Primeiramente o pesquisador deverá identificar nestas fontes quando 
foram e onde estão publicados os trabalhos relacionados à sua área de estudo. A 
internet representa uma ferramenta importante na localização destas fontes. 
Assim, o mais prático é buscar nas fontes terciárias – bases de dados disponíveis na 
rede, através de palavras-chave uma relação de trabalhos relacionados. 
Técnicas de Estudo e Pesquisa 
 
72 
 
Na unidade anterior, já indicamos a biblioteca como uma importante fonte 
para o levantamento bibliográfico. A seguir, destacamos outros endereços 
importantes para o pesquisador: 
• Biblioteca Virtual da Educação (http://bve.cibec.inep.gov.br/) 
 A Biblioteca Virtual de Educação (BVE) é uma ferramenta de pesquisa de 
sítios educacionais, do Brasil e do exterior. É voltada a pesquisadores, estudiosos, 
professores, universitários, pós-graduandos e alunos de todas as séries escolares. 
• CAPES (http://www.periodicos.capes.gov.br) 
 Página gratuita, mantida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de 
Pessoal de Nível Superior (CAPES), apresentando acesso a teses e periódicos em 
todas as áreas do conhecimento. 
• SCIELO (http://www.scielo.org) 
 A Scientific Electronic Library Online (SciELO) é uma biblioteca virtual que 
abrange uma coleção de periódicos científicos brasileiros, propiciando acesso 
gratuito a textos completos. O acesso a esta coleção pode ser feito através da lista 
alfabética de títulos dos periódicos, índice de assuntos ou palavras-chave. 
 
• Bireme (http://www.bireme.org) 
 Proporciona acesso à informação científico-técnica em saúde, relevante e 
atualizada e de forma rápida, eficiente e com custos adequados. O pesquisador 
pode cadastra-se no site e solicitar os artigos que só estiverem disponíveis em 
bibliotecas muito distantes de sua residência.• Web of Science (http://www.webofscience.com) 
 Site com informações sobre artigos publicados em todas as áreas do 
conhecimento (Ciências, Ciências Humanas e Sociais, Artes e Humanidades), a 
partir de 1945. Em cada artigo listado, pode ser obtido o resumo, as referências e as 
citações. Apresenta a restrição para utilização mediante assinatura ou acesso 
através de instituições de ensino público. 
Técnicas de Estudo e Pesquisa 
 
73 
 
• Medline (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/PubMed) 
 MEDLINE (MEDlars onLINE) é uma base de dados bibliográfica criada pela 
Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (National Library of Medicine’s 
- NLM), na qual são indexadas publicações referentes à medicina, enfermagem, 
odontologia, medicina veterinária, saúde pública e cadeiras básicas (fisiologia, 
anatomia, bioquímica, etc). Através desta base é possível ter acesso às citações 
bibliográficas e resumos de trabalhos publicados em mais de 3000 periódicos 
correntes da área biomédica, publicados nos Estados Unidos e em outros países. A 
base apresenta predomínio da língua inglesa e apresenta registros desde 1966. 
Não há dúvidas de que a internet representa uma revolução no que concerne 
à troca de informação. Contudo, esta facilidade na busca e coleta de dados pode 
oferecer alguns perigos, principalmente quando relacionados à veracidade das 
informações publicadas. Os critérios para manutenção de qualidade da informação 
na rede não são muito rigorosos, ou seja, qualquer indivíduo pode criar sua 
homepage com qualquer conteúdo. Assim, imaginemos que alguém elabore uma 
página sobre o Brasil. Este indivíduo pode descrevê-lo como um país cujo regime 
político é a Monarquia e sua moeda corrente é a “Realeza”. Desta forma, devemos 
considerar que informações colhidas na internet devem ser cuidadosamente 
confirmadas. Por este motivo, durante uma pesquisa científica, deve-se buscar as 
fontes em sites com finalidade científica. As homepages comerciais devem ser 
usadas com restrições. 
 
B. Seleção das fontes a serem obtidas 
 
 Eliminar duplicações, revistas difíceis de achar, trabalhos muito 
similares dos mesmos autores, etc. 
 Ler os títulos e resumos e eliminar as referências pouco relevantes. 
Técnicas de Estudo e Pesquisa 
 
74 
 
C. Localização e obtenção 
 
• Formas de obtenção: 
- Artigo em texto completo on line; 
- Revista/livro disponível em biblioteca; 
- Empréstimo interbibliotecas (informe-se na biblioteca da UNIVERSO 
ou da instituição mais próxima a você); 
- Separata com colega ou orientador; 
- Solicitar separata ao autor; 
- Pedido on line. 
 
D. Leitura, sumarização das citações relevantes 
 
 Leitura sistemática por ordem de prioridade e do mais recente 
para o mais antigo. 
 Fazer anotações suplementares de leitura, visando à futura 
redação. 
 Uso de fichas sistemáticas, contendo a referência, resumo, 
comentários, grau de interesse ou localização. 
 
Análise dos dados 
 
A análise dos dados compreende a apuração das informações obtidas. As 
variáveis a serem observadas e medidas diferem-se normalmente pela forma como 
são medidas. Podemos facilmente atribuir valores a algumas variáveis, como idade 
de uma pessoa, seu peso, sua altura, número de filhos, anos de estudo ou a 
freqüência com que algum fenômeno acontece. Por outro lado, para algumas
Técnicas de Estudo e Pesquisa 
 
75 
 
características, a atribuição de valores ou níveis é mais difícil como, por exemplo, 
aferição de sentimentos, percepções ou conhecimento sobre um assunto. As 
primeiras variáveis exemplificadas são chamadas de quantitativas e as últimas, 
qualitativas. De acordo com o tipo de variável utilizado é possível fazer a 
classificação da pesquisa em pesquisa quantitativa e pesquisa qualitativa. Neste 
material, preferimos utilizar a classificação proposta na unidade 3. Abordamos esta 
classificação por fazer parte da literatura sobre o assunto. É possível encontrar 
autores que defendem um tipo ou outro, contudo entendemos que: 
 
 “...não há contradição, assim como não há continuidade, entre investigação 
quantitativa e qualitativa. Ambas são de natureza diferente. A primeira atua em 
níveis da realidade [...]. A segunda trabalha com valores, crenças, representações, 
hábitos, atitudes e opiniões. A primeira tem como campo de práticas e objetivos 
trazer à luz dados, indicadores e tendências observáveis. Deve ser utilizada para 
abarcar, do ponto de vista social, grandes aglomerados de dados, de conjuntos 
demográficos, por exemplo, classificando-os e tornando-os inteligíveis através 
de variáveis. A segunda adequa-se a aprofundar a complexidade de fenômenos, 
fatos e processos particulares e específicos de grupos mais ou menos 
delimitados em extensão e capazes de serem abrangidos intensamente. Do 
ponto de vista epistemológico, nenhuma das duas abordagens é mais 
científica do que a outra (grifo nosso). De que adianta ao investigador utilizar 
instrumentos altamente sofisticados de mensuração quando estes não se 
adequam à compreensão de seus dados ou não respondem a perguntas 
fundamentais? Ou seja, uma pesquisa, por ser quantitativa, não se torna 
“objetiva” e “melhor”, ainda que prenda à manipulação sofisticada de 
instrumentos de análise, caso deforme ou desconheça aspectos importantes dos 
fenômenos ou processos sociais estudados. Da mesma forma, uma abordagem 
qualitativa em si não garante a compreensão em profundidade.[...]. Tanto do 
ponto de vista quantitativo quanto do ponto de vista qualitativo, é necessário 
utilizar todo o arsenal de métodos e técnicas que ambas as abordagens 
desenvolveram para que fossem consideradas científicas. [...] Assim, o estudo 
quantitativo pode gerar questões para serem aprofundadas qualitativamente, e 
vice-versa.” (MINAYO & SANCHES, 1993). 
Técnicas de Estudo e Pesquisa 
 
76 
 
A seguir apresentamos as formas de análise dos dados quantitativos e 
qualitativos. 
 
a) Dados Quantitativos 
Quando a pesquisa trata de dados quantitativos, os 
dados são analisados através da estatística descritiva ou 
inferencial. A estatística descritiva utiliza distribuição de 
freqüências, medidas de posição e dispersão entre outras, 
enquanto a inferencial compreende a aplicação de testes estatísticos. 
Para a análise de dados quantitativos, a utilização de aplicativos é 
fundamental. Podem ser usados programas como o MS Excel™ ou o OpenCalc, que 
apresentam recursos tanto para tabulação dos resultados quanto para realização 
dos testes estatísticos. Existem ainda programas destinados especialmente a estas 
análises como o SPSS ou o Epi-Info. O SPSS é um programa que exige licença para 
sua utilização, contudo o Epi-Info foi desenvolvido pela Organização Mundial de 
Saúde e seu acesso é gratuito. Consulte o site www.cdc.gov/EpiInfo. 
Após a tabulação dos dados obtidos, utilizando um destes programas é 
possível descrever a prevalência de uma determinada doença ou a freqüência de 
crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem. É possível descrever ainda 
a média de idade dos pacientes examinados ou das crianças avaliadas. Se o 
pesquisador lançar mão da estatística inferencial será possível determinar se a 
diferença encontrada em um grupo ou outro é estatisticamente significante. Para 
tanto, será necessário aplicar um teste estatístico aos resultados encontrados. Este 
teste estabelece se os resultados encontrados pelo pesquisador são 
estatisticamente significantes, ou seja, se a probabilidade de ocorrer valores iguais 
ou menores do que aqueles obtidos por acaso é baixa (VIEIRA & HOSSNE, 2001). 
Para realizar a análise estatística de sua amostra,o pesquisador deve consultar um 
estatístico, especialista no assunto, para juntos identificarem qual ou quais os 
testes mais apropriados para sua pesquisa. 
Inferência - operação que consiste 
em, tomando por base amostras 
estatísticas, efetuar generalizações. 
(HOUAISS, 2006) 
Técnicas de Estudo e Pesquisa 
 
77 
 
b) Dados Qualitativos 
Dados qualitativos representam dados não-métricos, cuja análise tende a ser 
mais complexa, pois as informações obtidas não podem ser diretamente tabuladas 
e contadas. Representam dados qualitativos as informações obtidas em entrevistas, 
discursos, conversas, notas de campo, materiais audiovisuais ou notas biográficas. 
Assim, imagine o trabalho de um pesquisador ao final de um trabalho de 
campo, em que utilizou entrevista semi-estruturada para determinar a percepção 
de adolescentes sobre a violência em suas escolas. Se este pesquisador utilizou 
entrevista semi-estruturada, como este pesquisador deve proceder para obter 
conclusões a partir dos dados coletados? 
Primeiramente, o pesquisador deverá organizar e classificar o material obtido, 
de acordo com categorias previamente definidas. É um trabalho árduo e, numa 
primeira etapa, mais “braçal” do que propriamente analítico. Para ajudar na 
realização desta etapa da análise de dados coletados, dispõe-se de alguns 
aplicativos que podem ajudar no trabalho. Esses aplicativos criam um ambiente 
digital que pode ser utilizado leitura/interpretação de materiais advindos de 
pesquisa com dados qualitativos. Entre os mais práticos, encontram-se o 
FolioViews e o NUD*IST (Qualitative Solutions and Research). 
Terminada a etapa de organização e classificação do material coletado, o 
pesquisador deverá ler e analisar em profundidade as informações, de modo a 
produzir interpretações e explicações que procurem responder o problema e as 
questões que motivaram a investigação. Assim, articulando as fontes geradas nos 
trabalhos de campo, como fragmentos de discursos, imagens, trechos de 
entrevistas e o referencial teórico, o pesquisador fará suas considerações e passará 
a descrever os resultados e explicações para o fenômeno estudado. A abrangência 
e generalização destes resultados dependerão da ponte que se possa construir 
entre o pequeno universo investigado e universos sociais mais amplos. 
Técnicas de Estudo e Pesquisa 
 
78 
 
Interpretação dos resultados 
 
A interpretação dos resultados é o processo de entender o significado da 
análise dos dados obtidos e as implicações destes na prática e para a pesquisa. 
Este é o item mais complexo na execução da pesquisa, pois requer do 
pesquisador uma postura crítica de como foi conduzida sua pesquisa – falhas e 
limitações, para que não superestime seus resultados. Além disso, é necessário 
domínio do tema da pesquisa para identificar os pontos fracos e fortes dos 
resultados obtidos. Durante a interpretação dos resultados, o pesquisador deve 
ressaltar a contribuição da sua pesquisa para o meio acadêmico ou para o 
progresso da ciência e da tecnologia. 
O pesquisador deve identificar os resultados mais significativos e apontar as 
divergências e convergências destes com a literatura científica consultada. 
Nesta parte, pode-se resumir que: 
“O pesquisador fará as ilações que a lógica lhe permitir e aconselhar, 
procederá as comparações pertinentes e, com base nos resultados alcançados, 
enunciará novos princípios e fará as generalizações apropriadas”. (RUDIO, 2000, p. 
129) 
 
É HORA DE SE AVALIAR 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
 
Técnicas de Estudo e Pesquisa 
 
79 
 
Ao final desta unidade já ultrapassamos a metade do nosso “caminho da 
pesquisa”. Alguns podem pensar que a pesquisa terminou, afinal já encontramos 
os resultados para nossas indagações iniciais. Contudo, temos que lembrar que 
ainda falta uma parte, que compreende a apresentação dos resultados à 
comunidade científica, certo? Então, vamos para a nossa última unidade.

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