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INFLAMAÇÃO E SISTEMAS DE REPARO Profª. Ms. Laura de Sousa Gomes Veloso O QUE É INFLAMAÇÃO? Do latim inflamare e do grego phlogos = pegar fogo!!!!!!!!!!!!!!!!!! É uma reação dos tecidos a um agente agressor caracterizada morfologicamente pela saída de líquidos e de células do sangue para o interstício. É uma reação que visa restaurar a homeostase tecidual após uma lesão. É uma reação complexa do tecido conjuntivo vascularizado a qualquer estímulo (endógeno ou exógeno), com o objetivo de reparação tecidual. O QUE É INFLAMAÇÃO? Estímulo lesivo Liberação de substâncias químicas Reações vasculares para reparo O QUE É INFLAMAÇÃO? O QUE É INFLAMAÇÃO? Inflamação ou flogose “é uma resposta vascular a injúria”. Causas Infecção Trauma Injúria física (extremos de temperatura ou radiação ionizante) Injúria química Injúria imunológica Tecido morto (alterações infamatórias ocorrem no tecido viável adjacente a áreas necróticas) - NECROSE O QUE É INFLAMAÇÃO? SINAIS CARDINAIS RUBOR (vermelho devido a dilatação dos vasos) DOR (devido ao aumento da pressão exercido pelo acúmulo de fluído intersticial e devido mediadores químicos como a bradicinina) CALOR (devido ao aumento do fluxo sanguíneo) TUMOR (devido ao acúmulo extravascular de fluído) PERDA DA FUNÇÃO SINAIS CARDINAIS SINAIS CARDINAIS TIPOS DE INFLAMAÇÃO INFLAMAÇÃO AGUDA Instalação rápida; Duração até 15 dias; Presença dos sinais cardinais; Prevalecem os fenômenos vasculares e exsudativos; Predomina polimorfonucleares: neutrófilos. INFLAMAÇÃO CRÔNICA Longa duração; Instalação lenta; Prevalecem fenômenos produtivos; Sinais cardinais discretos; Linfócitos e plasmócitos. INFLAMAÇÃO CRÔNICA ESPECÍFICA Longa duração; Instalação lenta; O agressor não é eliminado; é aprisionado. INFLAMAÇÃO AGUDA X CRÔNICA INFLAMAÇÃO AGUDA X CRÔNICA INFLAMAÇÃO AGUDA X CRÔNICA INFLAMAÇÃO AGUDA X CRÔNICA INFLAMAÇÃO AGUDA X CRÔNICA INFLAMAÇÃO AGUDA X CRÔNICA INFLAMAÇÃO AGUDA X CRÔNICA NÃO ESQUEÇAM.... LEMBREM-SE SEMPRE... INFLAMAÇÃO AGUDA Resposta imediata à lesão; Caracterizada por fenômenos dinâmicos de ordem vascular e exsudativa. As etapas são orquestradas por substâncias químicas – mediadores: INFLAMAÇÃO AGUDA Fenômenos irritativos: O estímulo lesivo ativa as células de defesa, através da sinalização química chamada de QUIMIOTAXIA. Tipos: Infecções; toxinas; parasitas intra e extracelulares; PAMP’s: proteínas de superfície associadas aos patógenos bacterianos; Necrose tecidual; Corpos estranhos; Antígenos e as reações alérgicas. INFLAMAÇÃO AGUDA Fenômenos irritativos: Sistemas de coagulação: possibilitam a fibrinólise, a partir da trombina e da plasmina. São mediadores plasmáticos (humorais). Sistema complemento: Sistema em cascata de proteínas que culmina com formação de um poro na membrana levando a morte celular. Tipos: C3a e C5a – ativadores da vasodilatação; C3b – intermediário para a fagocitose. Sistema de Cininas: para atrair e direcionas migração celular para o foco da inflamação. Tipos: Pro-inflamatórias (IL-1, TNF-α, IL-6, IL-18) e Anti-inflamatórias (IL-10, TGF-β, IL-4). Mediadores celulares: plasmócitos, mastócitos, neutrófilos, fibroblastos segregam substâncias vasodilatadoras, como a histamina e prostaglandinas. INFLAMAÇÃO AGUDA INFLAMAÇÃO AGUDA Fenômenos vasculares: São representados por modificações vasculares da microcirculação, comandadas por mediadores liberados durante a fase irritativa. Responsáveis pelo fenômeno de rubor observado macroscopicamente. Caracterizada pelo aumento da permeabilidade capilar, seguida da vasodilatação. Permite que as células e os mediadores saiam do vaso sanguíneo e cheguem ao plasma, no foco da lesão. INFLAMAÇÃO AGUDA Fenômenos vasculares: 1 - Vasodilatação arteriolar por ação da histamina, e mantida por prostaglandinas e leucotrienos – hiperemia ativa e fluxo sanguíneo rápido; 2 - Vênulas menores dilatam-se, mas as maiores sofrem pequena constrição aumentando a pressão hidrostática aumento da permeabilidade vascular exsudação de plasma para o interstício – hiperemia passiva INFLAMAÇÃO AGUDA Fenômenos vasculares: 1 - Vasodilatação arteriolar por ação da histamina, e mantida por prostaglandinas e leucotrienos – hiperemia ativa e fluxo sanguíneo rápido; 2 - Vênulas menores dilatam-se, mas as maiores sofrem pequena constrição aumentando a pressão hidrostática aumento da permeabilidade vascular exsudação de plasma para o interstício – hiperemia passiva 3 – Aumento da permeabilidade capilar Diapedese Fenômenos exsudativos: Consistem na saída dos elementos do sangue – plasma e células – do leito vascular para o interstício. A exsudação plasmática precede a celular, sendo que a exsudação de leucócitos é o elemento morfológico mais característico das inflamações. A exsudação plasmática começa nas fases iniciais de hiperemia. O exsudato pode ser pobre ou rico em proteínas e sua quantidade varia bastante. INFLAMAÇÃO AGUDA pressão oncótica intersticial Síntese de ácido hialurônico Degradação do estroma Expressão da claudina-1 Quebra de proteoglicanos Migração leucocitária INFLAMAÇÃO AGUDA Edema Estase sanguínea Fenômenos exsudativos: fluxo sanguíneo laminar PMN’s trafegam na margem do vaso PMN + Selectina Rolamento dos PMN’s pelo endotélio PMN’s + INTEGRINA DIAPEDESE INFLAMAÇÃO AGUDA Estase sanguínea Migração leucocitária Fenômenos exsudativos: 1ºdos PMN’s 2ºdos mononucle ares Fenômenos fagocitários: Após a diapedese, os leucócitos reconhecem as células agredidas ou invasoras. O reconhecimento é feito por meio de proteínas de superfície e receptores de membrana. Segue-se: - Englobamento; - Formação do fagossomo; - Injeção de enzimas lisossomais; - Fagolisossomos; - Proteólise e absorção. INFLAMAÇÃO AGUDA Fenômenos Resolutivos: Demarcam o fim da I.A.: INFLAMAÇÃO AGUDA Alteração dos receptores celulares Apoptose leucocitária Formação de lipoxinas Transfiguração dos macrofágos M1---M2 Secreção de citocinas anti- inflamatórias Segregação de glicocorticoides pela Adrenal (via ACTH) RESULTADOS: INFLAMAÇÃO AGUDA REGENERAÇÃO CICATRIZAÇÃO ENCISTAMENTO CALCIFICAÇÃO CRONIFICAÇÃO INFLAMAÇÃO CRÔNICA CARACTERÍSTICAS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA: Infiltração por monomorfonucleares (linfócitos, macrófagos e plasmócitos) Angiogênese Destruição tecidual Reparação mediante substituição por tecido conjuntivo (angiogênese e fibrose) INFILTRAÇÃO MONOMORFONUCLEAR INFLAMAÇÃO CRÔNICA REPARAÇÃO POR TECIDO CONJUNTIVO (FIBROSE): Angiogênese Migração e proliferação fibroblástica Deposição de matriz extra-celular Maturação e organização do tecido fibroso (remodelamento) INFLAMAÇÃO CRÔNICA INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA Granuloma de corpo estranho Granuloma imunológico LINFÁTICOS NA INFLAMAÇÃO Ajuda a drenar o líquido do edema Agente agressor pode causar linfangites ou linfadenites Pode levar o agente agressor à corrente sangüíneaPADRÕES MORFOLÓGICOS Padrões morfológicos nas inflamações agudas e crônicas: 1 Inflamação serosa 2 Inflamação fibrinosa 3 Inflamação supurativa 4 Úlceras Efeitos Sistêmicos na Inflamação 1 Febre: IL-1 e IL-6 2 Leucocitose CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CICATRIZAÇÃO POR 1ª INTENÇÃO: Cicatrização por segunda intenção Resposta inflamatória reparadora
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