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Teoria Geral do Estado e Poder Constituinte

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Teoria geral do Estado é uma disciplina de síntese, que sistematiza 
conhecimentos jurídicos, filosóficos, sociológicos, políticos, etc., valendo-
se de tais conhecimentos para buscar o aperfeiçoamento do Estado. 
 
Conceito de política: conjunto de esforços feitos para participação ou influência na divisão 
do poder, seja entre um ou mais Estados. 
O Estado é de interesse central para a política, sendo ele um local para o exercício do poder. 
 
O Estado como pessoa jurídica: o Estado é universalmente conhecido como pessoa jurídica, 
que expressa sua vontade por meio de determinadas pessoas ou órgãos. 
Surgimento do Estado como sociedade política: é certo que o nome Estado, indicado como 
sociedade política, só aparece no séc. XVI, e por isso alguns autores entendem que o Estado só 
surgiu a partir do séc. XVII. 
 
Origem do Estado 
a) Para muitos, o Estado sempre existiu, pois desde que o homem vive sob a terra, 
encontra-se um povo com uma integração social, dotada de um certo poder e com 
autoridade para definir o comportamento do grupo. 
b) Admite-se que a sociedade humana existiu sem Estado durante certo período. Depois, 
por motivos diversos, o Estado foi constituído para atender as necessidades e/ou 
conveniências dos grupos sociais. 
c) Admitem como Estado a sociedade política dotada de certas características. Para 
estes, o conceito de Estado é histórico e surge com a ideia de soberania a partir do séc. 
XVII. 
 
Formação originária do Estado: trata-se da formação de novos Estados a partir de 
outros pré-existentes. 
Teoria da formação natural: afirmação de que o Estado se formou naturalmente, não 
por um ato puramente voluntário. 
Teoria da formação contratual (atualmente C. F.): teoria de que o Estado se originou 
por uma convenção entre os membros da sociedade humana. 
 
a) Origem familiar ou patriarcal: cada família primitiva se ampliou e deu origem ao 
Estado. 
b) Origem em atos de força, violência ou de conquista: síntese de que superioridade de 
força de um grupo permitiu-lhe submeter outro mais fraco. 
c) Origem em causas econômicas ou patrimoniais: criação puramente artificial para a 
satisfação dos interesses de uma pequena minoria. (Por Marx) 
d) Origem no desenvolvimento interno na sociedade: sociedades que atingiram maior 
grau de desenvolvimento e alcançaram uma formação complexa, tem absoluta 
necessidade do Estado, e então se constitui. 
 
Fracionamento: quando uma parte do território de um Estado se desmembra e passa a 
constituir um novo Estado. 
União: implica a adoção de uma constituição comum, desaparecendo os Estados pré-
existentes que aderiram a União. 
Estados confederados: é a união de Estados soberanos por meio de um tratado 
internacional. Apesar do pacto, qualquer Estado poderá se retirar da confederação, pois 
possuem soberania. 
Estados federados: é a união de Estados membros autônomos com base em uma 
constituição. O Estado membro não pode se retirar do pacto federativo, pois não possui 
mais a soberania. 
Estados Unitários: Estados que possuem como característica a centralização do poder 
político, com base em uma constituição. Todo poder político passa pelo governo central. 
 
Poder constituinte – introdução 
A sociedade antecede o próprio Estado. A sociedade pertence a um ciclo mais amplo, e o 
Estado a um ciclo mais restrito. 
São três elementos para a existência de uma sociedade: os membros, os objetivos e 
as regras. 
São três elementos do Estado: povo, território e soberania. 
As pessoas representam o povo, as regras estão na constituição e o objetivo na busca do 
bem comum. 
 
Ideia de poder constituinte: poder genuinamente político. Noção de um poder que 
elabora a constituição. 
“Para se acabar com as desigualdades e principalmente com os privilégios, devia se fazer 
uma constituição, e essa seria elaborada por um poder constituinte. ” 
 
Características – poder constituinte 
a) Inicial: base da ordem jurídica. Revoga as disposições da constituição anterior e as 
normas infraconstitucionais anteriormente produzidas que lhe forem incompatíveis. 
b) Autônoma: apenas o exercente pode determinar a forma de estruturação da 
constituição. 
c) Iliminato: não está limitado por uma constituição anterior ou por qualquer outra 
norma jurídica. 
d) Incondicionado: não está sujeito a qualquer forma pré-determinada para a sua 
criação. 
 
A titularidade desse poder pertence ao povo, porém o exercício poderá ocorrer de duas 
formas: 
1) Por meio de revolução: caso um grupo revolucionário tome o poder e dite uma 
constituição. 
2) Por meio de Assembleia Constituinte: onde os representantes do povo elaboram uma 
constituição. 
 
Exercício autocrítico: quando há uma criação unilateral da constituição, geralmente 
manifestada por meio de cartas constitucionais. 
Exercício democrático: noção de soberania popular. Há duas formas: a primeira, pela 
convocação de um órgão especial (Assembleia Nacional Constituinte). A segunda, por meio 
da utilização de um órgão comum, não criado especialmente, mas tendo adaptado suas 
funções habituais para criar a constituição (Congresso Constituinte). 
Exercício sinalogmático: fase intermediário entre as posições autocríticas e democrática. 
Forma consensual de exercício do poder constituinte. Já foi conhecida também como 
pactos que eram celebrados entre o monarca e o parlamento. 
 
Poder constituinte derivado: poder jurídico, pois sua atuação depende das regras 
previstas na constituição. É dividido em reformador e decorrente. 
Reformador: aquele que tem o poder de reformar a constituição. 
No caso brasileiro, é feito por meio de emendas, pelo Congresso Nacional, com atuação na 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Competência reformadora. 
Características: limitado, condicionado, derivado e subordinado. 
 
Limites procedimentais: procedimento de alteração da constituição: a emenda na 
constituição é aprovada passando por dois turnos de votação, em cada casa do Congresso 
Nacional, com a necessidade de 3/5 dos votos em cada turno. Será promulgada pelas 
Mesas Diretoras (órgão de direção de cada casa) da Câmara do Senado. 
Limite temporal: é possível fazer uma previsão temporal para a modificação de uma 
constituição. Por exemplo, proibir sua alteração no prazo de 10 anos. 
Limites circunstanciais: há três circunstancias em que não será possível a tramutação de 
uma emenda constitucional: intervenção federal, Estado de defesa e Estado de sítio. 
Limites naturais: núcleo imutável da constituição (cláusulas pétreas). Previsto no art. 60, 
§ 4°, C. F. 
 
Poder constituinte derivado decorrente: é a possiblidade de auto-organização dos 
Estados-membros, por meio da elaboração de suas próprias constituições estaduais, 
observando-se as regras e os limites estabelecidos na constituição federal. 
Princípio da simetria: os princípios e regras estabelecidos pelo poder constituinte 
originário ao elaborar a lei maior, devem ser mantidos pelas constituições estaduais. 
Estado liberal: procura com maior eficiência o atingimento da liberdade no sentido de 
não constrangimento pessoal. Assim, o Estado interfere o mínimo possível nas relações 
entre os particulares. 
Democracia: significa participação ou governo da maioria.

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