Buscar

PSICOGÊNESE DA LINGUA ESCRITA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Com a base nos estudos de Emília Ferreira e Ana Teberosky com crianças de quatro e seis anos de idade. Entende se a processo que a criança deve percorrer para compreender as características, a valor e a função da escrita desde que este seja a produto do seu conhecimento. Apesar de vários métodos á certa preocupação com a grande números de crianças que não aprende chamam tudo de fracasso escolar mesmo que haja boas intenções.
 A problemática de tudo isso é reconhecer e enfatizar o aumento do numero de analfabetos no mundo. A alfabetização tem duas faces: relacionado aos adultos e outras crianças não se torne futuros analfabetos na verdade a que se garante é o direito a educação gratuita.
 O grande problema do analfabetismo é que ele não de dividi anos, se concentra nas regiões pobres e questão de raças, são desfavorecidos e é onde se concentram a maior porcentagem dos fracassos escolares.
 Fala-se de repetência que acontece nos primeiros anos e obriga a criança a repetir seu fracasso, o outro problema central é a deserção escolar, onde a criança abandona um grupo ou sistema ao qual pertence.
 A pedagogia tentou dar respostas para solucionar o problema. Os métodos tradicionais de ensino da leitura são métodos sintéticos e analíticos, ou seja, a correspondência entre o som e a grafia. O linguista Leonard Bloomfiel (1942) Afirma: A causa principal das dificuldades de compreensão do conteúdo da leitura e o domínio imperfeito da mecânica da leitura. “e acrescenta: o primeiro passo, que pode ser separado dos subsequentes, é o reconhecimento das letras.”
 A competência da fala do aprendizado e a capacidade da criança aprender e absorver a que foi ensinado são aspectos fundamentais. É possível que uma criança diante de sua cultura e o convívio social ela tenha uma aprendizado assistemático, (ou seja, fora da sala de aula).
 A criança busca na língua uma regularidade e uma coerência que faria dela um sistema mais lógico do que na verdade a criança tem sua forma de achar a forma certa para falar mesmo inconsciente àquilo que usa no seu dia a dia.
 Na teoria de Piaget pode-se compreender aqui a criança é o sujeito que através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo e que constrói e organiza seu mundo onde vive que o conhecimento é transformado pelo processo de assimilação do sujeito. Portanto o sujeito é o mais importante no processo de aprendizagem e não quem conduz a esse conhecimento. Nas características e investigações realizadas, é possível identificar os processos cognitivos subjacentes á aquisição da escrita; compreender a natureza das hipóteses infantis; descobrir o tipo de conhecimento específico que a criança possui ao iniciar a aprendizagem escolar. Parte-se do principio de que existe uma maturação para a aprendizagem e que se procura colocar em evidencia são os aspectos positivo do conhecimento. O que levou a construção deste projeto por parte dos autores foi
1- Não identificar leitura com decifrado
2- Não identificar escrita com cópia de modelo
3- Não identificar progresso na conceitualização com avanços no decifrado ou na exatidão da cópia.
 O método de indagação, a analisa dos resultados, a população, o método de ensino da leitura e da escrita; este projeto tinha como objetivo explorar os conhecimentos da criança no caráter qualitativo com uma população de classe baixa. Os resultados desta investigação mostram que o processo de aprendizagem da criança pode vir por vias insuspeitas e que a criança não começa do zero, ou seja, tem sempre uma bagagem que traz de fora.
 Que uma criança não saiba ainda ler não é obstáculo para que tenha ideias bem precisas sobre as características que deve possuir um texto escrito para que permita um ato de leitura. Torna-se claro, através dos exemplos que os autores observaram que a exigência de uma quantidade mínima de caracteres é totalmente independente das denominações que a criança seja capaz de empregar que chamem a esses caracteres letras e números, palavras ou coisas sem importância. Pensava-se que havia uma confusão entre números e letras. Certamente não há confusão e sim uma sistematização diferente da do adulto. 
 Para M.Cohen (1958), em todas as línguas os números se lêem ideologicamente.
 Cada vez mais as ilustrações ganham importância nos livros infantis e apontam o surgimento de uma nova ferramenta na literatura.
 As imagens atraem a criança a pegar o livro e desperta o interesse pela leitura, e as ilustrações apenas ajuda o reforça o que diz o texto.
 Estes livros ilustrados vêm ganhando cada vez mais reconhecimento e ver-se que a, quantidade disponível agora é maior que antigamente; eles estão começando a ser utilizados como material literário em sala de aula, pois é uma porta de entrada para o universo das letras. Mas as imagens e os textos devem caminhas juntos, imagina um livro ande há ilustrações, não contendo uma narrativa, uma historia, do que servira ou acrescentara no aprendizado de uma criança? Pois se engana, quem diz que a leitura por imagens é fácil; precisa-se de uma alfabetização do olhar, a intimidade que a criança tem hoje com o livro ilustrado pode resultar em um conforto educativo, mas não dispensar o acompanhamento aluno-educador, sendo assim aprende-se a ler e também a ver. Infelizmente, nem sempre o educador sabe trabalhar com os livros ilustrados, muitas das vezes vira um brinquedo em sala de aula, entregando o a criança a fim de aproximá-lo da leitura, mas o afastando ao mesmo tempo, pois cabe o educador ajudá-los a decifrar os códigos visuais evitando um afolhamento rápido. Falta quem faça a interpretação ou tradução daquilo que diz, é preciso que o olhar da criança e do educador seja educado ou despertado, porque trabalhar com a leitura com imagem é compreender o projeto gráfico, as técnicas, as cores, estilo de ilustrações e principalmente a ligação da escrita com a imagem.
 O primeiro deles é o fato de a criança ler um texto escrito, mas sem imagem, mas com a fala de um adulto, que lê o texto para a criança ouvir. Já o segundo problema consta no hábito em que temos de escrever além das letras e dos sinais de pontuação, fazer o uso de outro elemento gráfico, como deixar os espaços em branco entre os grupos de letras.
 Os grupos de letras separados por espaços em branco correspondem a cada uma das palavras emitidas, parece até simples, mas não é bem assim. Os espaços em branco entre as palavras não correspondem às pausas reais de locução.
 A escrita é definida de “palavra”, ao decidir quando escrever “junto” ou “separado”.
 A técnica utilizada para estudar este problema consiste em escrever na frente da criança, uma oração seguida da entonação normal, e apontando com o dedo para que a criança acompanhe a leitura. Um exemplo simples, PAPAI CHUTA A BOLA, lida sem pausas entre as palavras, foi perguntado à criança onde estava escrito PAPAI, onde estava escrito BOLA, onde estava escrito CHUTA, sempre alternando pra ver se a criança reconhecia à escrita. 
 Dessa forma aplicando varias maneiras de se relacionar aquilo que a criança está lendo com o que está escrito. A análise destas respostas nos leva a pensar que cada criança vê a escrita de uma forma diferente, sendo que para elas a escrita é uma maneira de representar objetos ou desenhar, por exemplo, onde o papai chuta a bola, que podia ser na terra, num campinho, ou no quintal, depende muito do retrato e contexto familiar que esta criança possui, por conta do cenário.
 Podendo se levar em conta então que para essas crianças os nomes são considerados como propriedades dos objetos.
 Outro exemplo é que se do ponto de vista da criança precisa ou não precisa fazer separação quando se escreve uma oração.
 A oração escolhida foi OURSOCOMEMEL, para que as crianças pudessem apontar ou dizer onde deveria separar.
 Dentro da pesquisa com varias crianças, teve um bem interessante, a criança em questão separou o texto em trêspartes e ficou assim, “OURSOCO ME MEL”. Ela apenas separou, mas não tinha ideia real da escrita.
 As crianças deduzem o que está escrito, mesmo quando o texto é alterado, elas repetem a mesma frase porque ainda não estão decifrando o texto.
 A criança percebe que a escrita apenas representa objetos e personagens das quais se falam, ou seus nomes por causa da entonação e da dificuldade que ela encontra no texto que propõe maior número de fragmentações do que de personagens citados.
 Uma das maneiras de resolver este problema é introduzir, para os fragmentos que sobram os nomes de outros objetos que indicariam a decoração ou o cenário da ação referida na oração.
 É de suma importância considerar quando a criança consegue supor que o verbo faz parte da escrita e que eles podem ser representados, podendo-se perceber um bom resultado na evolução da leitura dessa criança. Entendendo que as pesquisas feitas com varias crianças favorecem este estudo mais aprofundado da escrita e da leitura, na forma de entender e de compreender que a percepção das crianças depende muito da forma como damos entonação às palavras, e de como escrevemos deixando os espaços em branco, usando as separações da escrita.
 Percebemos o quanto é importante mostrarmos para a criança exatamente onde ela pode ligar os objetos, mesmo aprendendo a ler e interpretar sem imagem.
A criança desde cedo presencia todos os tipos de leitura dos adultos, inclusive as leituras dirigidas a elas. Com 2 e 3 anos a criança imita claramente e espontaneamente a postura e o jeito do adulto, elas seguram o objeto de leitura, relatam o que vê utilizando marcas, como se estivessem realmente lendo.
Segundo a autora, uma das situações de grande complexidade é a questão dos leitores adultos terem o hábito de situar cada conteúdo, no seu contexto antes de ler. Há uma diferença entre a leitura dirigida para crianças da classe média e crianças da classe baixa, isto porque a criança, mesmo favorecida vive mergulhada numa cultura letrada. Para a criança de classe baixa, a escrita é um objeto de potencial de atenção e reflexão intelectual. 
Foi recolhido dado para avaliar o conhecimento das crianças em relação à interpretação do ato de leitura silenciosa e o ato de leitura em alta voz com: conto, notícias jornalísticas e diálogos oral, com crianças de 4 a 6 anos.
A leitura silenciosa é interpretada pela criança como olhar, falar, dizer, para ela precisa ouvir o som da voz do leitor. O fato de fixar no texto implica ou nesse caso, no jornal é compreendi como leitura desde que se ouve o som. Isto é, uma exigência da criança conforme os entrevistados.
Na interpretação da leitura com voz, consiste em fazer a leitura em alta voz. Foi apresentado uma situação embaraçosa com o objeto e analisar a capacidade da criança de desenvolver o conteúdo apresentado no texto sobre portador do outro:
“O interrogatório centrava a atenção das crianças em dois aspectos: procedência oral e escrita do enunciado e a viabilidade de pertencer a certo tipo de texto impresso”.
As crianças verdadeiramente se sentem valorizadas quando estão lendo e, se na leitura silenciosa as crianças, interpretavam como falta de voz, na leitura com voz, indica o ato de leitura. No questionamento realizado com as crianças, a ideia era identificar se elas sabiam diferencias o continente e o conteúdo escrito era necessário uma reflexão em relação ao texto executado e o portador exibido. As respostas mostram que as questões superam a possibilidade de compreensão das crianças para que a presença da voz, as letras, os gestos do leitor são como dados que justificam as suas respostas.
A criança consegue até perceber a diferença entre a fala e a leitura, mas não consegue antecipar os conteúdos da mensagem por conta da identificação do portador do texto. Se não valorizar a relação entre o continente geográfico e o conteúdo escrito, qualquer exposição é insuficiente para com o suporte material apresentado.
Independente das propriedades formais do texto é preciso centralizar o enunciado do tema, do qual se fala. Para alguns indivíduos, tem um modo de verificar-se o ouvinte que não pergunta sobre o ato de leitura e nem sobre o tipo de portador de texto, nesse caso consiste em exigir a presença da imagem para ter convicção de que o ouvinte corresponde ou não com o suporte material exigido. Assim o tema deve aparecer no desenho, no questionamento com a criança de 4 anos, responde com clareza, porque contem elementos do conteúdo recolhida pela criança estava desenhado. Era um conto impresso no noticiário jornalístico. Isto indica que a noticia jornalística pode ser lida em um livro. Livros com imagens denominados “contos.”
O conto pode significar o que está no livro, mas podemos entender também como relato imaginário. Um conto infantil pode ser lido ou contado em forma de história e pode ter diversas formas linguísticas. Podemos ler sobre as letras e contar através de exposição de desenhos.
Uma das crianças, de 4 anos e de classe média, questionada é clara ao afirmar que contar é “mais diferente que ler”, já a outra criança de 4 anos também e de classe média, confirma: “pode ler porque é um conto que tem obras.”
A consequência dessa convicção esta pautada no desenho e nas letras. As crianças de classe média interpretam com mais firmeza porque estão acostumadas a ouvirem a leitura, estão em contato direto com os livros, provalmente livros de conto. O adulto lê para elas. 
Já a criança de classe baixa tem maior contato com jornais, ao verem os pais lendo. Então o que elas ouvem é o que o adulto comenta após a leitura, nesse caso, o jornal para a criança é “para ler” e os livros de conto é para “contar”. O julgamento das crianças é que os jornais falam a verdade e os livros de contos são mentiras, por outro lado afirmam que os jornais são para os “grandes” e conto para as “crianças” ou tem desenhos. Existem também os fatos ilustrativos que classifica dois tipos de impressos: jornais e livros de contos. Essa classificação divide a obrigação de atrair os conteúdos sem reconhecer os valores verdadeiros de uma notícia.
A característica do estudo a expressividade de uma língua é uma descrição formal. É nesse nível que há a concentração no enunciado e a avaliação dos atos de leitura.
É a superação do conflito e a obtenção da concentração, é a possibilidade de raciocínio sobre conteúdo e o estilo do anunciado. Percebemos que a diferença entre a língua oral e escrita feitas por crianças que não sabem ler, revelam uma aprendizagem através de uma experiência social não sistemática. De acordo com as interpretações das crianças, observamos a importância de estudos para o campo do conhecimento do estilo língua escrita.
Até aqui temos falado do modo como a criança encara os textos entregues em suas mãos. A criança que tem mais acesso a livros, papel e lápis, tem maior facilidade para a assimilação das letras. A escrita para a criança de 2 ou 3 anos começa a aparecer de duas formas possíveis: com os traçados ondulados (em emes) ou com uma série de círculos na vertical, e é dessa forma que a própria criança se comunica e interpreta aquilo que escreveu.
Mas a partir de que momento a criança dá uma interpretação à sua escrita? Ou de outra maneira, a partir de que momento a escrita deixa de ser traçados e se transforma em uma representação simbólica? Essas indagações serão respondidas e compreendidas a partir de estudos rigorosos e mesmo sem respostas já se sabe que a criança de classe média reconhece, mesmo que do jeito dela, as letras do seu próprio nome, porque houve uma influência no meio em que ela convive. 
Logo no inicio da interpretação de seu nome, a criança escreve de varias formas, tanto separados com objetos, quanto desenhos de outros sinais que de sertã forma compõe o seu nome e, esses objetos, mesmo sem nenhum traçado, também compõe o seu nome.
Como a criança escreve sem a ajuda da escola? É feito uma exploração sobre a escrita da criança de algumas maneiras: pedindo a criança à escrita do seupróprio nome ou o nome de algum amigo ou de alguém da família, estas formas de sondagem, serve para a identificação e a relação que a criança tem com as letras e, no que diz respeito à interpretação, a criança sabe o que escreve. Todavia, o que podemos ressaltar, são as tentativas de correspondência figurativa entre a escrita e o objetivo referido.
O que torna visível quanto a isso é que a criança não escreve conforme o nome real ou conforme a figura e sim pela quantidade numérica, o tamanho ou a idade do objeto, tornando claro que a dificuldade de desenhar e escrever são momentâneas.
No processo gráfico, a criança já começa a dar formas para as letras e isso acontece por volta de 4 anos. No curso do desenvolvimento, a criança adquiri certos modelos estáveis de escrita, obtidos por oportunidades que apareceram, o nome próprio da criança, é um ótimo exemplo para isso, pois é uma forma fixa que a criança tem de ilustrar, pois tudo a criança associará com o seu nome, rejeitando então todos os objetos que tem o começo com a letra de seu nome, pois para ela, aquela letra é apenas do seu nome.
 A obtenção de algumas formas fixas pela criança está ligado à convivência com a cultura e as pessoas em sua volta. É importante observar que, a partir dessa obtenção surgem o bloqueio e a utilização dos modelos obtidos para prever outras escritas. Analisando mais profundamente esses dois surgimentos na vida da criança em relação à escrita, o bloqueio nada mais é do que a falta de um modelo existente para a criança, ou seja, se alguém para de escrever a criança para de copiar, perdendo o estimulo para a escrita. Já a utilização dos modelos, a criança faz o compartilhamento das características da escrita.
Há uma evolução importante na escrita, onde cada letra compõe uma escrita, ou seja, conforme ela a ouve escreve isso é a hipótese silábicas. E esta evolução consiste em na superação da etapa de uma correspondência global, entre a forma escrita e a expressão oral atribuída e a primeira vez que a criança trabalha claramente com a hipótese de que a escrita representa partes sonoras da fala, ou seja, a criança associa a quantidade de vezes que se abre a boca, ou as palavras mais fortes, exemplo: “SAPO” a criança escreve AO.
A criança, quando começa a trabalhar a hipótese silábica, surgem duas características marcantes e importantes da escrita anterior, que são as exigências de variedade e de quantidade mínima de caracteres, começam por um momento a desaparecer, e possivelmente comece a surgir novas qualidades de escrita.
Quando a criança entra em conflito entre a quantidade mínima de caracteres e a hipótese silábica, torna-se ainda mais interessante, pois a criança se sente obrigada a escrever sobre duas formas para as palavras dissílabas. Ocorre então, um problema mais grave nas palavras monossílabos, como “sol” e “sal”, a criança entra em um conflito cognitivo, onde essa exigência que a criança faz da quantidade mínima de caracteres chega a um dado resultado, que ao se ler é utilizado à hipótese silábica.
Ocorre nesse período a passagem da hipótese silábica para a alfabética, onde a criança entra em conflito, pois a hipótese silábica e as formas fixas concebidas pelo ambiente de convívio, pois são apresentadas com maior clareza quando ele escreve o seu próprio nome. Porém, esse conflito torna-se notável quando se trata da escrita do próprio nome quando a criança não tem uma imagem visual estável, acontece em crianças de classe baixa por não terem maior contato com a escrita, já nas crianças de classe média o contexto é diferente, pois elas tem um maior contato com livros, por conta do seu convívio. 
Quando a criança não tem a influência dessas informações, por conta do seu convívio, a fase da hipótese silábica, por isso não avançam para a fase alfabética, crianças de classe baixa são as que menos tem influência. Contudo, o meio por si só não gera conhecimento, as crianças de classe média, por terem o convívio influenciado pela leitura, mesmo sem a ajuda do professor, ela já reconhece as letras do seu nome e aprendem também outras coisas.
O termino dessa etapa protagonizada pela criança na fase da escrita, é constituída pela escrita alfabética, caracterizada pela “barreira do código”, onde a criança relaciona a escrita com o som das palavras.
É utilizado como modelo de escrita o próprio nome da criança, onde o modelo de toda escrita depois de muitos casos, tem a função especial de estudar os princípios da mente. É importante salientar que a escrita do próprio nome tornou-se, aparentemente, um papel essencial no desenvolvimento das escritas por meio da história. Parece que o próprio nome funciona como uma forma estável para a criança, ou seja, é uma forma que não muda e é cheia de significações. A diferença social interfere e influência na aprendizagem da criança que inicia a cultura da escrita em seu convívio, com isso chegam às escolas de ensino fundamental sem saber ao menos o próprio nome.
Quando a criança escreve o próprio nome, pode ser lido tanto por ela, quanto pelos adultos, entretanto, quando a criança não conhece as letras ou as formas, é introduzido as letras móveis, assim ela poderá compor o seu nome e de um dos seus familiares e depois começa a escrever o seu sobrenome.
A partir disso a criança passa a deixar a leitura global e tenta fazer uma relação de tudo entre ela mesmo. As crianças de classe começam a ignorar a forma convencional de escrita do nome, porém as crianças de classe média assimilam com mais facilidade, de forma precoce, a escrita do próprio nome, pois receberam influência e, com isso tratam a forma fixa como formas ordenadas, sem a compreensão da razão de toda esta ordem. Com isto ela utiliza o sistema da hipótese simbólica aplicando no próprio nome, onde a leitura consiste em limitar-se apenas no nome. Não excluindo a leitura do sobrenome, mas dividindo essa leitura em duas formas: quando o nome próprio é dissílabo, ou quando a criança é capaz de escrever corretamente seu nome. 
A hipótese silábica, é uma forma fixa aplicada e recebida a partir do externo, em conflito com ela mesmo de forma continua. É preciso que haja esse conflito, delimitando a necessidade de ir além da sílaba, para encontrar a satisfação de uma correspondência.
A criança, em relação à escrita, começa a misturar as letras que vem da hipótese silábica e de um começo alfabético. Em seguida a criança começa a inserir em seu aprendizado a escrita e a leitura, que agem a partir dos princípios alfabéticos e, também são encontrados problemas nessa fase da vida dela, agora na parte ortográfica.
É preciso fazer uma análise principal qualitativa, de forma que essa análise não vire algo que represente de fato esses grupos analisados, os dados analisados servem para dar uma ideia geral. 
O dado das crianças de classe baixa, comparados com os dados das crianças de classe média tem algumas diferenças, porém as crianças de 4 anos estão muito próximas em sua realidade de escrita.
No que se refere às crianças de 4 e 5 anos de classe média e classe baixa, elas se diferem na parte da escrita, onde as crianças de classe média elaboram a hipótese silábica e já se utilizam as letras diferenciando-as pelo seu valor sonoro, já as crianças de classe baixa, até chegam a elaborar a hipótese, mas sem nenhuma diferenciação do valor sonoro. É importante ressaltar que, o fato de que até chegar à hipótese silábica, pode ser determinante pra que a criança termine sua evolução na escrita.
A técnica de transformação das palavras do próprio nome, tratando da mesma referência e de outras palavras, com iniciação á escrita: MAMÃE, PAPAI. A partir destas formas é que são construídos os primeiros modelos de escrita da criança; é elementar que a escrita seja considerada como essencial, para que não haja variação na interpretação.
As crianças de 4 a 6 anos sem o processo escolar têm um nível mais primitivo, é mais interessante a consistência das condutas, em algumas transformações e a certa rejeição por parte da criança. As respostas surpreendemessas consistências na suposição que compõe estas transformações de uma palavra, que corresponde a outros nomes. 
Muitas crianças, com idade entre 5 e 6 anos, rejeitam as transformações sem ao menos tentar fazer a leitura, e essa rejeição se da exclusivamente pela falta, ou pela presença de outras palavras ou pela composição das mesmas. Poucas crianças da mesma faixa etária de classe média têm essa rejeição pelas transformações, mais tentam fazer a leitura das palavras.
As crianças de 6 a 7 anos de classe baixa, que frequentam o primeiro ano utilizam as letras na presença de uma palavra, onde é considerada a quantidade de letras necessária e também a ordem, mais, todavia elas rejeitam as transformações, ocorre uma mudança gráfica mínima, onde corresponde a uma mudança no significado e uma mudança gráfica mínima correspondente a uma mudança sonora.
Crianças de 4 a 7 anos que já frequentam a escola apresentam resultados muito bons, pois, para elas não tem mistério nenhuma em relação ao código alfabético. 
As crianças como a ajuda escolar tem uma evolução na sua escrita, por que algumas escolas publicas receberam uma educação sistemática, sendo comparadas aos ensinos de uma escola particular, onde os professores, na maioria mulheres, da primeira série utilizavam os textos de leitura e os métodos de ensino. O mais interessante é que as novas séries de dados são apresentadas a partir da evolução das hipóteses.
Estudos foram feitos para acompanhar a evolução das crianças, esse estudos foi dividido em 4 grupos de estudos, que descobriram que:
No primeiro grupo as crianças têm um nível inicial de condutas, outra característica é o valor que as crianças dão aos caracteres das escritas, elas utilizam de letras com valor de índice da presença da palavra.
No segundo grupo as crianças se encontravam na hipótese silábica, mas já escreviam com a letra cursiva.
No terceiro grupo as crianças encontravam-se no inicio do ano escolar, evidencia o processo com o caráter interno e construtivo da hipótese silábica.
E no quarto grupo, este constituído por crianças que frequentam o primeiro ano já sabiam escrever, ou seja, já estavam na etapa alfabética.
Há um problema que ainda persiste e apenas estudos do tipo longitudinal pode ajudar a sanar esse problema, a partir do nível inicial, os problemas tem o ritmo de desenvolvimento vinculado, porém diferente dos problemas sequenciais de níveis ou etapas no desenvolvimento.

Outros materiais