Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Miocardiopatias Prof. Genildo Ferreira Nunes Miocardiopatias Miocardiopatias ou Cardiomiopatias: São definidas como doenças do miocárdio que se apresentam com disfunção cardíaca. Classificação: 1. Anátomo-funcional 2. Etiopatogênica 1. Dilatada 2. Hipertrófica 3. Restritiva 4. Miocardiopatia ventricular direita arritmogênica 5. Miocardiopatia não compactada Miocardiopatias Classificação Anátomo-Funcional Miocardiopatia Dilatada • Inibição da contratilidade • Perda celular progressiva • Fibrose Características: � Dilatação ventricular � Função global do VE reduzida � Paredes com espessura normal Achados Secundários: � Insuficiência mitral funcional � Cavidades atriais aumentadas � VD aumentado � Trombo mural apical Miocardiopatia Dilatada Miocardiopatia Dilatada • Primária (geralmente idiopática) • Secundária Miocardiopatia Dilatada Secundária Miocardiopatia Dilatada • Fase assintomática(Compensada) • Sintomas • Baixo débito (fadiga, astenia, cansaço) • Congestão (IVE x IVD) Miocardiopatia Dilatada Idiopática • Uma das causas mais frequentes de ICC no Brasil e no mundo • Mais frequente em homens e negros (3x) • Sintomatologia insidiosa • 1/4 têm melhora parcial espontânea • Sintomáticos > piora inexorável, com mortalidade em 5 anos de 30 a 60% Viral??Viral?? Miocardiopatia Alcoólica • Etilismo pesado: consumo diário > 90g (750ml de vinho, 1.800ml cerveja, 225 ml aguardente) • EUA: é a principal causa de MCP 2ária • Brasil: Em áreas endêmicas, perde apenas para a Dça de Chagas • Agressão aguda x crônica /// Efeitos reversíveis x irreversíveis • Não abstinência: mortalidade em 3 anos de 40 a 50% DOENÇA DE CHAGAS (Tripanosomíase Americana) �Parasitose tecidual e hemática, endêmica em amplas regiões da América, cujo agente etiológico é o Trypanosoma cruzi. DOENÇA DE CHAGAS INTRODUÇÃO Carlos Chagas � 1907-1909 � Lassance (MG) 14/04/1909 – Berenice(2 anos) Carlos Chagas descobriu: Agente etiológico(Trypanosoma cruzi) Biologia no hospedeiro vertebrado e invertebrado Seus reservatórios Diversos aspectos da patogenia Sintomatologia da doença Histórico Carlos Justiniano Ribeiro Chagas Carlos Justiniano Ribeiro Chagas Oswaldo Cruz Oswaldo Cruz Instituto Soroterápico Federal, 1900Instituto Soroterápico Federal, 1900 DOENÇA DE CHAGAS •• FORMAS CLÍNICAS (Freqüência no Brasil): � Fase aguda: assintomática� 90% a 98% sintomática � 2% a 10% � Fase crônica: Forma indeterminada � 50 a 69% Forma cardíaca� 13% Forma digestiva� 10% Formas mistas � 8% Forma Indeterminada da Doença de Chagas Caracterização �Positividade de exames sorológicos e/ou parasitológicos. �Ausência de sintomas e/ou sinais da doença. �ECG normal. �RX normais:coração, esôfago e cólons. MIOCARDIOPATIA CHAGÁSICA CRÔNICA Estágios Evolutivos de Gravidade (OMS) �Sem sintomas: Área cardíaca normal, ECG=BRD, extra-sístoles isoladas, ADRV �Sintomas evidentes: Cardiomegalia moderada, ECG=BRD + HBAE, fibrose �Sintomas acentuados: ICC. Grande Cardiomegalia. ECG= arritmias complexas, fibroses extensas. Doença de Chagas Doença de Chagas Aneurisma Apical Miocardiopatia periparto Último mês da gestação até • Último mês da gestação até 6 meses pós-parto • 50 a 60% recuperam completamente a função cardíaca. As demais têm evolução desfavorável. Miocardite Aguda • Critérios de Dallas: infiltrado inflamatório adjacente a áreas de necrose e degeneração de miócitos • Jovens do sexo masculino • Geralmente subclínica ou oligossintomática • Principal etiologia: Viral • Cocksackie B, Adenovirus, Influenzae, agentes das doenças exantemáticas Miocardite Aguda • Diagnóstico: História, exame físico, ECG, RX,ECO, RMN Biópsia endomiocárdica. • Internação e medidas de suporte • Biópsia Endomiocárdica (Sens 80% e Espec 65%): bacterianas, fúngicas, febre reumática, toxoplasmose, miocardite chagásica • Miocardites virais: Interferon Medidas Gerais: Peso, sal, álcool, fumo, exercício, anemia etc... Drogas: ECA/BRA Carvedilol, Metorpolol, Bisoprolol, Nebivolol Espironolactona Furosemida/Digoxina Antiarritmicos (Amiodarona) Anticoagulantes Inotrópicos positivos (dobutamina, dopamina) Cirurgia: Ressincronização Cardíaca Transplante Miocardiopatia Dilatada Tratamento Miocardiopatia Hipertrófica Caracteriza-se por hipertrofia do miocárdio, que determina aumento da espessura das paredes sem dilatação ventricular, na ausência de doença cardíaca ou doença sistêmica como causa da hipertrofia. Miocardiopatia Hipertrófica Formas: Miocardiopatia Hipertrófica Consequências fisiopatológicas ** • Obstrução da VSVE • Disfunção diastólica (déficit de relaxamento) • Isquemia miocárdica HVE / aum P intracavitária / red coronárias intramurais Miocardiopatia Hipertrófica ••MSA da Mitral (Efeito Venturi) •Espessura do septo Miocardiopatia Hipertrófica • Geralmente assintomáticos • Desencadeados pelos esforços ‣ Dispnéia disfunção diastólica ‣ Angina pectoris isquemia miocárdica ‣ Síncope / pré-síncope fenômeno obstrutivo ‣ Fadiga muscular fenômeno obstrutivo Eletrocardiograma Ecocardiograma Diagnóstico diferencial CMH • Causas comuns de HVE concêntrica: HAS e Estenose Aórtica • “Coração do atleta” (limites da HVE fisiológica) • Cardiomiopatia infiltrativa restritiva Consequências… Miocardiopatia Hipertrófica • Principal causa de Morte Súbita em atletas durante atividade física • Causa mais comum de MS em jovens • Preditores para MS: • Idade < 35 anos • História familiar de MS • MS abortada • Múltiplas TVNS ao Holter • Espessura ventricular > 30 mm • Hipotensão ao exercício • História de síncope com < 3 anos Tratamento • Medicamentoso: • B-bloqueador • Verapamil • Antiarrítmico: Amiodarona • Marcapasso/CDI • Embolização alcoólica • Ventriculectomia Miocardiopatia Restritiva Miocardiopatia Restritiva • Doença primária do coração • Forma mais rara de MCP • Mecanismo: Infiltrativo x Fibrótico • Complacência Disfunção diastólica ✦ Ventrículos ✦ Átrios Miocardiopatia Restritiva Doenças Não Infiltrativas -Cardiomiopatia restritiva idiopática * -Esclerodermia Doenças Infiltrativas -Endomiocardiopatia eosinofílica de Loeffler -Amiloidose *(ptn amiloide) -Hemocromatose (Fe) -Sarcoidose(granulomas+inflamação) -Dças metabólicas de depósito (glicogenoses) -Metástase para o miocárdio Doenças Fibróticas miocárdicas -Cardiotoxicidade pela doxorrubicina -Actínica (Radioterapia) -Rejeição crônica de Transplante cardíaco -Sd carcinóide -CM restritiva familiar -CM restritiva idiopática Doenças Fibróticas endomiocárdicas -Endomiocardiofibrose tropical * -Forma tardia da endomiocardiopatia de Loeffler Miocardiopatia Restritiva ECOECO Miocardiopatia Restritiva • Amiloidose • Hemocromatose • Sarcoidose • Glicogenoses Biópsia Endomiocárdica Tratamento ✓ Diuréticos, BB e Nitratos ✴ Digitais, iECA, Bloq canais Ca • Anticoagulação • Cirurgia: Endomiocardofibrose tropical ou Endomiocardiopatia de Loeffler (fases avançadas) • Tx cardíaco: Idiopática, familiar ou outras não sistêmicas A CAVD é uma doença genética, de caráter familiar, caracterizada por substituição progressiva do miocárdio por tecido fibrogorduroso. Displasia Arritmogênica de VD Clinicamente manifesta-se por palpitações, síncope e, em alguns casos, morte súbita como manifestação inicial. O diagnóstico se faz por meio de critériosclínicos e de imagem, como ecocardiografia e ressonância nuclear magnética e por meio de biópsia endocárdica. O tratamento: Cardiodesfibrilador implantável (CDI) e no uso de antiarrítmicos para diminuição da incidência de arritmias. Evitar esportes... Displasia Arritmogênica de VD Displasia Arritmogênica de VD DIAG.: dois critérios maiores ou um maior e dois menores ou quatro menores Displasia Arritmogênica de VD Doença rara que provavelmente surge no período embrionário, com a parada intrauterina da compactação miocárdica no início do desenvolvimento fetal, e que determina trabeculações miocárdicas proeminentes com recessos intertrabeculares profundos e espessamento do miocárdio em duas camadas distintas (compactado e não compactado). Miocardiopatia não compactada Miocardiopatia não compactada
Compartilhar