Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FLUIDOTERAPIA EM PEQUENOS ANIMAIS Prof. Dr. André Galvão 2016 “Os perdedores vêem os raios, e se amedrontam, os vencedores vêem a chuva e com ela a oportunidade de cultivar” Augusto Cury Caso Clínico �Cão Fêmea, adulta com 5kg de peso corporal, com 8% de desidratação e vômito e diarreia. � Qual a quantidade de fluido necessária para a paciente em 24 horas?? � Qual a velocidade de administração neste período? Fluidoterapia • Constitui em forma de tratamento de suporte na reposição de fluido e eletrólitos, atuando na correção do desequilíbrio ácido-básico. � Do peso corporal (volemia): � 60% corresponde em água para os cães e gatos adultos. � 80% corresponde em água para os neonatos. � Paciente idosos apresentam menor % de água. Fluidoterapia • Constitui em forma de tratamento de suporte na reposição de fluido e eletrólitos, atuando na correção do desequilíbrio ácido-básico. � Do peso corporal: � 60% corresponde em água para os cães e gatos adultos. � 80% corresponde em água para os neonatos. � Paciente idosos apresentam menor % de água. FILHOTES E PACIENTES IDOSOS SÃO MAIS SENSÍVEIS A DESIDRATAÇÃO!!! Fluidoterapia • Componentes dos fluidos: • Fluido e eletrólitos devem permanecer em equilíbrio. � A água corporal contém grande quantidade de solutos, variando conforme o compartimento em questão. � Os eletrólitos (sódio, potássio, fósforo, magnésio e bicarbonato) são quantificados nos fluidos utilizando as unidades: g/mL; mg/mL; mEq/L. Fluidoterapia • Componentes dos fluidos: • Fluido extracelular corresponde 40% de água corporal. • Fluido intracelular corresponde 60% de água corporal. • Os compartimentos de fluido corporal são separados por membranas celulares semi-permeáveis que permitem a passagem, o trânsito de ÁGUA E ELETRÓLITOS! Fluidoterapia • Os solutos são capazes de atravessar a membrana celular, geralmente do meio mais concentrado para o meio menos concentração (osmose). � As moléculas de substâncias chamadas eletrólitos (íons) dissociam-se em partículas com cargas positivas ou negativas, sendo denominados: � Cátions para carga positiva; � Ânions para carga negativa. Fluidoterapia • No animal saudável estão em equilíbrio o número de ânions e cátions. • Na condição de doença ocorre um desequilíbrio que chamamos de desequilíbrio ácido-básico. � Íons cátions – carga positiva: Sódio, Potássio, Cálcio e Magnésio. � Íons ânions – carga negativa: Cloro, Bicarbonato, Peróxido de Hidrogênio e Proteínas. Símbolos Químicos � Íons cátions – carga positiva: � Sódio (Na+), � Potássio (K+), � Cálcio (Ca+), � Magnésio (Mg+). � Íons ânions – carga negativa: � Cloro (CL-), � Bicarbonato (HCO3 -), � Peróxido de Hidrogênio (H2O2). Fluidoterapia • Mecanismos de entrada e manutenção de fluidos: • Intestino Delgado (duodeno e jejuno): constitui o principal local de absorção de água (50%); • Lesões no Intestino Delgado resultam em diminuição da absorção de água, causando DIARREIA (perda de líquido nas fezes). • Semiologia: importância clínica na diferenciação no comprometimento entre Intestino Delgado e Grosso. • Melena!!! PERDA DE LIQUIDOS • DESIDRATAÇÃO: • Ocorre quando a perda de fluido é maior que sua ingestão! • VÔMITO; DIARREIA; POLIÚRIA E FEBRE!!! • Ocorrendo: desequilíbrio ácido/básico e eletrolítico. FILHOTES E PACIENTES IDOSOS SÃO MAIS SENSÍVEIS A DESIDRATAÇÃO!!! Fluidoterapia • Mecanismos de entrada e manutenção de fluidos: • Intestino Delgado (duodeno e jejuno): constitui o principal local de absorção de água (50%); • Lesões no Intestino Delgado resultam em diminuição da absorção de água, causando DIARREIA (perda de líquido nas fezes). • Semiologia: importância clínica na diferenciação no comprometimento entre Intestino Delgado e Grosso. • Melena!!! Fluidoterapia • Mecanismos de entrada e manutenção de fluidos: • Intestino Delgado (duodeno e jejuno): constitui o principal local de absorção de água (50%); • Lesões no Intestino Delgado resultam em diminuição da absorção de água, causando DIARREIA (perda de líquido nas fezes). • Semiologia: importância clínica na diferenciação no comprometimento entre Intestino Delgado e Grosso. • Melena!!! DIARREIA (perda de líquido nas fezes) HIDRATAÇÃO!!! Fluidoterapia • Mecanismo de eliminação de fluidos corporais: � As principais formas de perda de fluidos corporais ocorrem por: � Ingestão de fluidos REDUZIDA (anorexia/adipsia); � Aumento da PERDA de água na urina (poliúria); � Aumento da PERDA de água pelo sistema digestório (vômito, diarreia e sialorreia). Fluidoterapia • Mecanismo de eliminação de fluidos corporais: � As principais formas de perda de fluidos corporais ocorrem por: � Ingestão de fluidos REDUZIDA (anorexia/adipsia); � Aumento da PERDA de água na urina (poliúria); � Aumento da PERDA de água pelo sistema digestório (vômito, diarreia e sialorreia). PERDA DE ÁGUA! DESIDRATAÇÃO!!! DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC); GASTROENTERITES. Fluidoterapia • Mecanismo de eliminação de fluidos corporais: � As principais formas de perda de fluidos corporais ocorrem por: � Ingestão de fluidos REDUZIDA (anorexia/adipsia); � Aumento da PERDA de água na urina (poliúria); � Aumento da PERDA de água pelo sistema digestório (vômito, diarreia e sialorreia). PERDA DE ÁGUA! DESIDRATAÇÃO!!! DOENÇA RENAL CRÔNICA; DIARREIA; GASTROENTERITES. TERAPIA DE SUPORTE HIDRATAÇÃO!!! FLUIDOTERAPIA!!! PERDA DE LIQUIDOS • DESIDRATAÇÃO: • Ocorre quando a perda de fluido é maior que sua ingestão! • Tipos de Desidratação: • Isotônica: perda proporcional de eletrólitos e água. Exemplo: Glicosúria-Diabetes; Vômito, Diarreia e Poliúria DRC e Febre – infecções; • Hipotônica: perda mais acentuada de sódio. Exemplo: hipoadrenocorticismo e diuréticos. • Hipertônica: perda mais acentuada de água. Exemplo: calor excessivo, exercício intenso e convulsões. PERDA DE LIQUIDOS • DESIDRATAÇÃO: • Ocorre quando a perda de fluido é maior que sua ingestão! • Tipos de Desidratação: • Isotônica: perda proporcional de eletrólitos e água. Exemplo: Glicosúria-Diabetes; Vômito, Diarreia e Poliúria DRC e Febre – infecções; • Hipotônica: perda mais acentuada de sódio. Exemplo: hipoadrenocorticismo e diuréticos. • Hipertônica: perda mais acentuada de água. Exemplo: calor excessivo, exercício intenso e convulsões. TERAPIA DE SUPORTE HIDRATAÇÃO!!! FLUIDOTERAPIA!!! DESIDRATAÇÃO - SEMIOLOGIA • Importância da Anamnese e histórico clínico do paciente: � Consumo de água e fornecimento; � Consumo de alimento diferente/estragado; � Condições do meio ambiente (exposição ao sol e restrição de água); � Volume de urina produzido (Diabetes e DRC*) � Uso de antiinflamatórios e ou diuréticos (IRA**, DRC) DRC* – Doença Renal Crônica; IRA** – Insuficiência Renal Aguda; DESIDRATAÇÃO - SEMIOLOGIA • Parâmetros do exame físico para graduar a % de DESIDRATAÇÃO: • Teste de elasticidade cutânea (turgidez cutânea); • Avaliação da umidade e brilho das mucosas (olhos); • Qualidade do pulso (pulso fraco/hipovolemia); • Tempo de Preenchimento Capilar (TPC – aumentado); • Retração do globo ocular (enoftalmia). GRAU DE DESIDRATAÇÃO Severidade Percentual Achados no Exame Físico Histórico Clínico Muito Suave 5 a 6% Perda sutil da elasticidade cutânea Vômitos esporádicos Moderada 6 a 8% Inelasticidade cutânea, mucosas levemente ressecadas, TPC superior a 3 segundos Vômitos e Diarreia moderada, Inapetência. Severa 10 a 12% Inelasticidade cutânea, mucosas secas (cianóticas), TPC muito aumentado, enoftalmia. Anorexia, Vômito e Diarreia severa. DRC! Choque 12 a 15% Esturpor, Taquicardia, Pulso filiforme além dos sinais supracitadospara desidratação severa. Hemorragias, Queimaduras. DESIDRATAÇÃO PATOLOGIA CLÍNICA • Nos pacientes desidratados podem ocorrer o aumento dos valores: • Hematócrito; • Proteínas Totais; • Densidade Urinária. Fluidoterapia • Considerações sobre a composição dos fluidos parenterais: • O objetivo da fluidoterapia, a hidratação, é de restaurar os volume e a composição de líquidos e eletrólitos corporais perdidos na condição de enfermidade. Fluidoterapia • Os fluidos podem ser classificados como cristalóides ou colóides: • Fluidos Cristalóides: possuem eletrólitos para penetrar em todos os compartimentos corporais. Exemplo: Solução de Cloreto de Sódio 0,9%. • Fluidos Colóides: são compostos por substâncias de alto peso molecular que ficam restritas ao compartimento plasmático, atraem fluidos para o espaço extracelular, aumento o volume plasmático. As soluções coloidais exercem a pressão osmótica semelhante às da proteína plasmática (similar a albumina). Exemplo: Polímeros de gelatina Características dos Fluidos Cristalóides • Fluidos cristalóides podem ser divididos em soluções de manutenção ou reposição. • São considerados as soluções de reposição as que possuem características semelhantes às do fluido extracelular. • Devido a sua composição eletrolítica este tipo de fluido pode ser administrado rapidamente em grande volume em pacientes em estado de choque. Características dos Fluidos Cristalóides Solução de Ringer com Lactato de Sódio: • Propriedades: • pH: 6,5 • Considerada uma solução alcalinizante, uma vez que o lactato sofre a biotransformação no fígado para bicarbonato. • Uso no caso de acidose! • Devido a sua metabolização hepática, seu uso em Hepatopatas deve ser restrito!!! • Convulsões: Diazepam precipita neste tipo de solução. Características dos Fluidos Cristalóides Solução de Ringer Simples: • Composição semelhante a solução de ringer lactato de sódio, entretanto não possui o lactato. • Uso para paciente com vômito, diarreia e anorexia. • DRC. Características dos Fluidos Cristalóides Solução Isotônica de Cloreto de Sódio 0,9% • Erroneamente chamada de solução fisiológica ou soro fisiológico; • A verdadeira solução fisiológica apresenta 0,85% de NaCl. • SORO não é sinônimo de FLUIDOTERAPIA! • Esta solução apresenta a concentração de sódio semelhante a do liquido extracelular. Características dos Fluidos Cristalóides Solução Isotônica de Cloreto de Sódio 0,9% • Convulsões: Solução adequada para uso conjunto com Diazepam. • Cardiopatas: uso restrito de solução isotônica de NaCl 0,9%, devido ao sódio (edema intersticial ou edema pulmonar). • Doença Renal Crônica: solução adequada Outras soluções: Solução de Glicose a 5%: • Propriedades: • pH 4,0 • Solução isotônica, que não contém eletrólitos, sua administração ajuda a equilibrar a água. • Entretanto, mesmo sendo uma solução de glicose ela não atua eficientemente como repositora de energia. • Ideal para pacientes: CARDIOPATAS/HEPATOPATAS • Não fazer o uso de soluções glicosadas por via subcutânea!!! Outras soluções: Água de Coco: • Ótima fonte de glicose, proteína, vitaminas e potássio. • No entanto é pobre em sódio e cloreto, assim é necessário adicionar meia colher das de chá de sal de cozinha. • Permite a hidratação via oral. Aditivos para as Soluções: • Glicose: • Causas que levam a desidratação, principalmente a diarreia e vômito, podem levar à hipoglicemia, sendo a causa mais comum a diarreia causada pelo parvovírus. • Recomenda-se a administração imediata de solução de glicose na fluidoterapia de manutenção. Aditivos para as Soluções: • Glicose: • Indica-se: • Adição de 50mL de glicose a 50% em 1 litro de solução - solução de glicose 2,5%. • Adição de 100mL de glicose a 50% em 1 litro de solução - solução de glicose 5%. Aditivos para as Soluções: • Complexo B: • Uso em pacientes com DRC, devido a perda considerável desta vitamina na urina e alta exigência dela no organismo do paciente. • Uso em pacientes com enfermidades do sistema nervoso (mielinização e deficiência de tiamina). Aditivos para as Soluções: • Vitamina C e E: • São essenciais e agem como antioxidantes, varredores de radiais livres e servem de nutrientes para as células, protegendo a membrana celular de radicais livres. • Vitamina C acidificante urinário. • Vitamina E: 400UI/animal/SID • Vitamina C: 250-500mg/animal/VO/SID Aditivos para as Soluções: • Potássio (K+): • Diminuição do K+ = Hipocalemeia; • Aumento do K+ = Hipercalemia. • Hipocalemia: • Causas: Anorexia, Vômito, Diarreia, Poliúria. • Consequências: Letargia, Fraqueza muscular, Ventro-flexão de pescoço (gatos-Hepatopatias). • Cães com Parvovírus. • Reposição conforme o déficit (mensuração). • ECG: Prolongamento do intervalo Q-T, diminuição da amplitude dos segmentos S-T, aumento da onda R. Aditivos para as Soluções: Aditivos para as Soluções: • Potássio (K+): • Diminuição do K+ = Hipocalemeia; • Aumento do K+ = Hipercalemia. • Hipercalemia: • Causas: Cetoacidose, Insuficiência Renal Aguda, Obstrução Uretral, Ruptura de Bexiga ou Uretra. • ECG: aumento da onda T, amplitude diminuída da onda R e aumento do intervalo PR. • Correção: Glicose e Solução Polarizante. Aditivos para as Soluções • Bicarbonato de Sódio: • Agente alcalinizante utilizado para correção da acidose metabólica, seu uso é indicado quando o pH sanguíneo estiver inferior a 7,1. • pH sanguíneo (mensuração – Hemogasometria). Aditivos para as Soluções • Bicarbonato de Sódio: • pH sanguíneo (mensuração – Hemogasometria). Potássio Sérico: • Pacientes Diabéticos: • Particularmente aqueles com cetoacidose, há predisposição ao desenvolvimento de Hipercalemia. Entretanto, a concentração de potássio pode cair bruscamente após o tratamento com insulinoterapia, ocorrendo a Hipocalemia! • Monitorar o Potássio Sérico!!! Potássio Sérico: • Pacientes Obstruídos: • Ocorre a predisposição ao desenvolvimento de Hipercalemia. Entretanto, a concentração de potássio pode cair bruscamente após o tratamento o alívio da obstrução, e devido a poliúria pode ocorrer a Hipocalemia! • Monitorar o Potássio Sérico/ ECG!!! Fluidoterapia • Os fluidos podem ser classificados como cristalóides ou colóides: • Fluidos Cristalóides: possuem eletrólitos para penetrar em todos os compartimentos corporais. Exemplo: Solução de Cloreto de Sódio 0,9%. • Fluidos Colóides: são compostos por substâncias de alto peso molecular que ficam restritas ao compartimento plasmático, atraem fluidos para o espaço extracelular, aumento o volume plasmático. As soluções coloidais exercem a pressão osmótica semelhante às da proteína plasmática (similar a albumina). Exemplo: Polímeros de gelatina Fluidos Colóides • São compostos por substâncias de alto peso molecular que ficam restritas ao compartimento plasmático, atraem fluidos para o espaço extracelular, aumento o volume plasmático. As soluções coloidais exercem a pressão osmótica semelhante às da proteína plasmática (similar a albumina). • São partículas Grandes que não conseguem atravessar facilmente as paredes dos vasos. Fluidos Colóides • Indicação de seu uso: �Hipovolemia; �Hipoproteinemia; �Politraumatizados; �Hipotensão; �Choque. Soluções Coloidais • Polímeros de Gelatina: • Os polímeros de gelatinas quimicamente modificados, derivados da gelatina bovina, podem ser utilizados como substituto do plasma e para expansão do volume do espaço vascular. • Solução salina balanceada a 3,5% • Uso em 20mL/kg/IV. • Risco de Choque Anafilático. Expansor Plasmático • Solução Salina Hipertônica: Trata-se da NaCl a 7,5%.• Indicação: �Hipovolemia; �Septicemia; �Queimaduras; �Hemorragia e Traumas. • Possui efeito de 30 minutos!!! Expansor Plasmático • Solução Salina Hipertônica: Trata-se da NaCl a 7,5%. • Cálculo: • Dose para o paciente: 4 a 6mL/kg • Com o valor obtido dividi-se por 3, então: • Dois terços corresponderá solução de NaCl a 0,9%; • Um terço corresponderá solução de NaCl a 20% • Velocidade máxima de 1mL/kg/minuto Expansor Plasmático • Solução Salina Hipertônica: Trata-se da NaCl a 7,5%. • Cálculo: • Dose para o paciente: 4 a 6mL/kg • Peso: 10kg • Solução Salina Hipertônica: 4 x 10 kg = 40mL • 40mL dividido por 3 = 13,33mL • 26,66mL de solução de NaCl a 0,9% (dois terços) • 13,33mL de solução de NaCl a 20% (um terço) • Volume total = 40mL de solução de NaCl a 7,5%. Expansor Plasmático • Solução Salina Hipertônica: Trata-se da NaCl a 7,5%. • Esta solução possui a capacidade de elevar o inotropismo (força) cardíaco e de restribuir o fluxo sanguíneo para órgãos nobres, com rins e encéfalo. • INDICAÇÃO: HEMORRAGIA!!!! Vias de Administração de Fluidos • Intravenosa (IV): • É a mais indicada para pacientes enfermos, com perdas de fluidos. • Os vasos comumente utilizados são as veias cefálicas, safenas laterais e safenas mediais. • Complicações: Super-hidratação (filhotes), flebite, hemorragias... Vias de Administração de Fluidos • Intraóssea (IO): • Introdução direta de fluidos na cavidade medular de ossos longos. • Uso em animais selvagens e filhotes de pequenos animais. • A solução após ganhar o espaço intramedular é drenada para o sistema venoso central. Vias de Administração de Fluidos • Subcutânea (SC): • Possibilita a utilização de grande volumes, podendo ser prescrita domiciliar para cães e gatos, apenas para fluidos isotônicos. • O local de aplicação é o espaço subcutâneo, nas regiões próximas à escápula ou à crista ilíaca. Vias de Administração de Fluidos • Subcutânea (SC): • Volume empregado de 10 a 20mL/kg por área de administração. • Não sendo indicada o uso desta via para paciente hipotérmicos e na administração de soluções glicosadas (necrose). Vias de Administração de Fluidos • Intraperitoneal (IP): • Permite absorção de grandes volumes de fluidos, mas é pouco empregada, em função do risco de complicações, como a peritonite e a perfuração intestinal. Vias de Administração de Fluidos • Oral ou Enteral (VO): • Adequada para neonatos. • Não sendo indicada para paciente em choque, hipotérmicos, severamente desidratados ou com grandes perdas de fluidos. QUANTIDADE DE FLUIDOS CRISTALÓIDES INDICADA PARA REIDRATAÇÃO PARENTERAL EM PEQUENOS ANIMAIS REIDRATAÇÃO • As necessidade do paciente devem ser divididas em três categorias: • Reposição; • Manutenção; • Perdas contínuas (vômito, diarreia e poliúria). REPOSIÇÃO • Volume de Reposição: • O déficit total de hidratação pode ser calculado pela utilização da fórmula: Reposição por dia (mL) = peso corporal (kg) x % de desidratação x 10 MANUTENÇÃO • Volume de Manutenção: • Consiste na quantidade fluido normalmente necessária para as reações do metabolismo basal do paciente durante o período de 24 horas. • Utiliza-se a quantidade de volume: • 40 a 60mL/Kg/dia. • Sendo: • 40mL para Adultos • 50mL para Adultos Jovens e Obesos • 60mL para Filhotes, Idosos e Gatos PERDAS CONTINUADAS • Perdas continuadas: • Equivalem à quantidade de fluido perdida em processos como vômito, diarréia e poliúria. • Utiliza-se uma das constantes abaixo, referentes às perdas continuadas, multiplicando-a pelo peso do paciente, para obter o volume a ser administrado em mL: • 40mLxpeso (kg) para vômito. • 50mLx peso (kg) para diarreia. • 60mLx peso (kg) para vômito e diarreia. Exemplo - Exercício �Cão Fêmea, adulta com 5kg de peso corporal, com 8% de desidratação e vômito e diarreia. �Qual a quantidade de fluido necessária para a paciente em 24 horas?? �Peso = 5,0kg �Desidratação = 8% �Perdas continuadas = vômito e diarreia Exemplo - Reposição • Volume de Reposição: �Peso = 5,0kg �Desidratação = 8% �Perdas continuadas = vômito e diarreia • Fórmula: Reposição por dia (mL) = peso corporal (kg) x % de desidratação x 10 Cálculo do exemplo: Volume necessário por dia (mL) = 5,0 x 8 x 10 = 400mL/dia Reposição por dia (mL) = 400mL Exemplo - Manutenção • Volume de Manutenção: �Peso = 5,0kg �Desidratação = 8% �Perdas continuadas = vômito e diarreia • Fórmula: • 40 a 60mL/Kg/dia. Cálculo do exemplo: 50mL x 5,0 = 250mL/dia Manutenção por dia = 250mL Exemplo – Perdas Continuadas • Volume de Perdas continuadas: � Peso = 5,0kg � Desidratação = 8% � Perdas continuadas = vômito e diarreia • Constantes: • 40mLx peso (kg) para vômito. • 50mLx peso (kg) para diarreia. • 60mLx peso (kg) para vômito e diarreia. Cálculo do exemplo: VÔMITO E DIARREIA - 60mLx peso (kg) Perdas continuadas por dia (mL) = 60mL x 5 = 300mL/dia Perdas continuadas por dia (mL) = 300mL Exemplo �Cão Fêmea, adulta com 5kg de peso corporal, com 8% de desidratação e vômito e diarreia. �Qual a quantidade de fluido necessária para a paciente em 24 horas?? Reposição por dia (mL) = 400mL Manutenção por dia = 250mL Perdas continuadas por dia (mL) = 300mL Volume total em 24 horas = 950mL Exemplo �Cão Fêmea, adulta com 5kg de peso corporal, com 8% de desidratação e vômito e diarreia. �Qual a quantidade de fluido necessária para a paciente em 24 horas?? Reposição por dia (mL) = 400mL Manutenção por dia = 250mL Perdas continuadas por dia (mL) = 300mL Volume total em 24 horas = 950mL � Qual a Velocidade deste volume a ser administrado? VELOCIDADE Para sabermos a velocidade de administração de fluidos precisamos, precisamos levar em consideração o tipo de EQUIPO que vamos utilizar: • MICROGOTAS • MACROGOTAS REIDRATAÇÃO • Para filhotes, cães ou gatos de até 5kg utilizamos equipos MICROGOTAS que equivalem 60 gotas em 1mL. • Constante na fórmula 60 gotas.60 gotas REIDRATAÇÃO • Para cães com peso superior a 5kg utilizamos equipos MACROGOTAS que equivalem 20 gotas em 1mL. • Constante na fórmula 20gotas. 20 gotas VELOCIDADE – gotas/minutos • Fórmula Gotas/minuto: Volume total (soma dos valores)= Volume de Reposição+ Volume de Manutenção+ Volume das perdas continuadas Gota/mL (tipo de equipo a ser utilizado) = 20 gotas/mL MACROGOTAS 60 gotas/mL MICROGOTAS Minutos total (tempo em 24 horas) = 24hs x 60min. = 1440 minutos Gotas/minuto: Volume total de fluido x gotas/mL minutos total VELOCIDADE – gotas/minutos • Fórmula Gotas/minuto: Volume total (soma dos valores)= Volume de Reposição+ Volume de Manutenção+ Volume das perdas continuadas Gota/mL (tipo de equipo a ser utilizado) = 20 gotas/mL MACROGOTAS 60 gotas/mL MICROGOTAS Minutos total (tempo em 24 horas) = 24hs x 60min. = 1440 minutos Gotas/minuto: Volume total de fluido x gotas/mL minutos total CONSIDERAR O TIPO DE EQUIPO VELOCIDADE – Exemplo • Fórmula Gotas/minuto: Volume total (soma dos valores)= 950mL mL/gota (tipo de equipo a ser utilizado) =20gotas/mL MACROGOTAS Minutos total (tempo em 24 horas) = 24hs x 60min. = 1440 minutos Fórmula: Gotas/minuto: Volume total de fluido x gotas/mL minutos total Cálculo do exemplo: Gotas/minuto: 950mL x 20 = 13,19 gotas/minuto 1440 VELOCIDADE • Cálculo em segundos: • Regra de três: Gotas/minuto ------- 60 segundos 1gota ---------------- X X = quantos segundos de intervalo por gota X= segundos/1 gota VELOCIDADE • Regra de três: Gotas/minuto ------- 60 segundos 1gota ---------------- X • Cálculo do Exemplo: Gotas/minuto =13,19 gotas/minuto 13,19 gotas/minuto----------- 60 segundos 1 gota ------------------------------ X 13,19x=60 X= 60 = 4,54 = 1gota/4,54segundos 13,19 VELOCIDADE Gotas/minuto = 950mL x 20 = 13,19 gotas/minuto 1440 Gota/segundo = 60 = 1gota/4,54 segundo 13,19 � Qual a Velocidade deste volume a ser administrado? Gotas/minuto =13,19 gotas/minuto Gota/segundo = 1gota/ 4,54 segundos Qual Fluido Cristalóide para usar em cada caso??? • Anorexia, vomito e diarreia = solução istotônica de Ringer lactato de sódio; • DRC = Solução Isotônica de Ringer lactato de sódio e Solução Isotônica de NaCl 0,9%; • Hepatopatas = Solução Isotônica de NaCl0,9% ou Glicosadas (evitar Ringer com Lacato); • Cardiopatas = Glicosadas (evitar Solução de NaCl0,9%). Por que calcular a velocidade da fluido? Super-Hidratação • Quando administrado um grande volume de fluido em um curto período de tempo, pode ocorrer super-hidratação; • Cuidado se deve principalmente em filhotes, pois o volume geralmente é pequeno! • Sinais Clínicos: �Secreção Nasal serosa; �Edema Pulmonar. Super-Hidratação • Quando administrado um grande volume de fluido em um curto período de tempo, pode ocorrer super-hidratação; • Cuidado se deve principalmente em filhotes, pois o volume geralmente é pequeno! • Sinais Clínicos: �Secreção Nasal serosa; �Edema Pulmonar MORTE DO PACIENTE
Compartilhar