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PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO PENAL

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Direito Penal para Soldado da PM/MG 
Aula 0 – Aula Demonstrativa 
Profs. Julio Ponte e Lorena L. Nascimento 
 
www.pontodosconcursos.com.br 
	
  
	
  
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Aula 0 
 
Direito Penal para Soldado da Polícia Militar de Minas Gerais 
Princípios Constitucioanis do Direito Penal 
Professores: Julio Ponte e Lorena L. Nascimento 
 
Direito Penal para Soldado da PM/MG 
Aula 0 – Aula Demonstrativa 
Profs. Julio Ponte e Lorena L. Nascimento 
 
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Aula Conteúdo Programático Data 
00 Princípios constitucionais do Direito Penal. 09/09/16 
01 A lei penal no tempo e no espaço 11/09/16 
02 Interpretação da lei penal. Infração penal: espécies. 
Sujeito ativo e sujeito passivo da infração penal. 
18/09/16 
03 Tipicidade, ilicitude, culpabilidade e punibilidade. 25/09/16 
04 Excludentes de ilicitude e de culpabilidade. 
Imputabilidade penal. 
02/10/16 
05 Concurso de pessoas. Das Penas. 09/10/16 
06 Crimes contra a pessoa. 16/10/16 
07 Crimes contra o patrimônio. 23/10/16 
08 Crimes contra a Administração Pública. 30/10/16 
 
 
 
 
Aula 0 – Aula Demonstrativa 
Direito Penal para Soldado da PM/MG 
Aula 0 – Aula Demonstrativa 
Profs. Julio Ponte e Lorena L. Nascimento 
 
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Tópicos da Aula 
 
1. Apresentação .................................................................................. 03 
2. Princípios do Direito Penal ............................................................... 06 
3. Lista das Questões Apresentadas .................................................... 31 
4. Gabarito .......................................................................................... 41 
	
  
1. Apresentação 
 
Olá, pessoal! 	
  
 	
  
Vamos iniciar o curso de Direito Penal para o cargo de Soldado da 
Polícia Militar de Minas Gerais. 
 
Antes de mais nada, permitam-nos fazer uma breve apresentação. 
 
Meu nome é Lorena Lima Nascimento, sou Delegada de Polícia Federal, 
desde o ano de 2003. Antes de assumir o concurso da PF, fui advogada e 
Técnica Judiciária do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, onde lá 
trabalhei junto à Vara da Infância e da Juventude. 
 
E eu sou o Julio Ponte, Policial do Senado Federal, aprovado no concurso 
de 2008. Fui Oficial da Marinha do Brasil, formado pela Escola Naval. Mas após 
sair do meio militar, ainda passei pelo cargo de Analista de Gestão e Trânsito do 
DETRAN/RJ e pela Polícia Rodoviária Federal antes de chegar à Polícia 
Legislativa. 
 
O edital do seu futuro cargo já foi publicado! A própria PMMG realizará o 
concurso por meio do Centro de Recrutamento e Seleção (CRS) do órgão. 
 
As incrições podem ser realizadas no perírodo de 21/10 a 19/11. 
 
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Profs. Julio Ponte e Lorena L. Nascimento 
 
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Serão oferecidas 429 vagas, conforme quadro de distribuic ̧ão de vagas a 
seguir: 
 
 
 
As provas (objetiva e dissertativa) serão aplicadas na data de 
08/01/2017, domingo, com início previsto para as 08h30min. 
 
A PROVA OBJETIVA terá três tipos de provas (A, B e C), todas de caráter 
eliminatório e classificatório e constará de 40 (quarenta) questões pontuáveis, 
numeradas de 01 a 40, assim distribuídas: 
a) 10 (dez) questões de língua portuguesa, incluindo estudo e 
interpretac ̧ão de texto; 
b) 06 (seis) questões de direito penal; 
c) 06 (seis) questões de direito constitucional; 
d) 06 (seis) questões de noc ̧ões de direito penal militar; e) 04 (quatro) 
questões de noc ̧ões de estatística; 
f) 04 (quatro) questões de direitos humanos; 
g) 04 (quatro) questões de legislac ̧ão extravagante. 
 
A prova objetiva terá valor de 100 (cem) pontos e será elaborada com 
questões de múltipla escolha, contendo cada questão 04 (quatro) alternativas de 
resposta, devendo ser marcada apenas 01 (uma) delas, no valor de 2,5 (dois e 
meio) pontos cada questão. 
 
O Curso de Formação (CFSd) terá duração de 09 meses, com início 
previsto para 03 de julho de 2017 e término em abril de 2018, em tempo 
integral, com regime de dedicac ̧ão exclusiva e atividades escolares extraclasse 
após as 18:00 horas, inclusive aos sábados, domingos e feriados. 
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O Soldado 2ª Classe fará jus, durante o período do curso, à remunerac ̧ão, 
abono fardamento, assistência médico-hospitalar, psicológica e odontológica, 
conforme legislação em vigor. 
 
O seu salário inicial, durante o curso de formação, será de R$ 3.278,74. 
 
Concluído com aproveitamento o CFSd e satisfeitas as exige ̂ncias legais, 
referentes à promoção, previstas no Estatuto dos Militares, o Soldado 2ª classe 
será promovido a Soldado 1ª Classe, segundo a ordem de classificac ̧ão no curso, 
e será movimentado de acordo com a necessidade e conveniência administrativa 
 
Então vamos ligar as turbinas para estudarmos no presente curso todos 
os pontos de Direito Penal exigidos no edital no concurso. 
 
Vamos aos estudos! 
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2. Princípios de Direito Penal 
 
2.1. Princípio da Legalidade 
 
O princípio da legalidade (ou da reserva legal): artigo 1º do CP: "Não há 
crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal". e 
reiterado no art. 5º, XXXIX, CF. Constitui uma efetiva limitação do poder 
punitivo estatal. 
 
Dimensões do princípio da legalidade: 
1 – lei escrita e publicada no DOU; 
2 – lex populi lei emanada do parlamento (o Pres. não pode criar crimes 
ou aumentar penas por MP); 
3 – lei certa, a lei penal deve descrever taxativamente o crime; 
4 – lei clara, inteligível (palavras que o povo entenda); 
5 – lei determinada, a lei penal deve descrever fatos empiricamente 
comprováveis; 
6 – lei estrita, a lei deve ser interpretada restritivamente: não é possível 
analogia contra o réu; 
7 – lei prévia, princípio da anterioridade da lei penal; 
8 – Não há crime sem ofensa a bem jurídico – a lei deve impor algumas 
ofensas. 
 
Antecedente do princípio é a Magna Carta, 1215. Em seu art. 39, 
estabelecia que nenhum homem livre poderia ser submetido a julgamento senão 
pelos seus pares e de acordo com a lei local (law of land). 
 
2.2. Princípio da Irretroatividade da Lei Penal 
Decorrência do princípio da legalidade, é a garantia fundamental da 
irretroatividade da lei penal, sem a qual não haveria nem segurança e nem 
liberdade na sociedade. Todavia, o art. 5º, inciso XL, CF, faz ressalva expressa 
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sobre a aplicação retroativa da lei penal mais benéfica. Por tal princípio, de 
regra, a lei penal destina-se a reger fatos posteriores a sua vigência até a sua 
revogação. Não retroage, nem tem ultra-atividade. 
 
A irretroatividade, como princípio geral do direito penal moderno, embora 
de origem mais antiga, é consequência das ideias consagradas pelo Iluminismo, 
insculpida na Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 
1789. Atualmente,é consagrada na maioria dos ordenamentos jurídicos como 
garantia fundamental contra o arbítrio do Poder Estatal. 
 
Entretanto, há exceções ao presente princípio, quais sejam, as leis 
temporárias ou excepcionais que, decorrido o seu período de vigência ou 
cessadas as circunstâncias, ainda assim são aplicadas (ultrativas) aos fatos 
cometidos sob seu império, e as leis penais benéficas que, em qualquer situação 
retroagem. Retirar o caráter de ultratividade das leis temporárias ou 
excepcionais significaria anular a força intimidativa de suas disposições. 
 
2.3. Princípio da Intervenção Mínima 
 
O princípio da intervenção mínima, também conhecido com ultima ratio, 
orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando que a 
criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para 
a proteção de determinado bem jurídico. Se para o restabelecimento da ordem 
jurídica violada forem suficientes medidas civis ou administrativas, são estas que 
devem ser empregadas e não as penais. Por essa razão, diz-se ser o Direito 
Penal a ultima ratio, isto é, deve atuar somente quando os demais ramos do 
direito revelarem-se ineficazes ou incapazes de dar a tutela devida a bens 
relevantes do indivíduo e da própria sociedade. 
 
O princípio da intervenção mínima possui dois aspectos relevantes 
(também chamados de princípios): a) fragmentariedade e b) subsidiariedade. 
 
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Fragmentariedade: o Direito Penal só deve proteger os bens jurídicos 
mais relevantes (ex: vida) contra os ataques mais intoleráveis. O pcp da 
insignificância tem por fundamento a fragmentariedade do Direito Penal. 
 
 Subsidiariedade: se outros ramos jurídicos são suficientes para a 
solução do litício, não se deve utilizar o Direito Penal. 
 
Em suma: antes de se recorrer ao Direito Penal, deve-se esgotar 
todos os meios extrapenais de controle social. 
 
2.4. Princípio da Ofensividade 
 
Não há crime sem lesão ou perigo concreto de lesão ao bem 
jurídico (nullum crimen sine iniuria). Uma vez acolhido esse princípio, não há 
espaço para o perigo abstrato no Direito Penal. É preciso que a ofensa seja 
relevante (princípio da alteralidade). 
 
2.5. Princípio da Humanidade 
 
Nenhuma pena pode ser cruel, desumana ou degradante. 
 
Segundo Zafaroni, esse princípio determina “a inconstitucionalidade de 
qualquer pena ou conseqüência do delito que crie uma deficiência física (morte, 
amputação, castração, etc), como também qualquer conseqüência inapagável do 
delito”. 
 
2.6. Princípio da Culpabilidade 
 
Só pode ser punido penalmente, de outro lado, o autor do fato punível que 
podia comportar-se de forma distinta, conforme o Direito (e não se comportou); 
o poder de agir de modo diverso é a essência do princípio da culpabilidade. 
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O signo culpabilidade exprime três significados que se complementam: 
 
1) culpabilidade como fundamento da pena: refere-se ao fato de ser 
possível ou não a aplicação de uma pena ao autor de um fato típico e 
antijurídico; 
 
2) culpabilidade como elemento de determinação ou medição da pena. 
Nessa acepção funciona não com fundamento da pena, mas como limite desta, 
impedindo que a pena seja imposta aquém ou além da medida prevista na 
própria ideia de culpabilidade; 
 
3) culpabilidade como conceito contrário à responsabilidade objetiva: 
impede a atribuição da responsabilidade objetiva. Ninguém responderá pelo 
resultado absolutamente imprevisível, se não houver obrado com dolo ou culpa. 
 
2.7. Princípio da Proporcionalidade ou da Razoabilidade ou da 
Proibição de Excesso 
 
Toda a intervenção penal (na medida em que é uma restrição da 
liberdade) só se justifica se: (a) adequada ao fim a que se propõe, (b) 
necessária (a intervenção penal é a última das medidas possíveis; logo, deve ter 
a “menor ingerência possível”); e (c) e desde que haja proporcionalidade e 
equilíbrio na medida (ou na pena). 
 
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2.8. Princípio da Individualização da Pena 
 
Garante ao acusado a individualização da pena imposta pelo Estado, de 
acordo com os critérios legais. A Constituição Federal preconiza, em seu art. 5o. 
inciso XLVI, que: 
 
“a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as 
seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda dos bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos.” 
 
Tendo o juiz chegado à conclusão de que o fato praticado é típico, ilícito e 
culpável, dirá qual a infração praticada pelo agente e começará, agora, a 
individualizar a pena, de acordo com as regras do art. 59 (circunstâncias 
judiciais) e 68 (cálculo da pena), ambas do Código Penal. 
Neste particular, o STF julgou inconstitucional o art. 2° da Lei dos Crimes 
Hediondos. 
 
2.9. Princípio da Responsabilidade Pessoal 
 
Não existe no Direito Penal responsabilidade coletiva, societária ou 
familiar. Cada um responde pelo que fez, na medida de sua culpabilidade. 
Ninguém pode ser responsabilizado por fato de outrem. A responsabilidade é 
pessoal. 
É possível responsabilidade da pessoa jurídica somente nos crimes 
ambientais. Quanto aos econômicos, está permitida pela CRFB/88, mas ainda 
não há lei definindo. 
 
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2.10. Princípio da Autodefesa 
 
Toda pessoa tem direito de não ser obrigada a depor contra si 
mesma, nem a declarar-se culpada. Todavia, tal direito não permite ao 
agente atribuir falsa identidade perante autoridade policial com o intento 
de ocultar maus antecedentes, sendo, portanto, típica a conduta praticada 
pelo agente. 
Fundamento: CF/88 art. 5º, incisos LV e LXIII: 
Art. 5º (...) 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos 
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com 
os meios e recursos a ela inerentes; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de 
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de 
advogado; 
 
A ampla defesa abrange: 
! Defesa técnica: exercida por advogado ou defensor público; 
! Autodefesa: exercida pelo próprio réu. Por conta da autodefesa, o réu 
não é obrigado a se auto incriminar. 
 
Ocorre que o princípio constitucional da autodefesa (art. 5º, inciso LXIII, 
da CF/88) não alcança aquele que atribui falsa identidade perante autoridade 
policial com o intento de ocultar maus antecedentes. Sobre o tema, 
colacionamos os seguintes precedentes: 
O princípio constitucional da autodefesa (art. 5º, inciso LXIII, da CF/88) 
não alcança aquele que atribui falsa identidade perante autoridade 
policial com o intento de ocultar maus antecedentes, sendo, portanto, 
típica a conduta praticada pelo agente (art. 307 do CP). O tema possui 
densidade constitucional e extrapola os limites subjetivos das partes. 
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(STF. Plenário. RE 640139 RG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 
22/09/2011). 
(...) O Plenário Virtual, ao analisar o RE 640.139/DF, reconheceu a 
repercussão geral do tema versado nestes autos e, na ocasião, reafirmou 
a jurisprudência, já consolidada no sentido de que comete o delito 
tipificado no art. 307 do Código Penal aquele que, conduzido perante a 
autoridade policial, atribui a si falsa identidade com o intuito de ocultar 
seus antecedentes. (...) (STF. 2ª Turma. RE 648223 AgR, Rel. Min. 
Ricardo Lewandowski, julgado em 18/10/2011) 
 
É típica a conduta do acusado que, no momento da prisão em 
flagrante, atribui para si falsa identidade (art. 307 do CP), ainda que em 
alegada situação de autodefesa. Isso porque a referida conduta não 
constitui extensão da garantia à ampla defesa, visto tratar-se de conduta 
típica, por ofensa à fé pública e aos interesses de disciplina social, 
prejudicial, inclusive, a eventual terceiro cujo nome seja utilizado no 
falso. (STJ. 3ª Seção. REsp 1.362.524-MG, Rel. Min. Sebastião Reis 
Júnior, julgado em 23/10/2013 (recurso repetitivo)). 
 
 
 
 
Pessoal, apresentamos agora uma bateria de questões sobre os tópicos da 
aula de hoje. 
1) (FUNCAB – PC/MT – Investigador – 2014) O princípio da 
fragmentariedade do Direito Penal significa: 
a) que, uma vez escolhidos aqueles bens fundamentais, 
comprovada a lesividade e a inadequação das condutas que os ofendem, 
esses bens passarão a fazer parte de uma pequena parcela que é 
protegida pelo Direito Penal. 
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b) que o legislador valora as condutas, cominando-lhes penas que 
variam de acordo com a importância do bem a ser tutelado. 
c) que apesar de uma conduta se subsumir ao modelo legal não 
será considerada típica se for socialmente adequada ou reconhecida, 
isto é, se estiver de acordo com a ordem social da vida historicamente 
condicionada. 
d) que as proibições penais somente se justificam quando se 
referem a condutas que afetem gravemente direitos de terceiros. 
e) que a lei é a única fonte do Direito Penal quando se quer 
proibir ou impor condutas sob a ameaça de sanção. 
 
Gabarito: A. Principio da Fragmentariedade: nem toda lesão a bem 
jurídico com dignidade penal carece de intervenção penal, pois determinadas 
condutas lesam de forma tão pequena, tão ínfima, que a intervenção penal, 
extremamente grave, seria desproporcional, desnecessária. Apenas a grave 
lesão a bem jurídico com dignidade penal merece tutela penal. 
Quanto aos demais itens. 
Item “B” – ERRADO. O item se refere ao Princípio da Individualização 
da pena. 
Item “C” – ERRADO. O item se refere ao Princípio da Adequação Social. 
Item “D” – ERRADO. O item se refere ao Princípio da Lesividade. 
Item “E” – ERRADO. O item se refere ao Princípio da legalidade 
(Reserva legal) 
 
2) (FUNCAB – PC/RJ – Delegado de Polícia – 2012) De acordo 
com o Glossário Jurídico do Supremo Tribunal Federal, “o princípio da 
insignificância tem o sentido de excluir ou de afastar a própria 
tipicidade penal, ou seja, não considera o ato praticado como um crime, 
por isso, sua aplicação resulta na absolvição do réu e não apenas na 
diminuição e substituição da pena ou não sua não aplicação”. Sobre o 
tema princípio da insignificância, assinale a resposta correta. 
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a) Buscando sua origem, de acordo com certa vertente 
doutrinária, no Direito Romano, o princípio da insignificância vem sendo 
objeto de recorrentes decisões do STF, nas quais são estabelecidos dois 
parâmetros para sua determinação: reduzidíssimo grau de reprovabi l 
idade do compor tamento e inexpressividade da lesão jurídica 
provocada. 
b) O princípio da insignificância, decorrência do caráter 
fragmentário do Direito Penal, tem base em uma orientação utilitarista, 
tem origem controversa, encontrando, na atual jurisprudência do STF, 
os seguintes requisitos de configuração: a mínima ofensividade da 
conduta do agente; nenhuma periculosidade social da ação; o 
reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; e a 
inexpressividade da lesão jurídica provocada. 
c) Sua atual elaboração deita raízes na doutrina de Claus Roxin e, 
no Direito Penal brasileiro, consoante jurisprudência atual do STF, se 
limita à avaliação da inexpressividade da lesão jurídica provocada, ou 
seja, observa-se se a ofensa ao bem jurídico tutelado é relevante ou 
banal. 
d) Surgindo como uma consequência lógica do princípio da 
individualização das penas, a insignificância penal não aceita a 
periculosidade social da ação como parâmetro, de acordo com o 
posicionamento atual do STF, em razão da elevada abstração desse 
conceito, mas apresenta como requisi tos: a mínima ofensividade da 
conduta do agente; o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do 
comportamento; e a inexpressividade da lesão jurídica provocada. 
e) Inserida no princípio da intervenção mínima, embora já 
mencionada anteriormente por Welzel como uma faceta do princípio da 
adequação social, a insignificância determina a inexistência do crime 
quando a conduta praticada apresentar a simultânea presença dos 
seguintes requisitos, exigidos pela atual jurisprudência do STF: a 
mínima ofensividade da conduta do agente; nenhuma periculosidade 
social da ação; o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do 
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comportamento; a inexpressividade da lesão jurídica provocada; e a 
inexistência de um especial fim de agir. 
 
Gabarito: B. Requisitos para o Princípio da Insignificância: “HC 115.729 
BAHIA - 18/12/2012 SEGUNDA TURMA DO STF III - A aplicação do princípio da 
insignificância deve observar alguns vetores objetivos: 
(i) conduta minimamente ofensiva do agente; 
(ii) ausência de risco social da ação; 
(iii) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; 
(IV) inexpressividade da lesão jurídica.” 
O Supremo Tribunal Federal vem adotando quatro requisitos principais 
para o reconhecimento da insignificância, quais sejam: 
 a) minima ofensividade da conduta do agente se relaciona ao 
princípio da lesividade, que proíbe "a incriminação de condutas desviadas que 
não afetem qualquer bem jurídico". Desse modo, a conduta do agente deve ser 
apta a gerar um dano ou um perigo de dano relevante a um interesse. 
 b) a ausência de periculosidade social da ação consiste na avaliação 
dos efeitos causados pela conduta e por sua eventual descriminalização na 
sociedade como um todo. Assim, a aplicação do princípio da bagatela em um 
caso concreto não pode, por exemplo, gerar descrença da coletividade no 
Judiciário. 
 c) a falta de reprovabilidade da conduta se relaciona com o princípio 
da adequação social. Consiste na avaliação do desvalor da ação diante da 
sociedade. Através desse critério, o funcionário que toma para si uma cesta 
básica em uma empresa alimentícia não pode ser tratado de maneira idêntica ao 
sujeito que a subtrai de um miserável que utilizaria os alimentos para manter 
sua família. 
 d) a inexpressividade da lesão jurídica causada relaciona-se ao 
ínfimo valor da coisa. Questão tormentosa acerca desse tópico é se a proporção 
da lesão deve ser verificada em face da vítima ou através de um critério 
objetivo. o Supremo TribunalFederal já proferiu julgado manifestando o 
seguinte entendimento: 
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Se interpretássemos o tipo penal do furto por meio do princípio da 
insignificância para excluir a incriminação em caso de objeto material de baixo 
valor, seja quanto ao patrimônio da vítima, seja em face de um parâmetro 
genérico e abstrato como o salário mínimo, poderíamos chegar a situações 
absurdas como a exclusão do crime quando a vítima fosse um milionário e o 
bem furtado não lhe diminuísse sensivelmente o patrimônio. Por hipótese, 
poderíamos considerar uma vítima cujo patrimônio se assemelhasse ao de Bill 
Gates; ocorrendo o furto de um automóvel de propriedade dessa pessoa, não se 
pode dizer da ocorrência de prejuízo significativo. Entretanto, em face da 
sociedade, tal conduta não poderia ser tida como um indiferente penal. Portanto, 
o critério para a utilização da insignificância não deve ser exclusivamente 
a relação entre o objeto material do delito e o patrimônio da vítima no 
caso concreto, sob pena de chegarmos a interpretações teratológicas. 
 
Mnemônico dos requisitos para aplicação do princípio da insignificância: 
MARI 
M - Mínima ofensividade da conduta do agente; 
A - Ausência de periculosidade social; 
R - Reduzidíssimo grau de reprovabilidade da conduta; 
I - Inexpressividade da lesão ao bem jurídico tutelado. 
 
3) (FUNCAB – SEGEP/MA – Agente Penitenciário – 2016) O 
direito penal não admite analogias incriminadoras Essa afirmativa é 
uma decorrência do princípio da: 
a) adequação social. 
b) responsabilidade penal pessoal. 
c) individualização das penas. 
d) legalidade. 
e) responsabilidade penal subjetiva. 
 
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Gabarito: D. Se o crime deve obrigatoriamente constar de rol legal, é 
inviável uma analogia incriminadora, pois foge ao princípio da legalidade. O 
princípio da legalidade em insculpido no inciso XXXIX do art. 5° da CF/88, 
afirma: “não há crime sem lei anterior que o defnia, nem pena sem prévia 
cominação legal.” Trata-se do princípio mais importante do Direito Penal. 
 
4) (UFMT – DPE/MT – Defensor Público – 2016) O princípio da 
insignificância ou da bagatela exclui a 
a) punibilidade. 
b) executividade. 
c) tipicidade material. 
d) ilicitude formal. 
e) culpabilidade. 
 
Gabarito: C. O conceito de tipicidade envolve dois aspectos: o formal e o 
material. O formal consiste na subsunção entre o fato e o tipo. O material é a 
lesão ou o perigo de lesão ao bem jurídico. Exemplo: ao furtar um serenata de 
amor: conduta formalmente típica, mas materialmente atípica. 
 
Não cabe insignificância em caso de reincidência; ou presença de 
qualificadoras, tendo em vista que a conduta é mais reprovável. 
Princípio da Bagatela Própria: é o próprio princípio da insignificância. 
Princípio da Bagatela Imprópria: são casos de irrelevância penal 
decorrente da desnecessidade da pena. Não é aceita pelos Tribunais 
(entendimento bom para concurso da Defensoria). 
 
5) (VUNESP – TJM/SP – Juiz de Direito Substituto – 2016) A 
respeito dos princípios penais e constitucionais penais, assinale a 
alternativa correta. 
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a) O princípio da humanidade, previsto expressamente na 
Constituição Federal, proíbe a pena de morte (salvo caso de guerra 
declarada), mas não impede que dos presos se exijam serviços 
forçados. 
b) A pessoalidade da pena e a individualização da san- ção penal 
são princípios constitucionais implícitos, já que não são enumerados 
expressamente na Constituição Federal, mas deduzidos das normas 
constitucionais nela contidas. 
c) O postulado da irretroatividade da lei penal, por expressa 
determinação constitucional, é excepcionado quando em causa lei penal 
benéfica ao réu. Isto importa que a lei penal retroage em favor do réu, 
desde que inexista sentença com trânsito em julgado. 
d) O princípio da intervenção mínima do direito penal desdobra-se 
no caráter subsidiário e fragmentário do direito penal. O primeiro impõe 
que apenas lesões graves a bens jurídicos dignos de tutela penal sejam 
objeto do direito penal. Já o segundo impõe que só se recorra ao direito 
penal quando outros ramos do direito mostrarem-se insuficientes à 
proteção de determinado bem jurídico. 
e) O princípio da legalidade desdobra-se nos postulados da 
reserva legal, da taxatividade e da irretroatividade. O primeiro 
impossibilita o uso de analogia como fonte do direito penal; o segundo 
exige que as leis sejam claras, certas e precisas, a fim de restringir a 
discricionariedade do aplicador da lei; o último exige a atualidade da lei, 
impondo que seja aplicada apenas a fatos ocorridos depois de sua 
vigência. 
 
Gabarito. E. 
Quanto aos demais itens. 
Item “A” - ERRADO. Art. 5, XLVII, CF: Não haverá penas: c) de 
trabalhos forçados; 
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Item “B” - ERRADO. São princípios explícitos na CF. Vejamos: Art. 5, 
XLV: nenhuma oena passará da pessoa do condenado... XLVI: a lei regulará a 
individualização da pena (…); 
Item “C” – ERRADO. A lei penal mais benéfica retroagirá mesmo se 
houver sentença transitada em julgado; 
Item “D” - ERRADO. Os conceitos do caráter subsidiário e 
fragmentário estão invertidos; 
 
6) (IBEG – Prefeitura de Guarapari/ES – Procurador Municipal – 
2016) Sendo o Brasil um Estado Democrático de Direito, por reflexo, seu 
direito penal há de ser legítimo, democrático e obediente aos princípios 
constitucionais que o informam, passando o tipo penal a ser uma 
categoria aberta, cujo conteúdo deve ser preenchido em consonância 
com os princípios derivados deste perfil político-constitucional. Assim, 
analisando as premissas abaixo, pode-se afirmar que: 
I. Não se admitem mais critérios absolutos na definição dos 
crimes, os quais passam a ter exigências de ordem formal (somente a 
lei pode descrevê-los e cominar-lhes uma pena correspondente) e 
material (o seu conteúdo deve ser questionado à luz dos princípios 
constitucionais derivados do Estado Democrático de Direito). 
II. Podemos, então, afirmar que do Estado Democrático de Direito 
parte o princípio da dignidade humana, orientando toda a formação do 
Direito Penal. Qualquer construção típica, cujo conteúdo contrariar e 
afrontar a dignidade humana será materialmente inconstitucional, posto 
que atentatória ao próprio fundamento da existência de nosso Estado. 
III. Assim, considerando a aplicação do princípio da legalidade, 
para a caracterização do crime de calúnia, é imprescindível a imputação 
falsa de fato determinado e definido na lei como crime ou contravenção 
penal. 
IV. Os princípios da legalidade e anterioridade são os principais 
alicerces de manutenção da segurança jurídica num Estado Democrático 
de Direito, pois se tratam de obstáculos à intervenção estatal na esfera 
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de liberdade do indivíduo. É uma conquista de cunho político, uma 
proteçãoao cidadão. Dessa forma, não poderá o Estado atuar de forma 
absoluta ou arbitrária, tendo o seu poder punitivo limitado ao direito 
positivo. 
V. O princípio da legalidade não veda o uso da analogia in malam 
partem, pois se admite o emprego de analogia para normas 
incriminadoras, desde que haja lacunas na lei em questão e disposição 
legal relativa a um caso semelhante. 
a) Apenas as assertivas I, II e III são verdadeiras. 
b) Apenas as assertivas I, II e IV são verdadeiras. 
c) Apenas as assertivas II, IV e V são verdadeiras. 
d) Apenas as assertivas II, III e IV são verdadeiras. 
e) Apenas as alternativas II, III e V são verdadeiras. 
 
Gabarito: B 
I. CERTO. Não se admitem mais critérios absolutos na definição dos 
crimes, os quais passam a ter exigências de ordem formal (somente a lei pode 
descrevê-los e cominar-lhes uma pena correspondente) e material (o seu 
conteúdo deve ser questionado à luz dos princípios constitucionais derivados do 
Estado Democrático de Direito). 
II. CERTO. Podemos, então, afirmar que do Estado Democrático de 
Direito parte o princípio da dignidade humana, orientando toda a formação do 
Direito Penal. Qualquer construção típica, cujo conteúdo contrariar e afrontar a 
dignidade humana será materialmente inconstitucional, posto que atentatória ao 
próprio fundamento da existência de nosso Estado. 
III. ERRADO. Assim, considerando a aplicação do princípio da 
legalidade, para a caracterização do crime de calúnia, é imprescindível a 
imputação falsa de fato determinado e definido na lei como crime ou 
contravenção penal. A assertiva encontra-se correta até a palavra crime, 
a imputação falsa de contravenção penal não configura o crime de 
calúnia, portanto, trata-se de uma extrapolação. 
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IV. CERTO. Os princípios da legalidade e anterioridade são os principais 
alicerces de manutenção da segurança jurídica num Estado Democrático de 
Direito, pois se tratam de obstáculos à intervenção estatal na esfera de 
liberdade do indivíduo. É uma conquista de cunho político, uma proteção ao 
cidadão. Dessa forma, não poderá o Estado atuar de forma absoluta ou 
arbitrária, tendo o seu poder punitivo limitado ao direito positivo. O princípio 
da legalidade (latu sensu), que inclui o princípio da reserva legal 
(strictu sensu), bem como o da anterioridade, que diz respeito à 
retroatividade da lei penal, estão explícitas no texto constitucional. 
V. ERRADO. O princípio da legalidade não veda o uso da analogia in 
malam partem, pois se admite o emprego de analogia para normas 
incriminadoras, desde que haja lacunas na lei em questão e disposição legal 
relativa a um caso semelhante. Há uma negação. O princípio da legalidade 
veda o uso da analogia in malam partem. 
 
7) (UESPI – PC/PI – Delegado de Polícia – 2014) Configuram 
desdobramento do princípio da reserva legal, EXCETO, 
a) Lex praevia. 
b) Lex stricta. 
c) Lex scripta. 
d) Lex certa. 
e) Ultima ratio. 
 
Gabarito. E. 
O princípio da Legalidade possui quatro funções fundamentais: 
1 - proibir a retroatividade da lei penal (nullum crimen nulla poena sine 
lege praevia); 
2 - proibir a criação de crimes e penas pelos costumes (nullum crimen 
nulla poena sine lege scripta); 
3 - proibir o emprego de analogia para criar crimes, fundamentar ou 
agravar penas (nullum crimen nulla poena sine lege stricta); 
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4 - proibir incriminações vagas e indeterminadas (nullum crimen nulla 
poena sine lege certa). 
 
8) (VUNESP – PC/SP – Delegado de Polícia – 2014) Assinale a 
alternativa que apresenta o princípio que deve ser atribuído a Claus 
Roxin, defensor da tese de que a tipicidade penal exige uma ofensa de 
gravidade aos bens jurídicos protegidos. 
a) Insignificância. 
b) Intervenção mínima. 
c) Fragmentariedade. 
d) Adequação social. 
e) Humanidade. 
 
Gabarito. A. Princípio da Insignificância. Segundo tal princípio o fato 
é socialmente inadequado, mas considerado atípico dada a sua ínfima 
lesividade; lei não cabe preocupar-se com infrações de pouca monta, 
insuscetíveis de causar o mais ínfimo dano à coletividade. 
B - Intervenção mínima. a lei só deve prever as penas estritamente 
necessárias. Somente haverá Direito Penal naqueles raros episódios típicos em 
que a lei descreve um fato como crime; ao contrário, quando ela nada disser, 
não haverá espaço para a atuação criminal. 
C- Fragmentariedade. O direito penal só deve se ocupar com ofensas 
realmente graves aos bens jurídicos protegidos. 
D - Adequação social. Concebido por Hans Welzel, o princípio da 
adequação social preconiza que não se pode reputar criminosa uma conduta 
tolerada pela sociedade, ainda que se enquadre em uma descrição típica. Trata-
se de condutas que, embora formalmente típicas, porquanto subsumidas num 
tipo penal, são materialmente atípicas, porque socialmente adequadas, isto é, 
estão em consonância com a ordem social. 
E- Humanidade. - Princípio segundo o qual o objetivo da pena não é o 
sofrimento ou a degradação do apenado. O Estado não pode aplicar sanções que 
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atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico-
psíquica do condenado. 
A questão não fala em subsidiariedade, mas como ela está dentro da 
intervenção mínima, é bom falar. É só pensar assim: quando nenhum ramo do 
Direito der conta, CHAMA O DIREITO O PENAL!!! 
Mnemônico prático para memorizar o Princípio da insignificância: 
1. M – mínima ofensividade 
2. A – nenhumapericulosidade da ação 
3. R -reduzida reprovabilidade 
4. I - inexpressividade da lesão. 
 
9) (UEG – PC/GO – Delegado de Polícia – 2013) Ana, menor de 
17 anos de idade, contrariando proibição de seus pais, procura Júlio 
para que este realize uma tatuagem no seu ombro com 
aproximadamente 15 centímetros de diâmetro. Ainda que presente a 
tipicidade formal, poderá ser aplicado o Princípio da Alteridade porque 
a) não houve lesão efetiva ao bem jurídico tutelado. 
b) a lesão foi irrelevante ou insignificante. 
c) a lesão está dentro do que se considera como socialmente 
adequado. 
d) não houve lesão a bem jurídico de terceiro. 
 
Gabarito. D. Segundo Rogério Sanches, assevera que o principio da 
alteridade não pode ser punido uma atitude que não ultrapasse a esfera 
individual do agente, ou seja, que de nenhuma forma recaía em bem jurídico 
alheio. 
 
10) (MS Concursos – PC/PA – Delegado de Polícia – 2012) No 
art. 5° da Constituição Federal, respectivamente incisos XXXIX e XL, há 
a determinação de que “ não há crime sem lei anterior que o defina, 
nem pena sem prévia cominação legar " e “ a lei penal não retroagirá, 
salvo para beneficiar o réu". É a mais importante garantia do cidadão 
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contra o arbítrio do Estado, pois só a lei poderá estabelecer que 
condutas serão consideradas criminosas e quais as punições para cada 
crime. Analise estes princípios constitucionais e assinale a alternativa 
incorreta: 
a) Um réu com sentença penal transitada em julgado, condenado 
em 13 (treze)anos, 8(oito) meses e 23 (vinte e três) dias, tendo 
cumprido 2 (dois) anos, deverá ser posto em liberdade imediatamente, 
porque a lei posterior deixou de considerar delito o fato por ele 
praticado. A lei nova, neste caso, acrescentou causas de exclusão da 
ilicitude, culpabilidade ou punibilidade do agente. As leis penais só 
podem retroagir para benefício do réu, atingindo, nesse caso, até 
mesmo a coisa julgada, o que não viola a Constituição Federal. 
b) Se não há crime sem lei anterior que o defina, ela poderá 
retroagir para alcançar um fato que, antes dela, não era considerado 
delito. Não há delito sem tipicidade, ou seja, não há crime sem que a 
conduta humana se ajuste à figura delituosa definida pela lei. O 
intérprete deverá ficar atento, porque a lei nova poderá não abolir o 
crime do sistema jurídico penal, apenas inseri-lo por nova legislação, 
até mesmo denominando-o de forma diferenciada, não ocorrendo, no 
caso, abolitio criminis. 
c) Não se aplica a lei nova, durante a vacatio legis, mesmo se 
mais benéfica, posto que esta ainda não está em vigor. A abolitio 
criminis elimina todos os efeitos penais, subsistindo, tão somente, os 
efeitos civis afetos ao fato criminoso. Assim, mesmo que a lei nova não 
considere crime a conduta do agente que era prevista como ilícita em lei 
anterior, a vítima, ou sua família, poderá interpor ação de reparação de 
danos morais e/ou materiais na esfera civil. 
d) Em face do princípio da retroatividade da lei mais benéfica, a 
abolitio criminis, quando a lei deixar considerar como crime certa 
conduta que antes era considerada como ilicitude penal, alcança o fato 
em qualquer fase em que ele se encontre. Assim, como definitivamente 
jurídica, inexistindo processo, o mesmo não pode ser iniciado. Se há 
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ação penal, a mesma deverá ser decididamente arquivada, extinguindo-
se a punibilidade. Havendo condenação, a pena não poderá ser 
executada. Se o condenado já está cumprindo pena, deverá ser 
expedido o alvará de soltura imediatamente. 
e) Em caso de crime permanente ou habitual, iniciado sob a 
vigência de uma lei e prolongando sob a de outra, vale esta, ainda que 
mais desfavorável como, por exemplo, extorsão mediante sequestro, 
que se prolonga ao perdurar a ofensa ao bem jurídico, enquanto a 
vítima estiver em poder dos sequestradores. Caso a execução tenha 
início sob o império de uma lei, prosseguindo sobre o de outra, aplica-se 
a mais nova, ainda que mais gravosa, pois, como a conduta se prolonga 
no tempo, a todo o momento renovam-se a ação e a incidência da nova 
lei. O tempo do crime se dilatará pelo período de permanência. Assim, 
se o autor, que era menor, durante a fase de execução do crime vier a 
atingir a maioridade, responderá segundo o Código Penal e não segundo 
o Estatuto da Criança e do Adolescente — ECA (Lei n. 8.069/90). 
 
Gabarito. B. Abolitio criminis é a nova lei que exclui do âmbito do 
Direito Penal um fato até então considerado criminoso. Encontra previsão 
legal no art. 2.º, caput, do Código Penal e tem natureza jurídica de causa de 
extinção da punibilidade (art. 107, III). Alcança a execução e os efeitos penais 
da sentença condenatória, não servindo como pressuposto da reincidência, e 
também não configura maus antecedentes. Sobrevivem, entretanto, os 
efeitos civis de eventual condenação, quais sejam, a obrigação de 
reparar o dano provocado pela infração penal e constituição de título 
executivo judicial. 
 
11) (CEPERJ – PC/RJ – Delegado de Polícia – 2009) Ensina 
JORGE DE FIGUEIREDO DIAS que “o princípio do Estado de Direito 
conduz a que a proteção dos direitos, liberdade e garantias seja levada 
a cabo não apenas através do direito penal, mas também perante o 
direito penal” (DIAS, Jorge de Figueiredo. Direito penal: parte geral. 
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tomo I. Coimbra: Coimbra Editora, 2004, p. 165). Assim, analise as 
proposições abaixo e, em seguida, assinale a opção correta 
I- O conteúdo essencial do princípio da legalidade se traduz em 
que não pode haver crime, nem pena que não resultem de uma lei 
prévia, escrita, estrita e certa. 
II- O princípio da legalidade estrita não cobre, segundo a sua 
função e o seu sentido, toda a matéria penal, mas apenas a que se 
traduz em fixar, fundamentar ou agravar a responsabilidade do agente. 
III- Face ao fundamento, à função e ao sentido do princípio da 
legalidade, a proibição de analogia vale relativamente a todos os tipos 
penais, inclusive os permissivos. 
IV- A proibição de retroatividade da lei penal funciona apenas a 
favor do réu, não contra ele. 
V- O princípio da aplicação da lei mais favorável vale mesmo 
relativamente ao que na doutrina se chama de “leis intermediárias”; 
leis, isto é, que entraram em vigor posteriormente à prática do fato, mas 
já não vigoravam ao tempo da apreciação deste. 
 
a) Apenas uma proposição está errada. 
b) Estão corretas apenas as proposições I, IV e V 
c) Estão corretas apenas as proposições I, II, III e IV 
d) Todas as proposições estão corretas 
e) Apenas três da proposições estão corretas 
 
Gabarito. A. 
Item I – CORRETO. O conteúdo essencial do princípio da legalidade se 
traduz em que não pode haver crime, nem pena que não resultem de uma lei 
prévia, escrita, estrita e certa. 
Item II – CORRETO. O princípio da legalidade estrita não cobre, 
segundo a sua função e o seu sentido, toda a matéria penal, mas apenas a que 
se traduz em fixar, fundamentar ou agravar a responsabilidade do agente. 
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Item III - ERRADO. Face ao fundamento, à função e ao sentido do 
princípio da legalidade, a proibição de analogia vale relativamente a todos os 
tipos penais, inclusive os permissivos. (é possível a analogia de norma 
permissiva (ex: legitima defesa, estado de necessidade) uma vez que 
seriam a favor do réu) 
 Item IV – CORRETO. A proibição de retroatividade da lei penal 
funciona apenas a favor do réu, não contra ele. 
Item V – CORRETA. O princípio da aplicação da lei mais favorável vale 
mesmo relativamente ao que na doutrina se chama de “leis intermediárias”; leis, 
isto é, que entraram em vigor posteriormente à prática do fato, mas já não 
vigoravam ao tempo da apreciação deste. 
 
12) (CEPERJ – PC/RJ – Delegado de Polícia – 2009) Costuma-se 
afirmar que o direito penal das sociedades contemporâneas é regido por 
princípios sobre crimes, penas e medidas de segurança, nos níveis de 
criminalização primária e de criminalização secundária, fundamentais 
para garantir o indivíduo em face do poder penal do Estado. Analise as 
proposições abaixo: 
I - O princípio da insignificância revela uma hipótese de 
atipicidade material da conduta. 
II - O princípio da lesividade (ou ofensividade) proíbe a 
incriminação de uma atitude interna. 
III - Por força do princípio da lesividade não se pode conceber a 
existência de qualquer crime sem ofensa ao bem jurídico protegido pela 
norma penal. 
IV - No direito penal democrático só se punem fatos. Ninguém 
pode ser punido pelo que é, mas apenas pelo que faz. 
V - O princípio da coculpabilidade reconhece que o Estado 
também é responsável pelo cometimento de determinados delitos, 
praticados porcidadãos que possuem menor âmbito de 
autodeterminação diante das circunstâncias do caso concreto, 
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principalmente no que se refere às condições sociais e econômicas do 
agente. 
Pode-se afirmar que: 
a) todas as assertivas estão corretas. 
b) somente duas das assertivas estão corretas. 
c) somente duas das assertivas estão erradas 
d) estão erradas as de número II e III. 
e) somente a de número I está errada. 
 
Gabarito. A. 
Item I – CORRETO. O princípio da insignificância revela uma hipótese 
de atipicidade material da conduta. 
EXPLICAÇÃO = Tem o condão de afastar a tipicidade material do fato, 
tendo como vetores para sua incidência: 
(a) a mínima ofensividade da conduta 
(b) a ausência de periculosidade social da ação 
(c) o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento 
(d) a inexpressividade da lesão jurídica. 
Assim, quando retiramos a materialidade do crime, a conduta passa a ser 
atípica (não considerada crime), o que impõe a absolvição do réu, não lhe 
restando consequência penal alguma. 
Item II – CORRETO. O princípio da lesividade (ou ofensividade) proíbe 
a incriminação de uma atitude interna. 
EXPLICAÇÃO = Ao direito penal interessa a conduta que implique 
em dano social relevante aos bens jurídicos essenciais à coexistência. Sendo 
assim uma conduta interna, por exemplo, um pensamento (ex: quero estuprar 
essa mulher) não há de se falar em dano relevante ao bem jurídico. 
Item III – CORRETO. Por força do princípio da lesividade não se pode 
conceber a existência de qualquer crime sem ofensa ao bem jurídico protegido 
pela norma penal. 
EXPLICAÇÃO = Aplicando o referido princípio haverá atipicidade da 
conduta e absolvição do réu, logo não também não haverá crime. 
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Item IV – CORRETO. No direito penal democrático só se punem fatos. 
Ninguém pode ser punido pelo que é, mas apenas pelo que faz. 
EXPLICAÇÃO = Como punir alguém por ser pobre, feio? 
Item V – CORRETO. O princípio da coculpabilidade reconhece que o 
Estado também é responsável pelo cometimento de determinados delitos, 
praticados por cidadãos que possuem menor âmbito de autodeterminação diante 
das circunstâncias do caso concreto, principalmente no que se refere às 
condições sociais e econômicas do agente. 
EXPLICAÇÃO = há de ser levado em consideração na dosimetria da pena 
o meio social no qual cresceu o agente criminoso, que, por exemplo, somente 
viveu em comunidades dominadas pelo tráfico de drogas. 
 
13) (CESPE – PC/RN – Delegado de Polícia – 2009) Cabe ao 
legislador, na sua propícia função, proteger os mais diferentes tipos de 
bens jurídicos, cominando as respectivas sanções, de acordo com a 
importância para a sociedade. Assim, haverá o ilícito administrativo, o 
civil, o penal etc. Este último é o que interessa ao direito penal, 
justamente por proteger os bens jurídicos mais importantes (vida, 
liberdade, patrimônio, liberdade sexual, administração pública etc.). O 
direito penal 
a) tem natureza fragmentária, ou seja, somente protege os bens 
jurídicos mais importantes, pois os demais são protegidos pelos outros 
ramos do direito. 
b) tem natureza minimalista, pois se ocupa, inclusive, dos bens 
jurídicos de valor irrisório. 
c) tem natureza burguesa, pois se volta, exclusivamente, para a 
proteção daqueles que gerenciam o poder produtivo e a economia 
estatal. 
d) é ramo do direito público e privado, pois protege bens que 
pertencem ao Estado, assim como aqueles de propriedade 
individualizada. 
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e) admite a perquirição estatal por crimes não previstos 
estritamente em lei, assim como a retroação da lex gravior. 
 
Gabarito. A. 
Item “a” – CORRETO. o Direito Penal só deve ser aplicado quando 
estritamente necessário, de modo que a sua intervenção fica condicionada ao 
fracasso das demais esferas de controle (caráter subsidiário), observando 
somente os casos de relevante lesão ou perigo de lesão ao bem juridicamente 
tutelado (caráter fragmentário). 
 
Item “b” – ERRADO. Como desdobramento da fragmentariedade, 
temos o princípio da insignificância. Ainda que o legislador crie tipos 
incriminadores em observância aos princípios gerais do Direito penal, poderá 
ocorrer situação em que a ofensa concretamente perpetrada seja diminuta, que 
não seja capaz de atingir materialmente e de forma relevante o bem jurídico 
protegido. Nesses casos, estaremos diante do que se denomina “infração 
bagatelar”, ou “crime de bagatela” 
Item “c” – ERRADO. Direito Penal se volta para a proteção de todos os 
bens jurídicos relevantes, sem exclusividade de natureza econômica. 
Item “d” – ERRADO. Temos um ramo do direito público apenas, pois 
na edição de normas penais há predominância do interesse público sobre o 
privado, ainda que a norma penal tutele também interesses individuais 
Item “e” – ERRADO. No Direito Penal vigora o princípio da reserva 
legal, segundo o qual a infração penal somente pode ser criada por lei em 
sentido estrito. Além disso, jamais a Lex gravior poderá retroagir. 
 
14) (CESPE – PC/TO – Delegado de Polícia – 2008) Acerca dos 
princípios constitucionais que norteiam o direito penal, da aplicação da 
lei penal e do concurso de pessoas, julgue o item a seguir. 
Prevê a Constituição Federal que nenhuma pena passará da 
pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a 
decretação de perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas 
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aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido. Referido dispositivo constitucional traduz o 
princípio da intranscendência. 
 
Gabarito: CERTO. Tal princípio está previsto no art. 5º, XLV da CF. 
Também denominado princípio da intranscendência ou da pessoalidade ou, 
ainda, personalidade da pena, preconiza que somente o condenado, e mais 
ninguém, poderá responder pelo fato praticado, pois a pena não pode passar da 
pessoa do condenado. 
 
3. Lista das Questões Apresentadas 
 
1) (FUNCAB – PC/MT – Investigador – 2014) O princípio da 
fragmentariedade do Direito Penal significa: 
a) que, uma vez escolhidos aqueles bens fundamentais, 
comprovada a lesividade e a inadequação das condutas que os ofendem, 
esses bens passarão a fazer parte de uma pequena parcela que é 
protegida pelo Direito Penal. 
b) que o legislador valora as condutas, cominando-lhes penas que 
variam de acordo com a importância do bem a ser tutelado. 
c) que apesar de uma conduta se subsumir ao modelo legal não 
será considerada típica se for socialmente adequada ou reconhecida, 
isto é, se estiver de acordo com a ordem social da vida historicamente 
condicionada. 
d) que as proibições penais somente se justificam quando se 
referem a condutas que afetem gravemente direitos de terceiros. 
e) que a lei é a única fonte do Direito Penal quando se quer 
proibir ou impor condutas sob a ameaça de sanção. 
 
2) (FUNCAB – PC/RJ – Delegado de Polícia – 2012) De acordo 
com o Glossário Jurídico do Supremo Tribunal Federal, “o princípio dainsignificância tem o sentido de excluir ou de afastar a própria 
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tipicidade penal, ou seja, não considera o ato praticado como um crime, 
por isso, sua aplicação resulta na absolvição do réu e não apenas na 
diminuição e substituição da pena ou não sua não aplicação”. Sobre o 
tema princípio da insignificância, assinale a resposta correta. 
 
a) Buscando sua origem, de acordo com certa vertente 
doutrinária, no Direito Romano, o princípio da insignificância vem sendo 
objeto de recorrentes decisões do STF, nas quais são estabelecidos dois 
parâmetros para sua determinação: reduzidíssimo grau de reprovabi l 
idade do compor tamento e inexpressividade da lesão jurídica 
provocada. 
b) O princípio da insignificância, decorrência do caráter 
fragmentário do Direito Penal, tem base em uma orientação utilitarista, 
tem origem controversa, encontrando, na atual jurisprudência do STF, 
os seguintes requisitos de configuração: a mínima ofensividade da 
conduta do agente; nenhuma periculosidade social da ação; o 
reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; e a 
inexpressividade da lesão jurídica provocada. 
c) Sua atual elaboração deita raízes na doutrina de Claus Roxin e, 
no Direito Penal brasileiro, consoante jurisprudência atual do STF, se 
limita à avaliação da inexpressividade da lesão jurídica provocada, ou 
seja, observa-se se a ofensa ao bem jurídico tutelado é relevante ou 
banal. 
d) Surgindo como uma consequência lógica do princípio da 
individualização das penas, a insignificância penal não aceita a 
periculosidade social da ação como parâmetro, de acordo com o 
posicionamento atual do STF, em razão da elevada abstração desse 
conceito, mas apresenta como requisi tos: a mínima ofensividade da 
conduta do agente; o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do 
comportamento; e a inexpressividade da lesão jurídica provocada. 
 
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e) Inserida no princípio da intervenção mínima, embora já 
mencionada anteriormente por Welzel como uma faceta do princípio da 
adequação social, a insignificância determina a inexistência do crime 
quando a conduta praticada apresentar a simultânea presença dos 
seguintes requisitos, exigidos pela atual jurisprudência do STF: a 
mínima ofensividade da conduta do agente; nenhuma periculosidade 
social da ação; o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do 
comportamento; a inexpressividade da lesão jurídica provocada; e a 
inexistência de um especial fim de agir. 
 
3) (FUNCAB – SEGEP/MA – Agente Penitenciário – 2016) O 
direito penal não admite analogias incriminadoras Essa afirmativa é 
uma decorrência do princípio da: 
a) adequação social. 
b) responsabilidade penal pessoal. 
c) individualização das penas. 
d) legalidade. 
e) responsabilidade penal subjetiva. 
 
4) (UFMT – DPE/MT – Defensor Público – 2016) O princípio da 
insignificância ou da bagatela exclui a 
a) punibilidade. 
b) executividade. 
c) tipicidade material. 
d) ilicitude formal. 
e) culpabilidade. 
 
5) (VUNESP – TJM/SP – Juiz de Direito Substituto – 2016) A 
respeito dos princípios penais e constitucionais penais, assinale a 
alternativa correta. 
a) O princípio da humanidade, previsto expressamente na 
Constituição Federal, proíbe a pena de morte (salvo caso de guerra 
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declarada), mas não impede que dos presos se exijam serviços 
forçados. 
b) A pessoalidade da pena e a individualização da san- ção penal 
são princípios constitucionais implícitos, já que não são enumerados 
expressamente na Constituição Federal, mas deduzidos das normas 
constitucionais nela contidas. 
c) O postulado da irretroatividade da lei penal, por expressa 
determinação constitucional, é excepcionado quando em causa lei penal 
benéfica ao réu. Isto importa que a lei penal retroage em favor do réu, 
desde que inexista sentença com trânsito em julgado. 
d) O princípio da intervenção mínima do direito penal desdobra-se 
no caráter subsidiário e fragmentário do direito penal. O primeiro impõe 
que apenas lesões graves a bens jurídicos dignos de tutela penal sejam 
objeto do direito penal. Já o segundo impõe que só se recorra ao direito 
penal quando outros ramos do direito mostrarem-se insuficientes à 
proteção de determinado bem jurídico. 
e) O princípio da legalidade desdobra-se nos postulados da 
reserva legal, da taxatividade e da irretroatividade. O primeiro 
impossibilita o uso de analogia como fonte do direito penal; o segundo 
exige que as leis sejam claras, certas e precisas, a fim de restringir a 
discricionariedade do aplicador da lei; o último exige a atualidade da lei, 
impondo que seja aplicada apenas a fatos ocorridos depois de sua 
vigência. 
 
6) (IBEG – Prefeitura de Guarapari/ES – Procurador Municipal – 
2016) Sendo o Brasil um Estado Democrático de Direito, por reflexo, seu 
direito penal há de ser legítimo, democrático e obediente aos princípios 
constitucionais que o informam, passando o tipo penal a ser uma 
categoria aberta, cujo conteúdo deve ser preenchido em consonância 
com os princípios derivados deste perfil político-constitucional. Assim, 
analisando as premissas abaixo, pode-se afirmar que: 
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I. Não se admitem mais critérios absolutos na definição dos 
crimes, os quais passam a ter exigências de ordem formal (somente a 
lei pode descrevê-los e cominar-lhes uma pena correspondente) e 
material (o seu conteúdo deve ser questionado à luz dos princípios 
constitucionais derivados do Estado Democrático de Direito). 
II. Podemos, então, afirmar que do Estado Democrático de Direito 
parte o princípio da dignidade humana, orientando toda a formação do 
Direito Penal. Qualquer construção típica, cujo conteúdo contrariar e 
afrontar a dignidade humana será materialmente inconstitucional, posto 
que atentatória ao próprio fundamento da existência de nosso Estado. 
III. Assim, considerando a aplicação do princípio da legalidade, 
para a caracterização do crime de calúnia, é imprescindível a imputação 
falsa de fato determinado e definido na lei como crime ou contravenção 
penal. 
IV. Os princípios da legalidade e anterioridade são os principais 
alicerces de manutenção da segurança jurídica num Estado Democrático 
de Direito, pois se tratam de obstáculos à intervenção estatal na esfera 
de liberdade do indivíduo. É uma conquista de cunho político, uma 
proteção ao cidadão. Dessa forma, não poderá o Estado atuar de forma 
absoluta ou arbitrária, tendo o seu poder punitivo limitado ao direito 
positivo. 
V. O princípio da legalidade não veda o uso da analogia in malam 
partem, pois se admite o emprego de analogia para normas 
incriminadoras, desde que haja lacunas na lei em questão e disposição 
legal relativa a um caso semelhante. 
a) Apenas as assertivas I, II e III são verdadeiras. 
b) Apenas as assertivas I, II e IV são verdadeiras. 
c) Apenas as assertivas II, IV e V são verdadeiras. 
d) Apenas as assertivas II, III e IV são verdadeiras. 
e) Apenas as alternativas II, III e V são verdadeiras.Direito Penal para Soldado da PM/MG 
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7) (UESPI – PC/PI – Delegado de Polícia – 2014) Configuram 
desdobramento do princípio da reserva legal, EXCETO, 
a) Lex praevia. 
b) Lex stricta. 
c) Lex scripta. 
d) Lex certa. 
e) Ultima ratio. 
 
8) (VUNESP – PC/SP – Delegado de Polícia – 2014) Assinale a 
alternativa que apresenta o princípio que deve ser atribuído a Claus 
Roxin, defensor da tese de que a tipicidade penal exige uma ofensa de 
gravidade aos bens jurídicos protegidos. 
a) Insignificância. 
b) Intervenção mínima. 
c) Fragmentariedade. 
d) Adequação social. 
e) Humanidade. 
 
9) (UEG – PC/GO – Delegado de Polícia – 2013) Ana, menor de 
17 anos de idade, contrariando proibição de seus pais, procura Júlio 
para que este realize uma tatuagem no seu ombro com 
aproximadamente 15 centímetros de diâmetro. Ainda que presente a 
tipicidade formal, poderá ser aplicado o Princípio da Alteridade porque 
a) não houve lesão efetiva ao bem jurídico tutelado. 
b) a lesão foi irrelevante ou insignificante. 
c) a lesão está dentro do que se considera como socialmente 
adequado. 
d) não houve lesão a bem jurídico de terceiro. 
 
10) (MS Concursos – PC/PA – Delegado de Polícia – 2012) No art. 
5° da Constituição Federal, respectivamente incisos XXXIX e XL, há a 
determinação de que “ não há crime sem lei anterior que o defina, nem 
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pena sem prévia cominação legar " e “ a lei penal não retroagirá, salvo 
para beneficiar o réu". É a mais importante garantia do cidadão contra o 
arbítrio do Estado, pois só a lei poderá estabelecer que condutas serão 
consideradas criminosas e quais as punições para cada crime. Analise 
estes princípios constitucionais e assinale a alternativa incorreta: 
a) Um réu com sentença penal transitada em julgado, condenado 
em 13 (treze) anos, 8(oito) meses e 23 (vinte e três) dias, tendo 
cumprido 2 (dois) anos, deverá ser posto em liberdade imediatamente, 
porque a lei posterior deixou de considerar delito o fato por ele 
praticado. A lei nova, neste caso, acrescentou causas de exclusão da 
ilicitude, culpabilidade ou punibilidade do agente. As leis penais só 
podem retroagir para benefício do réu, atingindo, nesse caso, até 
mesmo a coisa julgada, o que não viola a Constituição Federal. 
b) Se não há crime sem lei anterior que o defina, ela poderá 
retroagir para alcançar um fato que, antes dela, não era considerado 
delito. Não há delito sem tipicidade, ou seja, não há crime sem que a 
conduta humana se ajuste à figura delituosa definida pela lei. O 
intérprete deverá ficar atento, porque a lei nova poderá não abolir o 
crime do sistema jurídico penal, apenas inseri-lo por nova legislação, 
até mesmo denominando-o de forma diferenciada, não ocorrendo, no 
caso, abolitio criminis. 
c) Não se aplica a lei nova, durante a vacatio legis, mesmo se 
mais benéfica, posto que esta ainda não está em vigor. A abolitio 
criminis elimina todos os efeitos penais, subsistindo, tão somente, os 
efeitos civis afetos ao fato criminoso. Assim, mesmo que a lei nova não 
considere crime a conduta do agente que era prevista como ilícita em lei 
anterior, a vítima, ou sua família, poderá interpor ação de reparação de 
danos morais e/ou materiais na esfera civil. 
d) Em face do princípio da retroatividade da lei mais benéfica, a 
abolitio criminis, quando a lei deixar considerar como crime certa 
conduta que antes era considerada como ilicitude penal, alcança o fato 
em qualquer fase em que ele se encontre. Assim, como definitivamente 
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jurídica, inexistindo processo, o mesmo não pode ser iniciado. Se há 
ação penal, a mesma deverá ser decididamente arquivada, extinguindo-
se a punibilidade. Havendo condenação, a pena não poderá ser 
executada. Se o condenado já está cumprindo pena, deverá ser 
expedido o alvará de soltura imediatamente. 
e) Em caso de crime permanente ou habitual, iniciado sob a 
vigência de uma lei e prolongando sob a de outra, vale esta, ainda que 
mais desfavorável como, por exemplo, extorsão mediante sequestro, 
que se prolonga ao perdurar a ofensa ao bem jurídico, enquanto a 
vítima estiver em poder dos sequestradores. Caso a execução tenha 
início sob o império de uma lei, prosseguindo sobre o de outra, aplica-se 
a mais nova, ainda que mais gravosa, pois, como a conduta se prolonga 
no tempo, a todo o momento renovam-se a ação e a incidência da nova 
lei. O tempo do crime se dilatará pelo período de permanência. Assim, 
se o autor, que era menor, durante a fase de execução do crime vier a 
atingir a maioridade, responderá segundo o Código Penal e não segundo 
o Estatuto da Criança e do Adolescente — ECA (Lei n. 8.069/90). 
 
11) (CEPERJ – PC/RJ – Delegado de Polícia – 2009) Ensina 
JORGE DE FIGUEIREDO DIAS que “o princípio do Estado de Direito 
conduz a que a proteção dos direitos, liberdade e garantias seja levada 
a cabo não apenas através do direito penal, mas também perante o 
direito penal” (DIAS, Jorge de Figueiredo. Direito penal: parte geral. 
tomo I. Coimbra: Coimbra Editora, 2004, p. 165). Assim, analise as 
proposições abaixo e, em seguida, assinale a opção correta 
I- O conteúdo essencial do princípio da legalidade se traduz em 
que não pode haver crime, nem pena que não resultem de uma lei 
prévia, escrita, estrita e certa. 
II- O princípio da legalidade estrita não cobre, segundo a sua 
função e o seu sentido, toda a matéria penal, mas apenas a que se 
traduz em fixar, fundamentar ou agravar a responsabilidade do agente. 
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III- Face ao fundamento, à função e ao sentido do princípio da 
legalidade, a proibição de analogia vale relativamente a todos os tipos 
penais, inclusive os permissivos. 
IV- A proibição de retroatividade da lei penal funciona apenas a 
favor do réu, não contra ele. 
V- O princípio da aplicação da lei mais favorável vale mesmo 
relativamente ao que na doutrina se chama de “leis intermediárias”; 
leis, isto é, que entraram em vigor posteriormente à prática do fato, mas 
já não vigoravam ao tempo da apreciação deste. 
a) Apenas uma proposição está errada. 
b) Estão corretas apenas as proposições I, IV e V 
c) Estão corretas apenas as proposições I, II, III e IV 
d) Todas as proposições estão corretas 
e) Apenas três da proposições estão corretas 
 
12) (CEPERJ – PC/RJ – Delegado de Polícia – 2009) Costuma-se 
afirmar que o direito penal das sociedades contemporâneas é regido por 
princípios sobre crimes, penas e medidas de segurança, nos níveis de 
criminalização primária e de criminalização secundária, fundamentais 
para garantir o indivíduo em face do poder penal do Estado. Analise as 
proposições abaixo: 
I - O princípio da insignificância revela uma hipótese de 
atipicidade material da conduta. 
II - O princípio da lesividade (ou ofensividade) proíbe a 
incriminação de uma atitude interna. 
III - Por força do princípio da lesividade não se pode conceber a 
existência de qualquer crime sem ofensa ao bem jurídico protegido pela 
norma penal. 
IV - No direito penal democrático só sepunem fatos. Ninguém 
pode ser punido pelo que é, mas apenas pelo que faz. 
V - O princípio da coculpabilidade reconhece que o Estado 
também é responsável pelo cometimento de determinados delitos, 
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praticados por cidadãos que possuem menor âmbito de 
autodeterminação diante das circunstâncias do caso concreto, 
principalmente no que se refere às condições sociais e econômicas do 
agente. 
Pode-se afirmar que: 
a) todas as assertivas estão corretas. 
b) somente duas das assertivas estão corretas. 
c) somente duas das assertivas estão erradas 
d) estão erradas as de número II e III. 
e) somente a de número I está errada. 
 
13) (CESPE – PC/RN – Delegado de Polícia – 2009) Cabe ao 
legislador, na sua propícia função, proteger os mais diferentes tipos de 
bens jurídicos, cominando as respectivas sanções, de acordo com a 
importância para a sociedade. Assim, haverá o ilícito administrativo, o 
civil, o penal etc. Este último é o que interessa ao direito penal, 
justamente por proteger os bens jurídicos mais importantes (vida, 
liberdade, patrimônio, liberdade sexual, administração pública etc.). O 
direito penal 
a) tem natureza fragmentária, ou seja, somente protege os bens 
jurídicos mais importantes, pois os demais são protegidos pelos outros 
ramos do direito. 
b) tem natureza minimalista, pois se ocupa, inclusive, dos bens 
jurídicos de valor irrisório. 
c) tem natureza burguesa, pois se volta, exclusivamente, para a 
proteção daqueles que gerenciam o poder produtivo e a economia 
estatal. 
d) é ramo do direito público e privado, pois protege bens que 
pertencem ao Estado, assim como aqueles de propriedade 
individualizada. 
e) admite a perquirição estatal por crimes não previstos 
estritamente em lei, assim como a retroação da lex gravior. 
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14) (CESPE – PC/TO – Delegado de Polícia – 2008) Acerca dos 
princípios constitucionais que norteiam o direito penal, da aplicação da 
lei penal e do concurso de pessoas, julgue o item a seguir. 
Prevê a Constituição Federal que nenhuma pena passará da 
pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a 
decretação de perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas 
aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido. Referido dispositivo constitucional traduz o 
princípio da intranscendência. 
 
4. Gabarito 
 
01 – A 08 – A 
02 – B 09 – D 
03 – D 10 – B 
04 – C 11 – A 
05 – E 12 – A 
06 – B 13 – A 
07 – E 14 – CERTO

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