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Muralha do tempo de Salomão descoberta em Jerusalém Esta seria a primeira construção atribuída ao rei bíblico descoberta em escavações na cidade Eliat Mazar indica trecho de muralha recém-descoberto SÃO PAULO - Uma seção de uma antiga muralha da cidade de Jerusalém do décimo século antes da era comum - possivelmente construída pelo rei Salomão - foi revelada em escavações arqueológicas da Universidade Hebraica de Jerusalém, informa nota divulgada pela instituição. A parcela da muralha revelada tem 70 metros de comprimento, seis de altura e fica numa área conhecida como Ofel, entre a Cidade de Davi e o muro meridional do Monte do Templo. "A muralha que está sendo descoberta é sinal da presença de um governante", disse a arqueóloga responsável pelo trabalho, Eliat Mazar. "Sua força e o modo de construção indicam uma engenharia avançada". "Esta é a primeira vez que uma estrutura da época é descoberta podendo ter uma relação com descrições escritas das obras de Salomão em Jerusalém", acrescentou ela. Ela cita o terceiro capítulo do Primeiro Livro de Reis, na Bíblia, onde se diz que Salomão construiu "sua própria casa, e a casa do Senhor, e a muralha de Jerusalém ao redor". Arqueólogos israelenses descobrem fortificação de 3.700 anos Acredita-se que muralha de 7,9 metros de altura seja parte de passagem protegida construída pelos cananeus Acredita-se que muralha de 7,9 metros de altura seja parte de uma passagem protegida JERUSALÉM - Escavações arqueológicas em Jerusalém encontraram uma muralha de 3.700 anos que é o exemplo mais antigo de antigas fortificações já encontrado na cidade, informaram funcionários israelenses nesta quarta-feira, 2. Acredita-se que muralha de 7,9 metros de altura seja parte de uma passagem protegida construída pelos cananeus a partir de uma fortaleza no topo de um monte até uma nascente próxima, que era a única fonte de água da cidade e era vulnerável a saqueadores. Trata-se da primeira descoberta de uma grande construção feita antes dos tempos de Herodes, o governador que estava por trás de numerosos projetos monumentais da cidade 2 mil anos atrás. Além disso, mostra que a Jerusalém de meados da Idade do Bronze tinha uma população capaz de realizar projetos de construção complexos, disse Ronny Reich, diretor de escavações e professor de arqueologia da Universidade de Haifa. As muralhas são do século 17 antes de Cristo, quando Jerusalém era um pequeno e fortificado enclave controlado pelos cananeus, um dos povos que segundo a Bíblia viveu na Terra Santa antes da conquista hebraica. O bíblico rei Davi teria reinado sete séculos mais tarde. Um pequeno pedaço da muralha havia sido descoberto em 1909, mas os escavadores chegaram a uma parte que mede 240 metros. Reich acredita que há ainda mais a ser escavado, mas disse que contenções de orçamento, relacionados à crise financeira global, encerraram a escavação, pelo menos por enquanto. "A muralha é enorme e sobreviveu 3.700 anos, o que, mesmo para nós, é um longo tempo", disse Reich. É incrível que uma fortificação deste tipo não tenha se desmanchado por projetos de construção posteriores, disse ele. Pesquisas arqueológicas no local conhecido como Cidade de Davi, do lado de fora dos muros da cidade velha, está no centro da luta pelo controle da cidade. O sítio arqueológico, um dos mais ricos num país cheio de relíquias antigas, está localizado no meio de uma bairro palestino em Jerusalém Oriental. As escavações da Cidade de Davi são financiadas pela Elad, uma organização de assentamentos judaicos que também compra residências palestinas e leva famílias judaicas para o bairro. Palestinos e israelenses dizem que a arqueologia está sendo usada como ferramenta política para cimentar o controle judaico sobre partes de Jerusalém que os palestinos querem como a capital de seu futuro Estado. Israel tomou a área árabe de Jerusalém na guerra de 1967 e rapidamente anexou Jerusalém Oriental e declarou toda a cidade como sua capital. estadao.com.br
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