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ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO NA SALA DE PARTO CONDUTAS 2016 PROF. DELCIDES NETO – SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT “EXISTEM DOIS DIAS DE MAIOR RISCO PARA A VIDA DE UM SER HUMANO: O PRIMEIRO E O ÚLTIMO” ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO AO NASCIMENTO 1 a cada 10 RN necessita de assistência ventilatória para iniciar e/ou manter a respiração; 1 a cada 100 RN precisa de intubação e/ou massagem cardíaca; 1 a cada 1000 RN requer intubação, massagem cardíaca e medicações desde que a ventilação seja aplicada adequadamente. FATORES DECISIVOS: 1) Previsão da necessidade de reanimação; 2) Anamnese materna; 3) Equipe treinada em reanimação neonatal; 4) Preparo adequado do material. ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO Quanto maior a demora para iniciar a reanimação, mais difícil esta se torna e mais elevado é o risco de lesão cerebral. PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT PROBLEMAS PRÉ-NATAIS: Ausência de pré-natal; Idade materna <16 e >35; Prematuridade; Hipertensão Arterial e DHEG; Diabetes gestacional; Doenças maternas crônicas; PROBLEMAS PRÉ-NATAIS: Amniorrexe prematura; Iso-imunização Rh Infecções maternas; Gestação múltipla; Malformações fetais; Pós-maturidade; Oligo ou polidrâmnio; ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT PROBLEMAS DO TRABALHO DE PARTO: Amniorrexe prolongada; Corioamnionite; TP prolongado; Prolapso de cordão; Administração de opioides; Descolamento prematuro de placenta; Anestesia Geral. ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT PROBLEMAS DO PARTO LA Meconial; Apresentações anômalas; Prolapso de cordão; Longa permanência no canal de parto; ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT MATERIAL Fonte de calor (manter a temperatura ambiente em 23-25°C, Taxilar: 36,5–37,5°C); Fonte de oxigênio; Aspirador a vácuo; Sondas Traqueais; Adaptador para aspiração de mecônio; Balão auto-inflável, laringoscópio e cânulas traqueais; Máscaras para RNT e PT. ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT MATERIAL Esparadrapo; Drogas: adrenalina, expansores de volume; Seringas e agulhas; Luvas e gazes estéreis; Lâmina de bisturi; Estetoscópio; Fios ou cadarço umbilical. ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO AVALIAR A VITALIDADE AO NASCER FAZER AS 4 PERGUNTAS: 1) Gestação a termo? 2) Ausência de mecônio? 3) Respirando ou chorando? 4) Tônus muscular adequado (flexão)? Respostas “SIM” às perguntas, considerar o RN com boa vitalidade, sem necessidade de reanimação neonatal. PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO AVALIAR A VITALIDADE AO NASCER A reanimação depende da avaliação simultânea: 1. RESPIRAÇÃO; 2. FREQUÊNCIA CARDÍACA: principal determinante da decisão de indicar as diversas manobras de reanimação. Pode ser avaliada pela ausculta do precórdio. PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO RN COM BOA VITALIDADE (saudável com boa vitalidade) • RN a termo: 1’– 3’ antes de clampear o cordão. • No prematuro: clampear entre 30 – 60 segundos. • RN que precisa de reanimação: clampear imediatamente! • Ordenha: não há evidências para usar. Vantagens: • melhores índices hematimétricos com 3-6 meses (maior necessidade de fototerapia); • menor risco de hipotermia quando cobertos por campos pré-aquecidos, podendo iniciar o aleitamento materno. PASSOS INICIAIS 1. Prover calor (temperatura corporal entre 36,5 - 37°C, temperatura ambiente em 23-26°C); 2. Posicionar a cabeça em leve extensão; 3. Aspirar boca e vias aéreas (se necessário); 4. Secar o paciente. 5. RN com peso < 1500g: uso de saco plástico de polietileno de 30x50 cm, com touca na fontanela, sem secá-lo (e colocar o sensor do oxímetro de pulso no membro superior D); 6. Uso de colchão térmico químico nos menores de 1000g OS PROCEDIMENTOS NÃO DEVEM ULTRAPASSAR 30 segundos PASSOS INICIAIS: OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!!!! Aspiração da boca e, depois, das narinas – a sucção vigorosa e prolongada pode produzir reflexo vagal com bradicardia e/ou apneia; ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT PASSOS INICIAIS • Uma vez feito os passos iniciais, reavaliar: 1. Respiração 2. FC (ausculta, seguido de monitor cardíaco). • Se houver vitalidade adequada (respiração rítmica/regular e FC > 100bpm), oferecer cuidados de rotina. Se não houver melhora, proceder ventilação com pressão positiva (VPP). 60 segundos – “GOLDEN MINUTE” OXIGÊNIO SUPLEMENTAR MINUTOS DE VIDA SAT O2 PRÉ-DUCTAL ATÉ 5 70-80% 5 – 10 80-90% > 10 85-95% PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT VALORES DE SAT O2 PRÉ-DUCTAIS DESEJÁVEIS, SEGUNDO A IDADE ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO RN COM LÍQUIDO AMNIÓTICO MECONIAL (LAM) 1. Avaliar a vitalidade ao nascer: • COM boa vitalidade: Junto com a mãe após clampear • PT tardio ou pós-termo SEM boa vitalidade: passos iniciais em 30 segundos. Se vigoroso: pele-a-pele • Em apneia, respiração irregular e/ou bradicardia: VPP com máscara e O2 21% (60 segundos de vida). Se após 30 segundos de ventilação efetiva não há melhora, PODE-SE indicar aspiração sob visualização direta uma única vez • Início rápido da VPP em todo RN que não respira regularmente ou está bradicárdico no 1 min após nascer PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT OXIGÊNIO SUPLEMENTAR RN com IG ≥ 34 semanas (O2 a 21% ou 100%?) Com O2 a 21%: iniciaram respiração espontânea ou choraram em tempo menor, aumento mais rápido da FC e menor mortalidade aos 28 dias de vida (em relação aos RN que receberam O2 a 100%). PORTANTO: RN ≥ 34 semanas apresentando apneia, respiração irregular e/ou FC < 100bpm, iniciar VPP com O2 a 21%, sob oximetria de pulso sobre pulso radial direito, de acordo com a saturação/tempo de vida. PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT OXIGÊNIO SUPLEMENTAR RN com IG ≥ 34 semanas que não melhora ou não alcança SatO2 desejável com VPP O2 21% = O2 suplementar • Iniciar mistura O2/ar aumentando 20% e reavaliando a cada 30 segundos, monitorada pela oximetria de pulso; *Se não houver blender ou oxímetro: iniciar VPP com O2 a 21%, atento à insuflação pulmonar e à FC. Se não houver melhora em 90 segundos, continuar com VPP a 100%. PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT OXIGÊNIO SUPLEMENTAR RN com IG < 34 semanas: • Colocar o sensor em punho ou palma D, conectá-lo ao cabo do oxímetro (leitura em 1-2 min); • Após passos iniciais se ainda houver apneia, respiração irregular ou FC < 100bpm. VPP com O2 a 30% (ajustar O2 de acordo com SatO2 desejada – incrementos de 20% a cada 30 segundos); *Se não houver blender ou oxímetro: iniciar VPP com O2 a 21%, atento à insuflação pulmonar e à FC. Se não houver melhora em 30 segundos, continuar com VPP a 100%. PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT CPAP EM SALA DE PARTO EM PREMATUROS • Reduz a necessidade de VM e de surfactante, semaumento de pneumotórax (se comparado a EOT). • Diminui a necessidade de O2 com 36 semanas ou óbito hospitalar INDICAÇÃO: • RN com respiração espontânea e FC > 100bpm com desconforto respiratório e SatO2 < que a esperada. • Uso de máscara com ressuscitador manual em T com pressão de 4-6 cmH2O e fluxo de 5-15L/min com FiO2 de acordo com o quadro PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO • A ventilação pulmonar é o procedimento mais simples, importante e efetivo na reanimação do RN em sala de parto. • A ventilação efetiva inicialmente provoca elevação da FC, seguida da melhora do tônus muscular e, depois, o estabelecimento da respiração espontânea PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT EQUIPAMENTOS PARA A VENTILAÇÃO MECÂNICA BALÃO AUTO-INFLÁVEL: • Vantagens: fácil manuseio, não necessita fonte gás, permite ventilação efetiva; • Pontos críticos: complacência pulmonar e o escape de ar entre a face e a máscara; • Pressão limitada por válvula de escape entre 30-40 mmHg; • Desvantagens: não oferece pico constante de pressão, falta de pressão expiratória final (PEEP), oferece O2 apenas a 21% ou 90- 100%, ativação variável da válvula de segurança. ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO EQUIPAMENTOS PARA A VENTILAÇÃO MECÂNICA BALÃO ANESTÉSICO (INFLADO POR FLUXO) • Manuseio difícil; • Necessita de fonte de gás; • Variação da pressão aplicada; • Necessita de mais treinamento. PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO EQUIPAMENTOS PARA A VENTILAÇÃO MECÂNICA VENTILADOR MECÂNICO MANUAL EM T • Permite administrar PI (20-25 cmH2O, limitando em 30- 40 cmH2O) e PEEP (4-6 cmH2O) constantes e ajustáveis, fluxo gasoso entre 5-15L/min; • Há necessidade de fonte de gás; • Possibilidade de titular a oferta de O2; • Adapta-se à máscara facial ou cânula. PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT Ventilação com Pressão Positiva (VPP): ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT Ventilação com Pressão Positiva (VPP): ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT INTUBAÇÃO TRAQUEAL - MATERIAL: Laringoscópio com lâminas retas 0 e 1; Cânulas traqueais nos 2,5; 3; 3,5 e 4; Material para aspiração; Esparadrapo - “Bigode”; Estetoscópio. ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT INDICAÇÕES DE VENTILAÇÃO POR CÂNULA TRAQUEAL: 1) VPP com máscara facial não efetiva; 2) Ventilação com balão e máscara prolongada/ineficaz; 3) Hérnia diafragmática; 4) Quando é necessária a aplicação de MCE/adrenalina; 5) Administrar surfactante exógeno (de acordo com serviço). As tentativas de intubação deverão durar, no máximo, 30 segundos TÉCNICA DE VENTILAÇÃO COM BALÃO E CÂNULA TRAQUEAL Confirmar a posição da cânula: • RNs bradicárdicos (sem resposta às manobras); • Ausculta nas regiões axilares e gástrica; • Visualização de condensação na cânula; • Aumento da FC; • Confirmação da presença de CO2 pelo método colorimétrico (desde que com perfusão pulmonar). ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT ‘ FREQUÊNCIA DA VPP (SEM MCE) Em torno de 40 – 60 vpm (ventilações por minuto); APERTA (APERTA)... SOLTA-SOLTA (LIBERA); Pressão suficiente para FC > 100bpm (inicia-se com 20 até 30-40 mmHg); Se após 30 segundos de VPP, com FC > 100 bpm e respiração espontânea/regular = suspender procedimento (O2 inalatório). FALHA: Após 30 segundos de VPP com balão e cânula, com FC < 100 bpm/sem respiração espontânea. Se RN mantiver FC < 60 bpm = massagem cardíaca externa (MCE). FALHA: 45-60 segundos de MCE + VPP com cânula e O2 suplementar com FC ainda < 60 bpm ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT VENTILAÇÃO COM VENTILADOR MANUAL EM T COM MÁSCARA/CÂNULA • Fixar fluxo de O2 em 5-15L/min, PI máxima em 30-40 cmH2O, PI desejada em torno de 20-25 cmH2O e PEEP em 4-6 cmH2O. Reajustar a PI visualizando o movimento torácico leve e auscultando a entrada de ar. CONCENTRAÇÃO DE O2: • IG < 34 semanas: FiO2 a 30% • IG ≥ 34 semanas: FiO2 a 21% O ajuste da FiO2 deve ser guiado pela oximetria de pulso. A FR deverá ser de 40 – 60 vpm, com a regra mnemônica: “OCLUUUI SOLTA, SOLTA / OCLUUUI SOLTA, SOLTA...” CONDUZIR CONFORME MELHORA OU PIORA ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT 04/12/10 04/12/10 04/12/10 04/12/1 0 TAMANHO DO TOT, PROFUNDIDADE DE INTRODUÇÃO (IG E PESO) PESO (g) IG (semanas) LÂMINA (laringoscópio) TOT (mm) / Cateter Posição no lábio superior < 1000g < 28 0 2,5 / 5F 6,5 - 7,0 1000 - 2000g 28 - 34 0 3,0 / 6F 7,0 - 8,0 2000 - 3000g 34 - 38 0 - 1 3,5 / 8F 8,0 - 9,0 > 3000g > 38 1 3,5 / 8F > 9,0 FÓRMULA DA POSIÇÃO DA TOT NO LÁBIO SUPERIOR: 6 + PESO ESTIMADO INDICAÇÕES DE MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA (MCE) • A MCE só está indicada se após 30 segundos de VPP com O2 suplementar o RN apresentar FC < 60 bpm. ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO TÉCNICAS DE MASSAGEM CARDÍACA DOS DOIS POLEGARES: com os polegares abaixo da linha intermamilar. As palmas e os outros dedos circundam o tórax do RN (maior pico de pressão sistólica e perfusão coronariana, menos cansativa); DOS DOIS DEDOS: posiciona-se os dedos indicador e médio no terço inferior do externo, usando a outra mão como contraforte no dorso do RN (desproporção mãos/tórax, necessidade de cateterismo umbilical). PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT TÉCNICAS DE MASSAGEM CARDÍACA MASSAGEM CARDÍACA TÉCNICAS DE MASSAGEM CARDÍACA COMO FAZER MCE E VENTILAÇÃO SIMULTANEAMENTE? Frequência cardíaca = 90 movimentos/minuto Frequência ventilatória = 30 movimentos/minuto Proporção de 1 ventilação : 3 massagens Total de eventos = 120 por minuto “Um*... e Dois*… e Três*… e Ventila**” * compressões torácicas ** compressão gentil do balão auto-inflável PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT TÉCNICAS DE MASSAGEM CARDÍACA Características das COMPRESSÕES TORÁCICAS PRÁTICA EM RECEM-NASCIDOS LOCAL Terço inferior do esterno, abaixo de uma linha imaginária entre os mamilos RELAÇÃO COMPRESSÃO-VENTILAÇÃO 3:1 FREQUÊNCIA 120 eventos/minuto (90 compressões e 30 ventilações por minuto) PROFUNDIDADE 1/3 do diâmetro ântero-posterior do tórax ou até gerar um pulso palpável TÉCNICAS DE MASSAGEM CARDÍACA MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA (MCE) Manter MCE enquanto FC < 60 bpm; O RN deve estar entubado; Bradicardia por cardiopatia congênita, arritmias ou falência miocárdicas: 15 compressões: 2 ventilações; MELHORA: após VPP + MCE = FC > 60 bpm (interrompe MCE e mantém VPP). Quando FC > 100 bpm = retirada gradual do O2; FALHA: Após 45-60 segundos de MCE e VPP com TOT e O2 suplementar RN mantém FC < 60 PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT MEDICAÇÕES O uso de medicações na reanimação neonatal é excepcional, desde que a ventilação e MCE sejam realizadas de forma efetiva; Vias de administração: Traqueal (adrenalina por apenas uma vez) Endovenosa (veia umbilical com cateter inserido apenas 1- 2 cm do ânulo , mantendo-o periférico). ASSISTÊNCIAAO RN NA SALA DE PARTO MEDICAÇÕES – INDICAÇÕES FC < 60 BPM a despeito da VPP efetiva e MCE adequada ADRENALINA (1:10.000): FC < 60 bpm, a despeito da ventilação efetiva e MCE adequadas (0,01-0,03 mg/Kg) DOSE TRAQUEAL: única (0,05 – 0,1mg/Kg) – absorção imprevisível VENOSA: pode repetir a cada 3-5’ (0,03 mg/Kg) MEDICAÇÕES ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT MEDICAÇÕES - EXPANSOR DE VOLUME INDICAÇÕES: hipovolemia, palidez, má perfusão, pulsos débeis, resposta inadequada da FC às outras medidas de reanimação Solução fisiológica 0,9% (cristaloide isotônica) Sangue total; Volume: 10 ml/kg, repetido a critério clínico. ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT ASPECTOS ÉTICOS As orientações para não iniciar a reanimação ou interromper as manobras dependem do contexto nacional, sociocultural e religioso. Casos duvidosos: prognóstico incerto, sobrevida curta e morbidade grave - conduta a ser tomada com a família. ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT ASPECTOS ÉTICOS Não iniciar: IG, PN, anomalias congênitas associadas a óbito quase certo ou morbidade inaceitável nos sobreviventes; Iniciar: chances de sobrevida, morbidade aceitável. ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO ASPECTOS ÉTICOS CONSENSO Abaixo de 22-23 semanas não há viabilidade; O peso de nascimento deve ser considerado com cautela (PN não é diretamente proporcional à maturidade); Malformações: comprovação antenatal, levar em consideração a vontade dos pais e os avanços terapêuticos PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT REANIMAÇÃO PROLONGADA Na reanimação prolongada, verificar sempre a efetividade das técnicas. Se o RN persistir ruim, considerar malformações de vias aéreas, pulmonares, pneumotórax, hérnia diafragmática, cardiopatia congênita. REANIMAÇÃO PROLONGADA ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO Um em cada 10 RN necessita de ventilação por pressão positiva com balão e máscara. Deve ser bem feita, pois a ventilação é a parte central da reanimação. O nascimento é o evento mais perigoso com o qual o ser humano se defronta durante toda a sua existência. É neste contexto que as considerações acima são colocadas, trazendo as renovações com embasamento científico para substituir as velhas práticas. Consultar este texto no site da Sociedade Brasileira de Pediatria sob o título REANIMAÇÃO NEONATAL: CONDUTAS 2013 PROF. DELCIDES NETO SAÚDE DA CRIANÇA I - UFT 0 1 2 FC Ausente <100 >100 Respiração Ausente Irregular Choro forte Tônus muscular Flácido Algum tônus Bom Reflexos Ausentes Alguns movimentos Espirros Cor Cianose Acrocianose Róseo ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO BOLETIM DE APGAR Nascer é prejudicial à saúde, porque não há no mundo nenhum ambiente mais controlado e confortável do que o útero materno. Mas como viver é um risco inevitável e necessário, é bom saber que tem gente empenhada em garantir maior qualidade ao nascimento e à vida. Dr. Paulo Margotto
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