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CARBOIDRATOS – ESTRUTURA E FUNÇÃO Paulo Preté DEFINIÇÃO DE CARBOIDRATOS Os carboidratos são poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas ou substâncias que liberam esses compostos por hidrólise. Apresentam fórmulas empíricas (CH2O)n com proporção 1:2:1 entre os átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio, sugerindo a idéia de carbono hidratado ou hidrato de carbono, onde n = 3 ou maior que três. (C6H12O6) IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA PRINCIPAL INGESTÃO CALÓRICA EXCELENTE RESERVA ENERGÉTICA Grânulo de Amido Grânulos de Glicogênio 58%12% 10% 10% 10% Glicídio Proteína Poliinsaturado Monoinsaturado Saturado ELEMENTOS ESTRUTURAIS E DE SUSTENTAÇÃO EXOESQUELETOS DE ARTRÓPODES PAREDE CELULAR DE CÉLULA VEGETAIS PAREDE CELULAR DE BACTÉRIA FUNÇÕES BIOLÓGICAS FUNÇÕES BIOLÓGICAS IMPORTÂNCIA NA EXPRESSÃO DA INFORMAÇÃO GENÉTICA IMPORTANTES NO RECONHECIMENTO CELULAR. CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS São poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas ou então substâncias que por hidrólise, liberam esses compostos. Exceto os monossacarídeos ou açucares simples, que consistem de uma única unidade poliidroxialdeído ou cetona. Sacarídeo, deriva de uma palavra grega que significa açúcar. São classificados pelo número de unidades de açúcar: em monossacarídeo, oligossacarídeo ou polissacarídeo. ALDOSE CETOSE MONOSSACARÍDEOS Os monossacarídeos são sólidos, cristalinos, incolor, solúveis em água e insolúveis em solventes não polares e muitos tem sabor doce. O monossacarídeo mais abundante é o açúcar com 6 átomos de carbono D-Glicose. Características: Podem ser aldeídos ou cetonas Apresentam muitas hidroxilas Cadeia não-ramificada Ligações simples entre carbonos Apresentam centros quirais C C C H OH OH H O H H Gliceraldeído C C C H OH O H OHH H Dihidroxiacetona OHC HO C C OH H O H C H H CH OH C OH H H C C C C H O HO H H C C OH OH H OHH OH H H Glicose (aldose) Frutose (cetose) Numeração dos carbonos D-Glicose D-Galactose OHC HO C C OH H O H C H H CH OH C OH H H HC HO C C OH H O H C H HO CH OH C OH H H 1 2 3 4 5 6 MONOSSACARÍDEOS- EXEMPLOS Obs: Classificação através da OH no último C*. Essa situação é típica de moléculas que possuam centros assimétricos ou quirais (átomos de carbono com quatro ligantes diferentes). MONOSSACARÍDEOS E CENTROS QUIRAIS Número de estereoisômeros (2n).Moléculas opticamente ativas são assimétricas, isto é, elas não são sobreponíveis às suas imagens especulares. -Girar plano da luz polarizada: ·Levorrotatórias (L) ·Dextrorrotatórias (D) Convenção de Fisher para a Configuração de Centros Assimétricos • Os epímeros da glicose diferem dela pela configuração de apenas um centro quiral. MONOSSACARÍDEOS – FORMAS CÍCLICAS Outro fato importante na estrutura das oses é o fenômeno da ciclização da molécula. O grupo aldeído ou cetona de uma molécula pode reagir com uma hidroxila da própria molécula, resultando em uma molécula cíclica ou fechada. HEMIACETAIS E HEMICETAIS MONOSSACARÍDEOS – FORMAS CÍCLICAS Quando ocorre a ciclização, o carbono do grupo carbonila se torna um centro quiral com duas configurações possíveis α ou β. Obs: As formas mais estáveis são os anéis de cinco ou seis membros. D-GLICOSE α-D-GLICOPIRONOSE β-D-GLICOPIRONOSE Forma hemiacetal cíclica ANÔMERODE D-GLICOPIRONOSE OLIGOSSACARÍDEOS – LIGAÇÃO GLICOSÍDICA OLIGOSSACARÍDEOS – DISSACARÍDEOS POLISSACARÍDEOS Também conhecidos como glicanos, consistem de monossacarídeos ligados por pontes glicosídicas. Podem ser: HOMOPOLISSACARÍDEOS HETEROPOLISSACARÍDEOS •Locais de armazenamento Cerca de 7% da massa úmida do fígado POLISSACARÍDEOS & GLICOGÊNIO NOS ANIMAIS POLISSACARÍDEOS & ESTRUTURA DO GLICOGÊNIO Abundante no fígado - 7% da massa úmida do órgão, e também presente nos músculos esqueléticos. Glicogênio principal polissacarídeo de reserva na células animais, constituído de glicose mas possuindo um maior número de ramificações e sendo mais compacta que a amilopectina; peso molecular de vários milhões. O H OHH H O O CH2 1 23 4 5 H CH2HO OH O H H OH OH H H O O O H H OH OH H H O 6 6 41 1 HOCH2 •Amido: • característico de células vegetais. • Formado por moléculas de glicose. • encontrado no interior celular em forma de grânulos. POLISSACARÍDEOS & AMIDO NOS VEGETAIS POLISSACARÍDEOS & ESTRUTURA DO AMIDO AMILOSE AMILOPECTINA Contém dois tipos de polímeros de glicose: amilose que são cadeias longas não ramificadas de unidades de glicose unidas por ligação (alfa 1-4). Amilopectina que são cadeias ramificadas e de alto peso molecular. Amido reserva característica de células vegetais, especialmente em raízes tuberosas, como a batata e em algumas sementes como a do milho. POLISSACARÍDEOS & ESTRUTURA DA CELULOSE Celulose é um polissacarídeo vegetal com função estrutural em vez de nutricional. É o composto orgânico mais abundante na biosfera. É um polímero não ramificado de glicose unidas por ligações beta 1-4, cuja configuração permite uma estrutura fibrosa, resistente e insolúvel na água. POLISSACARÍDEOS & QUITINA Quitina constitui um material insolúvel e resistente das carapaças ou exoesqueleto, de lagosta caranguejo e de muitos insetos. Um polímero linear de N-acetil-glicosamina - a rede de quitina das carapaças da lagosta e caranguejo é impregnada de carbonato de cálcio. ESTRUTURA DOS GLICOCONJUGADOS GLICOPROTEÍNA N-ligado O-ligado GLICOLIPÍDEOS O HN OH O OH HO OH O OH O OH HO OH O Celulose - Microfibrila de Xyluglucano GLICONJUGADOS NAS BACTÉRIAS Gram-positiva Gram-negativa Peptídeoglicana Proteína Lipossacarídeo IDENTIFICAÇÃO DE CARBOIDRATOS (PRÁTICA) Existem muitas reações coloridas associadas com os carboidratos. Algumas reações são específicas e permitem diferenciar um único Carboidrato; outras reações são gerais e dão positivas para um grupo de carboidratos. A associação de testes específicos e gerais permitem Diferenciar um grande número de carboidratos, tanto qualitativamente quanto quantitativamente. Teste de Iodo Diferencia homopolissacarídeos do tipo AMIDO dos outros carboidratos. Estes polissacarídeos formam com o IODO um complexo colorido (azul=amido e vermelho=glicogênio) Teste de Molisch Diferencia carboidratos com 5 ou 6 átomos de carbono (pentoses e hexoses) de carboidratos com menor número de carbonos (trioses e tretroses). Pentoses e hexoses reagem formando com complexo ROXO. Teste de Selivanof Diferencia cetohexoses de aldohexoses. As cetohexoses são desidratadas a hidroximetilfurfural pela ação do ácido clorídrico, que reage com o resorcinol, formando um complexo vermelho. Teste de Bial Específico para pentoses. As pentoses desidratam em furfural. Na presença do íon férrico, o orcinol e o furfural formam um produto azul. Teste de Benedict Utilizado para diferenciar carboidratos redutores os não- redutores. Os íons cúpricos são reduzidos pelos grupos carbonilas das aldoses e cetoses, formando íxdo-cuproso de coloração laranja.
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