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g o v e r n o d o e s ta d o d e s ã o pa u l o
2
Soldador
2
 
Soldador
m e t a l u r g i a
emprego
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Geraldo Alckmin
Governador
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, 
CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
Paulo Alexandre Barbosa
Secretário 
Luiz Carlos Quadrelli
Secretário Adjunto
Antonio Carlos Santa Izabel 
Chefe de Gabinete
Juan Carlos Dans Sanchez 
Coordenador de Ensino Técnico, Tecnológico e Profissionalizante
SECRETARIA DO EMPREGO E RELAÇÕES DO TRABALHO
Davi Zaia
Secretário
Rogério Barreto Alves
Secretário Adjunto
Ulrich Hoffmann
Chefe de Gabinete
José Roberto Fukumaru
Coordenador de Políticas de Emprego e Renda
Antônio Sebastião Teixeira Mendonça
Coordenador de Políticas de Empreendedorismo
Marcelo de Oliveira Mello
Coordenador de Políticas de Inserção no Mercado de Trabalho
Carlos Roberto Achilles
Coordenador de Operações
Coordenação do Projeto
CETTPro/SDECT 
Juan Carlos Dans Sanchez
Fundação do Desenvolvimento 
Administrativo – Fundap 
José Lucas Cordeiro
Apoio Técnico à Coordenação
Fundação do Desenvolvimento 
Administrativo – Fundap 
Laís Schalch
Apoio à Produção
Fundação do Desenvolvimento 
Administrativo – Fundap 
Ana Paula Alves de Lavos
Emily Hozokawa Dias
Isabel da Costa M. N. de Araújo
José Lucas Cordeiro
Karina Satomi
Laís Schalch
Maria Helena de Castro Lima
Selma Venco
CETTPro/SDECT 
Bianca Briguglio
Cibele Rodrigues Silva
Textos de referência
Edison Marcelo Serbino
Irineu de Souza Barros
Luiz Cláudio Paula
Marcos Antonio Batalha
FUNDAÇÃO PADRE ANCHIETA
Presidente 
João Sayad
Vice-Presidentes 
Ronaldo Bianchi
Fernando Vieira de Mello
Diretoria de Projetos Educacionais
Diretor 
Fernando José de Almeida
Gerentes 
Monica Gardelli Franco
Júlio Moreno
Coordenação técnica 
Maria Helena Soares de Souza
Equipe Editorial
Gerência editorial 
Rogério Eduardo Alves
Produção editorial 
Janaina Chervezan da Costa Cardoso
Edição de texto 
Lígia Marques
Marcelo Alencar
Revisão 
Conexão Editorial
Identidade visual 
João Baptista da Costa Aguiar
Arte e diagramação 
Paola Nogueira
Pesquisa iconográfica 
Elisa Rojas
Eveline Duarte
Ilustrações 
Bira Dantas
Luiz Fernando Martini
Consultoria 
Marcos Antonio Batalha
Agradecemos aos seguintes profissionais e instituições que colaboraram na produção deste material:
Carla Cruz dos Santos, Empresa Servimig, Empresa Signo Arte, Empresa Starrett, Fundição TUPY S.A., Graziele da 
Silva Santos, Grupo Voith, Instituto de Pesquisas Tecnológicas, Neise Nogueira, Valdemar Carmelito dos Santos. 
Secretaria de deSenvolvimento
econômico, ciência e tecnologia
Caro(a) Trabalhador(a)
Estamos bastante felizes com a sua participação em um dos nossos cursos do Programa Via 
Rápida Emprego. Sabemos o quanto é importante a capacitação profissional para quem 
busca uma oportunidade de trabalho ou pretende abrir o seu próprio negócio.
Hoje, a falta de qualificação é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo desemprega-
do. Até os que estão trabalhando precisam de capacitação para se manter atualizados ou 
quem sabe exercer novas profissões com salários mais atraentes.
Foi pensando em você que o Governo do Estado criou o Via Rápida Emprego. 
O Programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e 
Tecnologia, em parceria com instituições conceituadas na área da educação profissional.
Os nossos cursos contam com um material didático especialmente criado para facilitar o 
aprendizado de forma rápida e eficiente. Com a ajuda de educadores experientes, preten-
demos formar bons profissionais para o mercado de trabalho e excelentes cidadãos para a 
sociedade.
Temos a certeza de que iremos lhe proporcionar muito mais que uma formação profissional 
de qualidade. O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a realização de sonhos ainda 
maiores.
Boa sorte e um ótimo curso!
Paulo Alexandre Barbosa 
Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, 
Ciência e Tecnologia
CABELEIREIRO_1.indd 5 16/12/11 15:40
Caro(a) Trabalhador(a)
Aqui continua o nosso caminho para um novo aprendizado. 
Você já conheceu as origens do seu ofício. Observou a evolução de uma metalurgia 
que acompanha a evolução do mundo. Descobriu quais aspectos envolvem a rotina 
de uma indústria. Entendeu, por fim, como funciona o setor metalúrgico, cujos 
segmentos apresentam oportunidades para os novos profissionais. 
A proposta, agora, é que, com o segundo volume desta coleção, você possa aprender 
os saberes específicos da ocupação que escolheu exercer. O objetivo do curso é formar 
um profissional que possua uma visão organizada daquilo que um bom soldador 
precisa. 
Com esse pensamento, a primeira unidade deste volume lhe oferece a oportunidade 
de aprender uma atividade que estará presente em qualquer trabalho metalúrgico: a 
verificação de medidas. No restante do livro, temas que irão ajudá-lo no momento 
de buscar inserção no mercado também serão comentados, sem se esquecer de tratar 
de alguns fatores, como qualidade e produtividade, que influenciarão (e muito!) 
seu trabalho. 
Por isso, aproveite esta nova etapa do curso para refletir, perguntar, discutir e interagir 
com colegas e professores. Agora é a sua hora de buscar uma nova carreira!
Vamos voltar aos estudos?
Sum á ri o
Unidade 4
9
metrologia
Unidade 5
33
a soldagem com eletrodo revestido
Unidade 6
87
segurança e prevenção de acidentes
Unidade 7
103
qualidade e produtividade
Unidade 8
109
ingresso no mercado de trabalho
dados internacionais de catalogação na publicação (cip) 
(bibliotecária silvia marques crb 8/7377)
P964
Programa de qualificação profissional: Metalurgia / 
Soldador. -. – São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2011. 
v.2, il (série: arco ocupacional)
Vários autores
Programa de qualificação profissional da Secretaria do
Emprego e Relações do Trabalho - SERT
ISBN 978-85-8028-002-9 
 1. Ensino profissionalizante 2. Metalurgia-técnico 
3. Metalurgia – laboratório I. Título II. Série
CDD 371.30281
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 9
unida d e 4
Metrologia
Em metalurgia, a tarefa de verificar as medidas de um produto 
sempre estará presente. Como soldador, fará parte de seu dia a 
dia realizar medidas nas peças metálicas antes de fazer a solda. 
Por isso, você precisa ter noções básicas da chamada metrologia, 
a ciência que estuda as medidas e as medições.
Mas qual a diferença entre medida e medição?
Medida é um valor expresso em números (valor numérico) que 
representa as dimensões ou o tamanho de um determinado objeto 
(unidade física). Dizemos, por exemplo, que a medida de uma peça 
metálica é 10,01 mm (dez milímetros e um centésimo de milímetro).
Medição é o ato de medir, ou seja, a operação que realizamos 
para obter a medida. É comparar a grandeza a ser medida com 
outra adotada como padrão.
Os instrumentos
Para realizar cada medição, é preciso utilizar um instrumento. 
A escolha do instrumento depende da situação, pois cada um 
atende a determinada necessidade. Os principais instrumentos 
de medição com os quais o soldador contará são: 
•	 escala (régua); 
Grandeza física é 
um atributo de um 
corpo que pode ser 
percebido e quanti-
ficado. Por exem-
plo: o tamanho de 
uma pessoa, a mas-
sa de um livro, o 
volume de um copo, 
a temperatura de 
um corpo, a veloci-
dade de um carro...
Iv
A
N
 C
A
R
N
E
IR
O
10 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
•	 trena; 
•	 paquímetro; 
•	 calibre de solda; 
•	 micrômetro;
A régua graduada e a trena 
são os mais simples instru-
mentos de medida linear 
(horizontal, em linha).
Você sabia?
S
T
A
RR
E
T
S
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R
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E
T
S
T
A
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R
E
T
Iv
A
N
 C
A
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N
E
IR
O
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 11
•	 transferidor; e
Como realizar as medições?
A escolha do instrumento que será utilizado para fazer 
uma medição específica dependerá do que será medido e 
da exatidão (precisão) desejada dessa medida.
Há instrumentos que permitem maior ou menor exatidão.
Imagine, por exemplo, uma balança. Será que um fei-
rante pode pesar uma porção de bananas com o mesmo 
tipo de balança que um farmacêutico usa no preparo da 
mistura de produtos para fazer um medicamento? Qual 
necessita de um instrumento de medição mais preciso? 
•	 goniômetro.
O goniômetro não é utili-
zado apenas na metalur-
gia. Existem outras áreas 
que também precisam 
desse instrumento de me-
dições angulares. Uma 
delas é a medicina. Assim 
como os soldadores, os 
médicos também usam 
goniômetro, mas para 
acompanhar a recupera-
ção de pacientes que so-
frem fraturas. Com ele, é 
possível verificar a evolu-
ção do movimento de uma 
articulação, por exemplo. 
Você sabia?
Iv
A
N
 C
A
R
N
EI
R
O
IvAN CARNEIRO
12 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Em vez de falar em exatidão, também podemos dizer que a margem de erro admissível 
em uma determinada medição é diferente do erro aceitável em outra. Chamamos 
de erro admissível o desvio máximo que se pode tolerar para mais ou para menos.
A medida (também chamada de cota) 30 + ou – 0,1, mostrada na imagem acima, 
indica que o desvio máximo que se pode admitir, nesse caso, é de 0,1 (um décimo 
de milímetro) para mais ou para menos. Isso quer dizer que, na prática, essa peça 
será aceita ou poderá ser utilizada se medir:
30,0 – 0,1 = 29,9 mm
até
30,0 + 0,1 = 30,1 mm
Essa indicação (30 + ou – 0,1) também informa que o instrumento que será usado 
para medir a peça real deverá ter uma exatidão (ou uma resolução mínima) de um 
décimo de milímetro.
20
,0
6
Escala 1:1
24,9
9,
98
2
10
f7
30 0,1+_
25 0,1+_
20
0,
1
+ _
Margem de erro: nas medições da peça acima, o desvio máximo é de 
0,1 mm para mais ou para menos.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Régua comum: os números indicam centímetros. A resolução mínima é de 1 milímetro.
Importante: resolução
A resolução de um instrumento é a menor medida que você pode ler 
nele. A régua abaixo, por exemplo, tem resolução de 1 milímetro, porque 
essa é a menor divisão que ela possui.
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 13
Portanto, se você precisa medir uma peça com um lado 
de 30 mm, para a qual se admite uma variação de 0,1 
mm (de 29,9 mm a 30,1 mm), o instrumento utilizado 
deve ter a resolução mínima de 1 décimo de milímetro.
No entanto, se você deve medir uma peça na qual a va-
riação máxima permitida é de 0,05 mm, será necessário 
um instrumento com resolução mínima de 5 centésimos 
de milímetro.
Reflita: qual dos dois instrumentos será mais exato?
Veja a seguir, em detalhes, os instrumentos de medição 
usados pelo soldador.
Escala (régua)
As escalas existem para organizar e hierarquizar valores: 
do menor para o maior, do menos importante para o mais 
importante, da menor dureza para a maior, do menor grau 
Os números deci-
mais servem para 
indicar valores que 
não são inteiros. 
Para representá-
-los, utilizamos a 
vírgula. O algaris-
mo que vem antes dela é chamado de unida-
de. Os que seguem a vírgula são chamados 
de casas decimais. A primeira casa é a dos 
décimos (nela, o algarismo 1 representa um 
décimo de uma unidade, ou um inteiro divi-
dido por dez), e a segunda, dos centésimos 
(nela, o algarismo 5 representa cinco centé-
simos de uma unidade). 
0,15
centésimos 
de milímetro
décimos de milímetro
milímetro
Antes da instituição do sis-
tema métrico decimal, as 
unidades de medida eram 
definidas de maneira arbi-
trária, ou seja, sem regras 
ou normas, variando de um 
país para outro. As unida-
des de comprimento, por 
exemplo, eram, normal-
mente, derivadas das par-
tes do corpo do rei de cada 
país. Foi assim que surgi-
ram medidas padrão como 
a polegada, o palmo, o pé, 
a jarda, a braça e o passo. 
O sistema inglês, inclusive, 
foi baseado nas medidas 
estabelecidas pelos reis 
ingleses. A tarefa de mu-
dar essa situação ficou pa-
ra os professores Méchian 
e Delambre, ambos da 
Academia de Ciências de 
Paris. Eles instituíram o 
sistema métrico decimal 
no dia 7 de abril de 1795. 
Você sabia?
14 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
para o maior etc. São muitos os instrumentos de medição 
que podem conter uma ou mais escalas. 
Por isso, nada melhor do que começar a nossa lista com 
a escala, ou régua graduada, que geralmente é feita de 
aço inoxidável. Normalmente, na parte inferior, ela 
apresenta as medidas em centímetros (cm) e milímetros 
(mm) – conforme o sistema métrico – e, na superior, 
apresenta as medidas em polegadas e frações – conforme 
o sistema inglês.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
21 43
DICA
No Brasil, adota-se o sistema 
métrico decimal. Por isso, neste 
caderno, aprenderemos a usar os 
instrumentos para fazer medições 
utilizando esse sistema.
Sistema Métrico 
1 metro = 10 decímetros = 100 centímetros = 1.000 milímetros
Sistema Inglês
1 polegada = 2,54 centímetros
Trena
A trena é constituída por uma fita de aço cujas graduações são semelhantes às da 
escala, isto é, obedecem ao sistema métrico e ao sistema inglês. A leitura das medições 
segue o mesmo procedimento da régua graduada.
Porém, diferentemente da escala, a trena possui em sua extremidade uma pequena 
chapa metálica, dobrada em ângulo de 90o, chamada encosto de referência ou 
gancho de zero absoluto.
Essa chapinha mede 1 mm de espessura. Isso tem grande utilidade: o encosto de refe-
rência é usado para compensar as medições externas (deslocando o encosto de 1 mm 
para fora da fita) e internas (somando a espessura da medição de 1 mm do encosto). 
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 15
Paquímetro
O paquímetro também é formado por uma régua graduada no sistema métrico 
e no sistema inglês. Sobre essa régua com encosto fixo, desliza uma régua menor 
chamada cursor. O cursor – a parte móvel do paquímetro – fica ajustado à régua e 
se movimenta livremente sobre ela com um mínimo de folga. 
O cursor é dotado de uma escala auxiliar, graduada, chamada nônio ou vernier. 
Este permite a leitura de frações da menor divisão da escala fixa. O nônio possui 
uma divisão a mais que a unidade usada nessa escala. Então, se 10 mm na escala 
principal estão divididos em 10 partes, 10 divisões de nônio corresponderão a 9 mm 
da escala principal.
Trena: fita de aço com graduações semelhantes às da escala.
encosto de referência
S
T
A
R
R
E
T
S
T
A
R
R
E
T
orelha fixa orelha móvel
nônio ou vernier em polegadas
parafuso de trava
cursor
bico fixo bico móvel
escala fixa de polegadas
escala fixa de milímetros
encosto fixo
encosto móvel
nônio ou vernier em milímetros
impulsor haste de profundidade
O paquímetro e seus componentes.
16 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Para melhor compreensão, observe abaixo como verificar a resolução do paquímetro 
e, em seguida, como fazer uma medição usando esse instrumento.
Como verificar a resolução do paquímetro em milímetros
•	 Nônio com 10 divisões – as 10 divisões do nônio equivalem a 1 mm da escala 
principal. Portanto, 110 = 0,1 mm (em outras palavras, cada divisão do nônio cor-
responde a 1 décimo de milímetro).
•	 Nônio com 20 divisões – as 20 divisões do nônio equivalem a 1 mm da escala 
principal. Portanto, 120 = 0,05 mm (em outras palavras, cada divisão do nônio 
corresponde a 5 centésimos de milímetro).
•	 Nônio com 50divisões – as 50 divisões do nônio equivalem a 1 mm da escala 
principal. Portanto, 150 = 0,02 mm (em outras palavras, cada divisão do nônio 
corresponde a 2 centésimos de milímetro).
Como fazer uma medição usando o paquímetro
O paquímetro pode ser usado para medir uma peça metálica em suas várias dimensões:
Medição interna
Medição externa Medição de profundidade
Medição de ressalto
Iv
A
N
 C
A
R
N
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IR
O
Iv
A
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 C
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O
Iv
A
N
 C
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N
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IR
O
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 17
Como “ler” as medidas no paquímetro
A leitura das medidas (ou seja, a medição de uma deter-
minada peça metálica) é feita em duas partes: primeiro, 
pela escala fixa da régua e, em seguida, pela escala 
auxiliar do nônio. 
Os dois valores devem ser considerados ao final do pro-
cedimento de medição. Isso é feito da seguinte maneira:
1º passo: cálculo da resolução
2º passo: leitura
1a leitura (escala fixa): você deve considerar – ou “ler” – o 
número que vem antes do zero do nônio.
2a leitura (escala do nônio): você deve considerar (ler) o 
primeiro traço do nônio, que coincide totalmente com 
algum traço da escala fixa. Depois, deve contar quantos 
traços tem do zero até chegar nele. No caso da foto abai-
xo, são 13 traços. Em seguida, é só multiplicar o número 
de traços medidos (13) pela resolução do paquímetro, 
que foi calculada anteriormente.
menor divisão da escala fixa
no de divisões do nônio
20
Resolução = 1 mm = 0,05 mm
1a leitura 2a leitura
DICA
Nesta unidade, você aprenderá a 
realizar a leitura do paquímetro na 
versão tradicional, ou seja, 
mecânica. Mas, atualmente, já é 
possível contar com esse 
instrumento na versão eletrônica. 
O chamado paquímetro digital 
apresenta algumas vantagens: 
• Simplifica a leitura, diminuindo 
a probabilidade de erro.
• Pode ser usado em polegadas 
ou milímetros, sendo preciso 
apenas mudar o modo de 
apresentação do resultado. 
Iv
A
N
 C
A
R
N
E
IR
O
Iv
A
N
 C
A
R
N
E
IR
O
O nônio também pode 
ser chamado de vernier. 
Sabe por quê? Esses dois 
nomes vêm de seus dois 
inventores: o português 
Pedro Nunes e o francês 
Pierre Vernier.
Você sabia?
18 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Ou seja: 13 traços x 0,05 (resolução do paquímetro) = 0,65 mm
Portanto, a medida da peça é:
1ª leitura = 73,00 mm
2ª leitura = 0,65 mm
Leitura final = 73,65 mm
Atividade 1
ExErCiTE a lEiTura Com um paquímETro no 
sisTEma méTriCo Com rEsolução dE 0,05 mm
Seguindo cada um dos passos já explicados, leia as medidas a seguir e anote os 
resultados ao lado dos desenhos.
Compare os números que obteve com os do seu colega ao lado. Se vocês chegaram 
a resultados diferentes, procurem discutir a razão dessas diferenças.
Em seguida, o monitor discutirá com a classe o trabalho realizado.
1 2 3
20 30 40 50 60 70
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
2 3 4
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
3 4
60 70 80 90 100 110 120
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2
10 20 30 40 50 60
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
5 6 in.
120 130 140 150 mm
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
4 5
90 100 110 120 130 140
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2 3
20 30 40 50 60 70
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
2 3 4
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
3 4
60 70 80 90 100 110 120
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2
10 20 30 40 50 60
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
5 6 in.
120 130 140 150 mm
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
4 5
90 100 110 120 130 140
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
a)
b)
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 19
c)
e)
d)
f)
1 2 3
20 30 40 50 60 70
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
2 3 4
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
3 4
60 70 80 90 100 110 120
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2
10 20 30 40 50 60
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
5 6 in.
120 130 140 150 mm
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
4 5
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10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2 3
20 30 40 50 60 70
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
2 3 4
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
3 4
60 70 80 90 100 110 120
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2
10 20 30 40 50 60
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
5 6 in.
120 130 140 150 mm
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
4 5
90 100 110 120 130 140
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2 3
20 30 40 50 60 70
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
2 3 4
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
3 4
60 70 80 90 100 110 120
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2
10 20 30 40 50 60
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
5 6 in.
120 130 140 150 mm
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
4 5
90 100 110 120 130 140
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2 3
20 30 40 50 60 70
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
2 3 4
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
3 4
60 70 80 90 100 110 120
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
1 2
10 20 30 40 50 60
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
5 6 in.
120 130 140 150 mm
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
4 5
90 100 110 120 130 140
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 4 8
1/128 in.
0,05 mm
20 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
menor divisão da escala fixa
no de divisões do nônio
50
Resolução = 1 mm = 0,02 mm
Paquímetro de resolução 0,02 mm
Há paquímetros com diferentes graus de resolução. Além do anterior (0,05 mm), 
é bastante comum o que tem resolução de 0,02 mm. O nônio, neste caso, tem 
50 divisões.
1º passo: cálculo da resolução 
2º passo: leitura
1a leitura (escala fixa) = 5,00 mm
2a leitura (escala do nônio) = 0,44 mm (22 x 0,02) 
Leitura Final = 5,44 mm
A medição, ou “leitura das medidas”, é feita da mesma maneira, independen-
temente da resolução do paquímetro.
Iv
A
N
 C
A
R
N
E
IR
O
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 21
a)
c)
b)
Atividade 2
ExErCiTE a lEiTura Com um paquímETro no 
sisTEma méTriCo Com rEsolução dE 0,02 mm
Seguindo cada um dos passos já explicados, leia as medidas a seguir e anote os 
resultados ao lado dos desenhos.
Compare os números que obteve com os do seu colega ao lado. Se vocês chegaram 
a resultados diferentes, procurem discutir a razão dessas diferenças.
Em seguida, o monitor discutirá com a classe o trabalho realizado.
1 22 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6
2 35 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9
10 20 30 40 50 60
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 5 10 15 20 25
.001 in
.001 in
0,02 mm
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
2 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 63 4
60 70 80 90 100 110
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
.001 in
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
1 22 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6
2 35 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9
10 20 30 40 50 60
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10 2 3 4 56 7 8 9 10
0 5 10 15 20 25
.001 in
.001 in
0,02 mm
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
2 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 63 4
60 70 80 90 100 110
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
.001 in
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
1 22 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6
2 35 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9
10 20 30 40 50 60
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 5 10 15 20 25
.001 in
.001 in
0,02 mm
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
2 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 63 4
60 70 80 90 100 110
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
.001 in
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
22 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Micrômetro
É um instrumento que permite fazer medições em casos que exigem resoluções ainda 
menores do que as do paquímetro. Ou seja, quando o paquímetro não consegue mais 
alcançar exatidão para uma determinada medição, o micrômetro entra em cena. 
Alguns micrômetros usam o mícron, unidade de medida que corresponde a um 
milésimo de milímetro. Por isso, o instrumento tem esse nome.
Micrômetro de resolução 0,01 mm (1 centésimo de milímetro)
O micrômetro tem dois importantes componentes: a bainha, que apresenta duas 
escalas em milímetros; e o tambor, cuja escala está dividida em centésimos de 
milímetros.
Considerando essas escalas, a leitura do micrômetro é feita em três partes. A pri-
meira, na bainha com escala de 1 em 1 mm; a segunda, na escala dos meios; e a 
terceira, no tambor.
O micrômetro e seus componentes.
tambor
arco faces de 
medição
bainhabatente fusoS
T
A
R
R
E
T
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 23
Exemplos de leitura
a)
O paquímetro e o micrô-
metro, instrumentos bas-
tante usados na indústria 
metalúrgica, também são 
muito úteis para medir a 
espessura de revestimen-
tos na construção civil.
O micrômetro foi inven-
tado, em 1848, pelo fran-
cês Jean-Louis Palmer. 
Com o decorrer do tem-
po, ele foi aperfeiçoado 
e possibilitou medições 
mais rigorosas e exatas 
do que aquelas obtidas 
pelo paquímetro.
Você sabia?
Você sabia?
15
20
10
5
0 5
35
15
30
25
20
0 5 10 15 20
15
20
10
5
0 5
35
15
30
25
20
0 5 10 15 20
1a leitura (bainha – escala dos milímetros) = 8,00 mm
2a leitura (bainha – escala dos meios milímetros) = 0,50 mm
3a leitura (tambor) = 0,10 mm
Leitura final = 8,60 mm 
b)
1a leitura (bainha – escala dos milímetros) = 23,00 mm
2a leitura (bainha – escala dos meios milímetros) = 0,00 mm
3a leitura (tambor) = 0,28 mm
Leitura final = 23,28 mm
1a leitura 3a leitura
2a leitura
S
T
A
R
R
E
T
24 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Atividade 3
ExErCiTE a lEiTura Com um miCrômETro no 
sisTEma méTriCo dE rEsolução dE 0,01 mm 
Seguindo cada um dos passos já explicados, leia as medidas a seguir e anote os 
resultados ao lado dos desenhos.
Compare os números que obteve com os do seu colega ao lado. Se vocês chegaram 
a resultados diferentes, procurem discutir a razão dessas diferenças.
Em seguida, o monitor discutirá com a classe o trabalho realizado.
a)
b)
0 5 10 15
0 5 10 15
20
15
10
5
0 5
0
45
40
35
0
5
0
45
40
20
20
15
10
5
35
30
25
20
0 5
0 5
10 15 20
15
20
10
5
0 40
45
35
30
25
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 25
0 5 10 15
0 5 10 15
20
15
10
5
0 5
0
45
40
35
0
5
0
45
40
20
20
15
10
5
0 5 10 15
0 5 10 15
20
15
10
5
0 5
0
45
40
35
0
5
0
45
40
20
20
15
10
5
0 5 10 15
0 5 10 15
20
15
10
5
0 5
0
45
40
35
0
5
0
45
40
20
20
15
10
5
c)
d)
e)
26 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Micrômetro de resolução 0,001 mm (1 milésimo de milímetro)
Este micrômetro possui, além das escalas na bainha e tambor, uma terceira escala – 
chamada de nônio – na parte superior da bainha. Nela vamos ler os milésimos de 
milímetros.
Exemplos de leitura:
a) 
8
0
6
4
2
0
8
0
6
4
2
0
50
45
8
0
6
4
2
40
35
0 5
8
0
6
4
2
0
15
5
0
45
8
0
6
4
2
0
8
0
6
4
2
0
50
45
8
0
6
4
2
40
35
0 5
8
0
6
4
2
0
15
5
0
45
1a leitura (bainha – escala dos 
milímetros) = 9,000 mm
2a leitura (bainha – escala dos meios 
milímetros) = 0,000 mm
3a leitura (tambor) = 0,410 mm
Leitura no nônio (primeiro traço 
coincidente com a escala no tambor) = 
0,003 mm 
Leitura final = 9,413 mm 
1a leitura (bainha – escala dos 
milímetros) = 2,000 mm
2a leitura (bainha – escala dos meios 
milímetros) = 0,000 mm
3a leitura (tambor) = 0,010 mm
Leitura no nônio (primeiro traço 
coincidente com a escala no tambor) = 
0,004 mm 
Leitura final = 2,014 mm 
b)
1a leitura
2a leitura
3a leitura4a leitura
Iv
A
N
 C
A
R
N
E
IR
O
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 27
0
6
8
4
2
0
0 5 10
0
6
8
4
2
0
0 5
15
10
5
0
0
6
8
4
2
0
0 5
0
6
8
4
2
0
0 510
5
0
45
40
0
6
8
4
2
0
25 5 10
0
6
8
4
2
0
25 5 1
25
20
15
10
0
6
8
4
0
2
25 30 35
0
6
8
4
0
2
25 30
20
15
10
5
0
6
8
4
2
0
0 5 10
0
6
8
4
2
0
0 5
15
10
5
0
0
6
8
4
2
0
0 5
0
6
8
4
2
0
0 510
5
0
45
40
0
6
8
4
2
0
25 5 10
0
6
8
4
2
0
25 5 1
25
20
15
10
0
6
8
4
0
2
25 30 35
0
6
8
4
0
2
25 30
20
15
10
5
0
6
8
4
2
0
0 5 10
0
6
8
4
2
0
0 5
15
10
5
0
0
6
8
4
2
0
0 5
0
6
8
4
2
0
0 510
5
0
45
40
0
6
8
4
2
0
25 5 10
0
6
8
4
2
0
25 5 1
25
20
15
10
0
6
8
4
0
2
25 30 35
0
6
8
4
0
2
25 30
20
15
10
5
0
6
8
4
2
0
0 5 10
0
6
8
4
2
0
0 5
15
10
5
0
0
6
8
4
2
0
0 5
0
6
8
4
2
0
0 510
5
0
45
40
0
6
8
4
2
0
25 5 10
0
6
8
4
2
0
25 5 1
25
20
15
10
0
6
8
4
0
2
25 30 35
0
6
8
4
0
2
25 30
20
15
10
5
Atividade 4
ExErCiTE a lEiTura Com um miCrômETro no 
sisTEma méTriCo dE rEsolução dE 0,001 mm 
Seguindo cada um dos passos já explicados, leia as medidas a seguir e anote os 
resultados abaixo dos desenhos.
Compare os números que obteve com os do seu colega ao lado. Se vocês chegaram 
a resultados diferentes, procurem discutir a razão dessas diferenças.
Em seguida, o monitor discutirá com a classe o trabalho realizado.
a)
c)
b)
d)
28 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Transferidor
As medidas angulares são feitas com a ajuda desse instrumento. Por isso, antes de 
tudo, é importante entender como é medido um ângulo. 
Um ângulo é a medida – em graus – formada pelo encontro entre dois 
segmentos de reta. 
Todo ângulo está dividido em minuto ( ’ ) e segundo ( ” ), sendo que 
um grau tem 60 minutos e um minuto, 60 segundos. Usando os sím-
bolos dessas medidas, temos:
1o = 60’ e 1’ = 60”
Você provavelmente se lembra do transferidor, que fez parte do seu material escolar. 
Ele é composto, basicamente, por uma escala circular dividida e marcada em ângulos 
espaçados regularmente, tal qualuma régua. 
O transferidor pode ser usado nas aulas de Matemática, Engenharia, Topografia ou 
em qualquer outra atividade que exija a medição precisa de ângulos.
escala graduada
articulação
lâmina
corpo
Iv
A
N
 C
A
R
N
E
IR
O
O transferidor e seus componentes.
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 29
Goniômetro
Outro instrumento de medição muito utilizado nas indústrias metalúrgicas é o 
goniômetro. Assim como o transferidor, ele é utilizado para medições angulares, ou 
seja, para medir ângulos. 
Na prática, trata-se de um transferidor com uma resolução melhor. Por isso, pode 
ser usado para qualquer atividade que exija uma medição mais precisa. Ele também 
contém, basicamente, uma escala circular dividida e marcada em ângulos regulares, 
tal qual numa régua. 
Como usar o goniômetro
Para se chegar à medida de um ângulo usando esse instrumento, duas leituras devem 
ser feitas. 
Na primeira, o grau inteiro, que pode ser observado na graduação superior do disco, 
deve coincidir com o traço zero da escala inferior (o nônio). Essa leitura pode ser feita 
tanto no sentido horário quanto no anti-horário, dependendo do posicionamento 
da peça medida. 
A segunda leitura é a dos minutos, que, por sua vez, pode ser realizada a partir do 
zero nônio, seguindo a mesma direção escolhida na leitura dos graus. 
Iv
A
N
 C
A
R
N
E
IR
O
1a leitura
2a leitura
disco graduado régua
articulador
esquadro
disco vernier (nônio)
O goniômetro e seus componentes.
30 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Exemplos de leitura
a) 
1a leitura (escala superior) = 24o
2a leitura (escala inferior) = 10’
Resultado final = 24o 10’
b) 
3020
10 40
30
15
30
15
450
60
45
Sentido de leitura
6050
30
40
70
30
15
30
15
450
60
45
Sentido de leitura
3020
10 40
30
15
30
15
450
60
45
Sentido de leitura
6050
30
40
70
30
15
30
15
450
60
45
Sentido de leitura
1a leitura (escala superior) = 50o
2a leitura (escala inferior) = 15’
Resultado final = 50o 15’
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 31
Atividade 5 
praTiquE o uso do goniômETro
Com base no que você aprendeu, faça a leitura nos goniômetros a seguir. O zero 
corresponde à medida em grau e o traço mais escuro corresponde ao complemento 
do ângulo em minutos.
a)
b)
c)
1010
20
0
20
100
10
20
30
010
20
10
20
30 30
60
0
60
30 30
60
0
60
30 300
6060
1010
20
0
20
100
10
20
30
010
20
10
20
30 30
60
0
60
30 30
60
0
60
30 300
6060
1010
20
0
20
100
10
20
30
010
20
10
20
30 30
60
0
60
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0
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32 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
d)
e)
Gabarito de solda
O soldador ainda conta com um ins-
trumento específico. O gabarito de 
solda, também chamado de calibre 
de solda, é utilizado para verificar a 
forma e a dimensão da solda.
O calibre é como se fosse um pa-
químetro que já vem com abertura 
determinada, ou seja, com a medida 
da abertura fixa. No começo de sua 
carreira como soldador, você vai uti-
lizar muito esse instrumento por ele 
ser mais fácil de manusear. Gabarito de solda: o instrumento do soldador.
Iv
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0 1515
45 45
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 33
unida d e 5
A soldagem com 
eletrodo revestido
No Caderno 1, você descobriu um dos processos de união mais 
utilizados na metalurgia: a soldagem. Também aprendeu que exis-
tem várias maneiras de unir um metal ao outro, ou seja, existem 
vários processos de soldagem possíveis, que podem ser divididos 
em dois grandes grupos: 
1. Soldagem por pressão: processo no qual as partes são pressio-
nadas uma contra a outra.
2. Soldagem por fusão: processo no qual as partes são fundidas 
(derretidas) por meio de aplicação de calor, com ou sem apli-
cação de pressão.
A partir desses dois grupos, você conheceu um pouco mais so-
bre a soldagem por fusão, que utiliza o calor e oferece diversas 
possibilidades – Arco submerso, eletrodo revestido, MIG/MAG, 
Oxigás e TIG. No entanto, desse grande grupo, um processo 
chama a atenção: o eletrodo revestido. 
Por isso, esta unidade mostrará, especificamente, o processo que 
utiliza o eletrodo revestido e a corrente elétrica para a soldagem 
de peças metálicas. Essa escolha tem uma razão: o eletrodo re-
vestido é uma ótima maneira de começar os seus estudos no 
campo da soldagem e adquirir conhecimentos que facilitarão o 
aprendizado dos demais processos.
34 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Descrição do processo
Para explicar o processo de soldagem com eletrodo reves-
tido nesta unidade, dividiremos o tema em cinco partes:
1. máquina;
2. matéria-prima;
3. método;
4. parâmetros de soldagem; e
5. o soldador.
Cada uma delas apresentará dados e conceitos que irão 
ajudá-lo a compreender e, posteriormente, realizar uma 
soldagem com sucesso! Por isso, o dia a dia do soldador 
ficará por último. Antes de aprender como realizar uma 
soldagem com eletrodo revestido é necessário entender 
por que utilizamos determinadas máquinas, matérias-
-primas, métodos e parâmetros de soldagem nesse pro-
cesso. Afinal, antes de partir para a prática é sempre bom 
ficar de olho na teoria. 
Na soldagem com eletrodo revestido, as partes são unidas por meio de aplicação de calor.
Além da energia elétri-
ca, a soldagem por fusão 
pode utilizar outra fonte 
de calor: o gás. É o caso 
do processo de soldagem 
chamado de oxiacetilênica.
Você sabia?
Iv
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O
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 35
1. Máquina
Para iniciar o processo de eletrodo revestido, é necessário 
produzir calor. E, para isso, precisamos da ajuda de uma 
fonte de energia. 
Fontes de Energia
Atualmente, no mercado, existem três tipos de fontes de 
energia capazes de produzir o calor necessário ao processo 
de soldagem: 
•	 o transformador;
Tomadas de Força Padrão
220 V – cor azul
380 V – cor vermelha
440 V – cor preta
DICA
A soldagem não pode ser 
realizada utilizando a tensão 
diretamente da rede elétrica, pois 
ela é muita alta (110 V a 440 V). 
Por isso, é necessário reduzi-la.
•	 o retificador; e
Iv
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O
Iv
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O
36 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
•	 o gerador. 
CORReNTe CONTíNUA (CC) 
CORReNTe AlTeRNAdA (CA)
tranSformador 
ReTiFiCAdOR 
GeRAdOR
Essas fontes de energia podem gerar dois tipos de correntes:
•	 a corrente contínua (CC); e 
•	 a corrente alternada (CA). 
A diferença entre elas é o sentido do fluxo de elétrons. 
DICA
É muito importante saber qual 
tipo de corrente será utilizada em 
cada soldagem que você executar. 
A diferença entre as correntes 
influenciam (e muito!) a 
soldagem. Por isso, na hora de 
escolher a corrente, é preciso 
pensar no tipo de material a ser 
soldado e nas características 
específicas da operação.
v
O
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O
D
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M
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 K
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A
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y
U
K
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H
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E
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S
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O
C
K
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 37
A corrente contínua (CC) ocorre se o fluxo de elétrons segue um único sentido. 
Já a corrente alternada (CA) ocorre se o fluxo de elétrons seguedois sentidos, ou 
seja, vai e volta. 
Elétrons
Para entender o que são os elétrons, vamos relembrar um tema abor-
dado na unidade 3. Vimos que toda a matéria existente pode ser divi-
dida em partículas muito pequenas, as quais chamamos de átomos. 
Só que os átomos também podem ser divididos, basicamente, em três 
partículas: os prótons, os elétrons e os nêutrons. no núcleo do átomo, 
estão os prótons e os nêutrons e, girando em torno desse núcleo, estão 
os elétrons, que são as partículas responsáveis por carregar energia.
Os elétrons, portanto, ficam como que flutuando ao redor do núcleo 
do átomo. Por estarem assim “soltos”, são eles que se movimentam, 
gerando a corrente elétrica.
Próton
elétron
Nêutron
38 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
A corrente contínua perde força quando percorre grandes distâncias. Isso já não 
acontece com a corrente alternada. A energia que chega às nossas casas, por exemplo, 
é de corrente alternada. 
Para os processos de soldagem é necessária uma corrente elétrica de alta intensidade 
e de baixa voltagem. 
Por isso, contamos com a ajuda de equipamentos que, para serem fontes de energia 
– ou seja, para produzirem a fonte de calor necessária ao processo de soldagem –, 
transformam, retificam e geram o tipo de energia adequada para cada situação. 
Existem, como você já observou, três tipos de equipamentos que fazem isso.
Transformador
É o equipamento que, como o próprio nome indica, transforma a energia que recebe 
da rede elétrica, de alta tensão, em uma energia de baixa tensão. Ao mesmo tempo, 
ele transforma a corrente de baixa intensidade para uma de alta intensidade. 
Peça
Fonte
CC
Peça Peça
Fonte
CA
Peça
A corrente produzida pelo transformador é alternada (CA). Por isso, somente os 
eletrodos revestidos apropriados para CA podem ser utilizados com esse aparelho. 
Transformador
energia de aLta tEnSÃo energia de BaIXa tEnSÃo 
corrente de BaIXa IntEnSIdadE corrente de aLta IntEnSIdadE
Corrente Contínua: elétrons seguem sentido único. Corrente Alternada: elétrons seguem dois sentidos.
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 39
Retificador
O retificador é um transformador com algo a mais: ele 
possui componentes eletrônicos capazes de converter a 
corrente alternada (CA) em corrente contínua (CC). 
Retificador
Corrente Alternada (CA) Corrente Contínua (CC)
Assim, pelo fato de permitir a passagem da corrente elétrica 
contínua (CC), o retificador aceita qualquer tipo de eletrodo. 
Gerador
Como o próprio nome indica, o gerador é uma máqui-
na rotativa capaz de gerar energia. Com um motor que 
tanto pode ser alimentado por eletricidade, quanto por 
combustão, ele produz corrente elétrica contínua (CC). 
Assim como o retificador, por produzir corrente elétrica 
contínua (CC), o gerador é capaz de utilizar qualquer 
tipo de eletrodo. 
A corrente contínua no processo de soldagem
A corrente contínua (CC), quando comparada à alternada 
(CA), apresenta um conjunto de vantagens para o processo 
de soldagem: 
•	 Solda qualquer material.
•	 Proporciona uma solda de melhor qualidade.
•	 Proporciona uma solda com polaridade direta ou inversa.
•	 Tem um alto fator de potência. 
•	 Proporciona maior flexibilidade.
•	 Gera arco elétrico mais estável.
•	 É mais adaptável às diversas situações de trabalho.
Arco elétrico é uma espé-
cie de arco que surge entre 
o eletrodo e o material a ser 
soldado. Ele é o responsável 
pelo derretimento do metal 
e, consequentemente, pela 
solda. Releia, no Dicionário 
do Soldador (Caderno 1), a ex-
plicação sobre o arco elétrico.
40 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Ainda nesta unidade, você poderá aprender mais sobre 
as vantagens citadas na página anterior. 
Há também, no entanto, uma desvantagem: o custo do 
equipamento e de sua manutenção é maior.
A corrente alternada no processo de soldagem
A corrente alternada (CA) é a mais indicada nas soldagens 
que exigem eletrodos de maior diâmetro e, consequente-
mente, correntes mais altas. 
Aumentando a corrente de soldagem é possível conseguir: 
•	 Fusão mais rápida do eletrodo.
•	 Maior penetração.
•	 Volume maior da poça de fusão.
•	 Cordão de solda mais largo.
CA
Penetração e taxa de fusão intermediárias
Ainda nesta unidade, você poderá aprender mais sobre 
as vantagens citadas acima. 
Polaridade direta e inversa
Além do conceito de corrente, há outro que influencia 
diretamente o processo de soldagem. Trata-se da polari-
dade. A polaridade depende da ligação da peça que será 
soldada ao equipamento, ou seja:
Só é possível medir o diâ-
metro se tivermos uma 
circunferência, isto é, um 
círculo. O diâmetro é qual-
quer segmento de reta 
que passe pelo centro des-
se círculo e chegue às bor-
das da circunferência. 
Você sabia?
diâmetro
Penetração e taxa de fusão intermediárias
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 41
•	 Polaridade direta (CC-): a peça está ligada ao polo 
positivo do equipamento e o eletrodo, ao negativo. 
•	 Polaridade Inversa (CC+): a peça está ligada ao polo 
negativo do equipamento e o eletrodo, ao positivo. 
A polaridade no processo de soldagem
A escolha da polaridade está diretamente relacionada ao 
tipo de revestimento que o eletrodo terá. 
A polaridade direta (CC-), quando utilizada nas soldagens 
manuais com corrente contínua, produz:
•	 uma menor penetração; e
•	 uma maior taxa de fusão.
CC-
Menor penetração/Maior taxa de fusão
CC+
Maior penetração/Menor taxa de fusão
Menor penetração/maior taxa de fusão
Maior penetração/menor taxa de fusão
A polaridade inversa (CC+), quando utilizada nas solda-
gens com corrente contínua, produz:
•	 uma maior penetração; e 
•	 uma menor taxa de fusão.
DICA
Ainda nesta unidade, 
estudaremos os tipos de 
revestimentos de eletrodos.
42 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Escolhidas a corrente e a polaridade, resta falarmos dos cabos que estão envolvi-
dos no processo – o cabo do eletrodo e o cabo terra – e que fecham o circuito da 
seguinte maneira:
Peça
Eletrodo
Porta-eletrodos
Cabo terra
Cabo do eletrodo
Fonte
CA ou CC
Eletrodo
Porta-elet
Cabo do eletrodo
Cabo terra
trodos
Peça
o
Cabo do Eletrodo
Conduz a corrente elétrica do equipamento ao porta-eletrodo.
Iv
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 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 43
Porta-eletrodo
É conectado na extremidade do cabo de solda para con-
duzir a corrente elétrica de soldagem ao eletrodo. 
Cabo Terra
Conduz a corrente do metal base de volta ao equipamento, 
fechando, assim, o circuito. Na sua extremidade possui 
um terminal que o conecta à peça ou à bancada. 
Metal base é o material da 
peça que passa por um 
processo de soldagem. A 
seguir, veremos mais de-
talhes sobre esse metal.
Você sabia?
DICA
CUidAdO!
Para não provocar resistência 
ao fluxo de energia e queda 
de tensão, o comprimento do 
cabo deve ser proporcional ao 
seu diâmetro.
Iv
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Iv
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44 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
2. Matéria-prima
Eletrodo Revestido
Núcleo metálico (alma)
Extremo não revestido (pega)
Revestimento
O eletrodo revestido é formado por três elementos: 
•	 um núcleo metálico, chamado de alma metálica; 
•	 um revestimento, composto de elementos orgânicos 
e minerais; e
•	 uma extremidade, não revestida, que serve para fixar 
o eletrodo no porta-eletrodo.
Alma Metálica
A alma metálica pode ser de material ferroso ou não fer-
roso, dependendo de sua aplicação, ou seja, dos materiais 
que você pretende unir.
Revestimento
O revestimento é constituído por diversos elementosorgânicos e minerais que têm funções específicas. Ele 
também deve ser escolhido em função dos materiais que 
serão unidos. 
Os metais podem ser se-
parados em dois grandes 
grupos: os ferrosos, que 
possuem ferro na sua 
composição, e os não 
ferrosos. Entre os me-
tais não ferrosos (aqueles 
que não contêm ferro), o 
alumínio, como vimos na 
unidade 3, é o que mais 
cresce em importância. 
Nesta figura, podemos 
observar uma alma me-
tálica de alumínio.
Você sabia?
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 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 45
Funções do Revestimento
Elétrica:
• facilita a passagem de corrente elétrica entre o 
eletrodo e a peça metálica.
• Proporciona um arco elétrico mais estável.
Metalúrgica:
• adiciona elementos de liga que permitem a repo-
sição dos elementos queimados do metal base.
• adiciona desoxidantes que diminuem as im-
purezas.
Física: 
• direciona o metal fundido para a poça de fusão.
• forma uma escória protetora, assegurando o re-
tardamento do resfriamento do cordão de solda.
• melhora as propriedades mecânicas da região 
soldada. 
• forma gases, durante a fusão (soldagem), que 
promovem uma atmosfera protetora e impedem 
a entrada de oxigênio e hidrogênio do ar no 
local da solda.
• facilita a soldagem em posições difíceis, como 
solda vertical ou sobre cabeça, em razão de 
alguns elementos químicos adicionados ao re-
vestimento.
Desoxidante é um produto 
especialmente formulado pa-
ra eliminar as partes oxidadas 
de qualquer superfície.
Alguns elementos não con-
seguem se dissolver no 
metal fundido. A escória é, 
justamente, a união desses 
elementos que ficam sobre 
a solda. Se não removida, 
ela pode provocar um tipo 
de defeito na junta soldada 
chamado de inclusão.
DICA
O cordão que conhecemos no 
nosso dia a dia (um cordão de 
sapato, por exemplo) é formado 
por um conjunto de fios. O cordão 
da solda é formado por um 
conjunto de passes ou camadas de 
eletrodo revestido. explicando 
melhor: cada passe é uma camada 
de eletrodo revestido fundido que 
preenche o espaço onde a solda é 
depositada. esse espaço é 
chamado de chanfro e falaremos 
mais sobre ele no item 3 
desta unidade.
Existem, basicamente, cinco tipos de revestimento, sendo 
alguns mais utilizados que outros:
•	 Revestimentos mais utilizados: rutílico, básico e ce-
lulósico.
•	 Revestimentos pouco utilizados: ácido e oxidante.
46 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Rutílico 
O revestimento rutílico é utilizado em trabalhos que não exigem grande esforço como 
chapas finas e médias, serralheria, peças de pequeno porte e peças para enchimento. 
É um tipo de revestimento que:
•	 Possui média penetração.
•	 Forma uma escória viscosa que se solidifica e pode ser facilmente destacada.
•	 Torna mais fácil o processo de soldagem.
Básico 
O revestimento básico é utilizado para soldar aços comuns, aços baixa liga, aços com 
alto teor de enxofre e ferros fundidos que não necessitem de usinagem posterior. 
Esse revestimento:
•	 Possui média penetração.
•	 Oferece formação de escória fluida, que é facilmente destacável.
•	 É indicado para aços que são difíceis de soldar.
•	 Apresenta custo elevado.
revestimentos básico, celulósico e rutílico: os mais utilizados.
Iv
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 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 47
Celulósico 
Por possuir celulose na sua constituição, é muito utilizado 
na execução de passes de raiz. Esse tipo de revestimento:
•	 Permite que se opere em todas as posições.
•	 Pode ser usado tanto em corrente contínua (CC), quan-
to em corrente alternada (CA).
•	 Possui alta penetração.
•	 Possui uma pequena quantidade de escória de difícil 
remoção.
•	 Apresenta um aspecto do cordão de solda com escamas 
irregulares.
Identificação do Eletrodo
Não existe apenas um tipo de eletrodo e são várias as nor-
mas técnicas que nos ajudam a identificá-los. As mais uti-
lizadas, mesmo no Brasil, são as normas norte-americanas:
•	 ASME – American Society for Mechanical Engineers 
(Sociedade Norte-americana de Engenheiros Mecânicos);
•	 API – American Petroleum Institute (Instituto Ame-
ricano do Petróleo);
•	 AWS – American Welding Society (Sociedade Ameri-
cana de Soldagem); 
•	 ASTM – American Society for Testing and Materials 
(Sociedade Americana para Testes e Materiais);
•	 AISI – American Iron and Steel Institute (Instituto 
Americano do Ferro e do Aço);
•	 ANSI – American National Standards Institute (Ins-
tituto Americano de Padrões Nacionais);
•	 ISO – International Organization for Standardization 
(Organização Internacional para Padronização).
DICA
O passe de raiz é o primeiro 
passe de solda. Falaremos disso, 
com mais detalhes, logo adiante.
48 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
E a brasileira:
•	 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
Como soldador, você terá que se acostumar com as siglas!
Mas, independentemente da sigla utilizada, o importante 
é saber que os eletrodos são identificados com base em:
•	 tipo de corrente;
•	 tipo de revestimento;
•	 posição de soldagem;
•	 composição química do metal depositado; e
•	 propriedades mecânicas do metal depositado.
AWS – American Welding Society 
(Sociedade Americana de Soldagem)
A Sociedade Americana de Soldagem (cuja sigla em in-
glês é AWS) desenvolveu um padrão para a identificação 
dos eletrodos revestidos que, conhecido em quase todo o 
mundo, é o mais utilizado pelos soldadores. Para definir 
esse padrão, contou com a ajuda dos fabricantes de con-
sumíveis, dos usuários, da indústria de soldagem e dos 
membros de universidades e laboratórios. 
Segundo essa especificação todos os eletrodos revestidos 
(de aço-carbono, de aço de baixa liga e de cromo-níquel) 
devem ter a sua classificação identificada na ponta de pega 
do próprio eletrodo. 
Para a soldagem com eletrodo revestido, temos as seguintes 
normas AWS, sempre indicadas por números e letras:
•	 AWS A5.1 – Eletrodos de Aço-Carbono para o Processo 
de Soldagem Eletrodo Revestido.
•	 AWS A5.4 – Eletrodos de Aço Inoxidável para o Pro-
cesso de Soldagem Eletrodo Revestido.
A norma brasileira, defi-
nida pela ABNT, para a 
identificação de eletrodos 
é a ABNT NBR 10614/89 – 
ELETRODOS REVESTI-
DOS DE AÇO-CARBONO 
PARA A SOLDAGEM A 
ARCO ELÉTRICO.
Ela tem como objetivos:
• classificar os eletrodos 
revestidos de aço-car-
bono para a soldagem 
a arco elétrico; e
• indicar os critérios para 
utilização desses eletro-
dos consumíveis.
Você sabia?
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 49
•	 AWS A5.5 – Eletrodos de Aço tipo Baixa Liga para o 
Processo de Soldagem Eletrodo Revestido.
Na ponta da pega, você vai encontrar a identificação do 
eletrodo (tipo de corrente, tipo de revestimento, posição 
de soldagem, composição química do metal deposita-
do e propriedades mecânicas do metal depositado) da 
seguinte maneira: 
Exemplos de Leitura 
Acompanhe, nos exemplos abaixo, como é realizada a 
leitura do código:
E 7018
E = Processo Eletrodo Revestido
70 = Resistência à tração de 70 Ksi ou 70.000 Psi 
1 = Possibilidade de soldar em todas as posições
8 = Tipo de corrente CA/CC+
 Penetração Média
 Revestimento básico (baixo hidrogênio), pó de ferro 
DICA
Na unidade 4, você aprendeu um 
pouco mais sobre a metrologia. 
Também descobriu que existem 
vários sistemas de medidas. 
entre eles, o métrico e o inglês. 
As unidades Ksi e Psi são 
unidades do sistema inglês, 
utilizadas para expressar a 
grandeza física da pressão.
Processo Eletrodo
Resistência a tração (x 1000 psi)
Posição de Soldagem
Tipo de corrente e Revestimento
Iv
A
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 C
A
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EIR
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50 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
E 6027
E = Processo Eletrodo Revestido
60 = Resistência a tração de 60 Ksi ou 60.000 Psi
2 = Possibilidade de soldar nas posições Plana e Horizontal
7 = Tipo de corrente CA/CC-/CC+
 Penetração Média
 Revestimento ácido
Na tabela abaixo, você pode identificar os códigos e as características correspondentes. 
Dessa forma, você mesmo será capaz de fazer a leitura completa.
Eletrodo Corrente Penetração Revestimento Posição
eXX10 CC+ Profunda Celulósico – sódio Todas as posições
eXX11 CA/CC+ Aço Celulósico – potássio Todas as posições
eXX12 CA/CC- Média rutílico – sódio Todas as posições
eXX13 CA/CC-/CC+ leve Rutílico – potássio Todas as posições
eXX14 CA/CC-/CC+ leve rutílico – pó de ferro Todas as posições
eXX15 CC+ Média Básico – sódio Todas as posições
eXX16 CA/CC+ Média Básico – potássio Todas as posições
eXX18 CA/CC+ Média Básico – pó de ferro Todas as posições
eXX20 CA/CC- Média Ácido – sódio Plana, horizontal
eXX22 CA/CC-/CC+ Média Ácido – sódio Plana, horizontal
eXX24 CA/CC-/CC+ leve rutílico – pó de ferro Plana, horizontal
eXX27 CA/CC-/CC+ Média Ácido – pó de ferro Plana, horizontal
eXX28 CA/CC+ Média Básico – pó de ferro Plana, horizontal
eXX48 CA/CC+ Média Básico – pó de ferro
Plana, sobre cabeça, horizontal 
e vertical descendente
As posições da soldagem
Você reparou que uma das características indicadas no código que está na ponta 
de pega diz respeito às posições da soldagem? Ela corresponde ao terceiro número: 
E 7018
Posição de Soldagem
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 51
Existem quatro diferentes números que podem ocupar essa quarta casa do código. 
Esses quatro números representam as quatro possibilidades de posições de soldagem: 
1 – Indica que, com esse eletrodo, é possível soldar em todas as posições.
2 – Indica que, com esse eletrodo, é possível soldar nas posições plana e horizontal.
3 – Indica que, com esse eletrodo, é possível soldar somente em posição plana. 
4 – Indica que, com esse eletrodo, é possível soldar nas posições plana, sobre cabeça, 
horizontal e vertical descendente. 
Saber soldar em uma ou mais posições será um ponto a mais em seu currículo. Essa 
é uma capacidade especial, que faz com que o soldador consiga se destacar em seu 
ambiente de trabalho.
52 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Para que isso ocorra, em primeiro lugar, é necessário desenvolver resistência física para 
suportar longos períodos de soldagem. No início, o porta-eletrodo não pesa, mas, 
após algumas horas de soldagem, o cansaço começa a bater e ele passa a ter um peso 
considerável. Para que o cansaço e as posições de soldagem adversas não influenciem 
na qualidade da soldagem realizada, esse desenvolvimento físico é necessário. 
Depois, é necessário saber que posições são as mais utilizadas. Elas são definidas pelo 
posicionamento do eixo de soldagem em relação ao plano de referência. Cada uma 
têm as suas características próprias e diferentes graus de dificuldades.
Abaixo, estão ilustradas cada uma das posições:
•	 plana;
•	 horizontal;
Horizontal de topo
Garganta da solda
na horizontal
45º
A soldagem é realizada no lado superior da junta. A face da solda é horizontal.
O eixo da solda é horizontal, mas a sua face é inclinada.
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 53
•	 vertical ascendente e vertical descendente; e
•	 sobre a cabeça.
Alguns processos – como Eletrodo Revestido, TIG, MIG/
MAG – podem ser realizados em qualquer posição, en-
quanto outros são limitados a uma ou poucas posições. 
A soldagem a arco submerso, por exemplo, é limitada às 
posições plana ou horizontal em ângulo. 
Para a soldagem de peças pequenas, a possibilidade de 
soldar em uma ou outra posição pode não ser de grande 
importância, pois os produtos e as peças podem ser giradas 
até a posição mais vantajosa para soldagem. 
Para a soldagem de grandes estruturas, porém, não é pos-
sível girarmos as peças até a melhor posição. Por isso, na 
maioria das vezes, o processo de soldagem com eletrodo 
revestido é mais adequado.
Não é à toa que a solda-
gem plana é mais fácil 
de ser executada! Como 
você pode perceber com 
a ajuda das ilustrações, as 
outras posições possuem 
uma grande dificuldade: 
a gravidade. Ou seja, a 
força da gravidade difi-
culta a transferência do 
metal de adição para a 
poça de fusão. 
Você sabia?
O eixo da solda é vertical. A soldagem é realizada do lado inferior.
Eixo da solda
na vertical
O eixo da solda é vertical. A soldagem pode ser realizada “para cima” 
(vertical-up) ou “para baixo” (vertical-down).
54 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
A soldagem de peças pequenas pode ser executada em qualquer posição.
O processo de soldagem com eletrodo revestido é a melhor opção na hora de soldar grandes estruturas.
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 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 55
3. Método
O desenho técnico da junta
A profissão de soldador tem mais relação com a de 
ajudante de cozinha do que podemos imaginar. Um 
ajudante de cozinha, principalmente no início da profis-
são, tem que seguir à risca o que a receita lhe indica. Da 
mesma forma, o soldador tem que saber ler, interpretar 
e seguir todas as recomendações do desenho técnico 
da junta. Ou seja, se não seguir a “receita”, o resultado 
não será o esperado.
DICA
Junta é o lugar em que você 
deverá soldar. 
Sempre que você receber um desenho técnico, deve pro-
curar pelas informações que estão na legenda. É ali que 
você consegue identificar o trabalho que deve ser feito.
A legenda, localizada à direita do pé da página, contém 
informações que serão essenciais para a execução da solda:
56 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
1. título do desenho; 
2. número; 
3. escala; 
4. firma; 
5. data e nome; e 
6. descrição dos componentes: quantidade, denominações e observações, peça, 
material e dimensões e normas. 
A elaboração do desenho
A responsabilidade pela elaboração do desenho não é do soldador. Mas, como você 
terá que lê-lo e interpretá-lo em sua rotina de trabalho, nada melhor do que saber 
como ele é produzido. 
O processo de elaboração do desenho técnico mecânico está passando por uma 
transição. Nas diversas áreas ocupacionais, cresce o número de usuários de uma 
nova ferramenta de trabalho representada pelo CAD – Computer Aided Design – que 
significa “Desenho Auxiliado por Computador”. O sistema, para quem sabe utilizar 
o seu software, apresenta agilidade e praticidade na elaboração de desenhos além de 
dispor de recursos de imagem, cores e posição que facilitam a visualização.
Já o processo tradicional de elaboração do desenho conta com a utilização de ins-
trumentos como a prancheta, a régua e os esquadros. 
A prancheta é composta de uma régua que, além de fixar a folha de papel, serve como 
elemento de referência para o posicionamento da borda vertical da folha. 
Os esquadros são usados para traçar as linhas verticais e horizontais que formam 
o desenho. 
Material e dimensões
(FIRMA)
(TÍTULO)
(NÚMERO)
Quant.
Des.
Cop.
Visto
Escala
Data Nome
Assinatura
do chefe
responsável
Denominações e observações Peça Normas
Em substituição de:
Substituído por:
5
6
4
3 1
2
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 57
desenho produzido com o auxílio do CAd (Computer Aided design).
O processo tradicional de elaboração do desenho conta com a utilização de instrumentos como a régua e os esquadros.
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O58 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Ao visualizarmos um desenho técnico, notamos que ele apresenta linhas de diversos 
tipos e espessuras. Cada tipo de linha – grossas ou finas, tracejadas ou de corte – 
comunica ao leitor características do objeto a ser construído. 
Como você pode ver na tabela a seguir, as linhas podem ser grossas, médias e finas. 
Estipulada a espessura da linha grossa, a linha média deve ser a metade da espessura 
da grossa, e a linha fina, por sua vez, a metade da espessura da linha média. 
Linha fina
Linha média
Linha grossa
Linhas para arestas e contornos 
visíveis são de espessura grossa 
e traço contínuo.
Linhas de chamada ou extensão 
são de espessura fina e traço 
contínuo. Não tocam o desenho e 
prolongam-se até a linha de cota.
Linhas de cota são de espessura 
fina e traço contínuo. São 
limitadas por setas nas 
extremidades.
Linhas para arestas e contornos 
não visíveis são tracejadas e de 
espessura média.
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 59
Por fim, o desenho técnico da junta pode ser composto. 
Linha contínua fina
Linha de chamada
Linha de cota
Linha contínua
1,0
60o
13
A simbologia da soldagem
Quem determina a geometria da solda é o projetista. O soldador apenas executa. 
Logicamente, com o tempo, o bom e experiente soldador vai conseguir opinar sobre 
o assunto. Mas nunca se esquecerá de seguir “a receita” que lhe for passada. 
A sua relação, como soldador, com o projetista pode ser comparada à relação do 
alfaiate com o estilista. O estilista, ao desenhar a roupa, espera que o alfaiate, ao 
confeccioná-la, não deixe a costura aparecer. Mas, para isso, no próprio desenho, 
deixa demarcados os cuidados que o alfaiate deve ter com o acabamento.
A sua futura ocupação é muito distante da alfaiataria, mas os cuidados a serem 
tomados são semelhantes. O soldador terá que ler e interpretar os símbolos que 
indicam o tipo de solda para conseguir atender aos pedidos do projetista. Por isso, 
é necessária uma simbologia que indique a geometria de solda para cada aplicação. 
As figuras a seguir representam, do lado esquerdo, os símbolos que indicam o tipo 
de solda exigido e, do lado direito, o resultado a que se deseja chegar. Na sua rotina de 
soldador, você usará as informações da coluna da esquerda.
desenho da junta (mm).
As linhas do contorno da peça devem ser contínuas e largas. 
As linhas de cota devem ser contínuas e estreitas. 
As medidas da solda devem estar indicadas acima da linha de cota.
60 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Solda de filete
ambos os lados
Chanfro em V
mesmo lado
Solda de filete
mesmo lado
Solda de filete
lado oposto
Solda de filete
ambos os lados
Chanfro em V,
duplo V ou X
Solda de filete
lado oposto
Solda de filete
mesmo lado
Tipo de solda exigido Resultado
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 61
Chanfro
Chanfrar é recortar as partes das peças que serão unidas, preparando-as para receber o 
material que será depositado (a solda). Esse será um trabalho desempenhado pelo soldador. 
Quando falamos em chanfro, portanto, estamos falando apenas em uma característica 
geométrica. É o nome dado ao V (ao inclinado) do desenho da junta, que é resultado 
do trabalho do soldador que cortou as partes de modo a prepará-las para a soldagem. 
Recortar as partes das peças que serão unidas é a primeira etapa da soldagem.
em destaque, o chanfro da junta. Chanfro é o nome dado ao inclinado da peça.
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62 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Preparar o chanfro, para que a junta receba a solda, é tão 
importante para o soldador quanto preparar a forma para 
fazer um bolo é importante para um ajudante de cozinha. 
Um ajudante de cozinha precisa preparar a forma de bolo 
com manteiga para que ela receba a massa e possa ir ao 
forno. Fazendo isso, a massa não ficará grudada na forma. 
Já o soldador prepara o chanfro para que a solda fique 
mais segura, seguindo todas as recomendações do desenho 
técnico – a “receita” para fazer a solda. 
A necessidade de preparação é a mesma, embora os ob-
jetivos sejam opostos: a cozinheira não quer que o bolo 
grude na forma, já o soldador espera que a solda fique 
bem firme e agarrada ao chanfro. 
Várias geometrias (formatos) de solda são possíveis. Tudo 
dependerá de qual será a finalidade da peça, ou, falando 
de outra forma, da função de aplicação. Os chanfros das 
juntas soldadas podem, portanto, ter diversas formas, 
que dependerão, na maioria das vezes, de dois fatores: 
da aparência e do tipo de esforço que o material sofrerá.
DICA
Chanfrar uma peça que será 
soldada é uma etapa muito 
importante da rotina do soldador. 
Afinal, um chanfro malfeito pode 
provocar defeitos que só surgirão 
no final do processo. Por isso, 
antes de realizar a abertura do 
chanfro, você deve levar em 
consideração o processo de 
soldagem que escolheu executar. 
Cada processo pode exigir um 
chanfro diferente.
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 63
Por mais que um soldador se esforce, dificilmente fará uma solda que não apareça. 
Sempre será possível perceber que uma peça foi soldada. Por isso, ao escolher o local 
em que o chanfro será feito, você deve levar em consideração uma forma de solda 
que permita esconder o chanfro. 
Mas não é apenas a aparência que conta. É importante considerar que a solda deverá 
ser forte o bastante para aguentar o esforço ao qual a estrutura soldada será submetida.
Junta 
Depois de ter visto o que é o chanfro, fica fácil entender o que é a junta. A junta é a 
região que fica entre as peças que serão unidas. Assim como o chanfro, a junta pode 
assumir diversos formatos. E ela é classificada com base na sua forma. 
Vamos ver, a seguir, uma série de possíveis tipos de juntas.
Junta de topo de bordas retas 
•	 Não precisa ser preparada.
•	 A união não precisa receber grandes esforços.
•	 A espessura máxima de união é de 6 mm.
a
e
Em que:
e = espessura da chapa
a = abertura da raiz
a
e ≤ 1/8” < 3 mm
1/8” < e ≤ 1/4” ≤ 3 mm
64 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Junta de topo chanfrada em V
•	 É utilizada na união de chapas com espessura entre 6 e 12 mm.
α
e
a b
Em que:
e = espessura da chapa
a = abertura da raiz
b = altura da face da raiz 
α = ângulo do chanfro
a b α
1/4” ≤ e ≥ 3/8” ≤ 3 mm ≤ 3 mm 60o
3/8” ≤ e ≥ 1” ≤ 3 mm ≤ 3 mm 60o
Junta de topo com chanfro em X
•	 É utilizada na união de chapas com espessura maior que 18 mm.
•	 Pode ser utilizada em todas as posições.
α
α
e
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 65
Em que:
e = espessura da chapa
α = ângulo do chanfro
α
5/8” ≤ e ≥ 2” 60o
Junta sobreposta
•	 Não precisa ser preparada.
•	 A distância de sobreposição depende da espessura da chapa (chapa de 10 mm e 
de 40 a 70 mm).
x
Em que:
x = varia em função da espessura da chapa
Junta de ângulo em T
•	 Não precisa ser preparada.
Ângulo externo Ângulo interno
66 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Junta de quina em meio V
a b α
e ≥ 3/8” 2 a 4 mm 2 a 4 mm 45o
e ≥ 5/8” 2 a 4 mm 2 a 4 mm 45o
Em que:
e = espessura da chapa
a = abertura da raiz
b = altura da face da raiz 
α = ângulo do chanfro
α
e
a
b
A junta e as posições de soldagem
assim como são utilizados códigos nos eletrodos revestidos que indi-
cam, entre outras características, a posição da soldagem, existe uma 
simbologia específica para o tipo de junta em relação à posição de 
soldagem. o código é estabelecido pela ASME (american Society for 
Mechanical engineering) da seguinte maneira:Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 67
• posição plana – 1G ou 1f;
• posição horizontal – 2G ou 2f;
• posição vertical – 3G ou 3f; e
• posição sobre cabeça – 4G ou 4f.
em que:
• G = groove (chanfro aplicado em juntas de topo); e
• f = fillet (filete aplicado em juntas em ângulo).
4. Parâmetros de Soldagem
O termo parâmetro de soldagem está relacionado às características necessárias para a 
execução de uma junta soldada que tenha o tamanho, a forma e a qualidade desejados. 
Na soldagem manual com eletrodos revestidos, a escolha correta dos parâmetros de 
soldagem é essencial para se conseguir uma junta soldada de qualidade.
A seleção dos parâmetros de soldagem deve levar em consideração:
1. tensão;
2. corrente;
3. velocidade; e 
4. penetração.
1. Tensão
A tensão a ser utilizada está relacionada ao tipo de revestimento do eletrodo. O com-
primento do arco elétrico deve ser aproximadamente igual ao diâmetro do eletrodo, 
pois um arco muito longo provoca respingos e uma baixa taxa de deposição.
68 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
A manutenção do comprimento do arco elétrico depende, exclusivamente, da 
habilidade do soldador. Um profissional experiente costuma perceber, pelo som 
produzido durante a soldagem, se o comprimento do arco está ou não adequado: 
•	 Se o som for uniforme, é sinal de que o arco está estável.
•	 Se o som for “pipocado”, é sinal de que o arco está instável.
A consequência de um arco instável é a penetração não uniforme de solda. Com 
isso, ocorrerá um defeito conhecido como mordedura (falha) no cordão de solda. 
Avanço do eletrodo
Poça de fusão
Metal depositado
Eletrodo metálico
Comprimento do arco
Profundidade
da fusão
Metal base (ânodo +)
Cátodo (−)
Comprimento do arco elétrico
O comprimento do arco elétrico é a distância entre o eletrodo e o metal base.
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 69
Taxa de deposição do eletrodo 
A taxa de deposição do eletrodo é a quantidade de metal 
de solda depositada por unidade de tempo. 
Considerando um mesmo eletrodo, essa quantidade au-
menta à medida em que aumenta a corrente de soldagem. 
Assim, um eletrodo com alta taxa de deposição, possibi-
litará um menor tempo de solda. O profissional gastará 
menos tempo para fazer a soldagem, o que implicará em 
uma redução de custos de mão de obra. 
Eficiência de deposição média do eletrodo 
Quando o soldador realiza uma solda, parte da massa nela 
contida é perdida por causa da escória produzida, dos gases 
gerados, da fumaça exalada e das pontas (pedaços de ele-
trodo que sobram). Esse conjunto de perdas formará outro 
parâmetro: a eficiência de deposição média do eletrodo.
A eficiência é calculada pelos fabricantes e informada 
aos consumidores. Há ainda a perda das pontas, que, 
na prática, depende do soldador e de sua habilidade em 
utilizar, ao máximo, o eletrodo, evitando o desperdício. 
exemplo de mordedura de solda.
DICA
lembre-se:
escória são os elementos que 
não conseguem se dissolver no 
metal fundido e, por isso, ficam 
presos à solda.
A
C
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v
O
 P
E
S
S
O
A
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70 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
2. Corrente de Soldagem
A corrente de soldagem está relacionada:
•	 ao tipo de material que será soldado; 
•	 à geometria da junta;
•	 à posição de soldagem; e
•	 ao diâmetro do eletrodo. 
Normalmente, a corrente de soldagem é igual a 40 vezes 
o diâmetro do eletrodo.
Exemplo prático:
Para realizar determinada soldagem, o soldador vai utilizar 
um eletrodo de ø 4 mm, ou seja, diâmetro de 4 mm, então:
40 x 4 = 160 A
Parâmetros de tensão e corrente de soldagem
Ø Eletrodo (mm) Tensão (V) Corrente (A)
1,5 20 30 a 50
2,0 22 50 a 80
2,5 23 50 a 110
3,25 24 80 a 180
4,0 26 110 a 230
5,0 28 120 a 280
6,0 30 210 a 390
8,0 36 300 a 500
DICA
Saber a regra prática é essencial. 
No entanto, é muito importante 
seguir as recomendações dos 
fabricantes
A corrente é medida em 
ampere, símbolo A; a 
tensão é medida em volt, 
símbolo V.
Você sabia?
Como você pode notar, a corrente aumenta muito quando 
aumentamos o diâmetro do eletrodo. Somente o soldador 
será capaz de determinar o melhor valor de corrente. 
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 71
3. Velocidade de Soldagem
A velocidade da soldagem está diretamente relacionada à 
intensidade da corrente. Basicamente, se a velocidade de 
soldagem aumenta, a intensidade de corrente também 
deve aumentar. Só assim é possível se manter a taxa 
de deposição. 
4. Penetração da Solda
A penetração da solda está relacionada a todos os outros 
parâmetros. Mas o que mais a influencia é a intensidade 
da corrente. 
A penetração e o sopro magnético 
Tipo de eletrodo, diâmetro do eletrodo, tipo de corrente 
e polaridade, todas essas características que você acabou 
de ver são importantes para uma boa soldagem. Porém, 
todas elas estão diretamente ligadas à forma como tra-
balha o soldador. Isso quer dizer que o profissional faz 
a diferença numa boa solda. E a mesma coisa acontece 
com o sopro magnético.
O sopro magnético é um parâmetro de soldagem que não 
é influenciado pela máquina. Na verdade, ele nada mais 
é do que o desvio do fluxo de calor produzido pelo arco 
elétrico. Esse efeito pode ser minimizado, e, para isso, o 
soldador deve adotar as seguintes medidas:
•	 deixar o arco o mais curto possível;
•	 reduzir o máximo possível a corrente de soldagem; e 
•	 inclinar o eletrodo, em relação à peça, na direção do sopro.
O desvio do arco elétri-
co, chamado de sopro 
magnético, pode ocor-
rer tanto na soldagem 
com corrente contínua 
quanto na soldagem com 
corrente alternada.
Você sabia?
72 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
Atividade 1
Vamos rEVisar?
Complete as lacunas. 
a) As três fontes de energia capazes de produzir o calor necessário ao processo de 
soldagem são: , e 
. Essas fontes de energia podem gerar dois tipos de 
correntes: e . 
b) O eletrodo revestido é formado por três elementos: , 
 e . 
c) A seleção dos parâmetros de soldagem deve levar em consideração 
, , , 
e . 
Atividade 2
ElETrodo rEVEsTido
O revestimento do eletrodo revestido é composto de elementos orgânicos e minerais 
que possuem funções específicas. Vamos relembrá-las? Liste duas características 
para cada função. 
Função Elétrica:
Função Metalúrgica:
 Soldador 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 73
Função Física:
Atividade 3
posiçõEs dE soldagEm
Indique quais são as posições de soldagem mais utilizadas.
O tamanho da peça que será soldada influencia na escolha da posição? Por quê?
Nesta unidade você aprendeu que é na ponta da peça do eletrodo que encontramos 
a sua identificação e podemos, por fim, descobrir as suas características (tipo de 
corrente, tipo de revestimento, posição de soldagem, composição química do metal 
depositado e propriedades mecânicas do metal depositado). O número da quarta 
casa do código informa a posição de soldagem que deve ser utilizada no processo. 
Indique, em cada exemplo, qual posição de soldagem deve ser adotada:
E 7018 
E 7028 
E 7038 
E 7048 
74 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Soldador 2
5. O Soldador 
No Caderno 1, vimos que, por ser um processo simples, o eletrodo revestido é o 
mais utilizado para iniciar o aprendizado dos profissionais na área de soldagem. Por 
essa razão, o escolhemos para que você inicie a sua carreira de soldador. Após ter 
passado pelos quatro importantes assuntos que englobam a soldagem, está na hora 
de aprender o que, realmente, um soldador de eletrodo revestido faz. 
Soldagem com eletrodo revestido.
Iv
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N
 C
A
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N
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IR
O
A soldagem com eletrodo revestido é um processo

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