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Prova Direito Civil I 2ª VA COM GABARITO

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Faculdade Serra da Mesa
Recredenciada pela portaria MEC nº 888, de 1º de setembro de 2015,
Publicada no DOU em 02/09/2015.
Curso de Bacharelado em Direito
Autorizado pela portaria MEC nº 177, de 13 de março de 2017.
2ª VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM
Acadêmico(a):__________________________________________________________________ Nota:_____________
Data: _____/_____/_____ Período: 1º Turma: NOTURNO Professor(a): WENDELL PEREIRA GONZAGA
Disciplina: DIREITO CIVIL I
	Orientações ao(à) acadêmico(a) – Leia antes de iniciar:
Leia atentamente todas as orientações desse caderno e questões antes de respondê-las.
Esta V.A. tem 09 (NOVE) questões de natureza diversa, com o peso de cada questão nela indicado e 6,0 pontos no total.
As repostas deverão ser transcritas na Folha de Respostas de forma legível, em local especificado e, exclusivamente, com caneta esferográfica preta ou azul.
A V.A é individual e sem consulta.
Atribui-se a nota 0 (zero) ao estudante que não realizar a V.A. na data fixada, ou que se utilizar de meios fraudulentos durante sua aplicação.
Boa Prova!
1ª QUESTÃO: (0,5 PONTOS)
A concepção dos direitos da personalidade apoia-se na ideia de que, a par dos direitos economicamente apreciáveis, destacáveis da pessoa de seu titular, como a propriedade ou o crédito contra um devedor, há outros direitos, não menos valiosos e merecedores da proteção da ordem jurídica, inerentes à pessoa humana e a ela ligados de maneira perpétua e permanente.
São os direitos da personalidade, cuja existência tem sido proclamado pelo direito, destacando-se, dentre outros, o direito à vida, à liberdade, ao nome, ao próprio corpo, à imagem e à honra.
Direitos da Personalidade são direitos subjetivos que têm por objeto os bens e valores essenciais da pessoa, no seu aspecto físico, moral e intelectual (Francisco do Amaral).
Por sua vez, Maria Helena Diniz, conceitua os Direitos da Personalidade como os direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a sua integridade física (vida, alimentos, próprio corpo vivo ou morto, corpo alheio vivo ou morto, partes separadas do corpo vivo ou morto); a sua integridade intelectual (liberdade de pensamento, autoria científica, artística e literária); e a sua integridade moral (honra, recato, segredo profissional e doméstico, identidade pessoal, familiar e social).
O grande passo para a proteção dos direitos da personalidade foi dado com o advento da Constituição Federal de 1988, que expressamente a eles se refere no artigo 5º, X, nos seguintes termos:
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. 
Por sua vez, o Código Civil de 2002, dedicou um capítulo aos direitos da personalidade (artigos 11 a 21), visando à salvaguarda, sob múltiplos aspetos, desde a proteção dispensada ao nome e à imagem até o direito de se dispor do próprio corpo para fins científicos ou altruísticos.
A respeito dos Direitos da Personalidade, avalie as afirmações a seguir:
I) Os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não sendo possível que os seus titulares disponham, transmitam ou abandonem estes direitos, pois estes nascem e extinguem com os seus titulares, dos quais são inseparáveis.
II) Mesmo os direitos da personalidade sendo personalíssimo, e portanto intransmissíveis, a pretensão ou direito de exigir a sua reparação pecuniária, em caso de ofensa, transmite-se aos sucessores, nos termos do artigo 943 do Código Civil.
III) Os direitos da personalidade são limitados, tendo a legislação apresentado um rol taxativo, previstos nos artigos 11 ao 21 do Código Civil. (errado) 
IV) Embora o dano moral consista na lesão a um interesse que visa a satisfação de um bem jurídico extrapatrimonial contido nos direitos da personalidade (vida, honra, decoro, intimidade, imagem), a pretensão à sua reparação está sujeita aos prazos prescricionais estabelecidos em lei, por ter caráter patrimonial.
V) Apesar dos direitos da personalidade serem inerentes à pessoa humana, e por essa razão indisponíveis, estes podem ser penhorados, pois a constrição é o ato inicial da venda forçada determinada pelo juiz para satisfazer o crédito do exequente. (errado) 
É INCORRETO o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e III.
d) III e V.
e) IV e V.
Gabarito: D
2ª QUESTÃO: (0,5 PONTOS)
Todo um capítulo novo foi dedicado aos direitos da personalidade no Código Civil de 2002, visando à salvaguarda, sob múltiplos aspectos.
A Constituição Federal de 1988 já havia redimensionado a noção de respeito à dignidade da pessoa humana, consagrada no artigo 1º, III, e proclamado que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação” (artigo 5º, X, CF).
Por sua vez, o Código Civil de 2002, disciplina: os atos de disposição do próprio corpo (artigo 13 e 14); o direito a não submissão a tratamento médico de risco (artigo 15); o direito ao nome e ao pseudônimo (artigo 16 a 19); a proteção à palavra e à imagem (artigo 20); a proteção à intimidade (artigo 21).
Por fim, o artigo 52, do Código Civil, preceitua que aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
O artigo 12 e parágrafo único do Código Civil, assim dispõe a respeito do assunto:
Art. 12 - Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único: Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Como se pode observa, destinam-se os direitos da personalidade a resguardar a dignidade humana, por meio de medidas judiciais adequadas, que devem ser ajuizadas pelo ofendido ou pelo lesado indireto.
Estas podem ser de natureza preventiva ou cautelar, objetivando suspender os atos que ofendam a integridade física, intelectual e moral, ajuizando-se em seguida a ação principal, ou de natureza cominatória, com fundamento nos artigos 497 e 536, § 4º, do CPC, destinadas a evitar a concretização da ameaça de lesão.
Pode também ser movida desde logo a ação de indenização por danos materiais e morais, de natureza repressiva, com pedido de antecipação de tutela, como tem sido admitido.
Tendo em vista a proteção legal aos direitos da personalidade, avalie as afirmações a seguir:
I) O direito a integridade física compreende a proteção jurídica à vida, ao próprio corpo vivo ou morto, quer na sua totalidade, quer em relação a tecidos órgãos e parte suscetíveis de separação e individualização, quer ainda ao direito de alguém submeter-se ou não a exame e tratamento médico.
II) A respeito da recusa de pacientes em receber transfusão sanguínea em razão de convicção religiosa, os Tribunais têm decidido que o direito de culto religioso, que é assegurado pela Constituição Federal, deve prevalecer em relação ao direito a vida, sendo permitido ao paciente dispor de sua própria vida, ou seja, de preferir a morte a receber a transfusão de sangue.
III) O artigo 9º e parágrafos da Lei 9.434, regulamentada pelo Decreto n. 2.268, permite à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins terapêuticos ou para transplantes, desde que o ato não represente risco para a sua integridade física e mental e não cause mutilação ou deformação inaceitável. 
IV) O Código Penal (art. 146, § 3º, I) considera crime de constrangimento ilegal a intervenção médica ou cirúrgica, sem consentimento do paciente ou de seu representante legal, mesmo que justificada por iminente perigo de vida.
V) Só é permitida a doação em vida em caso de órgãos duplos (rins), partes regeneráveis de órgãos (fígado) ou tecidos (pele, medula óssea), cuja retirada nãoprejudique o organismo do doador, nem lhe provoque mutilação ou deformação.
É CORRETO o que se afirma em:
a) I e III, apenas
b) I, III e V.
c) III, apenas
d) IV e V, apenas
e) I, II, IV, apenas.
Gabarito: B
3ª QUESTÃO: (0,5 PONTOS)
Ausente é a pessoa que desaparece de seu domicílio sem dar notícia de seu paradeiro e sem deixar um representante ou procurador para administrar-lhe os bens. 
Protege o Código, através de medidas acautelatórias, inicialmente o seu patrimônio, pois quer esteja o ausente vivo, quer esteja morto, é importante considerar o interesse social de preservar os seus bens, impedindo que se deteriorem, ou pereçam.
Prolongando-se a ausência e crescendo as possibilidades de que haja falecido, a proteção legal volta-se para os herdeiros, cujos interesses passam a ser considerados.
Com fundamento nas normas do Código Civil a respeito do tema ausência, avalie as afirmações a seguir:
I) Constatando o desaparecimento do indivíduo, sem que tenha deixado procurador com poderes para administrar os seus bens e sem que dele haja notícia, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador (art. 22, CC).
II) O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.
III) A curadoria dos bens do ausente cessa apenas com a sucessão provisório ou pela certeza da morte do ausente.
IV) Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão (art. 26, CC).
V) Presentes os pressupostos exigidos pelo artigo 26, do Código Civil, legitimam-se para requerer a abertura da sucessão provisória apenas: o cônjuge não separado judicialmente e os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários.
É INCORRETO o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) III e V
d) II e IV
e) I, III e V;
Gabarito: C
4ª QUESTÃO: (0,5 PONTOS)
Brasil registra 8 desaparecimentos por hora nos últimos 10 anos, diz estudo inédito
São 693 mil casos no período. É a primeira vez que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulga essa informação. Banco de dados integrado é chave para resolver questão, dizem especialistas. 
Há quase uma década, um dos presentes comprados todos os anos por Lucineide Damasceno, de 50 anos, fica sob a árvore de Natal depois do dia 25 de dezembro. É o de seu filho, Felipe Damasceno, desaparecido em 2008 aos 17 anos. 
Desde então, a trajetória do menino assumiu o pretérito imperfeito como tempo verbal oficial. Na vida da mãe que espera, entretanto, resistir é conjugar o tempo presente. “Eu tenho três filhos, não tinha”, corrige Lucineide a quem ousar colocar sua maternidade no passado. 
Felipe é um dos 693.076 boletins de ocorrência registrados por desaparecimento no Brasil de 2007 a 2016, segundo dados inéditos compilados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em estudo feito a pedido do Comitê internacional da Cruz Vermelha. Em média, 190 pessoas desapareceram por dia nos últimos dez anos, oito por hora. É a primeira vez que dados de desaparecimento estão presentes no anuário de violência do Fórum. Só no ano passado, 71.796 desaparecimentos foram registrados. 
Em números absolutos, São Paulo lidera as estatísticas, com 242.568 registros de desaparecimentos de 2007 a 2016, seguido por Rio Grande do Sul, com 91.469, e Rio de Janeiro, com 58.365. Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná e Roraima não passaram os dados completos de todos os últimos dez anos. 
Se formos levar em conta a taxa, Distrito Federal concentra o maior número de registros: 106 por 100 mil habitantes. E a razão é bastante simples: embora não registre um número maior de desaparecidos do que os outros estados, a unidade da federação tem um banco de informações que interliga os órgãos, como hospitais, asilos, institutos médicos legais, serviços de verificação de óbito, entre outros, considerado por especialistas um ponto-chave para entender e combater o desaparecimento no país. 
“As pessoas estão desaparecendo, e não há uma preocupação em cruzar os dados. Uma pessoa registrada como desaparecida pode aparecer em outro boletim de ocorrência como morte decorrente de intervenção policial, mas esse dado não é cruzado e não se chega à conclusão de que ela foi encontrada morta, por exemplo”, diz Olaya Hanashiro, consultora sênior do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 
“Ninguém estava olhando para esse fenômeno para além do período da ditadura militar. E o desaparecimento não deixou de ocorrer no cotidiano da população”, completa. 
Perfil do desaparecido
Como o desaparecimento não é considerado crime, é feito apenas o boletim de ocorrência e não há investigação até haver a suspeita de um crime --um homicídio ou um sequestro, por exemplo. A lei também obriga que o desaparecimento de crianças e adolescentes até 18 anos seja investigado, bem como o de pessoas com transtorno mental, mas, segundo a promotora Eliana, apenas o desaparecimento de crianças até 12 anos é investigado no país. 
“A pessoa precisa fazer o boletim de ocorrência por desaparecimento logo nas primeiras horas que percebeu isso. Precisamos acabar com o mito do registro após 48 horas. A chance de encontrar uma criança logo após o desaparecimento é maior”, diz. 
Segundo dados da promotora, o principal perfil da vítima de desaparecimento em São Paulo é: adolescente, negro e de periferia, o que coincide com o perfil da vítima de homicídio. 
“A pesquisa [do MP] mostra o desaparecimento com pico aos 15 anos, cedendo aos 28 anos. A estatística está voltada para os adolescentes, mas o estado não quer investir como eles sendo vulneráveis”, diz.
Causas
O desaparecimento é considerado multicausal e pode ser: 
Voluntário – quando a pessoa se afasta por vontade própria e sem avisar, o que pode acontecer por diversos motivos: desentendimento, medo, aflição, choque de visões, planos de vida diferentes.
Involuntário – quando a pessoa é afastada do cotidiano por um evento sobre o qual não tem controle, como um acidente, um problema de saúde, um desastre natural.
Forçado – quando outras pessoas provocam o afastamento, sem a concordância da pessoa. Como um sequestro ou a ação do próprio estado.
(Trecho extraído da reportagem publicada no sitio do G1 SP, por Cíntia Acayaba, em 30-10-2017).
Tendo em vista o texto apresentado, que retrata os desaparecimentos no Brasil, avalie as questões abaixo, as quais versam a respeito das consequências do retorno do ausente:
I) Retornando o ausente no período de curadoria de seus bens, esta cessará automaticamente, recuperando ele todos os seus bens.
II) Retornando o ausente durante a sucessão provisória, e ficando provado que o desaparecimento foi voluntário e injustificado, perderá ele, em favor dos sucessores, a metade dos frutos e rendimentos que lhe seria de direito.
III) Se o retorno do ausente ocorrer durante o período da sucessão provisória, cessarão imediatamente as vantagens dos sucessores imitidos na posse provisória, e terão de restituí-la ao que se encontrava desaparecido, bem como tomar as medidas assecuratórias precisas, até a entrega dos bens.
IV) Se o ausente regressar nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, irão haver só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.
V) Se o ausente regressar após os dez anos da abertura da sucessão definitiva, não terá qualquer direito em relação aos seus bens.
É CORRETO o que se afirma em:
a) I, II, IV;
b) II, III e V;
c) III e IV, apenas
d) II e V
e) I, III e IV
Gabarito: E
5ª QUESTÃO: (0,5 PONTOS)
Segunda a lição de Maria Helena Diniz, a pessoa jurídica é uma "unidade de pessoasnaturais ou patrimônios, que visa a consecução de certos fins, reconhecida essa unidade como sujeito de direitos e obrigações". Já para o professor Flávio Tartuce, "as pessoas jurídicas, denominadas pessoas coletivas, morais, fictícias ou abstratas, podem ser conceituadas como sendo conjuntos de pessoas ou de bens arrecadados, que adquirem personalidade jurídica própria por uma ficção legal.
Com fundamento nas normas do Código Civil a respeito das Pessoas Jurídicas, avalie as afirmações a seguir:
I) a personalidade jurídica da Pessoa Jurídica é distinta dos seus instituidores, adquirida a partir do registro de seus estatutos;
II) em regra, o patrimônio da Pessoas Jurídica é distinto dos seus membros;
III) as Pessoas Jurídicas não podem exercer atos que sejam privativos de pessoas naturais, a exemplo da adoção e o casamento; 
IV) a Pessoa Jurídica adquire personalidade a partir do registro, nos termos do artigo 45 do Código Civil, momento em que há uma clara confusão entre a sua personalidade e a de seus instituidores;
V) a Pessoa Jurídica possui existência diversa de seus integrantes;
É INCORRETO o que se afirma em:
a) III, apenas,
b) II e IV
c) IV, apenas.
d) II e V
e) V, apenas.
Gabarito: C
6ª QUESTÃO: (0,5 PONTOS)
As fundações resultam não da união de indivíduos, mas da afetação (destinação) de um patrimônio, por testamento ou escritura pública, que faz o seu instituidor, especificando o fim para o qual se destina. Segundo o doutrinador Caio Mário: "o que se encontra, aqui, é a atribuição de personalidade jurídica a um patrimônio, que a vontade humana destina a uma finalidade social". A respeito do tema, assim prescreve o artigo 62 do CC: "art. 62 - Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la". 
O parágrafo único do artigo 62 do CC, que teve sua redação modificada pela Lei 13.151-2015, especifica as finalidades de uma fundação. Com fundamento no referido artigo, avalie as afirmações abaixo:
I) assistência social, cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
II) educação, saúde e segurança alimentar e nutricional;
III) pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos;
IV) atividade profissional, desportiva e promoção partidária;
V) promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos.
Tendo em vista as alternativas acima descritas, assinale a que possui apenas finalidades não permitidas no Código Civil: 
a) IV, apenas,
b) I e V;
c) III, apenas.
d) IV e V;
e) V, apenas.
Gabarito: A
7ª QUESTÃO: (1,8 PONTOS)
Segunda a lição de Maria Helena Diniz, a pessoa jurídica é uma "unidade de pessoas naturais ou patrimônios, que visa a consecução de certos fins, reconhecida essa unidade como sujeito de direitos e obrigações".
Já para o professor Flávio Tartuce, "as pessoas jurídicas, denominadas pessoas coletivas, morais, fictícias ou abstratas, podem ser conceituadas como sendo conjuntos de pessoas ou de bens arrecadados, que adquirem personalidade jurídica própria por uma ficção legal.
Discorra a respeito da Natureza Jurídica das Pessoas Jurídicas, abordando especificamente:
a respeito da Teoria Afirmativista, com as suas respectivas vertentes;
a respeito da Teoria Negativista, com as suas respectivas vertentes;
a teoria que melhor explica o tratamento dispensado à Pessoa Jurídica pelo Direito Positivo Brasileiro.
Teorias Negativistas:
BRINZ e BEKKER: afirmavam tratar-se de mero patrimônio destinado a um fim, sem conferir-lhe personalidade jurídica.
PLANIOL: imaginava a pessoa jurídica como uma forma de condomínio ou propriedade coletiva. Não seria sujeito de direito, mas simples massa de bens objeto de propriedade comum.
BOLZE e IHERING: Teoria da Mera Aparência: defenderam a tese no sentido de que a associação formada por um grupo de indivíduos não possuía personalidade jurídica própria, pois as próprias pessoas físicas seriam consideradas em conjunto. Ihering argumentava que os verdadeiros sujeitos de direito seriam os indivíduos que compõem a pessoa jurídica, de maneira que esta serviria como simples forma especial de manifestação exterior da vontade dos seus membros.
Teorias afirmativistas:
Nessa linha de intelecção, podem ser apontadas as seguintes vertentes:
teoria da ficção:
SAVIGNY (seu principal defensor)
- não reconhecia existência real à pessoa jurídica, imaginando-a como abstração, mera criação da lei.
- seriam pessoas por ficção legal, uma vez que somente os sujeitos dotados de vontade poderiam, por si mesmos, titularizar direito subjetivos.
teoria da realidade objetiva ou organicista:
- a pessoa jurídica não seria mera abstração ou criação da lei. 
- teria existência própria, real, social, como os indivíduos.
- imaginava a pessoa jurídica como grupos sociais, análogos a pessoa natural.
- a pessoa jurídica resultaria da conjunção de dois elementos: o copus (a coletividade ou o grupo de bens) e o animus (a vontade do instituidor).
- LACERDA DE ALMEIDA, CUNHA GONÇALVES e CLÓVIS BEVILÁQUA.
teoria da realidade técnica:
- situada a meio caminho entre a doutrina da ficção e a da realidade objetiva ou organicista.
- a pessoa jurídica teria existência real, não obstante a sua personalidade ser conferida pelo direito.
- O Estado, as associações, as sociedades, existem como grupos constituídos para a realização de determinados fins. A personificação desses grupos, todavia, é construção da técnica jurídica, admitindo 
que tenham capacidade jurídica própria.
- SALEILLES, GENY, MICHOUD, FERRARA.
OBS: a teoria da realidade técnica é a que melhor explica o tratamento dispensado à Pessoa Jurídica pelo Direito Positivo Brasileiro.
OBS2: da análise do artigo 45 do CC, nota-se que a personificação da pessoa jurídica é, de fato, construção da técnica jurídica, podendo, inclusive, operar-se a suspensão legal de seus efeitos, por meio da desconsideração, em situações excepcionais admitidas por lei.
8ª QUESTÃO: (1,8 PONTOS)
As associações são entidade de direito privado, formadas pela união de indivíduos com o propósito de realizarem fins não econômicos.
O traço peculiar às associações civis é justamente a sua finalidade não econômica, podendo ser educacional, profissional, religiosa e etc.
A respeito do tema, assim prescreve o artigo 53 do CC:
"artigo 53: Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos"
A respeito das Associações, respondam as questões abaixo: 
qual é a competência privativa da assembleia geral, nos termos do artigo 59 do Código Civil; 
O novo Código Civil cuidou de disciplinar um campo de atuação privativo da Assembleia Geral, ressaltando a sua característica de órgão deliberativo superior.
Compete privativamente à assembleia geral (artigo 59, do Código Civil, na redação alterada pela Lei 11.127-05):
I - destituir os administradores;
II - alterar o estatuto;
qual o regramento legal da qualidade de associado, nos termos do artigo 56 do Código Civil
artigo 56: A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuo não dispuser o contrário. 
A lei cuidou de considerar intransmissível a qualidade de associado, nos termos do artigo 56 do CC.
Todavia, havendo autorização estatutária, o titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação poderá transmitir, por ato inter vivos ou mortis causa, os seus direitos a um terceiro (adquirente ou herdeiro), que passará à condição de associado.

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