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oda escola é obrigada por lei a ter a estrutura necessária para receber crianças com mobilidade reduzida. Para que sua instituição esteja preparada para a chegada de um novo estudante com necessidades especiais, é preciso capacitar os funcionários, o corpo docente e adaptar a estrutura física. Sua escola está preparada?
1. Alteração da entrada e acesso à circulação
O ideal é colocar rampas de acesso e orientar a passagem em locais com menor volume de pessoas circulando. A escola precisa construir rampas de acesso que permitam que o aluno chegue sem dificuldade até salas de aulas, andares superiores, bibliotecas, lanchonetes, quadras, brinquedos, salas de informática e demais ambientes. As rampas devem ter corrimões apropriados e em duas alturas, um com 0,70m e outro 0,92m. É importante lembrar que esse acesso deverá ser facilitado também à todos os ambientes usados pelos estudantes.
2. Portas
As portas da instituição também precisam ser adaptadas para garantir a passagem de uma cadeira de rodas. É recomendado que a largura do vão seja de no mínimo 0,80 m e a altura de 2,10 m. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) desenvolveu o Manual de Acessibilidade da instituição, que orienta e informa sobre as Medidas Padrão Para Cadeirantes. Fique atento!
3. Modificações da sala de aula
Além do acesso fácil e da porta com dimensões adequadas, a sala de aula precisa estar adaptada para atender esses estudantes com necessidades especiais. As lousas devem ser instaladas a uma altura inferior a 0,90 m do piso. Os móveis devem ser acessíveis e um cadeirante precisa passar com facilidade até chegar ao seu local na sala. Os móveis devem ser dispostos de maneira que o deficiente consiga visualizar o professor e o quadro-negro com facilidade, e as fileiras de carteiras devem ter largura suficiente para que o aluno circule pela sala.
Para que isso seja adaptado da melhor maneira possível, é recomendado que pelo menos 1% do total das carteiras, sendo no mínimo uma para cada duas salas de aula, seja especial para cadeirantes. Para isso, a mesa deve ter altura flexível chegando ao mínimo de 0,73 m do piso. Essa preocupação deve se estender ao refeitório e lanchonetes, para permitir que o aluno possa se alimentar confortavelmente.
4. Banheiros
Tanto alunos quanto professores precisam ter acesso a banheiros especiais adaptados para cadeirante. Para isso, no mínimo 5% dos sanitários da escola precisam ser adaptados, garantindo que haja pelo menos um banheiro adaptado masculino e outro feminino. Além disso, 10% dos demais sanitários devem ser facilmente adaptáveis, caso se faça necessário por um aumento do número de alunos da escola. Além de portas grandes e altura do vaso adequada, os banheiros devem possuir barras de apoio para o vaso sanitário e para os lavatórios.
5. Guichês, balcões e bebedouros
Todos eles devem ser adaptados, com fácil acesso e com portas, quando for o caso, que permitam a entrada do cadeirante. O ideal é que 50% dos equipamentos sejam acessíveis, com altura livre inferior de no mínimo 0,73 m do piso.
6. Símbolo internacional de acesso
Utilize o símbolo internacional do acesso na sua escola!
Para indicar o acesso para pessoas com necessidades especiais, bem como móveis especiais e banheiros adequados, é necessário fazer uso do símbolo internacional de acesso. O ideal é que o símbolo seja desenhado em branco sobre o fundo azul, mas é aceito também em branco e preto.
É considerada escola inclusiva aquela que abre espaço para todas as crianças, abrangendo, portanto, aquelas que apresentam necessidades especiais. Inspirada nos princípios da Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), que proclamou, dentre outros princípios, o direito de todos à educação, independente das diferenças individuais – esta declaração teve como referência a Conferência mundial sobre educação para todos – a educação inclusiva propõe que todas as pessoas com deficiência sejam matriculadas na escola regular.
A inserção das pessoas com deficiência na educação básica compreende um processo de “dessegregação”, pois se trata da construção de uma sociedade inclusiva, compromissada com esse público. Portanto, não pode ser entendida como um processo paralelo ao contexto da educação comum.
O grande desafio, nesse sentido, é garantir o acesso, permanência e aprendizagem dos alunos que apresentam especificidades sensoriais, cognitivas, físicas e psíquicas no sistema regular de ensino.
A inclusão dos alunos com deficiências nas escolas comuns está consagrada nos textos legais, entretanto, a educação inclusiva não se esgota na observância da lei que a reconhece e garante, mas requer uma mudança de postura, percepção e de concepção dos sistemas educacionais. Isso implica ampliar o conceito de educação especial e trabalhar para e pela diversidade, reformular os princípios, metas e currículos das escolas dentro da ótica inclusiva, instrumentalizar todos os educandos, sejam eles considerados “normais” ou “deficientes”, para inserção e atuação na sociedade, exercendo assim a cidadania.
No entanto, somente quando toda a sociedade e não apenas os profissionais, que lidam com esse público se mobilizarem, é que serão extintas as práticas segregacionistas que ao longo da história marginalizaram e estigmatizaram pessoas com diferenças individuais acentuadas.
BRASIL. Constituição Federativa da República Brasileira de 1988. Brasília, DF: Senado Federal, 2004.
______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: MEC; Seed, 2010.
______. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jul. 1990.
______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Estado da Educação. O direito de ter direitos. In:______.Educação especial: tendências atuais. Brasília, DF: MEC; Seed, 1999.
______. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, DF: MEC; Seed, 2008.
FRANÇA, S. D. Inclusão de alunos com NEE no ensino superior: um estudo de caso na Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). 2014. Tese (Doutorado em Ciências da Educação) – Programa de Doutoramento em Ciências da Educação, Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal, 2014.
REGO, T. C. Vygotsky: uma aprendizagem histórico-cultural da educação. Petrópolis: Vozes, 1995.
UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: CORDE, 1994.
UNICEF. Declaração mundial sobre educação para todos. 1990. Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10230.htm>. Acesso em: 8 fev. 2014.
O espaço escolar, hoje, tem de ser visto como espaço de todos e para todos.

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