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Prova Direito Civil I 1ª VA COM GABARITO

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Faculdade Serra da Mesa
Recredenciada pela portaria MEC nº 888, de 1º de setembro de 2015,
Publicada no DOU em 02/09/2015.
Curso de Bacharelado em Direito
Autorizado pela portaria MEC nº 177, de 13 de março de 2017.
2ª VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM
Acadêmico(a):__________________________________________________________________ Nota:_____________
Data: _____/_____/_____ Período: 1º Turma: NOTURNO - A Professor(a): WENDELL PEREIRA GONZAGA
Disciplina: DIREITO CIVIL I
	Orientações ao(à) acadêmico(a) – Leia antes de iniciar:
Leia atentamente todas as orientações desse caderno e questões antes de respondê-las.
Esta V.A. tem 10 (dez) questões de natureza diversa, com o peso de cada questão nela indicado e 6,0 pontos no total.
As repostas deverão ser transcritas na Folha de Respostas de forma legível, em local especificado e, exclusivamente, com caneta esferográfica preta ou azul.
A V.A é individual e sem consulta.
Atribui-se a nota 0 (zero) ao estudante que não realizar a V.A. na data fixada, ou que se utilizar de meios fraudulentos durante sua aplicação.
Boa Prova!
1ª QUESTÃO: (0,5 PONTOS)
O homem é um ser eminentemente social, não vivendo isolado, mas em grupos. A convivência impõe uma certa ordem, determinada por regras de conduta. Essa ordenação pressupõe a existência de restrições que limitam a atividade dos indivíduos componentes dos diversos grupos sociais. O fim do direito é precisamente determinar regrar que permitam aos homens a vida em sociedade. O DIREITO seria, então, o conjunto das normas gerais e positivas que regulam a vida em sociedade.
A respeito da clássica divisão entre Direito Público e Direito Privado, avalie as afirmações a seguir:
I) O Direito Privado busca satisfazer os interesses individuais, o que pertence à utilidade das pessoas, disciplinando as relações entre os indivíduos. CORRETO
II) O Direito Privado corresponde às coisas do Estado (DIREITO PÚBLICO), visando proteger os interesses da sociedade em primeiro plano, mas em segundo plano busca satisfazer os interesses individuais. INCORRETO
III) O Direito Público é o que corresponde às coisas do Estado, visando proteger os interesses da sociedade, regulando as relações do Estado com outro Estado, ou as do Estado com os cidadãos, sempre predominando o interesse geral. CORRETO
IV) O Direito Privado busca satisfazer os interesses individuais, o que pertence à utilidade das pessoas, disciplinando as relações entre os indivíduos em primeiro plano, além de proteger os interesses da sociedade em segundo plano, regulando as relações do Estado com outro Estado. INCORRETO
V) O Direito Privado é o que corresponde às coisas do Estado, visando proteger os interesses da sociedade, regulando as relações do Estado com outro Estado, ou as do Estado com os cidadãos, sempre predominando o interesse geral. INCORRETO
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II, IV e V.
e) IV e V apenas.
Gabarito: C
2ª QUESTÃO: (0,5 PONTOS)
Direito Civil é o ramo do Direito que disciplina todas as relações jurídicas da pessoa, seja uma com as outras (envolvendo relações familiares e obrigacionais), seja com as coisas (propriedade e posse). Costuma-se dizer que o Código Civil é a Constituição do homem comum, por reger as relações mais simples da vida cotidiana, os direitos e deveres das pessoas, na sua qualidade de esposo ou esposa, pai ou filho, credor ou devedor, alienante ou adquirente, proprietário ou possuidor, condômino ou vizinho, testador ou herdeiro. Toda a vida social, como se nota, está impregnada do direito civil, que regula as ocorrências do dia a dia. As fontes do direito classificam-se em diretas e indiretas. São consideradas fontes diretas, também denominadas de primárias ou imediatas, a lei e os costumes. São consideradas fontes indiretas, conhecidas ainda como secundárias ou mediatas, a analogia, os princípios gerais de direito, a jurisprudência, a doutrina e a equidade.
A respeito das fontes do Direito, assinale a opção incorreta:
a) O costume é o uso geral, constante e notório, observado socialmente e correspondente a uma necessidade jurídica, mas que não está prevista na legislação.
b) A jurisprudência é o conjunto de reiteradas decisões dos tribunais sobre determinada matéria.
c) A analogia trata-se de uma forma típica de raciocínio pelo qual se estende o fato em espécie de uma norma a situações semelhantes para as quais, em princípio, não havia sido estabelecida.
d) Não encontrando solução na analogia, nem nos costumes, para preenchimento da lacuna, o juiz deve buscá-la na equidade (PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO). A equidade é constituída de regras que se encontram na consciência dos povos e são universalmente aceitas, mesmo não escritas. É postulado que procura fundamentar todo o sistema jurídico, não tendo necessariamente uma correspondência positivada equivalente. Tais regras, de caráter genérico, orientam a compreensão do sistema jurídico, em sua aplicação e integração, estejam ou não incluídas no direito positivo. ERRADA
e) A lei é a mais importante fonte do direito em nosso ordenamento positivo. Nela se encontra toda a expectativa de segurança e estabilidade que se espera de um sistema positivado. Quanto a origem, as leis podem ser: leis federais, leis estaduais e leis municipais. Quanto a hierarquia, as leis podem ser: constituição, leis infraconstitucionais, decretos regulamentares e normas internas.
Gabarito: D
3ª QUESTÃO: (0,5 PONTOS)
A Lei de Introdução ao Código Civil (Decreto-Lei 4.657-42), atualmente denominada Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Lei n. 12.376-2010), é um conjunto de normas sobre normas, visto que disciplina as próprias normas jurídicas, determinando o seu modo de aplicação e entendimento, no tempo e no espaço. Como o próprio nome indica, a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, é aplicável a toda ordenação jurídica, ultrapassando o âmbito do Direito Civil, pois tem as funções de: a) regular a vigência e a eficácia das normas jurídicas; b) fornecer critérios de hermenêutica; c) estabelecer mecanismos de integração de normas, quando houver lacunas; d) garantir a eficácia global da ordem jurídica, bem como a certeza, a segurança e a estabilidade do ordenamento, preservando as situações consolidadas em que o interesse individual prevaleça.
Com fundamento na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, avalie as afirmações a seguir:
I) quando a lei brasileira é admitida no exterior, a sua obrigatoriedade inicia-se seis meses (TRÊS) depois de oficialmente publicada. (§ 1º, do artigo 1º, da LINDB). ERRADA
II) Segundo dispõe o artigo 1º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a lei, salvo disposição contrária, “começa a vigorar em todo o País 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente promulgada”. ERRADA
III) se, antes de entrar em vigor, ocorrer nova publicação do seu texto, destinada a correção de erros materiais ou falhas de ortografia, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores não começará a correr novamente. (§3º, do artigo 1º, da LINDB). ERRADA
IV) se a lei já entrou em vigor, as correções ao seu texto não são consideradas lei nova, tornando-se obrigatórias imediatamente, independentemente do decurso da vacatio legis (§ 4º, do artigo 1º, da LINDB). ERRADA
V) A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral (artigo 8º, § 1º, da LC 95-98, com redação dada pela LC n. 107-2001).
É incorreto o que se afirma em:
a) I.
b) I e II.
c) I, II e III.
d) II e V
e) I, II, III e IV
Gabarito: E
4ª QUESTÃO: (0,5 PONTOS)
Também a respeito da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é possível afirmar que a lei é uma ordem dirigida à vontade geral, uma vez em vigor torna-se obrigatória para todos. O artigo 3º da LINDB consagra o princípio da obrigatoriedade, prescrevendo: “Ninguémse escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”. Assim, no ordenamento jurídico brasileiro, ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando não conhecê-la, o que traz a desnecessidade de provar em juízo a aplicabilidade da norma no caso concreto, uma vez que os juízes conhecem a lei nacional. Na verdade, muito embora não seja real, concerto, o conhecimento geral de todas as normas que compõem o ordenamento jurídico, impõe-se um dever geral de conhecimento decorrente da necessidade de segurança e estabilidade social, garantindo a eficácia global da ordem jurídica, até mesmo em face da complexidade e dificuldade técnica de viabilizar conhecimento geral.
A respeito da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, marque a opção correta:
a) a lei nova é aplicável aos casos pendentes e futuros. Excepcionalmente, no entanto, admitir-se-á a aplicação da lei nova aos casos passados (retroatividade) quando: a) houver expressa previsão na lei, determinando sua aplicação a casos pretéritos; b) desde que esta retroatividade não ofenda o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
b) não se destinando à vigência temporária, diz o artigo 2º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Lei n. 12.376-2010): “a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue”. A lei tem, em regra, caráter temporário, mantendo-se em vigor até ser revogada por outra lei, o que consiste no princípio da temporariedade (PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE); ERRADA 
c) revogação é a supressão da força obrigatória da lei, retirando-lhe a eficácia, o que só pode ser feito por outra lei, da mesma hierarquia ou de hierarquia inferior;
d) A revogação da lei, quando à sua extensão, pode ser de duas espécies: a) ab-rogação, que é a revogação parcial da lei, atingindo só uma parte da norma, que permanece em vigor no restante; b) derrogação é a revogação total da lei, com a supressão integral da norma anterior; ERRADA
e) A partir da ideia de soberania estatal preconizada pela norma constitucional como princípio fundamental da República (art. 1º, CF), é fácil compreender que a norma jurídica deve ser aplicada nos limites das fronteiras geográficas do seu respectivo País. É possível inferir que as leis sejam editadas para serem aplicadas no território nacional (princípio da territorialidade), nunca se admitindo a aplicação de norma estrangeira em território nacional ou a aplicação da lei brasileira em território estrangeiro (princípio da extraterritorialidade).
É possível inferir, todavia, que embora as leis sejam editadas para serem aplicadas no território nacional (princípio da territorialidade), admite-se, sem ferir a soberania nacional e a ordem internacional, em determinadas hipóteses, a aplicação da norma estrangeira em território nacional ou a aplicação da lei brasileira em território estrangeiro (princípio da extraterritorialidade).
Desta forma, é possível afirmar que o ordenamento jurídico brasileiro adota o princípio da extraterritorialidade moderada, também dita temperada ou mitigada, em razão de admitir, a um só tempo, as regras da territorialidade e da extraterritorialidade.
Gabarito: A
5ª QUESTÃO: (0,5 PONTOS)
Todo aquele que nasce com vida torna-se uma pessoa, ou seja, adquire personalidade. A personalidade é, portanto, uma qualidade ou atributo do ser humano. Personalidade Jurídica é a aptidão genérica para titularizar direitos e contrair obrigações, ou, em outras palavras, é o atributo para ser sujeito de direito. A personalidade é a qualidade jurídica que se revela como condição preliminar de todos os direitos e deveres. A capacidade é a medida da personalidade, pois para uns ela é plena e para outros limitada. Adquirida a personalidade jurídica, toda a pessoa começa a ser capaz de direitos e obrigações, passando a ter capacidade de direito ou de gozo. Todo ser humano tem, assim, capacidade de direito, pelo fato de que a personalidade jurídica é atributo inerente à sua condição. Sendo assim, a capacidade de direito ou de gozo é aquela adquirida por todos com o nascimento com vida, sendo caracterizada pela possibilidade de a pessoa adquirir direitos ou obrigações na ordem civil. Nem toda pessoa têm, contudo, a capacidade de fato, também denominada capacidade de exercício, que é a aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil. Por faltarem a certas pessoas alguns requisitos materiais, como maioridade, saúde ou desenvolvimento mental, a lei, com o intuito de protege-las, sem, contudo, negar a sua capacidade de adquirir direitos, sonega-lhes o direito de se autodeterminarem, de o exercer pessoal e diretamente, exigindo sempre a participação de outra pessoa, que as represente ou assista.
A respeito do tema acima desenvolvido, avalie as afirmações a seguir:
I) São chamadas de incapazes aquelas pessoas portadoras de capacidade de fato ou de exercício (capacidade de ação), mas não possuidoras da capacidade de gozo ou de direito (aquisição de direitos); ERRADA
II) A lei nº 13.146-2015, denominada Estatuto da Pessoa com Deficiência, promoveu uma profunda mudança no sistema das incapacidades, alterando substancialmente a redação dos artigos 3º e 4º do Código Civil. A referida lei destina-se a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. Em suma, para a Lei 13.146-2015 o deficiente tem uma qualidade que os difere das demais pessoas, mas não uma doença. Por esta razão é excluído do rol dos incapazes e se equipara à pessoa capaz. Desta forma, permanecem como absolutamente incapazes apenas os menores de 16 anos. CORRETO
III) A incapacidade relativa (ABSOLUTA) não permite que o incapaz pratique atos da vida civil, sob pena de nulidade. Contudo, certos atos podem ser praticados sem a assistência de seu representante legal, a exemplo: ser testemunha (art. 228, I, CC); fazer testamento (art. 1860, parágrafo único, CC); ser eleitor; ERRADA
IV) os absolutamente incapazes (RELATIVAMENTE) estão em uma situação intermediária entre a capacidade plena e a incapacidade total, possuindo razoável discernimento, o qual não as afasta das atividades jurídicas, mas as obriga estar assistidas por seus representantes, para a prática dos atos em geral.
V) os maiores de 16 anos e os menores de 18 anos figuram nas relações jurídicas e delas participam pessoalmente, assinando documentos, se necessário. Contudo, não podem fazê-lo sozinhos, mas assistidos por seu representante legal (pai, mãe ou tutor), assinando ambos os documentos concernentes ao ato ou negócio jurídico. CORRETO 
É correto o que se afirma em:
a) II.
b) II e V
c) I e II.
d) I, II e III.
e) IV e V
Gabarito: B
6ª QUESTÃO: (0,5 PONTOS)
Com a morte real termina a existência da pessoa natural, que pode ser também simultânea. A respeito do tema, assim prescreve o artigo 6º, do CC: “a existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva”. De acordo com a doutrina, pode-se falar em morte real, morte simultânea e morte presumida.
A respeito do tema, marque a opção incorreta:
a) a morte real é apontada no artigo 6º do Código Civil como responsável pelo término da existência da pessoa natural. Em geral, a parada do sistema cardiorrespiratório com a cessação das funções vitais indica o falecimento do indivíduo. Tal aferição, permeada de dificuldades técnicas, deverá ser feita por médico, com base em seus conhecimentos clínicos, sendo mais utilizada, nos dias de hoje, dado o seu caráter irreversível, utiliza-se como critério científico para a constatação do perecimento, a morte encefálica; CORRETA
b) a morte presumida pode, ainda, ser declarada sem a decretação de ausência, nos casos em que: a) for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; b) se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra (artigo 7º, I e II, doCC); CORRETA
c) A comoriência é prevista no artigo 8º, do Código Civil, o qual dispõe que, se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião (não há a necessidade de ser no mesmo lugar), não se podendo averiguar qual deles morreu primeiro, presumir-se-ão simultaneamente mortos. CORRETA
d) A morte real tem as seguintes consequências: extingue a capacidade; extingue a personalidade (deixa de ser sujeito de direitos e obrigações); extingue o poder familiar; dissolve o vínculo matrimonial; extingue os contratos personalíssimos; extingue a obrigação de pagar alimentos. CORRETA
e) o Código Civil de 2002 admite a morte presumida, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão provisória (DEFINITIVA); ERRADA
Gabarito: E
7ª QUESTÃO: (0,5 PONTOS)
Registro civil é a perpetuação, mediante anotação por agente autorizado, dos dados pessoais dos membros da coletividade e dos fatos jurídicos de maior relevância em suas vidas, para fins de autenticidade, segurança e eficácia. Tem por base a publicidade, cuja função específica é provar a situação jurídica do registrado e torna-la conhecida de terceiros. No registro civil, efetivamente, pode-se encontrar a história civil da pessoa, por assim dizer, a bibliografia jurídica do cidadão. Atualmente a matéria é regida pelo Código Civil, que se limitou a determinar o registro dos fatos essenciais ligados ao estado das pessoas, e pela Lei n. 6.015-1973, que dispõe sobre os registros públicos. O artigo 9º, do Código Civil, indica os atos sujeitos ao registro público, enquanto o artigo 10, do Código Civil, indica quais são os casos em que deve haver a averbação em registro público. 
Tendo por base os artigos 9º e 10 do Código Civil, avalie as afirmações a seguir:
I) nascimento, casamento e óbito; ERRADO
II) das sentenças que decretem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; CORRETA
III) a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; ERRADA
IV) a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz, bem como a sentença declaratória de ausência e de morte presumida; ERRADA
V) atos judiciais ou extrajudiciais que declarem ou reconhecerem a filiação; CORRETA
 
Indique apenas os casos que devem ser averbados em registro público:
a) I e V.
b) II e III.
c) II e V.
d) II, III e IV.
e) IV e V.
Gabarito: C
8ª QUESTÃO: (0,5 PONTOS)
O homem é um ser gregário (sociável) por natureza, não vivendo isolado, mas em grupos, por uma necessidade natural de convivência e para alcançar resultados no trabalho e na produção. Desse convívio nascem as relações jurídicas, negociais e familiares, gerando a necessidade de que os sujeitos dessas diversas relações sejam individualizados, perfeitamente identificados, como titulares de direitos e deveres na ordem civil. Essa identificação interessa não só aos indivíduos, mas também ao Estado e a terceiros, para maior segurança dos negócios e da convivência familiar e social. Os principais elementos individualizadores da pessoa natural são: o nome, designação que a distingue das demais e a identifica no seio da sociedade; o estado, que indica a sua posição na família e na sociedade; e o domicílio, que é a sua sede jurídica.
A respeito do tema acima desenvolvido, avalie as afirmações a seguir:
I) nome é a designação exterior pelo qual a pessoa identifica-se no seio da família e da sociedade. Integra a personalidade, individualiza a pessoa não só durante a sua vida, como também após a sua morte, e indica a sua procedência familiar. CORRETO
II) o nome se destaca apenas pelo aspecto individual, não havendo qualquer interesse do Estado em sua disciplina. (ERRADO)
III) o nome possui um aspecto público (PRIVADO), que consiste no direito ao nome, no poder reconhecer ao seu possuidor de por ele designar-se e de reprimir os abusos cometidos por terceiros. Prescreve o artigo 16 do CC que “toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome”. ERRADO
IV) A palavra “estado” provém do latim status, empregada pelos romanos para designar os vários predicados integrantes da personalidade. Constitui, assim, a soma das qualificações da pessoa na sociedade, hábeis a produzir efeitos jurídicos. O estado individual (FAMILIAR) é o que indica a sua situação na família, em relação ao matrimônio (solteiro, casado, viúvo, divorciado) e ao parentesco, por consanguinidades ou afinidade (pai, filho, irmão, sogro, cunhado). INCORRETO
ESTADO INDIVIDUAL: é o modo de ser da pessoa quanto à idade, sexo, cor, altura, saúde. Diz respeito a aspectos ou particularidades de sua constituição orgânica que exercem influência sobre a capacidade civil (homem, mulher, maioridade, menoridade).
V) As principais características ou atributos do estado são: indivisibilidade, disponibilidade e prescritibilidade. ERRADO
É correto o que se afirma em:
a) I e V.
b) II e V.
c) III e IV.
d) I, apenas.
e) V, apenas.
Gabarito: D
9ª QUESTÃO: (0,5 PONTOS)
Emancipação é a aquisição da capacidade civil antes da idade legal. Consiste na antecipação da aquisição da capacidade de fato ou de exercício (aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil). A emancipação poderá decorrer da concessão dos pais ou de sentença do juiz, bem como de determinados fatos a que a lei atribui esse efeito. De acordo com o prescrito no artigo 5º da CC, a emancipação poderá ser: voluntária, judicial e legal. 
A emancipação voluntária decorre de ato unilateral dos pais, reconhecendo ter seu filho maturidade necessária para reger sua pessoa e seus bens e não necessitar mais da proteção que o Estado oferece ao incapaz. Só pode conceder emancipação quem esteja na titularidade do poder familiar, uma vez que sua concessão é atributo deste. Não constitui direito do menor, que não tem o direito de exigi-la nem de pedi-la judicialmente, mas benesse concedida pelos genitores. A outorga do benefício deve ser feita por ambos os pais, ou por um deles na falta do outro. Se divergirem entre si, a divergência deverá ser dirimida pelo juiz, que decidirá apenas qual vontade deve prevalecer, sendo que a concessão continuará sendo dos pais, se o juiz decidir em favor da outorga.
A única hipótese de emancipação judicial, que depende de sentença do juiz, é a do menor sob tutela que já completou 16 anos de idade. Entende o legislador que tal espécie deve ser submetida ao crivo do magistrado, para evitar emancipações destinadas apenas a livrar o tutor dos ônus da tutela e prejudiciais ao menor, que se encontra sob influência daquele, nem sempre satisfeito com o encargo que lhe foi imposto. O tutor, desse modo, não pode emancipar o tutelado.
A emancipação legal decorre, como já mencionado, de determinados acontecimentos a que a lei atribui esse efeito.
A respeito do tema, assinale a opção legislativa que determina a cessação da incapacidade para os menores:
a) pelo ingresso em curso de ensino superior;
b) pela aprovação em concurso público;
c) pelo estabelecimento civil ou comercial, desde que, em função deles, o menor com quatorze anos (DEZESSEIS ANOS) completo tenha economia própria;
d) pelo casamento;
e) pela concessão dos pais, após a homologação judicial;
Gabarito: D
 
10ª QUESTÃO: (1,5 PONTOS)
A pessoa natural, para o direito, é o ser humano, enquanto sujeito destinatário de direitos e obrigações. A respeito do início da personalidade, assim prescreve o art. 2º do Código Civil de 2002: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”. Portanto, segundo a dicção legal, a personalidade é adquirida (começa) como nascimento com vida. No instante em que principia o funcionamento do aparelho cardiorrespiratório, clinicamente aferível pelo exame de docimasia hidrostática de Galeno, o recém-nascido adquire personalidade jurídica, tornando-se sujeito de direito, mesmo que venha a falecer minutos depois.
 
A respeito da aquisição da personalidade, foram desenvolvidas três teorias:a teoria natalista, a teoria da personalidade condicional e a teoria concepcionista.
Levando em consideração as informações apresentadas, explique as principais características das teorias acima identificadas, apontando qual a teoria é adotada no direito brasileiro. 
A pessoa natural, para o direito, é o ser humano, enquanto sujeito destinatário de direitos e obrigações.
A respeito do início da personalidade, assim prescreve o art. 2º do Código Civil de 2002:
“A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”.
Portanto, segundo a dicção legal, a personalidade é adquirida (começa) como nascimento com vida.
No instante em que principia o funcionamento do aparelho cardiorrespiratório, clinicamente aferível pelo exame de docimasia hidrostática de Galeno, o recém-nascido adquire personalidade jurídica, tornando-se sujeito de direito, mesmo que venha a falecer minutos depois.
Ao menos aparentemente esta teria sido a opção do legislador brasileiro, na medida em que tradicional corrente doutrinária defende a denominada teoria natalista.
c.1) Teoria Natalista:
Defende que a aquisição da personalidade opera-se a partir do nascimento com vida, motivo pelo qual o nascituro, por não ser pessoa, possuiria apenas expectativa de direito.
c.2) Teoria da personalidade condicional:
Defendem o entendimento no sentido de que o nascituro possui direitos sob condição suspensiva. 
A proteção do nascituro explica-se, pois há nele uma personalidade condicional que surge, na sua plenitude, com o nascimento com vida e se extingue no caso de não chegar o feto a viver.
c.3) Teoria Concepcionista:
A Teoria Concepcionista, influenciada pelo Direito francês, entende que o nascituro adquiriria personalidade jurídica desde a concepção, sendo, assim, considerado pessoa.
Essa linha doutrinária admite efeitos econômicos e materiais, como o direito aos alimentos, decorrente da personificação do nascituro.
Existem autores, de pensamento mais comedido, que se aproximam da teoria da personalidade condicional, pois sustentam que a personalidade do nascituro conferiria aptidão apenas para a titularidade de direitos personalíssimos (sem conteúdo patrimonial), a exemplo do direito à vida ou a uma gestação saudável, uma vez que os direitos patrimoniais estariam sujeitos ao nascimento com vida (condição suspensiva).
Tradicionalmente, a doutrina no Brasil segue a teoria natalista, embora a visão concepcionista, paulatinamente, ganhe força na jurisprudência do nosso País.

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