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Prática Simulada- caso concreto 03 - 2018

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PETIÇÃO INICIAL 
 
Aplicação Prática Teórica 
XX EXAME OAB 2016 (adaptado) 
Suzana trabalhou na residência da família Moraes de 15/06/2016 a 15/09/2016, 
data na qual teve baixa em sua CTPS. A família do ex-empregador vive em 
Natal/RN. 
Suzana foi contratada a título de experiência por 45 dias, findos os quais nada 
foi tratado e Suzana continuou trabalhando normalmente. 
Suzana realizava todas as atividades do lar, iniciando o trabalho às 7h e saindo 
às 16 h, de segunda à sexta-feira, com trinta minutos de intervalo. 
Suzana tinha descontado do seu salário 10% referente ao vale-transporte, além 
de sua cota-parte do INSS e 25% do valor da alimentação consumida no 
emprego. Suzana fazia a limpeza dos 3 banheiros existentes na residência, 
mas não recebia qualquer adicional. 
Em determinada ocasião, Suzana viajou com a família por 4 dias úteis para 
Gramado/RS. Nessa ocasião, trabalhou como babá das 8h às 17h, desfrutando 
de uma hora de almoço. 
Na data da dispensa, Suzana recebeu as seguintes verbas: férias 
proporcionais de 3/12 avos acrescidas de 1/3 e 13º salário proporcional de 4/12 
avos. 
Você foi procurado por Suzana para, na condição de advogado(a), redigir a 
peça prático - profissional pertinente em defesa dos interesses da trabalhadora, 
sem criar dados ou fatos não informados. 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA VARA FEDERAL DE 
NATAL/RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SUZANA, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., identidade nº..., 
CPF nº..., CTPS..., residente..., vem, respeitosamente perante Vossa 
Excelência por meio de seu advogado com endereço profissional ..., vem 
apresentar RECLAMAÇÃO TRABALHISTA pelo rito ordinário em face da 
FAMÍMIA MORAES, inscrita no CPF sob o nº..., com base nos fatos e 
fundamentos que passa a expor: 
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 Inicialmente requer, a concessão da gratuidade de justiça, visto que o 
Reclamante não possui condições de arcar com as custas do processo, sem 
prejuízo de seu sustento e da sua família nos termos do art. 2º, § único, da Lei 
1.060/50 c/c 790, § 3º, da CLT. 
DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA 
 Deixou o Reclamante de submeter sua lide à Comissão de Conciliação 
Prévia visto que em decisão das ADIs 2.139 e 2.160 e até mesmo do art. 5º, 
XXXV, da CRFB/88 suspendeu a obrigatoriedade da mesma. 
DOS FATOS 
 A Reclamante foi contratada no dia 15/06/2016 pela família Moraes 
como empregada doméstica. No ato da contratação foi celebrado contrato de 
experiência com prazo de 45 (quarenta e cinco) dias por tempo indeterminado. 
 Ao termo dos 45 dias a Reclamante continuou laborando normalmente à 
família sem que tenha havido qualquer prorrogação contratual. 
 A jornada de trabalho da Reclamante era de segunda a sexta-feira, das 
7h às 16h com 30 (trinta) minutos de intervalo intrajornada. 
 Por 4 (quatro) dias em viagem com a família à Gramado – RS, 
realizando serviço de babá a jornada de trabalho da Reclamante foi das 8h às 
17h com uma hora de intervalo intrajornada. 
 A Reclamante sofreu descontos no salário, sendo 10% a título de vale 
transporte e 25% a título de alimentação consumida no emprego. 
 O contrato de trabalho da Reclamante foi extinto em 15/09/2016 e na 
ocasião foram pagas as verbas rescisórias, quais sejam: férias proporcionais 
de 3/12 avos acrescidas de 1/3 e 13º salário proporcional de 4/12 avos. 
DOS FUNDAMENTOS 
DO CONTRATO – INEXISTÊNCIA DE PRORROGAÇÃO – CONVERSÃO DO 
CONTRATO POR TEMPO INDETERMINADO 
 No ato da contratação da Reclamante foi estabelecido o prazo de 
experiência de 45 dias, contudo ao término do prazo a Reclamada não realizou 
a prorrogação do prazo do contrato, o que fez com que o mesmo se 
convertesse automaticamente em contrato por prazo indeterminado, tudo nos 
termos do art. 5º, §2º, da Lei Complementar – LC nº 150/2015. 
 A Reclamada desconsiderou a indeterminação do contrato de trabalho e 
realizou o pagamento das verbas rescisórias como se o contrato efetivamente 
estivesse regimentado por termo. 
 Portanto, considerando que a Reclamada não realizou a prorrogação do 
contrato de trabalho da Reclamante, requer que o contrato seja considerado 
por tempo indeterminado, bem como que a Reclamada seja condenada ao 
pagamento das verbas inerentes a essa espécie de contrato, isto é, aviso 
prévio (30 dias) indenizado nos termos do art. 23, §1º, da LC 150/2015 e seus 
reflexos nas férias acrescidas do terço constitucional (1/12 avos) e 13º salário 
(1/12 avos). 
DAS VERBAS RESCISÓRIAS 
 Na rescisão contratual a Reclamada não efetuou o pagamento do saldo 
de salário de 15 dias, razão pela qual requer a sua condenação. 
DOS DESCONTOS INDEVIDOS 
 A Reclamada realizava dois descontos indevidos no salário da 
Reclamante. 
 O primeiro desconto contraria expressamente o previsto no art. 18, da 
LC 150/2015, isto é, mesmo com a vedação legal de descontos no salário da 
empregada doméstica a título de alimentação, a Reclamada procedia aos 
descontos de 25% no salário mensal. 
 O outro desconto referia-se ao vale-transporte que em vez de se limitar a 
6% legalmente previsto, a Reclamada descontava 10%, ou seja, a Reclamada 
violou o art. 4º, Lei 7.418/85 e descontou indevidamente 4%. 
 Desta feita, requer a condenação da Reclamada à devolução da 
alimentação equivalente a 25% do salário mensal da Reclamante, bem como a 
devolução de 4% referente ao excesso do vale-transporte descontado 
ilegalmente. 
NÃO CONCESSÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA 
 À exceção de 4 (quatro) dias em que a Reclamante viajou com a família 
empregadora e que o intervalo intrajornada foi de 1h/dia, todos os demais dias 
de prestação de serviços houve violação ao gozo de no mínimo uma hora de 
intervalo intrajornada (art. 13, da LC nº 150/2015). 
 Portanto, considerando que o intervalo intrajornada da Reclamante era 
de somente 30 minutos por dia, requer a condenação da Reclamada ao 
pagamento de uma hora de intervalo intrajornada acrescido do adicional legal, 
tudo nos termos do dispositivo legal citado e da Súmula 437, I, do TST, bem 
como o reflexo dessa rubrica no aviso prévio, férias acrescidas do terço 
constitucional, 13º salário proporcional e FGTS. 
HORAS EXTRAORDINÁRIAS 
 A jornada de trabalho da reclamante era das 7h às 16h com trinta 
minutos de intervalo para alimentação e descanso de segunda a sexta-feira. 
 Pois bem, considerando a jornada efetivamente laborava diariamente, 
conclui-se que a Reclamante tem direito a 30 minutos extras, afinal laborava 
8h30min por dia (art. 2º, caput, da LC nº 150/2015). 
 Desse modo, pugna pela condenação da Reclamada ao pagamento de 
30 minutos extras por dia e que haja o reflexo dessa rubrica no aviso prévio, 
férias acrescidas do terço constitucional e 13º salário proporcional. 
ADICIONAL DE 25% DURANTE O PERÍODO DE VIAGEM 
 A Reclamante realizou viagem de 4 (quatro) dias com a Reclamada, 
contudo durante o período não recebeu o adicional de 25% previstos no art. 11, 
§2º, da LC nº 150/2015. 
 Requer, pois, a condenação da Reclamada ao pagamento do respectivo 
acional que deverá incidir sobre as 32 horas de efetivo labor no período da 
viagem. 
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 Deve ainda considerar-se que o art. 133, da CRFB/88 preceitua que o 
advogado é indispensável à administração da justiça. 
 Ainda o art. 84, do CPC estabelece que a sentença condenará o vencido 
a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorários advocatícios. 
 Por sua vez o art. 22, da Lei 8.906/94 que disciplina o Estatuto da 
Advocacia, dispõe que a prestação de serviço profissional assegura aos 
inscritos na OAB o direito aos honoráriosconvencionados, aos fixados por 
arbitramento judicial e aos de sucumbência. 
DOS PEDIDOS 
 Diante do exposto, requer a Vossa Excelência: 
1) A concessão da gratuidade de justiça; 
2) A procedência do pedido de condenação da Reclamada ao pagamento das 
seguintes verbas: 
2.1) Que o contrato seja considerado por tempo indeterminado, bem como que 
a Reclamada seja condenada ao pagamento das verbas inerentes a essa 
espécie de contrato, isto é, aviso prévio (30 dias) indenizado nos termos do art. 
23, §1º, da LC 150/2015 e seu reflexo nas férias acrescidas do terço 
constitucional (1/12 avos) e 13º salário (1/12 avos); 
2.2) Que seja a Reclamada condenada ao pagamento do saldo de salário de 
15 dias; 
2.3) A condenação da Reclamada ao pagamento de 30 minutos extras por dia 
acrescido de 50% e que haja o reflexo dessa rubrica no aviso prévio, férias 
acrescidas do terço constitucional e 13º salário proporcional, como disposto no 
art. 2º, § 1º, da LC 150/15; 
2.4) Uma hora extra pela supressão do intervalo intrajornada acrescido de 
50%; 
2.5) A condenação da Reclamada ao pagamento do adicional de 25% previsto 
na art. 11, §2º, LC nº 150/2015 que deverá incidir sobre as 32 horas de efetivo 
labor no período da viagem; 
3) A condenação da Reclamada à devolução do valor descontado a título de 
alimentação equivalente a 25% do salário mensal da Reclamante, bem como a 
devolução de 4% referente ao excesso do vale-transporte descontado 
ilegalmente; 
4) A procedência do pedido de condenação ao pagamento de honorários 
advocatícios; 
5) A notificação da Reclamada. 
DAS PROVAS 
 Requer a produção de prova: documental, documental superveniente e o 
depoimento pessoal da Reclamada, sob pena de confissão, na amplitude do 
art. 369 do CPC. 
VALOR DA CAUSA 
 Dá à causa o valor superior a 40 salários mínimos. 
 
Pede Deferimento, 
 
Local/ data 
 
Advogado... 
OAB.../UF...

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