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DESENVOLVIMENTO MINEIRO - HISTÓRICO

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DESENVOLVIMENTO MINEIRO - HISTÓRICO
Introdução
A mineração juntamente com a agricultura é considerada a primeira empreitada do homem. Ambas, certamente, ocupam juntas a indústria primária básica da civilização. Outra forma de expressar a fundamental importância da mineração em ambas, antiga e moderna cultura é lembrar que a natureza é uma fonte limitada de recursos naturais ou caminha para gerar novas riquezas.
Desde os tempos pré-históricos, a mineração tem sido essencial para a existência do homem. Devemos entender aqui, como mineração a extração de toda substância mineral ocorrida naturalmente, na forma de sólido líquido e gás, da Terra, para propósitos utilitários. Por utilitários, podemos entender as necessidades humanas essenciais e anseios que são unicamente encontrados nos minerais através da história.
Tabela 1.1 - Uso dos minerais pelo homem
	Necessidades ou Usos
	Propósitos
	Época
	ferramentas e utensílios
	alimentação e proteção
	Pré - História
	Armas
	caça, defesa e proteção
	Pré - História
	Ornamentos e decoração
	jóias, cosméticos, tintas
	Antiguidade
	Moedas
	monetário
	Moderna
	Estruturas
	proteção, transporte
	Moderna
	Energia
	calor, eletricidade
	Média
	Máquinas
	indústria
	Moderna
	fusão nuclear
	energia, guerra
	Moderna
Muitas das idades culturais do homem estão associadas com os minerais e seus derivados. Elas incluem a idade da Pedra (4000 AC), Bronze (4000 1500 AC), idade do Ferro (1500 AC a 1780 DC), Idade do Aço (1780 a 1945) e era Nuclear (desde 1945). Não é coincidência que muitos marcos da história da humanidade, viagem de Marco Polo à China, Vasco da Gama à África e Índia, descoberta do Novo Mundo por Colombo, corrida do ouro para a Califórnia, África do Sul, Austrália, Canadá, Entradas e Bandeiras no Brasil, Alasca, foram executadas graças à procura e valor dos minerais. Pode-se também observar que os minerais mais precisamente a mineração estão associados com a ascendência de grandes civilizações. Como exemplo, temos a expansão do Império Romano até a Espanha e Inglaterra, a conquista das Americas pelos espanhóis e portugueses, a colonização da África e parte da Ásia e mais recentemente os cartéis do petróleo.
Desenvolvimento Tecnológico da Mineração
Para entender a moderna prática da indústria mineral é interessante traçar a evolução da tecnologia mineral, que tem um paralelo com a evolução e desenvolvimento da civilização.
Pode-se afirmar que a mineração iniciou-se no paleolítico a 450.000 anos atrás . De fato, não existiam dados substantivos que comprovem, mas algumas seixos tem sido encontrados com os fósseis de homens da antiga idade da pedra. Eles eram extraídos e trabalhados para as mais diversas necessidades como utensílios de caça e armas. Já no início da idade da pedra o homem começa a lavrar corpos subterrâneos em aberturas sistemáticas. mineradores subterrâneos empregavam métodos rústicos de controle em ventilação, iluminação e quebra de rocha. Minas subterrâneas atingiram profundidades de 250 metros nos tempos Egípcios. Minerais metálicos sempre atraíram a atenção do homem desde a pré - história. Inicialmente os metais foram usados na sua forma nativa, provavelmente obtidos pela lavagem de cascalhos dos rios em depósitos de pláceres. Com o advento das idades do Bronze e do Ferro, o homem descobriu a fusão, levando-o a reduzir minérios a metal nativo ou formar ligas.
O primeiro fato tecnológico notável, que mudou mineração, foi a descoberta do modo de quebrar a rocha, através de fendas ou falhas no maciço rochoso e depois como as ferramentas feitas de ossos, madeira e da própria pedra não eram suficientes para quebra da rocha, surgiu a Técnica da fratura a rocha por aquecimento, seguido de um imediato resfriamento. Nenhum outro avanço tecnológico foi de tal importância, até o uso da pólvora no século 17 
Devido a rudeza e periculosidade dos trabalhos, escravos e prisioneiros eram frequentemente empregados nos trabalhos mineiros. Os egípcios foram os primeiro a descrever atividade de mineração. Entretanto, o sucesso maior é creditado aos romanos. Usando sua famosa habilidade de colonização, os romanos estabeleceram a industria de mineração que se desenvolveu e prosperou através do império.
Um notável desenvolvimento político em 1185 ampliou a mineração e o status dos mineiros quando o bispo de Trend autorizou a mineração em seus domínios. O grande impacto gerado pela necessidade do uso dos minerais, entretanto, foi registrado pela revolução industrial. Juntamente com acrescente demanda por minerais, ocorreu um espetacular incremento na tecnologia de mineração, especialmente em conceitos científicos e mecanização, que tem continuado até os dias atuais. Estas teorias, vieram a formar a coluna vertebral da metodologia com a qual nos, subsequentemente, lidaremos.
Não é possível precisar cronológicamente todos os desenvolvimento tecnológicos da mineração, mas alguns dos mais marcantes, que tiveram impacto na indústria ou na civilização de um modo geral, são numerados na tabela 1.2. Elas culminam no lançamento da moderna mineração, para o começo do século 20, com o advento da mecanização, produção em massa, computação e questões ambientais.
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Tabela 1.2 - Desenvolvimento Cronológico da Mineração
	Data
	Evento
	450.000 AC 
	início da mineração - Paleolítico - ferramentas de pedra
	40.000 
	trabalhos subterrâneos - mina de hematita - Swaziland, África
	30.000
	potes de argila queimados, usados na Checoslováquia
	18.000 
	possível uso do ouro e cobre na forma nativa
	5.000 
	marcas de fogo usado pelos egípcios para quebra de rocha
	4.000 
	uso de metais fabricados - Idade do Bronze
	3.400 
	Primeiras anotações sobre a mineração, Egípcios no Sinai
	3.000 
	provável 1ª fundição de cobre com carvão pelos chineses.
início do uso de instrumentos de ferro pelos egípcios 
	2.000 
	conhecimento de artefatos de ouro, Peru
	1.000 
	aço usado pelos gregos
	100 DC 
	crescimento da indústria mineral no Império Romano
	122
	carvão usado pelos romanos
	1185
	autorização do Bispo de Trend para minerar em seus domínios
	1524
	primeira referência a mineração no Novo Mundo, Cuba
	1550 
	Primeiro uso de bomba de poço, Checoslováquia
	1556
	primeira publicação técnica, De Re Metallica, na Alemanha por
Georgius Agrícola
	1627
	primeiro explosivo usado em minas da Europa, Hungria
( possível primeiro uso na China ) 
	1700
	Descoberta de ouro nas Minas Gerais - Ouro Preto, Sabará, Mariana pelos bandeirantes
	1716
	primeira Escola de Minas, Checoslováquia
	1780
	início da Revolução Industrial,
	1800 
	Corrida do Ouro na Califórnia
	1815
	Humphrey Davy inventa lâmpada de segurança na Inglaterra
	1867
	invenção da Dinamite, por Nobel
	1903
	era da mecanização e produção em massa
Estágios na vida da mina
A sequência das atividades envolvidas numa mineração moderna é frequentemente comparado aos estágios da vida de uma mina. Estes são quatro: prospecção, exploração, desenvolvimento e explotação. Prospecção e exploração, para a mineração atual são ligadas e algumas vezes combinadas. Geólogos e engenheiros de minas dividem responsabilidades para com esses dois estágios. Do mesmo modo, desenvolvimento e exploração são intimamente relacionados, sendo usualmente considerados constituir a mineração propriamente dita e são a principal ocupação do engenheiro de minas. 
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Tabela 1.3 - Estágios na vida de uma mina
	estágio / nome projeto
	procedimento 
	duração (anos)
	custo / custo unitário (US$)
	Prospecção
	a- prospecção por métodos diretos: físicos, geológicos
	1 - 3 anos
	1 - 5 milhões ou 2 - 50 cent./t
	
	b- fotografias aéreas, mapas, geofísica satélites e subterrânea, análise etc.
	
	
	Exploração
	definição do valor e extensão do minério
	2 - 5
	0,5 -10 milhões ou 10 cent. - $1/t
	
	a- amostragem
	
	
	
	b- reserva e teor
	
	
	
	c- avaliação do depósito
	
	
	
	tomada de decisão
	
	
	Desenvolvimento
	preparação para lavra
	2 - 5
	10 a 250 milhões
ou 25 cent. - $5/t
	
	a- aquisição dos direitos de lavra
	
	
	
	b- EIA e estudos tecnológicos
	
	
	
	c- abertura de acessos, sistemas de transporte
	
	
	
	d- localização da usina de tratamento, pilhas de estéril, barragens de rejeito etc.
	
	
	Explotação 
	produção
	10 - 30 
	5 - 50 milhões/ a ou 1,8 - $90/t
	
	a- método de lavra - fatores
	
	
	
	b- métodos de lavra - tipos
	
	
	Fechamento da mina
	trabalhos de recuperação da área degradada, uso futuro da área, revegetação
	????
	??????????????????
DESENVOLVIMENTO MINEIRO
Define-se como trabalho de abertura de uma jazida, para as atividades de lavra. Desta forma o acesso a jazida precisa ser obtido pelo descapeamento, ou seja, retirada o solo ou rocha de cobertura, para expor o minério próximo da superfície para a lavra a céu aberto, ou pela escavação de aberturas da superfície para a profundidade em depósitos profundos para serem lavrados por métodos subterrâneos. 
Em ambos os casos, certos trabalhos de desenvolvimento preliminares, tais como aquisição de direitos minerários e financiamento, provisão de estradas de acesso e outros transportes, fontes de energia, manuseio do minério, instalações de tratamento, depósito de estéril (eis) e barragens de rejeitos etc., precisam preceder, ou caminhar paralelamente à lavra. O descapeamento, tem um ciclo de operações para desmonte e manuseio do estéril, idêntico ao empregado nas operações de lavra propriamente dito. Considerações econômicas determinam a relação estéril / minério.
O desenvolvimento para lavra subterrânea é geralmente mais complexo e caro. Requer um cuidadoso planejamento e projeto dos acessos, segurança e estabilidade. A abertura principal para a superfície é, geralmente, através de shafts, que podem ser de seção circular ou retangular, verticais ou inclinados, e de tamanho suficiente para permitir a passagem de homens e equipamentos e minério. Em terrenos acidentados, aberturas horizontais denominadas áditos ou túneis, podem ser usados para atingir o corpo do minério. 
Pela definição, a etapa de desenvolvimento antecede à explotação, entretanto, esta divisão não é cronológicamente definida, sendo o desenvolvimento realmente concluído somente quando a jazida é exaurida ou fechada. As razões pelas quais desenvolvimento e lavra caminham em sequência mas sobrepondo-se, são de natureza administrativa e tecnológica. (1) O investimento para desenvolvimento é muito grande para ser realizado por inteiro, de uma só vez, sem retorno financeiro e (2) é impossível desenvolver completamente uma mina, sem executar a lavra em determinados pontos. Da mesma forma como a pesquisa continua durante a lavra, o desenvolvimento ocorre concomitantemente com esta. A tese de um limitado desenvolvimento, a despeito da lavra, é amplamente defendida na mineração. Há um argumento contrário, que advoga a favor do máximo desenvolvimento antes da primeira produção, visto que para uma eficiente produção uma jazida requer que todos os acessos e instalações superficiais estejam preparadas antes que algum minério seja produzido. Muitos equívocos em projetos mineiros remontam da pressa e avareza na explotação de uma jazida. Desta forma, uma regra do desenvolvimento é que uma satisfatória locação de capital de trabalho seja designada para este propósito, de modo a permitir que um máximo de desenvolvimento antes do início da lavra. Em termos de engenharia é o mesmo que dizer que uma ótima taxa de desenvolvimento - explotação para maximizar o lucro total, precisa ser determinado para cada novo projeto mineiro. Outra regra estabelece que o desenvolvimento deve ser executado para acessar a máxima quantidade de minério, para um mínimo de desenvolvimento de aberturas. Uma exceção à regra ocorre em minas lavradas pelo método de câmaras e pilares, comumente usadas para carvão e não metálicos, onde o desenvolvimento de aberturas, assemelha-se às aberturas para explotação, porém com um custo maior.
Desenvolvimento - Conceitos Gerais 
Do ponto de vista físico da abertura de uma mina, o principal propósito do desenvolvimento é prover acesso à jazida, permitindo a entrada de mineiros, equipamentos, suplementos, energia, ventilação e saída de minério e estéril produzido. Antes do início da fase de explotação, o desenvolvimento é limitado, tanto quanto possível, à construção de aberturas primárias ou principais. Na lavra a céu aberto, o acesso ao minério coberto pelo estéril ou solo de superfície, é obtido pelo decapeamento. Em minas subterrâneas, aberturas de pequeno tamanho são feitas a partir da superfície para interceptar o corpo de minério e eventualmente conectá-los com grandes aberturas de explotação. Outras atividades relacionadas ao desenvolvimento são trabalhos preparatórios, estruturas, pessoal e serviços que suportam a lavra e, usualmente, as funções de processamento.
Fatores Influenciantes no Desenvolvimento Mineiro
Após a fase de exploração, uma série de fatores vêem influenciar no desenvolvimento de uma mina, sendo organizados em três categorias.
Localização 
Minerações são abertas onde existe uma jazida, e nem sempre isso é um ítem vantajoso. Poucos , por exemplo, estão idealmente localizados do ponto de vista econômico, outros com relação a fontes de insumos ou mercado. Desta forma, a geografia exerce uma forte influência na abertura de uma mina. Entre os efeitos da localização temos:
1 - Facilidade de transporte do produto para o mercado consumidor e insumos para a mina;
2 - Disponibilidade de mão de obra qualificada e serviços de suporte (moradia, educação, lazer, saúde etc.);
3 - impactos operacionais e psicológicos das condições climáticas;
Reconhecendo que estes fatores são nativos, um adequado gerenciamento deve compensar as Desvantagens da localização, como por exemplo de fornecimento de benefícios e vantagens aos funcionários etc.
Fatores Geológicos e Naturais
A natureza e os processos geológicos combinam para governar o aspecto chave de um desenvolvimento mineiro, especialmente com relação a abertura de acessos e locação de instalações de superfície. Vários fatores são apresentados aqui, entre eles:
topografia e tipo de solo;
relação espacial - tamanho, forma, atitude etc. da jazida, incluindo profundidade;
considerações geológicas ( mineralogia, petrografia, estrutura, gênese, gradiente de temperatura, presença de água etc.)
propriedades mecânicas das rochas (resistência, elasticidade, plasticidade, dureza, abrasividade etc.);
propriedades química e metalúrgica do minério. 
Estes fatores exercem também uma forte influência na seleção do método de lavra
Fatores Sociais - Econômicos - Políticos e Ambientais
Fortemente relacionados a fatores externos, estes fatores exercem grande influência no desenvolvimento e operação da mina. São, de certo modo, difíceis de quantificar, entre eles:
características demográficas e ocupacionais da população local (força de trabalho);
mercado ( determina a escala de produção, continuidade da operação etc.);
estabilidade política;
legislação ambiental;
outras restrições governamentais aplicadas à indústria mineral
Sequência de Desenvolvimento
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Adoção do plano de aproveitamento econômico como documento, sujeito à modificação com o progresso do desenvolvimento;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Confirmação do método e plano geral de lavra,
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Financiamento, baseado nos custos estimados do plano de aproveitamento econômico;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Aquisição da terra e dos direitos minerários, quando necessário;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Elaboração dos Estudos de ImpactosAmbientais (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA);
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Obtenção da licença dos orgãos ambiental e mineral;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Provisão dos acessos de superfície, transporte, comunicação e energia;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Planejamento e construção da usina, incluindo todas as instalações de apoio técnico e administrativo;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Planejamento e construção do depósito de estéril e barragem de rejeitos;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Seleção dos equipamentos para desenvolvimento e lavra;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Construção dos acessos e aberturas principais para o minério;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Recrutamento e seleção da força de trabalho
Fechamento da mina
Escolha entre Lavra a Céu Aberto e Lavra Subterrânea
Uma série de fatores devem ser considerados na escolha entre os métodos a céu aberto e métodos subterrâneos. A seguir são descritos alguns destes fatores:
Produção
Diferentes métodos de lavra são usados para diferentes bens minerais. Por exemplo, ferro, cobre , fosfato, manganês, bauxita etc, são, principalmente, lavrados por métodos a céu aberto, enquanto que ouro, níquel, zinco, etc. , são, frequentemente, lavrados por métodos subterrâneos. A tabela II apresenta o nº de minas nos países capitalistas que produzem mais que 150.000 t/ano de minério (excluído carvão). A tabela II cobre cerca de 90% das minas em produção no mundo que aumentaram de 1900 x106 t/a para 2500 x 106 t/ano durante o período de 1968 a 1977.
A tabela II mostra que o acréscimo na produção das minas não é devido a um acréscimo no nº de minas, mas sim devido a acréscimo no tamanho da minas. O nº de grandes minas aumentou, enquanto que durante o mesmo período o número de minas de tamanho médio e pequeno permaneceu constante ou declinou um pouco. Existem duas razões para o aumento das minas a céu aberto. A primeira é que uma grande parte do aumento de produção vem de novas minas especialmente de países desenvolvidos, onde há um aumento na taxa de produção das minas a céu aberto. A segunda razão é que os métodos a céu aberto são considerados mais vantajosos que os subterrâneos em termos de recuperação, controle de teor, economicidade, flexibilidade, segurança e ambiente de trabalho.
Desenvolvimento da Produtividade
O rápido desenvolvimento tecnológico durante as últimas décadas resultou num considerável acréscimo da produtividade. Esta produtividade é maior em grandes minas que em pequenas minas e muito maior em minas a céu aberto que em minas subterrâneas. Numa mina a céu aberto existem menos restrições na introdução de grandes equipamentos com alta capacidade, enquanto que em algumas minas subterrâneas é limitado devido devido a trabalhos em locais estreitos ou de pouca espessura ( veios).
Custos de Desenvolvimento
Normalmente os custos para lavra a céu aberto são muito menores que os custos para lavra subterrânea. A exata relação da quantidade de estéril que precisa ser removida no método a céu aberto, do método de lavra subterrânea a ser empregado, etc.
A alta produtividade dos equipamentos a céu aberto implicam em baixos custos. O maior nº de minas a céu aberto e a maior quantidade de minério extraído, possibilitam a fabricação de um maior nº de equipamentos, reduzindo os custos de produção. Também o mercado para equipamentos de lavra a céu aberto é grande, visto que estes equipamentos, em geral, podem ser usados para outros propósitos, como por exemplo, abertura de estradas, construção de hidroelétricas, etc. Um exemplo, apesar que em ordem inversa, foi a compra dos caminhões de 120 t utilizados na construção de Itaípu, pela Fosfértil.
Por certo os custos de lavra são diferentes em diferentes minas, dependendo do método de lavra, tipo de minério, etc. Na tabela III há uma comparação hipotética de uma mina a céu aberto com uma produção anual de 6,5 milhões de t/ano de minério e aproximadamente a mesma quantidade de estéril, e uma mina subterrânea com 2 milhões de t/ano de minério e método de lavra por câmara e pilares. Pode-se observar que pela tabela III, que os custos subterrâneos são maiores que os custos a céu aberto. Os baixos custos dos métodos a céu aberto possibilitam a lavra de partes do minério que não seriam apropriados para a lavra subterrânea e um menor teor de corte que os praticados por métodos subterrâneos. 
Apesar da taxa de desenvolvimento da produtividade ter sido satisfatória para métodos subterrâneos, considera-se geralmente que os custos de lavra aumentam mais rapidamente nos métodos subterrâneos que nos a céu aberto. Existem duas razões para isto. Primeiro, é possível aumentar a produção, mais em minas a céu aberto que em minas subterrâneas e o equipamento necessário em minas subterrâneas para um aumento de produção é mais caro em termos de capacidade unitária que um correspondente equipamento de lavra a céu aberto.
Riscos de Acidentes
Um importante fator diz respeito ao risco de ao risco de acidentes em mineração. Para o mineiro, a frequência de acidentes por hora trabalhada é de grande importância. a figura abaixo mostra a frequência de acidentes por 100.000 h trabalhadas em minas a céu aberto e subterrânea na Suécia. Pela figura as minas a céu aberto são mais apropriadas, ou seja, apresentam um menor nº de acidentes. Entretanto, para uma empresa de mineração como um todo, a frequência de acidentes por tonelada de minério produzido é de maior interesse. Deste ponto de vista os métodos subterrâneos são menos favoráveis. Em adição os acidentes em minas subterrâneas tendem a ser mais sérios que os a céu aberto.
Demanda de Energia
A energia nas minas é necessária nas etapas de furação desmonte, carregamento, britagem primária, transporte de material para a superfície, ventilação e bombeamento. Algumas vezes (especialmente em minas subterrâneas e em algumas minas a céu aberto em cava profunda) o minério é no interior de modo a reduzir custos de transporte. A tabela IV, resume o consumo de energia elétrica e óleo combustível nas minas.
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Problemas Ambientais
Em minas a céu aberto, tanto homens quanto equipamentos são diretamente afetadas pelas variações climáticas. Em minas subterrâneas existem problemas de ventilação, explosão, queima de combustíveis, poeira, emissão de rádio, umidade, e uma rejeição humana geral por trabalhos subterrâneos. A demanda para um aumento do ambiente subterrâneo é crescente. 
A lavra a céu aberto, entretanto, afeta consideravelmente o ambiente vizinho. O estéril e os rejeitos gerados devem ser locados em algum lugar. Para um engenheiro de minas uma cava, um depósito de estéril etc., podem ser muito bonito, mas o mesmo não é para as pessoas de um modo geral. Discussões sobre o ambiente afetam principalmente novas minas e são mais intensas e restritivas em áreas onde a população não é utilizada nas atividades de lavra, ou seja, não depende economicamente da mineração.
Zonas de Segurança
Em minerações próximas a centros urbanos, por exemplo existem delimitações de uma zona de segurança, principalmente devido ao potencial de perigo da detonações. Minas subterrâneas, a despeito da subsidência, apresentam neste caso maiores vantagens que as minas a céu aberto.
Perdas de Minério
As perdas de minério em minas subterrâneas são geralmente maiores que em minas a céu aberto. Em minas a céu aberto é possível recuperar 90 a 95% do minério, sendo o resto, em geral, transportado para o depósito de estéril. As perdas de minério em lavra subterrânea dependem do método utilizado e dos custos associados com a recuperação do minério adicional. Métodos de corte e enchimento (cut-and-fill) frequentemente possibilitam pouca perda de minério, enquanto que câmaras e pilares, frequentemente implicam em 40% de perda de minério.
Fatores Psicológicos
Muito frequentemente decisões e desenvolvimento tecnológicos são controlados por fatores subjetivos. Mineraçõesa céu aberto dão uma impressão de ordem , flexibilidade e produtividade. Isto em geral, é mais difícil de se ver em atividades subterrâneas. Neste ponto a lavra a céu aberto é mais favorável. É comum encontrarmos uma quantidade de atitudes negativas em termos de lavra subterrânea.
Principais Vantagens e Desvantagens da Lavra a Céu Aberto e Subterrânea
Custo de Lavra - Exceto em casos raros, os custos relativos são significativamente mais baixos na lavra a céu aberto.
Taxa de Produção - todos os métodos de lavra a céu aberto (exceto pedreiras), a taxa de produção é de moderada a alta. Em minas subterrâneas de baixa a moderada (exceto para caving e métodos sem suporte).
Produtividade - Métodos a céu aberto são mais produtivos que os subterrâneos.
Investimento de Capital - Geralmente grandes para lavra a céu aberto, porém maiores para lavra subterrânea. Equipamentos de superfície são geralmente mais caros, entretanto o desenvolvimento subterrâneos é mais caro.
Taxa de Desenvolvimento - Mais rápida para lavra a céu aberto.
Profundidade - limitada para lavra a céu aberto, limitada para métodos subterrâneos sem suporte, ilimitada para com suporte.
Seletividade - Geralmente baixa para lavra a céu aberto, variável para subterrânea.
Recuperação - Geralmente alta para lavra a céu aberto, variável para subterrânea.
Diluição - Geralmente menor para subterrânea, exceto para caving 
Flexibilidade - subterrânea tende a oferecer mais flexibilidade que a céu aberto, embora a lavra a céu aberto possa ser mais adaptável a mudanças.
Estabilidade das Aberturas - Geralmente maior para céu aberto; mais difíceis de obter e manter em lavra subterrânea.
Riscos Ambientais - Substancialmente maiores para lavra a céu aberto.
Disposição de Estéril - Pode ser um problema maior para lavra a céu aberto que para subterrânea.
Saúde e Segurança - Amplamente superior para lavra a céu aberto.
PLANEJAMENTO E DESIGN DO PIT (CAVA)
Uma das mais difíceis tarefas no desenvolvimento de uma mina a céu aberto é o design ou projeto do pit final. Em geral existem três grupos de fatores envolvidos (Soderberg and Rausch, 1968; Atkinson,1983).
Fatores geológicos e naturais: condições geológicas, tipos de minérios, condições hidrológicas, topografia e características metalúrgicas do minério;
Fatores econômicos : teor do minério, reserva de minério, relação estéril/minério, teor de corte, custos operacionais, custo do investimento (taxas de juros), lucro desejado, taxa de produção e condições do mercado;
Fatores tecnológicos : Equipamentos, talude do pit, altura do banco, grade da estrada, limites de propriedade, limites do pit.
ABERTURA DE ACESSOS - LAVRA A CÉU ABERTO
Introdução
A mineração a céu aberto requer, no mínimo, uma via ou mais, dependendo da configuração do corpo, para lavrar o depósito até a profundidade do pit final. Em geral, existem três considerações a serem tomadas na construção de uma estrada final. Estes fatores são o grade (inclinação ou rampa), a largura e a locação.
O grade ou inclinação é melhor determinado através de gráficos de desempenho dos caminhões com respeito a velocidade e freagem. Como regra geral, o melhor grade está na faixa de 8 a 12%, que é a taxa normal permitida para resistência a rolagem. Em condições climáticas severas (neve, chuvas) a tendência é pela redução da inclinação.
A largura da estrada é determinada elo tipo de transporte selecionado. A regra geral é projetar estradas com largura não inferior a 31/2 a largura da unidade de transporte. Este valor deve ser levemente acrescido nas curvas. Outros detalhes como características do material transportado, canaletas, bueiros, valetas, super elevação etc, devem seguir os padrões normais de construção de estradas.
A locação da estrada final é talvez a tarefa mais difícil. Existem dois aspectos a serem considerados. O primeiro é o tempo no qual a estrada será locada. Idealmente, deve ser locada tão logo quanto possível, de modo a evitar construções temporárias. A estrada final irá, certamente, delimitar o limite do banco em cada horizonte, com o progresso da lavra até atingir a profundidade final do pit. 
Na figura a seguir é visto que uma maior quantidade de estéril precisa ser removida capa, banco por banco, para expor a parede do pit final. Pode-se observar, que a remoção de estéril, banco a banco, até o limite final do pit é contrário a prática econômica mineira. Neste caso particular, a remoção de estéril na capa, torna-se menor e a prática normal deve ser removê-la até o limite final do pit em bancos conforme o avanço em profundidade. Portanto a lógica locação da estrada deverá ser estabelecida imediatamente para permitir o progresso da lavra. Se o acesso ao pit é feito na capa, então várias estradas temporárias deverão ser requeridas ou um considerável descapeamento ou remoção de estéril deverá ser executado para locar a estrada final nas vizinhanças da capa com o pit final. 
O segundo aspecto na locação da estrada final é estabelecer a posição desta relativa ao contato estéril/minério. A largura da estrada normalmente excede a largura da berma final e consequentemente se a estrada é para ser posicionada de tal forma que nenhuma porção do minério seja abandonado, então uma remoção adicional de estéril é necessário. De fato, a estrada precisa ser posicionada baseada na condição de que o minério representa o lucro da operação e o estéril um ítem de custo. Através de métodos de tentativas e erros ou computacionais, é possível determinar a posição ótima de locação da estrada no contato estéril/minério. Existe um limite ótimo ou relação estéril/minério, que pode ser considerada tolerável para o posicionamento da estrada.
Objetivos do projeto (design) de estradas
Boas estradas de rodagem são um dos mais importantes requerimentos na prática de minas a céu aberto, e seu lay-out constitui uma importante tarefa. Uma estrada deve ser projetada num local que permita a remoção de material ao longo de uma curta e rápida rota no pit. A estrada, teoricamente ideal, para remoção de "x" toneladas de material de um certo nível dentro do pit, será a estrada que inicia no centro de gravidade do volume a ser removido, e eleva imediatamente e continuamente para um máximo gradiente aceitável, até atingir a borda do pit. É claro, ser economicamente inviável um grande número de estradas no pit. Os principais objetivos do projeto de estradas para minas a céu aberto são:
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Eficiência das operações mineiras;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Segurança
Fatores a serem considerados no design de estradas em minas a céu aberto
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Custo mínimo para transporte de minério e estéril para fora do Pit, ao longo da vida útil da mina;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Mínimo de tráfego, máxima segurança e rápido acesso para as operações mineiras;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Restrições à áreas de instabilidade de taludes;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Vida útil longa da estrada. Isto implica na redução dos custos de construção, operação e demanda de material para construção
Outros fatores incluem a localização do corpo de minério, usina de tratamento, pátio de estocagem, depósito de estéril, restrições ambientais etc. Todos estes fatores têm direta relação com o Lay-out, geometria e materiais de construção da estrada
Seleção do lay-out da estrada
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Características físicas do depósito. Ex. depósitos em estratos SYMBOL 240 \f "Wingdings" Zig - zag
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Tamanho do Pit e distância de transporte. Ex. grande Pit e distância SYMBOL 240 \f "Wingdings"Espiral
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Áreas com potencial de instabilidade de taludes. Ex. evitar espiral
Geometria das estradas
É claro, ser economicamente inviável um grande número de estradas no pit. Na prática é adotadoum número mínimo de estradas para reduzir custos de rodagem, execução e manutenção. portanto é comum ter um ou dois sistemas de rampas principais, das quais cada banco é acessado para lavra. É recomendável, sempre que possível, que dois acesso sejam projetados para alguma área da mina, de modo a evitar paradas de produção, quando um acesso e interrompido.
Estradas em Pit em geral são construidas em linha única e única direção de tráfego, ou duas linhas e duas direções de tráfego, visando uma baixa densidade de tráfego e ou devido a problemas de espaço. 
O nº de linhas pode ser determinado pela expressão:
 
�
onde n = número de linhas por única direção de viagem
 v = velocidade Km/h
 T = densidade de tráfego (veículos/hora)
 db= distância segura entre caminhões
 
A distância segura entre caminhões dependerá do tempo de reação do motorista (usualmente 2,0s)
�
onde :
 db = distância segura
 Ct = coeficiente de adesão (menos que 1 unidade)
 i = inclinação ( expressa em fração )
 2,0 = tempo de reação do motorista ( usualmente 2,0 s)
 5,0 = distância permitida
Largura da estrada
Tabela I - Largura mínima da estrada
	Nº de linhas
	x largura máx. do veículo
	1
	2
	2
	3.5
	3
	5
	4
	6.5
Super Elevação
Existem limitações práticas a super elevação das estradas em minas, visto que os caminhões trafegam a baixas velocidades nas curvas acentuadas causando :
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	sobrecarga no lado interno dos pneus;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	em áreas de gelo, neve e chuvas intensas os caminhões tendem a deslizar para dentro da curva
Tabela II - Taxas de Super - elevação
	Vel. do caminhão (Km/h)
	15
	25
	35
	40
	50
	> 60
	Raio (m)
	
	
	
	
	
	
	< 15
	40
	40
	
	
	
	
	30
	40
	40
	40
	
	
	
	50
	40
	40
	40
	50
	
	
	75
	40
	40
	40
	40
	60
	
	100
	40
	40
	40
	40
	50
	60
	200
	40
	40
	40
	40
	40
	50
	300
	40
	40
	40
	40
	40
	60
�
Um método alternativo cálculo da super elevação das estradas é dado pela equação:
 2
�
onde: 
e = super elevação, mm
S = velocidade, km/h
R = raio interno da curva, m
Em condições razoávelmente secas, e, pode ter um valor máximo de 90 mm/m, entretanto onde a estrada está sujeita ao gelo, neve ou lama, o valor de e, não deve exceder a 60 mm/m. Em circustâncias totalmente adversas o máximo valor de e deve ser inserido na equação acima e o valor da velocidade máxima permitida deve ser calculada
Gradientes
O gradiente máximo pode ser estabelecido entre 10 e 15% ( 6 a 8,5º), entretanto quando considerado o fator economia de devido ao tranporte ascendente e a segurança do transporte descendente, o gradiente máximo para muitas situações é em torno de 8,5% (4,5º). Por razões de segurança e drenagem a cada 500 ou 600m de gradiente severo, deve-se incluir seções de 50 m com gradientes de 2% (1º).
Estradas ou vias de acesso são um dos mais importantes fatores no planejamento da Cava. Sua presença deve ser incluída na fase inicial do processo de planejamento, visto que elas podem afetar significativamente o talude geral e este tem um importante efeito na reserva. De um modo geral o ângulo de talude geral podem ser definidos anteriormente à inclusão das estradas, no caso de um design preliminar da cava. Entretanto, a introdução das estradas numa etapa posterior pode significar uma grande remoção de estéril não planejada ou a perda de alguma parte da jazida computada. Por outro lado, um talude mais suave pode ser adotado inicialmente, o qual inclui uma estrada. Entretanto, esta atitude poderá implicar numa remoção de estéril além da necessária.
Atualmente, a utilização de caminhões, os quais apresentam grande flexibilidade e habilidade, tem suplantado as dificuldades resultantes de um inadequado ou mal planejamento das cavas. Entretanto, como as cavas tendem a ser mais profundas e as pressões para corte dos custos é crescente, a abertura de vias de acesso certamente exigirá mais atenção dos engenheiros de minas envolvidos no planejamento das cavas (pits)
Existem importantes questões que precisam ser respondidas quando da locação de estradas em mineração ou na Cava (Pit), entre elas:
A primeira decisão a ser tomada é onde será a saída ou saídas da estrada na cava. Isto dependerá da localização do britador primário e do depósito de estéril.
Deverá haver mais de um acesso? Mais de um acesso certamente permitirá maior flexibilidade de operação, mas o custo de decapeamento adicional pode ser alto.
A(s) estrada(s) serão externas ou internas às paredes da cava? Ela(s) será(ão) temporária(s) ou semi-permanente(s) ?
A estrada será em espiral ao redor da cava?......
Quantas linhas a estrada terá? A regra geral para duas direções de tráfico é: Largura da estrada ( 4 x largura do caminhão. A adição de uma linha extra para aumentar a velocidade de tráfico e portanto a produtividade implicará também num acréscimo do custo de decapeamento.
Qual será a inclinação (grade) da estrada? Um número de minas operam com uma inclinação de 10% (ascendente ou descendente). Uma inclinação de 8% é preferível visto que ele ....
Qual deverá ser a direção do tráfego?
Esboço de uma Rampa em Espiral dentro da Cava (Pit)
A adição de uma estrada na cava envolve a movimentação da parede desta e, portanto, a perda de algum material (geralmente minério). Já, quando a adição da estrada é do lado externo dos limites da cava, ocorre um incremento do material (geralmente estéril). O exemplo a seguir considera o primeiro caso, ou seja dentro dos limites da cava. A cava consiste de quatro bancos cujas cristas são mostradas na figura 1. As cristas e os pés são mostradas na figura 2. A dimensão, crista à crista, corresponde a 18 metros, a altura do banco é de 9 metros e a largura da estrada a 27 metros e uma inclinação de 10%. A estrada será locada ao norte da parede da cava. A face do banco tem um talude de 56º.
Etapa de Construção
Etapa 1- O projeto deste tipo de estrada começa pela base. A rampa descerá para os níveis inferiores ao longo das paredes Norte e Este. O ponto A é selecionado conforme a figura 3.
Etapa 2 - O local onde a rampa encontra a crista do banco superior é determinado considerando-se a altura do banco (h) e a inclinação (i%) da rampa. A distância horizontal (l) a ser percorrida pelo caminhão até o próximo nível será :
�
O ponto b na crista do próximo banco superior é locado através de uma régua ou compasso. Os pontos c e D são locados de forma similar.
Etapa 3 - Os seguimentos da estrada com base na sua linha de centro, comprimento aparente (la) é maior que o seguimento crista a crista (lc). O ângulo ( que a estrada faz com a linha da crista é:
�
onde d = distância entre os níveis
então o comprimento aparente é dado pela expressão:
�
Como la ( lc, na prática considera-se lc=la=l. Desta forma linhas de comprimento l, perpendiculares aos pontos marcados anteriormente nas cristas, são tracejadas paralelas às cristas, conforme a figura 4.
Etapa 4 - A linha a - a’ é estendida para oeste da cava. Primeiramente ela é traçada paralela à crista superior e depois como as linhas da cava descrevem uma curva, a linha a - a’, fará um transição com a linha da crista original, conforme figura 5. O projetista, em geral, tem alguma flexibilidade para decidir como esta transição ocorrerá. Uma vez esta transição ter sido feita, as demais linhas serão traçadas paralelas à primeira.
Etapa 5 - As linhas externas da cava original são removidas, As linhas da crista resultante com a rampa incluída são mostradas na figura 6.
Etapa 6 - A rampa é estendida da crista do bancomais baixo até o fundo da cava. As linhas do pé dos bancos são adicionadas para auxiliar o processo, Figura 7. Na figura 8 os taludes dos bancos são tracejados para facilitar a visualização. Os cortes da estrada são mostrados nas linhas da crista.
Rampa em Espiral - fora dos limites originais da Cava (Pit)
Etapa 1 - O processo de abertura da estrada começa na crista do banco superior, figura 1. 
Etapa 2 - A partir da interseção do comprimento de arco da crista, pontos A,B,C e D, linhas de comprimento aparente, correspondente à largura da estrada são traçadas perpendiculares às respectivas linhas de crista. Em seguida uma linha paralela à crista e na direção da rampa, taçada à partir da extremidade da linha correspondente à largura da estrada, figura 2.
�
Etapas 3 e 4 - À partir da crista do banco inferior, uma linha curva é traçada de modo à conectar a nova crista à original (velha). As porções restantes da nova crista, são traçadas paralelas à primeira crista (banco inferior), figura 3.
Etapa 5 - Remoção das linhas estranhas ao novo design, figura 4.
Etapa 6 - Os pés dos bancos são adicionados e a rampa é extendida até o fundo da cava.
�
Seleção de Equipamentos de lavra
Princípios Fundamentais
O principal objetivo na seleção de equipamentos é o de assegurar, na medida do possível, que a mina seja provida de recursos para capacitá-la a fornecer minério da melhor qualidade, a um baixo custo por tonelada, para a usina de tratamento por um longo e contínuo período.
A seleção de equipamentos de mineração é um dos fatores de primordial importância nas etapas de transformação da lavra de um bem mineral numa operação econômica. Deste modo, a seleção dos equipamentos deve ser tratada com muito cuidado, visto que decisões incorretas nesta etapa podem prejudicar muitas ou todas as vantagens de um cuidadoso projeto e planejamento da ótima geometria do pit e estabilidade dos taludes.
De um modo geral, o processo de seleção pode ser dividido nos seguintes estágios :
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Tipo de equipamento exigido;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Tamanho e/ ou número de equipamentos;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Tipo específico do equipamento;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Especificações dos equipamentos ( desempenho, manutenção)
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Seleção dos fabricantes ou fornecedores
Requerimento Geral
Para se chegar a conclusão da 1ª etapa na seleção de equipamentos de lavra, um grande número de informações sobre a jazida, o esboço do pit e operações devem ser conhecidas. Com relação ao corpo do minério e usina de tratamento, faz-se necessário conhecer o tipo de processo utilizado, a massa de minério a ser tratada por dia, por hora, o grau de controle de qualidade requerido para a alimentação da usina.
Os fatores que dizem respeito ao minério e precisam ser conhecidos são:
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	A taxa alimentação de minério, requerida e permitida, pela usina, por carregamento individual, por hora, por turno, por dia etc.;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	A blendagem requerida para controle do teor do minério ou balanço dos constituintes do mesmo;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Tipo de segregação requerida para evitar misturas indesejáveis;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	A rota e a distância percorrida pelo minério;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	A diferença de cota entre o ponto de carregamento e o ponto de descarga do minério;
No caso do estéril o problema é de certo modo mais simples, entretanto deve-se saber:
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	A relação estéril/minério;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	A forma como o estéril ocorre no jazimento, se externo ou sobre o corpo, se intercalado etc.
Deve-se conhecer, ainda, a natureza física do minério e estéril, tais como, densidade in situ e empolada, compactibilidade, umidade, dureza, abrasividade, grau de fragmentação, resistência à compressão etc.
Em geral os equipamentos de lavra estarão envolvidos nas atividades de desmonte, carregamento e transporte do minério e estéril da mina.
Tamanho e/ou número de equipamentos
Duas questões são primordiais
1 - Qual o número ideal de cada tipo de equipamento ?
Como exemplo, o seguinte pode ser sugerido como considerações preliminares no esforço de minimizar a quantidade de equipamentos:
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Uma perfuratriz para cada escavadeira;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Uma escavadeira para cada tipo de material, isto é, uma para minério e outra para estéril;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Três ou quatro caminhões para cada escavadeira.
Entretanto, existem numerosos fatores a serem considerados em cada caso, como por exemplo :
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	É possível reduzir o número de perfuratrizes se um máquina de capacidade suficientemente alta e de alta mobilidade é adotada;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Mais carregadeiras podem ser necessárias, se é exigido blendagem ou segregação;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	O número de caminhões é usualmente ditado pela distância de transporte, e, idealmente, nem deve um caminhão esperar para ser carregado, nem deve uma escavadeira esperar por um caminhão vazio.
2 - Qual o tamanho ideal do equipamento ?
Seguindo a premissa de que os custos operacionais são altos e que continuarão a subir e que equipamentos para uma adequada operação são escassos e serão mais ainda no futuro, todo o esforço deve ser feito para maximizar o tamanho do equipamento. É significante observar que embora haja uma grande diferença no investimento inicial, os trabalhos de operação e manutenção requeridos, são aproximadamente os mesmos para diferentes tamanhos de um mesmo equipamento, como por exemplo :
escavadeiras de 4 1/2 jc e 15 jc
caminhões de 25 e 100 t
Tipo Específico de Equipamento 
Nesta fase de seleção de equipamentos de lavra , a experiência é de suma importância, sob todos os aspectos. Especificações de fabricantes serão de muita utilidade , mas devem ser usadas prudentemente. Por outro lado, certos detalhes técnicos e dados de desempenho dos equipamentos somente serão encontrados nos impressos dos fabricantes.
Descrição Detalhada das Especificações dos Equipamentos 
O objetivo da descrição detalhada das especificações é assegurar:
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Que o equipamento cotado corresponderá àquele necessário e desempenhará a função desejada;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Que as proposições e especificações fornecidas pelos fornecedores ou fabricantes permitirão significativas comparações de custos e méritos dos vários equipamentos específicos
Geralmente estas especificações devem ser descritas em duas partes para melhor atingir o resultado desejado. A primeira deve descrever todos os requerimentos, com respeito ao desempenho, capacidade, força, peso, tamanho etc. A segunda parte deve descrever separadamente todos os ítens desejáveis de um equipamento ideal, que permita melhor, segura e econômica operação, fácil manutenção e reduzidos custos de reparos. Esta parte deve incluir também alternativas para o equipamento especificado, tais como pneus ou esteiras, diferentes motores etc. 
Estas etapas devem permitir uma fácil comparação quando no levantamento de custos das várias máquinas e ainda uma avaliação de vários ítens como investimento inicial, desempenho e custos operacionais das várias unidades, que precisam então ser relacionadas a todos os fatores econômicos da operação.
Seleção do Fabricante
Um cuidadoso estudo comparativo das diversas propostas recebidas dos fabricantes permitirá uma análise com relação a custos e adaptabilidade técnica e, ainda, um estudo da relativa facilidade ou dificuldade de manutenção e reparos. 
Deverá também, ser feita uma avaliação da reputação e tomada de opinião sobre os vários fabricantese fornecedores em relação aos serviços técnicos prestados, disponibilidade e custos de peças e garantias.
Seleção com Relação ao Valor Atual	
Um dos critérios de seleção consiste em se determinar os valores atuais das séries de desembolsos ocorrentes durante a vida da mina, para cada uma das alternativas tecnicamente viáveis, a uma determinada taxa anual de desconto e escolher a alternativa que apresentar menor valor atual. 
Sendo um estudo comparativo, é necessário que as grandezas a serem comparadas sejam equivalentes. Esta equivalência é obtida considerando-se, para cada alternativa os investimentos e custos operacionais ocorrentes durante a vida da mina e referentes a produção de uma quantidade constante de minério bruto, colocado à boca do britador primário. os investimentos e custos operacionais a partir deste ponto são constantes, pois o processo de beneficiamento independe da alternativa em análise, não afetando o estudo comparativo. Também, os equipamentos de apoio às diversas alternativas não devem ser considerados, pois seu peso se fará sentir igualmente em cada uma delas.
Deste modo, após dimensionamento dos equipamentos, calcula-se o custo operacional correspondente a cada alternativa. Tais custos referem-se ao minério à entrada do britador primário, neles incluídos os relativos à remoção de estéril. Assim são determinados:
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Custos operacionais anuais para cada alternativa;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Investimentos a serem realizados ao longo da vida da mina, resultantes da reposição de equipamentos retirados de operação por terem atingido os limites de sua vidas úteis;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Datas de reposição da cada equipamento, para as dadas alternativas
Torna-se, então possível montar um cronograma financeiro, onde aparecem os desembolsos a serem realizados durante a vida da mina, ano por ano. Estes desembolsos são constituídos pelo investimento inicial, das reposições e eventuais ampliações do número de equipamentos, das perdas de equipamentos, aos quais se dá um valor residual e que aparece como entrada de caixa e dos custos operacional que podem ser crescentes com a vida da mina, no caso em que as distâncias de transporte tornam-se maiores, exigindo um maior número de equipamentos de transporte.
Com base no cronogramas financeiros de casa alternativa, determinam-se os respectivos valores atuais, uma determinada taxa de desconto. A alternativa que apresentar um menor valor atual será a escolhida.
A solução final tomando-se em conta todos os fatores econômicos será baseada então no balanço dos seguintes fatores:
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	investimentos;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	adaptabilidade técnica;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	considerações de manutenção e reparos;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	aprovação dos fabricantes ou fornecedores; 
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	valor atual
Equipamentos de Perfuração, Carregamento e Transporte
Equipamentos de Perfuração
O procedimento para a seleção de um equipamento de perfuração em particular para um mineração a céu aberto, geralmente, envolve os seguintes itens:
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	determinação e especificação das condições dentro das quais o equipamento será usado, tais como tipos de serviços, horas de trabalho, local, condições climáticas etc.;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	estabelecimento dos objetivos para os ciclos de produção de desmonte, considerando restrições de escavação e carregamento, capacidade do britador, cota de produção, geometria do pit, fragmentação, lançamento etc.;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Baseado nos requerimentos de desmonte, determinação do tipo de broca, tamanho, profundidade e inclinação do furo, carregamento etc.;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	determinação dos fatores de perfurabilidade das rochas e seleção do método de perfuração que parece exequível;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	especificação e comparação dos parâmetros de performance incluindo custos. Os itens de maior custo são os bits, depreciação do equipamento, manutenção, energia e fluidos;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	seleção dos sistemas de perfuração que melhor satisfaça todos os requerimentos e que tenha o menor custo total.
Carregamento
Diversos equipamentos desempenham esta função. Abaixo são listados alguns equipamentos bem como os critérios ou fatores que influem na escolha de um em relação aos outros.
Escavadeiras
Os fatores que devem ser considerados na seleção de escavadeiras em relação a outros tipos de equipamentos de carregamento são:
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	A escavadeira é de certo modo inflexível na sua operação, ou seja, é um equipamento básico de carregamento e/ou escavação;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Devido ao seu alto custo comparativamente, são normalmente limitadas a projetos de longa vida. A vida econômica de uma escavadeira é em torno de 40.000 horas ou mais e portanto deve ser usada para operar por um longo período, de modo que seus benefícios de baixo custo operacional possam ser sentidos. Visto que a maior parte da amortização de um equipamento se dá geralmente no dois ou três primeiros anos de operação, um curto tempo de operação de uma escavadeira não é recomendado. Também é virtualmente impossível negociar ou vender uma escavadeira no meio de seu tempo de vida, deixando um zero valor residual;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Devido a sua baixa mobilidade, uma escavadeira é confinada para operar em pequenas áreas de uma mina, ou geralmente fixada em locais de carregamento. Uma única escavadeira seria normalmente excluída quando se faz necessário uma lavra seletiva ou uma blendagem;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Os cuidados com a distribuição elétrica e manejo dos cabos de linha, utilizados pelas escavadeiras merecem devida consideração no planejamento de um adequado sistema de distribuição elétrica;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	O uso de motores elétricos e sofisticados sistemas de controle permitem às escavadeiras uma segurança e eficiência operacional, excepcionalmente altas. A maioria dos controles vitais da escavadeira está numa cabine geralmente pressurizada, com filtros de ar, que a permite operar dentro de condições mais favoráveis que outros equipamentos;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	As escavadeiras têm excelente habilidade para escavação devido ao seu peso, tração e alta capacidade de deslocamento do guindaste.
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Devido a sua lenta movimentação as escavadeiras têm uma distinta vantagem em relação aos equipamentos sobre pneus em locais onde as condições do solo são normalmente negativas aos pneus;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Dada a grande facilidade de operação, a fadiga do operador é bastante reduzida, não acarretando grandes efeitos na produção das escavadeiras.
A aplicação das escavadeiras pode ser sumarizada como:
 
Vantagens
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Construção robusta e bastante adequada para escavações de material de dureza relativamente alta e serviços de carregamento;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Excelentes segurança e eficiência;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Baixo custo operacional em projetos de longa duração.
Desvantagens
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Pouca flexibilidade e mobilidade;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Alto investimento inicial
Considerações a serem feitas na seleção de um tipo específico
Os seguintes pontos são de importância na seleção das escavadeiras:
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Produção diária requerida;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Tonelada total a ser movimentada;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Tamanho da área onde irá operar;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Número de faces a ser trabalhada;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Capacidade dos caminhões. Como regra geral uma escavadeira deve ter de 3 a 5 passespara carregar um caminhão. Esta, entretanto, não é uma regra fixa e varia com a distância de transporte;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Disponibilidade requerida. Grandes escavadeiras, geralmente, são mais disponíveis que pequenas escavadeiras;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Tipo de material a ser carregado. Se o material é pouco fragmentado a eficiência da caçamba é baixa, sendo necessário grandes escavadeiras para manter a requerida produção
Pás Carregadeiras
A seleção de pás carregadeiras sobre pneus ou esteiras como carregamento primário deve ser baseado nas seguintes condições:
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Onde a mobilidade é requerida devido às operações em diverso bancos e onde é necessário blendagem do material;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Onde a expedição de capital para um equipamento de carregamento mais caro (escavadeira), não é justificado. A vida útil de uma escavadeira é de 40.000 horas contra 10.000 horas para uma carregadeira.
Comparação entre Escavadeiras e Pás Carregadeiras
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Quando se lavra um material com um demanda flutuante, o relativo baixo custo de investimento e mercado das carregadeiras favorecem sua escolha;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	A operação de uma pá carregadeira é mais simples, ou seja requer menos habilidade do operador que uma escavadeira;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	As carregadeiras geralmente podem trabalhar independentes de equipamentos auxiliares;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Quando escavadeiras e carregadeira são consideradas como equipamentos primários de carregamento, o retorno nos investimentos devem ser considerados . A alta produção e baixo investimento relativo podem favorecer às carregadeiras;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	O investimento médio anual para carregadeiras é geralmente menor;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Quando as carregadeiras são forçadas a escavar material, a produção cai e os custos por tonelada sobem muito. A escavação de um banco deve ser reservada para as escavadeiras.
Buckets Wheels
Avanços recentes no design e construção destas escavadeiras têm permitido escavação de materiais de dureza média. O mercado mundial de mineração, entretanto, tem sido lento para aceitar este equipamento de alta produção e baixo custo. Talvez devido a tradição de usar escavadeiras e draglaines e/ou a falta de informações com relação a operação, design e custo. De certo, escavadeiras e draglaines não podem ser substituídos por Bucket Wheels em todos os casos, más dentro de condições apropriadas podem ter uma performance superior às outras convencionais e simultaneamente permite uma significante economia operacional.
Dentre os fatores a serem considerados para a seleção de bucket wheels temos:
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Custo - como as peças do equipamento são caras, requer longo período de amortização para ser economicamente viável. Os custos de operação são difíceis de estabelecer e dependem da recomendação de fabricantes sobre planos e estimativas de manutenção;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Tipo de material a ser manejado - São mais apropriadas para depósitos espessos de materiais inconsolidados ou semi- consolidados;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Produtividade - apropriada quando se requer uma alta produção;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Planejamento da mina - requer um cuidadoso design e planejamento da mina para que se possa alcançar uma ótima produção e baixo custo;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Sistema de transporte - apropriada para correias, caminhões e vagões.
Draglaines
A seleção de Draglaines é analisada considerando os seguintes fatores, tais como:
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	remoção de material dentro d'água;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	minérios suficientemente moles; 
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	operações em subníveis;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	carregamento em grandes equipamentos
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	capacidade de remoção de solos semi-consolidados;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	grande capacidade; 
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	habilidade para trabalhos em locais lamacentos e em condições instáveis;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	capacidade de executar em uma única operação a remoção e empilhamento do material
Apresenta as seguintes desvantagens para a seleção :
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	alto investimento inicial;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	aplicação restrita;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	não opera em terrenos inclinados;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	necessidade de boa fragmentação das rochas para uma eficiente remoção.
Equipamentos de Transporte
Caminhões
Como critério geral, para seleção de caminhões, os seguintes pontos devem ser levados em consideração :
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Material a ser manejado e métodos de carregamento empregado;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Possíveis restrições de espaço para manobras, pontes, extensão e largura das estradas de transporte, cabos suspensos etc.;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	O efeito de rampas acentuadas, particularmente quando carregado;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Padronização e possíveis combinações de novos caminhões;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Flexibilidade requerida, isto é, vários trabalhos que poderão ser requeridos a fazer.
Scrapers
Atualmente o movimento de material da mina tem sido maior, usando-se rápidos push-loaded scrapers, que outros sistemas. As vantagens econômicas deste sistema são tais que sua benéfica aplicação suplanta a grande extensão das atuais condições encontradas no campo. A chave para a econômica aplicação de scrapers, deve-se a facilidade deste na obtenção da carga, produzindo um carregamento a um custo relativamente baixo, comparado a outras formas de carregamento.
Em geral os scrapers podem escavar seu próprio carregamento, transportá-lo a uma velocidade de 30 - 35 Km/h efetivamente espalha-lo no depósito.
Skips Inclinados
Podem ser considerados em minas pequenas, profundas, lavradas em flanco, onde as estradas para caminhões são proibitivamente longas, inclinadas e de difícil manutenção.
Trata-se normalmente de uma instalação permanente ou semi-permanente, devendo por esta razão ser locada em local fora da área de lavra. A inclinação da instalação, por outro lado, deve ser cuidadosamente projetada, de forma que deslocamentos da parede não afetem o lastro no qual está fixo o skip. 
Os questionamentos para seleção de um sistema de skips são :
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Existe um local apropriado para instalação de uma estrutura permanente ou semi-permanente ?
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	A jazida contribui para um transporte a um ponto central ?
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	A estabilidade e inclinação do talude e adequa para a instalação do sistema ?
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	O tamanho do material fragmentado a ser transportado e adequado para transporte por skips ?
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	O transporte pode ser executado por outros meios mais econômicos ?
Correias Transportadoras
A demanda das indústrias, de um modo em geral, por altas taxas de manuseio de materiais e baixos custos, tem tido um significante efeito no desenvolvimento tecnológico das correias transportadoras. Esses avanços tecnológicos tem possibilitado, não somente, alcançar aceitação como o método preferível de movimentação de materiais soltos, mas também a ser usada para transporte destes materiais a longa distância, particularmente em áreas de relevo ondulado.
Como vantagens das correias transportadoras, pode-se citar :
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Excelente para relevos acentuados e longa distância;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Alta capacidade;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Requer pouca supervisão e manutenção;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Baixo custopor tonelada transportada; 
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Fácil operação
As desvantagens do sistema de transporte por correias são:
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Alto custo inicial;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Sistema permanente ou semi-permanente;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Granulometria do material limitada a finos ou rocha britada
Trens
A introdução de outros sistemas de transporte tem suplantado a utilização de trens dado a preferência e melhor aplicabilidade de dos outros sistemas às exigências de cada projeto de mineração.
Se é mantida uma alta produção para uma grande distância, o transporte por trem tem um menor custo por tonelada transportada que outros sistemas. Entretanto, rápidos movimentos de tráfego dentro e fora da mina, requerem linhas duplas para abastecimento da linha principal. As curvas devem ser cuidadosamente esboçadas e o alinhamento dos trilhos e superfície devem ser mantidos constantes se se deseja uma máxima eficiência. 
O sistema de transporte por trens apresenta as seguintes vantagens :
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Baixo custo de transporte onde exigências de produção e volumes justificam sua instalação;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Alta capacidade;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Carregamento simples por escavadeiras e bucket wheels;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Transbordamento mínimo de material;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Mínima manutenção;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Podem ser controlados por controle remoto; 
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Controle de tráfego simples.
O sistema de transporte por trens apresenta as seguintes desvantagens :
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Investimento inicial alto;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Limitadas a longas estradas, planas com inclinação máxima de 3%;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Inflexibilidade do sistema;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Necessidade de dispositivos especiais de descarregamento;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	Não apropriado para transporte de estéril, devido a dificuldade de espalhamento deste.
PROCEDIMENTOS ADOTADOS NA ESCOLHA DE LOCAIS PARA CONSTRUÇÃO DE DEPÓSITOS DE ESTÉREIS E BARRAGENS DE REJEITOS
Introdução 
No passado, pouca consideração era dada no planejamento e construção de depósitos de estéreis e barragens de rejeitos. O procedimento padrão consistia na seleção de um local e um método que pudesse minimizar a distância de transporte do estéril ou rejeito, da fonte geradora ao depósito ou barragem, e ainda, minimizar os custos de construção. Aplicações indiscriminadas desta prática frequentemente resultaram em dispendiosos remanejamentos, questionável estabilidade, desastres ecológicos, perda de equipamentos, instalações, e, quando não, perda de vidas humanas.
A seleção de um local apropriado para construção de um depósito de estéril ou barragem de rejeito envolve considerações de ordem econômica, técnica, ambiental e social. Tais fatores, após análise em separado devem ser avaliados conjuntamente, a fim de se determinar uma área, onde os objetivos econômicos e técnicos ( estabilidade etc.), sejam maximizados e os impactos ambientais minimizados. Por outro lado, estes fatores são interrelacionados, pois o mérito de um depende fundamentalmente do nível de estudo adotado na avaliação dos demais. Por exemplo, a escolha de um local em função apenas do fator econômico, distância de transporte, pode não ser viável do ponto de vista técnico ou ambiental. Desta forma, é necessário adotar uma série de análises econômicas, investigações geotécnicas e ambientais dos possíveis locais alternativos. 
Por motivos de ordem econômica, um depósito de estéril deve ser locado o mais próximo, possível do centro de massa do estéril a ser lavrado, respeitando-se os limites do pit final e procurando compatibilizar a forma do depósito a ser formada com o relevo do terreno disponível de modo com que este depósito seja permanentemente estável. Da mesma forma, a localização de uma barragem de rejeitos deve ser tal, que os custos para construção da mesma, transporte dos rejeitos (bombeamento ou gravidade), sejam mínimos, respeitando-se as condições de segurança e ambientais.
Os requerimentos ambientais têm sido tão importantes com respeito a depósitos de estéreis e/ou barragens de rejeitos, que a localização de um adequado depósito ou barragem tem grande importância na elaboração de um projeto de lavra e tratamento de minérios.
Do ponto de vista ambiental dois procedimentos precisam ser tomados. O primeiro refere-se a um estudo prévio das áreas disponíveis. É necessário conhecer se determinado local é designado a parques (nacional, estadual ou municipal ), reserva ecológica, se é um sítio arqueológico ou histórico, se é nascente de alguma bacia hidrográfica etc. Tais locais precisam ser previamente identificados e listados, pois necessitam da liberação de orgãos cabíveis. O segundo procedimento refere-se a listagem e classificação dos possíveis impactos ambientais, causados pelo depósito ou barragem a serem construidos numa determinada área. O local a ser escolhido deverá ser aquele onde os impactos ambientais sejam mínimos.
Estudos Geotécnicos
A seleção prévia dos locais para construção de depósitos e/ou barragens é feita com base nas investigações preliminares das áreas. Uma vez definido os possíveis locais, detalhadas investigações são necessárias a fim de que se possa determinar o local que se enquadre dentro dos requisitos econômicos, ambientais e de segurança. Sendo assim, a elaboração de um criterioso programa se faz necessário, onde os principais fatores a serem analisados são a topografia, o clima, a geologia, hidrogeologia, hidrologia, sismíca, estratigrafia, propriedades físicas e químicas dos solos e das rochas etc. Tais fatores são normalmente correlacionados como parte das investigações de engenharia, geralmente tratados, coletivamente, como estudos geotécnicos do local.
Os estudos geotécnicos podem ser feito em dois estágios. O primeiro estágio refere-se usualmente às investigações preliminares do local, de modo a possibilitar uma avaliação superficial do local. Deste modo, torna-se possível a realização de comparações entre locais alternativos, de forma que o mais adequado seja selecionado para uma investigação detalhada. O segundo estágio usualmente refere-se a uma detalhada investigação geotécnica do local, cobrindo todos os ítens anteriormente citados em detalhes suficientes para a execução do esboço do depósito de estéril e/ou barragem de rejeito, de forma econômica, segura e ambientalmente satisfatória, que satisfaça todos os regulamentos exigidos.
A primeira etapa das investigações preliminares dos possíveis locais envolvem a coleta de todos os dados disponíveis da área. Estes dados incluem, mapas topográficos, fotografias aéreas, clima (registros de temperatura, precipitação, vento, radiação solar e evaporação), rede hidrográfica, geologia regional e mapas geológicos, hidrogeologia, sísmica etc. Em conjunção com a coleta e estudo dos dados acima mencionados, inclui uma interpretação fotoaérea para determinar a geologia local da área proposta. Os fatores geológicos que podem afetar o esboço do depósito e/ou barragem, e, portanto, devem ser avaliados incluem, evidências de deslizamentos de terra, evidências de plano de falhas nas rochas, evidências de falhas, provável permeabilidade das rochas etc. O exame local em combinação com a interpretação fotoaérea, normalmente, propicia uma boa avaliação preliminar da geologia local.
A confecção de mapas topográficos em pequena escala fornecerá dados para estudo da área ao redor da cava e locação dos possíveis locais do depósito e/ou barragem. São também úteis para fazer, estimativas preliminares dos volumes dos referidos depósitos, tamanho da área, provável direção de fluxo de águas subterrâneas e superficiais e possíveis efeitos do depósito ou barragem nas proximidadesda cava, usina ou outras áreas operacionais. Os dados sobre o clima e cursos d'água, quando combinados com dados topográficos, possibilitam uma avaliação preliminar da drenagem característica dos locais. Isto fornece ao projetista informações sobre o volume médio dos cursos d'água superficiais provenientes das chuvas.
A combinação das informações coletadas com os dados publicados e as investigações locais podem não ser suficientes para permitir uma completa avaliação dos méritos dos locais pré-estabelecidos. Em alguns casos, fatores óbvios como abatimentos de solo ou ocupação de grandes áreas podem eliminar um local. Em outras instâncias a vegetação superficial e/ou depósitos podem mascarar as condições locais, tal que posteriores trabalhos de campo sejam requeridos antes do proposto local ser efetivamente avaliado. Nestes casos, a próxima etapa das investigações preliminares, envolverá coletas de amostras, através de abertura de trincheiras e furos de sondagem e, talvez, trabalhos preliminares de geofísica.
Com base nas investigações geotécnicas preliminares do local, é possível avaliar de um ponto de vista geotécnico, a relativa capacidade dos locais alternativos examinados. Entretanto, deve-se observar que, devido a vários fatores que impactuam a seleção do local para o depósito de estéril e/ou barragem de rejeitos, o local mais apropriado do ponto de vista geotécnico, pode não ser o mais satisfatório, por outras razões como proximidade com áreas habitadas, conflitos com outros usos da área, restrições ambientais etc. Consequentemente, a importância de se considerar mais que um possível local e avaliar a capacidade de cada um é óbvio.
Uma vez concluídos os estudos geotécnicos preliminares e a definido o local, compatível como todas as exigências necessárias, faz-se necessário a realização de detalhadas investigações geotécnicas. O principal objetivo de uma detalhada investigação geotécnica deve incluir a determinação da:
 
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	estratigrafia do local, incluindo profundidade, espessura, continuidade e composição de cada estrato;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	geologia local, incluindo história de deposição erosão, glaciação, cobrindo ítens como canais encobertos, estruturas de colapsos, cavernas, movimentos tectônicos e falhas, planos de cisalhamento etc. Deve-se fazer um mapa geológico do local;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	hidrogeologia do local, incluindo definição de todos os aquíferos, determinação da espessura dos sedimentos inconsolidados, determinação de sistemas de fluxo de água subterrânea local e regional, pressão piezométrica nos aquíferos;
SYMBOL 183 \f "Symbol" \s 10 \h	propriedades geotécnicas do solo, como, umidade, granulometria, testes de consolidação, compressão triaxial e ou testes de cisalhamento, testes de permeabilidade, capacidade de troca iônica de argilas (quando propostas como camada impermeável ). Para as rochas deve-se incluir testes de cisalhamento ao longo de camadas fracas e permeabilidade dos vários estratos.
PILHAS DE ESTÉRIL - PLANEJAMENTO E CONSTRUÇÃO
INTRODUÇÃO
Com a exaustão das jazidas de minério de alto teor e consequente aumento no consumo de matéria-prima, o homem se viu obrigado a lavrar depósitos de baixo teor e mais profundo. Estes depósitos quando economicamente viáveis necessitam, regulamente, de uma grande remoção de material estéril para que se possa ter acesso ao minério e início das atividades de lavra. Entretanto, a atividade de remoção e posterior deposição do material estéril num dado local envolve custos, planejamento e controle da construção. Apesar de sua primeira implicação ser econômica, o seu planejamento visa, também, encontrar um meio de manejá-lo de forma responsável, segura e ambientalmente satisfatório.
No passado, o estéril removido nos trabalhos de lavra era simplesmente basculado em pontos de aterro, nas encostas ou terrenos circunjacentes às minas, formando pilhas de maneira desordenada, em condições precárias de estabilidade. Comumente estes locais eram chamados de bota-fora. A década de 80, notabilizou-se pela disposição controlada e planejada dos novos depósitos de estéril e pela recomposição dos depósitos mal formados, aliado a uma recuperação ambiental das áreas degradadas pela mineração. Hoje, além das exigências de ordem ambiental, questões sociais e de segurança, é sabido que construir adequadamente um depósito de estéril é certamente menos trabalhoso e oneroso, que corrigir um depósito em processo de ruptura generalizada.
O planejamento de um depósito de estéril não é, geralmente, tão detalhado como um projeto de lavra. Isto é natural, visto que o objetivo primeiro da mineração é a produção do melhor minério possível para ser processado. O desenvolvimento de uma mina depende em geral da remoção de estéril, deste modo, promover um gerenciamento do depósito de estéril, pode significar a diferença entre o lucro e o prejuízo e o planejamento do depósito deve, frequentemente, reclamar mais atenção do que o esperado.
MODELOS DE PLANEJAMENTO
O planejamento de um depósito de estéril envolve a projeção num dado espaço do material estéril removido da mina. Os modelos, em geral, podem ser algo como um simples conhecimento que existe um local fora da área da mina para deposição de todo o estéril removido, até a detalhados simulações em computador ou maquetes do futuro depósito.
O primeiro destes modelos, pode ser chamado como "Modelo de Confiança". Este é baseado na confiança de que existe um depósito suficiente para depositar todo o estéril. Em geral, não é um mal modelo para ser usado nos estágios iniciais da lavra, quando usualmente um certo vale ou uma área próxima à mina possa ser designada como destino para o estéril inicial transportado. A pressão para a abertura da mina usualmente limita os esforços, nos estágios iniciais, para o planejamento do depósito, a não ser que haja restrições de propriedades ou questões ambientais que seiamente restrijam a dispoisção de estéril. Portanto, devido aos esforços primários serem impletados no suplimento de minério, o modelo de confiança não é comumente mudado, até que o espaço para o depósito ou problemas com transporte de estéril, requeiram um modelo melhor.
O segundo e mais comum tipo de modelo é o da "Capacidade Final". Nese modelo, o depósito e locado num mapa topográfico dentro da área de servidão, e os volumes dos espaços disponíveis são medidos para determinar qual a capacidade final do depósito. Indicações de estradas são também feitaspara prover o melhor uso do espaço disponível. Este é um bom tipo de modelo, onde pode-se ter um conhecimento das potencialidades e limites das diversas áreas disponíveis. A disvantagem de se depender exclusivamente deste método é que ele não mostra o que ocorrerá na sequência de deposição e a capacidade final pode não ser atingida a não ser que o método de disposição e a sequência sejam considerados.
O detalhado layout ou "Map Layout Model", usualmente, segue o modelo da capacidade final, quando acumulações de estéril atingem o estágio, onde sequências de deposição afetarão os custos ou onde, existe uma variedade de produtos que precisam ser depositados em diferentes áreas. Como exemplo pode-se citar uma dada ocasião onde diferentes partes do deposito podem receber estéril de diferentes áreas de modo a equilibrar a distâncias de transporte. Algumas vezes, a menor distância de transporte não é a melhor, se ela enche uma área que deverá ser reservada para fazer uma futura estrada muito melhor. Outra razão para um detalhado layout deve a produtos contaminados que devem ser colocados fora da drenagem, ou onde existe segregação de material de baixo teor ou marginal, que poderão vir a ser aproveitados no futuro. Considerações deste tipo levam a divisão do palnejamento em estágios sequênciais, preferívelmente relatadas para definir perídos de deposição.
Modelos de escala física são poucos usuais no planejamento atual. Tais modelos

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