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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ENGENHARIA MECÂNICA/MECATRONICA FELIPE BELISIARO MARIANO DE GIULI VICTORIA C. VITTURI TROCADORES DE CALOR SÃO JOSE DO RIO PRETO 2017 FELIPE BELISIARO MARIANO DE GIULI VICTORIA C. VITTURI TROCADORES DE CALOR Atividade pratica supervisionada apresentado à universidade paulista, como requisito para obtenção de nota bimestral. Coordenadores: Profª MSc. Adriana Caseiro Profº MSc. André De Paula SÃO JOSE DO RIO PRETO 2017 Resumo O processo de troca de calor entre dois fluidos que estão a diferentes temperaturas e se encontram separados por uma parede sólida ocorre em muitas aplicações de engenharia. O equipamento usado para implementar essa troca é conhecido como trocador de calor, e suas aplicações específicas podem ser encontradas no aquecimento de ambientes e no condicionamento de ar, na produção de potência, na recuperação de calor em processos e no processo químico. SUMARIO 1 – Objetivo ................................................................................................................................5 2 – Introdução .............................................................................................................................5 2.1 – Tipos de trocadores de calor .................................................................................5 2.1.2 – Materiais para trocadores de calor .....................................................................6 2.1.3 – Fatores que influenciam na troca de calor .........................................................6 2.2 – Corrosão ............................................................................................................................7 2.2.1 - Corrosão por aeração diferencial .......................................................................7 2.2.2 - Corrosão eletroquímica ......................................................................................7 2.2.3 - Corrosão galvânica .............................................................................................8 2.4 – Incrustação ........................................................................................................................8 3 – Referencia ...........................................................................................................................10 5 1. Objetivo Apresentar os parâmetros de desempenho para avaliar a eficácia de um trocador de calor e desenvolver metodologias para projetá-lo ou para prever o desempenho de um trocador existente operando sob condições especificadas. 2. Introdução Um trocador de calor é um dispositivo para transferência de calor eficiente de um meio para outro. Tem a finalidade de transferir calor de um fluido para o outro, encontrando-se estes a temperaturas diferentes. Os meios podem ser separados por uma parede sólida, tanto que eles nunca misturam-se, ou podem estar em contato direto. Um trocador de calor é normalmente inserido num processo com a finalidade de resfriar ou aquecer um determinado fluido. São amplamente usados em aquecedores, refrigeração, condicionamento de ar, usinas de geração de energia, plantas químicas, plantas petroquímicas, refinaria de petróleo, processamento de gás natural, e tratamento de águas residuais. 2.1. Tipos de trocadores de calor Os trocadores de calor são classificados em função da configuração do escoamento e do tipo de construção. No trocador mais simples, os fluidos quente e frio se movem no mesmo sentido ou em sentidos opostos em uma construção com tubos concêntricos ou bi tubular. Na configuração paralela, os fluidos quente e frio entram pela mesma extremidade. Na configuração contracorrente, os fluidos entram por extremidades opostas, escoam em sentidos opostos e deixam o equipamento em extremidades opostas. Alternativamente, os fluidos podem se mover em escoamento cruzado, um fluido escoa perpendicularmente ao outro, como ilustrado pelos trocadores de calor tubulares, com e sem aletas. As duas configurações são tipicamente diferenciadas por uma idealização que trata o escoamento do fluido sobre os tubos como misturado e não misturado. Outra configuração comum é o trocador de calor casco e tubos. Formas específicas desse tipo de trocador de calor se caracterizam em função dos números de passes no casco e nos tubos. Sua forma mais simples envolve um único passe nos tubos e no casco. Normalmente são instaladas chicanas para aumentar o coeficiente convectivo no fluido 6 no lado do casco, através da indução de turbulência e de um componente de velocidade na direção do escoamento cruzado. Além disso, as chicanas apoiam fisicamente os tubos, reduzindo a vibração dos tubos induzida pelo escoamento. Uma classe especial e importante de trocadores de calor é utilizada para atingir superfícies de transferência de calor muito grandes (≥ 400 m²/m³ para líquidos e ≥ 700 m²/m³ para gases) por unidade de volume. Conhecidos por trocadores de calor compactos, esses equipamentos têm densas matrizes de tubos aletados ou placas e são tipicamente usados quando pelo menos um dos fluidos é um gás, sendo, portanto, caracterizado por um pequeno coeficiente de transferência de calor. Os tubos podem ser planos ou circulares e as aletas podem ser planas ou circulares. Trocadores de calor com placas paralelas podem ser aletados ou corrugados, e podem ser utilizados como modos de operação de um único passe ou com múltiplos passes. As seções de escoamento associadas aos trocadores de calor compactos são tipicamente pequenas (𝐷𝐻 ≤ 5𝑚𝑚), e o escoamento é normalmente laminar. 2.1.2 Materiais para os trocadores de calor Sabemos que em um trocador de calor haverá a troca de energia entre dois fluidos, através de uma parede. Quando falamos nos materiais usados em um trocador de calor, portanto, nos referimos basicamente ao material da parede sólida utilizada para separar esses dois fluidos e que será o principal responsável pela transferência de calor entre eles. A característica mais importante desse material que forma a parede sólida é a sua condutibilidade térmica. O cobre, alumínio e suas ligas, segundo Lienhard IV e Lienhard V, é a substância comum com a maior condutividade térmica a temperatura ambiente. 2.1.3 Fatores que influenciam na troca de calor Existem vários fatores que entram em consideração na hora de determinar a troca de calor total em um trocador de calor. Os mais importantes são: • Temperaturas terminais: diferença de temperatura entre fluido de trabalho e fluido refrigerante; 7 • Área de contato (geometria do trocador): área que separa os dois fluidos acima citados. Quanto maior, mais eficiente a troca de calor (ex: tubos aletados, que aumentam a área de troca de calor e, portanto, a eficiência); • Material do trocador: geralmente deve possuir um coeficiente de condutibilidade térmica elevado, como foi explicado na seção anterior. Sendo assim, são amplamente utilizados o cobre e o alumínio e suas ligas. • Velocidade do escoamento: quanto maior a velocidade de escoamento, maior a turbulência criada, e por conseguintemaior o coeficiente de troca de energia. • Fator de sujeira: deve ser evitado qualquer efeito de acúmulo ou incrustação. • Perda de carga dentro do trocador: quanto maior a perda de carga, menos eficiente será o nosso trocador de calor. 2.2. Corrosão 2.2.1 Corrosão por aeração diferencial Este mecanismo de corrosão é encontrada devido a formação de depósitos nas regiões em que o tubo interno aproxima-se do tubo externo, região prioritária para esta formação é a região das curvas, pois nesta região não existem abraçadeiras de centralização. Nestas regiões tem-se uma diminuição da velocidade da água favorecendo esta formação. Esta corrosão também ocorre com frequência em frestas. Assim, o interior da fresta, devido a maior dificuldade de renovação do eletrólito, tende a ser menos concentrado em oxigênio (menos aerado), logo, área anódica. Por sua vez a parte externa do depósito, onde o eletrólito é renovado com facilidade, tende a ser mais concentrada em oxigênio (mais aerada), logo, área catódica. O desgaste se processará no interior do depósito ocasionando perda de espessura do tubo externo. 2.2.2 Corrosão eletroquímica Este mecanismo de corrosão é encontrado na abraçadeira centralizadora e no tubo externo (casco), e é decorrente devido a heterogeneidades diversas decorrentes de composição química, textura do material, tensões internas. As causas determinantes são inclusões, segregações, trincas, acabamento superficial, diferença no tamanho e contornos de grão, tratamentos térmicos diferentes, etc. 8 2.2.3 Corrosão galvânica Este mecanismo de deterioração é verificado entre o tubo interno e o revestimento de cobre, e entre as abraçadeiras e o tubo externo (casco), quando dois materiais metálicos, com diferentes potenciais, estão em contato em presença de um eletrólito, ocorre uma diferença de potencial, isto é, uma transferência de elétrons. Este tipo de corrosão se caracteriza por apresentar corrosão localizada, próxima a região do acoplamento, ocasionando profundas perfurações no material metálico que funciona como ânodo (a corrosão é muito mais acentuada que a corrosão isolada deste material sob ação do mesmo meio corrosivo). A corrosão do material que funciona como cátodo é muito mais baixa do que a que ocorre quando o material sofre corrosão isolada. 2.4 Incrustação Incrustação ocorre quando um fluido passa por um trocador de calor, e as impurezas no fluido precipitam-se sobre a superfície dos tubos. A precipitação destas impurezas pode ser causada por uso frequente do trocador de calor, ausência de limpeza regular do trocador de calor, redução da velocidade dos fluidos movendo-se através do trocador de calor e superdimensionamento do trocador de calor. Efeitos de incrustação são mais abundantes nos tubos quentes dos trocadores de calor que em tubos frios. Isto é causado porque impurezas são menos facilmente dissolvidas num fluido frio. Isto é porque, para a maioria das substâncias, a solubilidade aumenta quando a temperatura aumenta. Uma notável exceção é água dura e seus sais de metais alcalinos-terrosos onde o oposto é verdadeiro. A incrustação aumenta a área da seção transversal para o calor ser transferido e causa um aumento na resistência à transferência de calor através do trocador de calor. Isto é porque a condutividade térmica da camada de incrustação é baixa. Isto reduz o coeficiente de transferência térmica global e a eficiência do trocador de calor. Ocorrendo isto, pode conduzir a um aumento nos custos de bombeamento e manutenção. A abordagem convencional para o controle de incrustação combina a aplicação “cega” de biocidas e produtos químicos antitártaro com testes de laboratório. Isto frequentemente resulta em uso excessivo de produtos químicos com o inerente efeito colateral de acelerar o sistema de corrosão e aumentar os resíduos tóxicos - sem mencionar o incremento de custos de tratamentos desnecessários. 9 No entanto, existem soluções para monitoramento contínuo incrustantes em ambientes líquidos, tais como o sensor Neosens FS, medindo tanto a espessura de incrustação e temperatura, permitindo otimizar a utilização de produtos químicos e controlar a eficiência de limpeza. O superdimensionamento dos trocadores causa o aumento da incrustação pela diminuição do arraste tanto de sólidos particulados quanto de impurezas que se solidificam e se precipitam ao longo do trocador, não sendo removidos continuamente pela ação do próprio movimento em suficiente velocidade do fluido. 10 3 - Referências INCROPERA, F. P. et al. Fundamentals of Heat and Mass Transfer. 7. ed. New York: John Wiley & Sons, 2007. KREITH. F. Mechanical Engineer Handbook, CRC Press, 1999 LIENHARD IV e LIENHARD V. A Heat Transfer Textbook. 3rd edition. Phlogiston Press, 2006. https://pt.wikipedia.org/wiki/Trocador_de_energia_t%C3%A9rmica Acesso em: 19 de maio. 2017. http://www.aaende.org.ar/ingles/sitio/biblioteca/material/PDF/COTE102.PDF Acesso em: 19 de maio. 2017.
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