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Administração Financeira
Daniel Ferreira
Caixe
Aula 1
*
*
Agenda
Modalidades de empresas.
Funções-objetivo das organizações.
Teoria da agência.
O que é administração financeira?
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Modalidades de empresas
Empresário Individual
Possui um único proprietário (titular).
Não tem personalidade jurídica própria.
Responsabilidade ilimitada.
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Modalidades de empresas
Empresa Ind. de Resp. Ltda-EIRELI
Possui um único proprietário (titular).
Tem personalidade jurídica própria.
Responsabilidade limitada.
Exigência: capital social mínimo de 100 vezes o maior salário mínimo.
*
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Modalidades de empresas
Sociedade Empresária Limitada
Possui 2 ou mais proprietários.
Capital social: unidade = quota.
Responsabilidade limitada:
valor das quotas subscritas.
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Modalidades de empresas
Sociedade Anônima
Possui 2 ou mais proprietários.
Capital social: unidade = ação.
Responsabilidade limitada; 
(preço de emissão das ações)
Fechada X Aberta.
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Qual o objetivo final da empresa?
Funções-objetivo das firmas
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Teoria dos stakeholders
Busca por objetivos múltiplos.
Decisões: equilibrar e satisfazer os interesses de todos os stakeholders.
Não priorização de interesses em detrimento de outros.
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Teoria dos shareholders
Busca por objetivo único: maximização do valor da empresa.
É matematicamente impossível maximizar em mais de uma direção.
Acionistas: detentores 
dos direitos residuais.
Carregam mais 
risco (hierarquia 
dos recebimentos).
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Teoria da agência (TA)
Crescimento das corporações mundiais
Acesso a fontes de financiamento
Canalização eficiente de recursos
Confiança dos investidores
*
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*
Teoria da agência (TA)
Risco atrelado à aplicação indevida dos recursos
Divórcio entre propriedade e gestão
Proprietários versus Administradores
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*
*
Teoria da agência (TA)
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Recursos
Remuneração
Serviços
Informações
*
*
O que é Administração Financeira?
Quais investimentos de longo prazo você deve fazer?
Onde você conseguirá o financiamento de longo prazo para pagar seus investimentos?
Como você gerenciará suas atividades financeiras diárias? 
*
*
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O que é Administração Financeira?
1-) Quais investimentos de longo prazo você deve fazer? 
Orçamento de capital
Seleção das melhores oportunidades;
(com maior VPL)
Essência: avaliação do tamanho, do tempo e do risco dos fluxos de caixa futuros.
*
*
*
O que é Administração Financeira?
2-) Onde você conseguirá o financiamento de longo prazo para pagar seus investimentos?
Estrutura de capital
Qual a melhor combinação entre recursos próprios e de terceiros?
A combinação escolhida afetará o custo de capital e o valor da empresa.
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*
*
O que é Administração Financeira?
3-) Como você gerenciará suas atividades financeiras diárias? 
Administração Financeira de CP
Garantir recursos suficientes para continuar suas operações e evitar interrupções caras.
Quanto de caixa e estoques devem ser mantidos? Podemos vender a prazo?
*
Administração Financeira
Daniel Ferreira
Caixe
Aula 1
*
Atividade 1
O conflito de agência pode influenciar o desempenho empresarial? Como?
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*
Atividade 1
Custos de agência
Elaboração de contratos.
Monitoramento das atividades dos agentes.
Práticas do gestor que visam ao benefício próprio. 
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Modalidades jurídicas de empresas
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
Empresário Individual segundo a legislação brasileira
O empresário individual, que antes da vigência do Código Civil de 2002 chamava-se firma individual, é pessoa física que exerce pessoalmente atividade de empresário, assume responsabilidade ilimitada e em caso de falência responde com seus bens pessoais. O empresário individual não tem personalidade jurídica, ou seja, mesmo tendo registro no CNPJ, não é considerado pessoa jurídica. O empresário individual poderá optar por se enquadrar como microempresa ou empresa de pequeno porte, se atendido as exigências contidas em lei. O empresário individual pode transformar-se em sociedade empresária limitada, atendendo aos requisitos estabelecidos as sociedades limitadas, o que, após levado a registro, passará a ter personalidade jurídica.
Obs:  A firma individual (EMPRESÁRIO INDIVIDUAL) não possui personalidade jurídica diversa da de seu titular. Ambos são uma única pessoa, com um único patrimônio, e uma única responsabilidade patrimonial perante a administração fazendária. 2. A pessoa física titular da firma individual responde com todos os seus bens pelos débitos contraídos na atividade empresarial, de modo que não há necessidade de inclusão do polo passivo da execução fiscal. 
A empresa individual não tem personalidade jurídica própria. Mesmo tendo registro no CNPJ, não é considerado pessoa jurídica. Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).
O empresário individual, em regra, não explora atividade economicamente importante. Em primeiro lugar, porque negócios de vulto exigem naturalmente grandes investimentos. Além disso, o risco de insucesso, inerente a empreendimento de qualquer natureza e tamanho, é proporcional às dimensões do negócio: quanto maior e mais complexa a atividade, maiores os riscos. Em consequência, as atividades de maior envergadura econômica são exploradas por sociedades empresárias anônimas ou limitadas (COELHO, 2007).
O empresário pode ser pessoa física ou jurídica. No primeiro caso, denomina-se empresário individual; no segundo, sociedade empresária (COLELHO, 2007).
Personalização da sociedade empresária: a pessoa jurídica não se confunde com as pessoas que a compõem. Este princípio também se aplica à sociedade empresária.Tem ela personalidade jurídica distinta da de seus sócios; são pessoas inconfundíveis, independentes entre si.
*
EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
A Lei nº 12.441, de 2011, instituiu a empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI), acrescentou novos dispositivos ao Código Civil, passando a considerar pessoa jurídica de direito privado as empresas individuais de responsabilidade limitada, constituídas por uma única pessoa titular da totalidade do capital social integralizado. Este tipo empresarial pode adotar firma ou denominação social, e deve acrescer obrigatoriamente a frente de seu nome a expressão EIRELI. A empresa individual de responsabilidade limitada poderá optar por se enquadrar como microempresa ou empresa de pequeno porte, se atendido as exigências contidas em lei.
A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – EIRELI E ALGUMAS IMPLICAÇÕES LEGAIS
 
 RENÊ GABRIEL JUNIOR
  
INTRODUÇÃO
 
A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) é definida pelo portal do empreendedor como aquela constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não poderá ser inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
Esta é a mais nova modalidade empresarial criada no Brasil. A EIRELI - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada foi instituída pela Lei nº 12.441/2011. Por ser uma modalidade empresarial nova, ainda gera muitas dúvidas e alguns conflitos de informação e interpretação da legislação, mas foi, com certeza, uma inovação ousada e necessária no ramo do Direito Empresarial.
Nosso trabalho não visa esgotar as dúvidas existentes sobre o tema, mas se propõe de forma objetiva apresentar os pontos positivos e negativos desta modalidade de empresa e trazer aodebate discussões atuais sobre o tema.
 
 
ASPECTOS POSITIVOS DA EIRELI
Como a EIRELI é uma modalidade empresarial recente, muitas dúvidas ocorrem no momento da opção de constituir uma empresa nessa modalidade. Sendo assim, apresentaremos algumas características da EIRELI para subsidiar o empresário nesta decisão. Neste tópico nos deteremos a apresentar os principais pontos positivos da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, como seguem:
         A maior vantagem almejada com a criação da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI é a possibilidade do exercício da atividade empresarial por uma só pessoa com responsabilidade limitada. Dessa forma, o empresário pode exercer sua atividade empresarial de forma singular sem comprometer seu patrimônio pessoal, ressalvado as determinações legais. Uma inovação em matéria de Direito Empresarial no Brasil.
         Ainda em decorrência da afirmativa anterior, aparece também a vantagem de possibilitar a criação de uma empresa mais transparente, sem a necessidade da inclusão de um sócio fictício com o simples fito de garantir ao empresário a manutenção de seu patrimônio particular a salvo dos riscos empresariais. Desaparece, portanto, a necessidade da prática comum de se incluírem sócios de fachada para a criação de uma sociedade limitada.
         Outra vantagem, da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI é o exercício individual de empresário como pessoa jurídica. O empresário individual tradicional não possuía personalidade jurídica, ele exercia o comércio como pessoa natural e dessa forma não era possível a diferenciação do seu patrimônio particular do patrimônio empresarial. Assim era necessário que sua responsabilidade fosse ilimitada, ou seja, incidindo sobre a totalidade de seu patrimônio. Com a EIRELI foi possível a separação destes patrimônios, pois com sua criação surge a diferenciação entre a pessoa natural do empresário e a pessoa jurídica da empresa.
         A criação da EIRELI visa, também, a diminuição da informalidade. Busca-se, com ela regularizar a situação do empresário individual de fato que exercia a atividade empresarial à margem da lei.
         Tendo em vista o princípio da continuidade da empresa, o artigo 980-A, §3º do Código Civil possibilita a transformação do empresário individual ou da sociedade de qualquer modalidade societária em EIRELI, quando suas quotas, por qualquer motivo, resultarem na concentração em um único sócio. Esse dispositivo visa à manutenção da atividade empresarial independentemente da forma societária em que ela se apresente. Nesse caso a doutrina já denomina esse tipo de EIRELI como derivada, considerando como originária a que já nasce como EIRELI.
         Vantagem também da EIRELI é a possibilidade de ser constituída dando liberdade ao empresário de escolher o modelo de tributação que melhor se adapte a sua atividade e a seu porte. É Possível a inserção de uma EIRELI como SIMPLES NACIONAL usufruindo das vantagens deste modelo de tributação, conforme artigo 3º da lei complementar 123/2006, alterado pela lei complementar 139/2011, ou de seu enquadramento no regime ordinário quando este for necessário ou mais conveniente aos interesses do empresário.
         Os ramos de atividade econômica permitido a EIRELI são bem amplos e abrangem todas as atividades comerciais, industriais, rurais e de serviços.
 
ASPECTOS NEGATIVOS DA EIRELI
Porém, nem só pontos positivos têm a EIRELI. Então, neste tópico, nos deteremos a apresentar os pontos negativos desta modalidade de empresa. Vejamos:
         Uma das limitações da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI é o fato da pessoa natural que a constituir somente poder figurar em uma única empresa dessa modalidade. Este aspecto não chega a ser um ponto negativo desta modalidade, mas sem dúvida é um limitador que leva a pessoa natural que possui mais de uma empresa a uma outra modalidade empresarial.
         O principal ponto negativo da EIRELI é sem dúvida a exigência de capital social mínimo de 100 vezes o salário mínimo vigente no país imposta pelo caput do artigo 980-A, in fine do Código Civil. Essa exigência se contrapõe a um dos objetivos da EIRELI que é a diminuição da informalidade, pois impede o acesso de pequenos empreendedores a essa modalidade empresarial. Foi uma medida cautelosa do legislador ao atribuir responsabilidade limitada a este tipo de empresa.
VETO PRESIDENCIAL AO §4º DO ARTIGO 980-A DO CÓDIGO CIVIL
O texto original da lei 12.441/2011 que incluiu o artigo 980-A no Código Civil Brasileiro possibilitando a criação da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada trazia o § 4º, da forma descrita abaixo:
Art. 980-A (...)
"§ 4º Somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas da empresa individual de responsabilidade limitada, não se confundindo em qualquer situação com o patrimônio da pessoa natural que a constitui, conforme descrito em sua declaração anual de bens entregue ao órgão competente."
 
O veto se baseou na seguinte justificativa do Ministério do Trabalho e Emprego:
"Não obstante o mérito da proposta, o dispositivo traz a expressão 'em qualquer situação', que pode gerar divergências quanto à aplicação das hipóteses gerais de desconsideração da personalidade jurídica, previstas no art. 50 do Código Civil. Assim, e por força do § 6º do projeto de lei, aplicar-se-á à EIRELI as regras da sociedade limitada, inclusive quanto à separação do patrimônio."
 
O parecer do Ministério do Trabalho e Emprego foi decisivo para a aplicação do veto presidencial. A utilização do termo “em qualquer situação” ampliou demais as garantias da EIRELI em relação à limitação de sua responsabilidade. Isso a colocaria numa situação privilegiada em relação às demais espécies de entidades empresariais, pois excluiria, até mesmo, a possibilidade de alcance do patrimônio da pessoa natural proprietária da EIRELI nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.
Os casos de desconsideração da personalidade jurídica, descritos no artigo 50 do Código Civil são os de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial. Nestes casos, o dispositivo possibilita ao Juiz, quando motivado, que estenda aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica a responsabilidade de arcar com as obrigações da empresa. Vejamos a literalidade do dispositivo:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
 
Esse parágrafo era o dispositivo que estabelecia a responsabilidade limitada da EIRELI. Com sua supressão, o Código Civil ficou sem um dispositivo expresso específico que estabelecesse a responsabilidade limitada da EIRELI. Essa ausência pode ser suprida através da subsidiariedade da EIRELI às disposições cabíveis às sociedades limitadas, disposta no § 6º do artigo 980-A do Código Civil.
 
FUNDAMENTOS E PONDERAÇÕES A RESPEITO DA ADI Nº 4637
 
A lei 12441/2011 sofre uma Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada pelo Partido Popular Socialista – PPS. O PPS ataca em sua ação, a parte final do caput do artigo 980-A do Código Civil, especificamente em relação à exigência de capital social mínimo de 100 salários mínimos.
Segundo o entendimento do partido, a exigência exclui a possibilidade dos micro e pequenos empresários constituírem seus empreendimentos sob a forma de EIRELI, cerceando o direito a livre iniciativa e contrariando o princípio constitucional da livre iniciativa garantido pelo artigo 1º, IV e artigo 170, caput da Constituição Federal.
A segunda inconstitucionalidade apontada na ação para o mesmo dispositivo é a proibição da vinculação do salário mínimo para qualquerfim, disposta no artigo 7º, IV da Constituição Federal.
O partido que ajuizou a ação acredita que a declaração de inconstitucionalidade deste dispositivo possibilitará que grande parcela de empreendedores que hoje estão trabalhando a margem da lei possa regularizar sua situação.
 
 
CONCLUSÃO
 
Diante do que foi apresentado concluímos que a EIRELI realmente se apresenta como uma novidade bastante positiva no cenário empresarial nacional. As empresas com sócios de fachada, os vulgo “laranjas”, já não são mais uma necessidade ao empresário que deseja estabelecer sua empresa sem colocar em risco o seu patrimônio pessoal.
Comparando os pontos positivos e negativos desta modalidade empresarial, constatamos que os pontos positivos superam em muito os negativos. Desta forma, a EIRELI se apresenta como uma excelente opção para o empresário que deseja empreender seu negócio de forma autônoma.
A supressão do § 4º do artigo 980-A do Código Civil poderia ter causado um dano irreparável à implantação da EIRELI, mas a subsidiariedade às normas impostas a sociedade limitada, ao meu ver, supriu a lacuna, possibilitando a criação da EIRELI dentro dos parâmetros desejados.
Com relação à Ação Direta de Inconstitucionalidade impetrada contra a parte final do caput do artigo 980-A do Código Civil avalio que seu resultado será indiferente para a manutenção desta modalidade empresarial. A ADI trata de um aspecto secundário da EIRELI e qualquer que seja a decisão do STF não trará grande influência sobre esta modalidade de empresa.
 
 
BIBLIOGRAFIA:
BRASIL. Constituição (1988).  Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 11 mar. 2013.
 
BRASIL. LEI nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002.. Institui o Código Civil. Disponível em: . Acesso em: 11 mar. 2013.
 
BRASIL. Lei nº 12.441, de 11 de julho de 2011. Altera a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), para permitir a constituição de empresa individual de responsabilidade limitada. Disponível em: . Acesso em: 11 mar. 2013.
 
PORTAL DO EMPREENDEDOR. EIRELI. Disponível em: <http://www.portaldo empreendedor.gov.br/eireli>. Acesso em: 11 mar. 2013.
 
MACIEL. Rafael Fernandes. O veto presidencial à Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI). Disponível em: <http://jus.com.br/revista/ texto/19658/o-veto-presidencial-a-empresa-individual-de-responsabilidade-limitada-eireli>. Acesso em :  11 mar. 2013.
 
PESSOA. Leonardo Ribeiro. A Lei nº 12.441/2011: A Empresa Individual de Resposabilidade Limitada (EIRELI). Disponível em: <http://www.fiscosoft.com.br/ a/5g9v/a-lei-n-124412011-a-empresa-individual-de-resposabilidade-limitada-eireli-leonardo-ribeiro-pessoa> Acesso em :  11 mar. 2013.
 
TOMAZETTE. Marlon. ADI sobre o capital mínimo da EIRELI. Disponível em: <http://direitocomercial. com/?p=258> Acesso em :  11 mar. 2013.
 
BICHARA. A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI. Disponível em: <http://www.bicharalaw.com.br/boletin.php?bole_id=155> Acesso em :  11 mar. 2013.
*
SOCIEDADE EMPRESÁRIA LIMITADA (é o tipo societário de maior presença na economia brasileira)
Antes da vigência do Código Civil de 2002, este tipo de empresa era designado como Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada (Decreto 3.708/1919, revogado pela Lei 10.406/2002), substituído pelo termo Sociedades Limitadas, que pode ser empresária ou simples. 
Nesse tipo de pessoa jurídica, exige-se a pluralidade de sócios, isto é, não menos que dois, sejam pessoas físicas ou jurídicas, integralização de capital social, sem definir de valor mínimo ou máximo, a responsabilidade do sócio é limitada as quotas do capital, pode sofrer procedimentos falimentares, pode usar firma ou denominação na constituição do nome, devendo acrescer a frente a palavra Limitada ou a expressão LTDA.
A sociedade empresária limitada está prevista entre os artigos 1052 à 1087 do Código Civil, e utiliza nas omissões a regras da sociedade simples e supletivamente as disposições da Sociedade anônima, prevista na Lei 6.404/76.
A sociedade empresária limitada poderá optar por se enquadrar como microempresa ou empresa de pequeno porte, se atendido as exigências contidas em lei.
A forma de constituição se dá por meio de contrato, que pode ser público ou privado, observado o disposto do art. 997 da Lei 10.406/2002. A forma de dissolução é por meio de distrato social. As sociedades empresárias limitadas são registradas no registro mercantil, isto é, nas Juntas Comerciais. 
A segunda característica que motivou a larga utilização desse tipo societário é a contratualidade. As relações entre os sócios podem pautar-se nas disposições de vontade destes, sem os rigores ou balizamentos próprios do regime legal da sociedade anônima. Sendo a limitada contratual, e não institucional, a margem para negociações entre os sócios é maior (COELHO, 2007).
A responsabilidade dos sócios pelas obrigações está sujeita a limites. Se o patrimônio social é insuficiente para responder pelo valor total das dívidas que a sociedade contraiu, os credores só poderão responsabilizar os sócios, executando bens de seus patrimônios individuais, até um certo limite. Alcançando este, a perda é do credor. O limite da responsabilidade dos sócios é o total do capital social subscrito e não integralizada. Capital subscrito é o montante de recursos que os sócios se comprometem a entregar para a formação da sociedade; integralizado é a parte do capital social que eles efetivamente entregaram. Assim, ao firmarem o contrato social, os sócios podem estipular que o capital social será $ 100, dividindo em 100 quotas no valor de $ 1 cada. (COELHO, 2007). 
Contratual X institucional
Na limitada é estabelecido um contrato social entre os proprietários. Na S.A é estabelecido um estatuto social entre o proprietário e a empresa, isso porque podem haver milhares de sócios.
A sociedade empresária nasce do encontro de vontades de seus sócios. Este encontro, de acordo com o tipo societário, será concretizado em um contrato social ou estatuto, em que se definirão as normas disciplinadoras da vida societária. 
As sociedades contratuais dissolvem-se de acordo com o que prevê o Código Civil de 2002.
Observação: em caso de fraude os sócios podem ser responsabilizados ilimitadamente. (acho que não é só para a limitada)
*
SOCIEDADE ANÔNIMA 
Pode-se dizer que a lei nos oferece o conceito de sociedade anônima, pois o art. 1º da Lei 6.404/76 indica os seus elementos: "A companhia ou sociedade anônima terá o capital divido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas". As sociedades anônimas podem ser de capital aberto ou capital fechado. É uma pessoa jurídica de direito privado, e será sempre de natureza eminentemente mercantil, qualquer que seja seu objeto, conforme preconiza o art. 2º, § 1º, da Lei 6.404/76. A constituição da sociedade anônima é diferente, conforme seja aberta ou fechada, sendo sucessiva ou pública para a primeira, e simultânea ou particular para a segunda. Para a sucessiva ou pública, sua constituição obedece a fases, como elaboração de Boletins de Subscrição, que devem ser registrados na Comissão de Valores Mobiliários; oferta de subscrição das ações ao público; convocação de subscritores e realização da assembléia de constituição; remessa do estatuto e atas das assembléias para a Junta Comercial e publicação da certidão do arquivamento no jornal oficial. Já a constituição simultânea ocorre com elaboração de boletins de subscrição por fundadores, oferta direta ao público, convocação para assembléia, remessa à Junta Comercial do estatuto e ata da assembléia e publicação no jornal oficial da certidão do arquivamento. A sociedade poderá participar de outras sociedades, e será designada por denominação acompanhada das expressões companhia ou sociedade anônima, expressas por extenso ou abreviadamente,todavia, vedado a utilização da abreviação "Cia"ao final da denominação. Poderá o nome do fundador, acionista, ou pessoa que porventura tenha concorrido para o êxito empresarial do negócio
Informações importantes do Coelho (2007):
Valor nominal da ação: capital social/número total de ações.
Valor patrimonial da ação: patrimônio líquido/ número total de ações.
Preço de emissão da ação: preço pago por quem subscreve a ação, à vista ou parceladamente. Destina-se a mensurar a contribuição que o acionistas dá para o capital social (e , eventualmente, para a reserva de capital) da companhia, bem como o limite de sua responsabilidade subsidiária.
*
O que são finanças corporativas?(ou o que é Administração Financeira?)
Imagine que você vai abrir seu próprio negócio. Independentemente do tipo de negócio, você terá que responder, principalmente as três questões a seguir?
1-) Quais investimentos de longo prazo você deve fazer? Ou seja, em quais linhas de negócio você está e que tipo de instalações, máquinas e equipamentos você precisa ter?
2-) Onde você conseguirá o financiamento de longo prazo para pagar seus investimentos? A empresa terá outros sócios e/ou tomará dinheiro emprestados?
3-) Como você gerenciará suas atividades financeiras diárias? Como cobrança de clientes e pagamento de fornecedores.
Sem dúvida essas não são as únicas questões, mas elas estão entre as mais importantes. De modo geral, a administração financeira (ou finanças corporativas) estuda a maneira como essas três questões podem ser respondidas.
*
A primeira pergunta diz respeito aos investimentos de longo prazo da empresas. O processo de planejamento e gerenciamento desses investimentos é chamando de orçamento de capital, no qual o administrador financeiro tenta identificar as melhores oportunidades de investimentos. Ou seja, projetos de investimento que gerem retornos maiores (acima) do custo do capital investido, isto é projetos com valor presente líquido positivo. Projetos que ofereçam um retorno acima da taxa mínima de atratividade dos empreendimentos da firma...
Os tipos de oportunidades de investimentos que, em geral, seriam consideradas dependem da natureza dos negócios da empresa. Por exemplo, para uma grande varejista como o Wall-Mart, abrir ou não outro supermercado seria uma decisão importante do orçamento de capital. Da mesma maneira, para uma empresa de software como a Microsoft, a decisão de desenvolver e comercializar um novo programa ou aplicativo acarretaria uma grande decisão de orçamento de capital.
Independentemente da natureza específica da oportunidade, os administradores financeiros devem se preocupar não apenas com a quantidade de dinheiro que esperam receber, mas tb quando esperam recebê-lo e qual a probabilidade de recebê-lo. A avaliação do tamanho, do tempo e do risco dos fluxos de caixa futuros é a essência do orçamento de capital.
*
A segunda questão para o administrador financeiro diz respeito aos modos pelos quais a empresa obtém e administra o financiamento de longo prazo que precisa para suportar seus investimentos de longo prazo. A Estrutura de capital (ou estrutura financeira) de uma empresa é a combinação específica entre capital de terceiros (exigível de longo prazo) e capital próprio (patrimônio líquido) que a empresa usa para financiar suas operações.
O administrador financeiro tem suas preocupações nessa área. Primeiro lugar, quanto devo tomar emprestado? Ou seja, qual combinação entre exigível de longo prazo e PL é melhor? A combinação escolhida afetará o risco e o valor da empresa. Em segundo lugar, quais são as fontes menos caras de fundos?
Embora o capital próprio seja mais caro (não tem prazo de resgate/ hierarquia dos recebimentos), a utilização de capital de terceiros aumenta o risco financeiros da empresa, o que aumenta seu custo de capital próprio e de terceiros.
*
A terceira questão diz respeito a administração financeira de curto prazo (administração do capital de giro). O termo capital de giro se refere ao ativo circulante (como estoques) e passivo circulante ( como fornecedores).
A administração do capital de giro é uma atividade diária para garantir que a empresa tenha recursos suficientes para continuar suas operações e evitar interrupções caras. Envolve várias atividades relacionadas ao recebimento e às saídas de caixa da empresa.
Algumas perguntas que devem ser respondidas são:
(1) Quanto de caixa e estoques devem ser mantidos?
(2) Devemos vender a crédito (a prazo)?
(3) Como obter financiamento de curto prazo necessário?
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