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Aula Manga 20161

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Cultura da Manga 
FRUTICULTURA TROPICAL 
POMBAL – PB 1 
Busca de informações: 
 
Livros e circulares técnicas 
 
GENÚ, P. J. C.; PINTO, A. C. Q. A cultura da manga. Brasília: 
EMBRAPA Informações Tecnológicas. 2ª edição. 2002. 452 p. 
2 
Busca de informações: 
 
Livros e circulares técnicas 
 
CUNHA, G.A.P. et al. Manga para exportação: aspectos técnicos da 
produção. Brasília, EMBRAPA-SPI, 1994, 35p. (Série publicações 
técnicas, FRUPEX, 8). 
 
3 
Busca de informações: 
Livros e circulares técnicas 
MATOS A. P. de. Manga produção: aspectos técnicos. Cruz das Almas: 
Embrapa Mandioca e Fruticultura; Brasília: Embrapa Comunicação para 
Transferência de Tecnologia. 2000. 63 p. (Frutas do Brasil, 4). 
4 
Busca de informações: 
 
Sites especializados 
 
www.cnptia.embrapa.com.br 
 
 
www.periodico.capes.gov.br 
 
 
www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?c=1613&z=p&o=18 
5 
Sinonímia: 
Português: Manga 
Inglês: Mango 
Espanhol: Mango 
Francês: Mangue 
Possíveis centros de origem 
 - Sudeste da Ásia: Índia (frutos com semente monoembriônica) 
 - Arquipélago malaio: (frutos com semente poliembriônica) 
 • Malásia 
 • Indonésia 
 • Filipinas 
 • Tailândia 
Disseminação da mangueira 
 - No Brasil (1.700): São Paulo 
 - Portugueses: transporte de sementes e mudas 
6 
Importância econômica 
Cultivo da mangueira pode ser dividido em duas fases: 
 Até a década de 60: 
 • Plantio de forma extensiva e extrativista 
 • Variedades locais ou comuns 
 • Pouco ou nenhum uso de tecnologia: propagação via seminífera 
 A partir da década de 70: 
 • Introdução de novas variedades: EUA 
 • Exigentes em termos de tratos culturais 
Formas de consumo da manga 
- Consumo in natura do fruto 
- Extração da polpa 
 • Sucos 
 • Sorvetes 
- Geléias e compotas 
- Medicinal: anemia e asma (folhas) 
7 
- Época de produção: grande concentração no final e no início do ano 
- Variedades: Tommy Atkis e Haden (80%) 
- Problemas fitossanitários no campo: antracnose e moscas das frutas 
- Distúrbios fisiológicos: malformação floral (embonecamento) e 
amolecimento da polpa do fruto (colapso interno) 
- Problemas fitossanitários na pós-colheita: antracnose e moscas das 
frutas (custo elevado no tratamento) 
- Alternância de produção e baixa frutificação 
PROBLEMAS NA EXPLORAÇÃO DA CULTURA DA MANGA 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FAO (2007) 
Países Produção (mil t) 
Índia 10.800 
China 3.673 
Tailândia 1.800 
México 1.679 
Paquistão 1.674 
Indonésia 1.478 
Brasil (7º) 1.000 
Outros 6.403 
PRODUÇÃO MUNDIAL DE MANGA: ANO DE 2007 
Panorama Mundial 
9 
 
EXPORTAÇÃO MUNDIAL DE MANGA: ANO DE 2007 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FAO (2007) 
Países Exportação (mil t) 
Índia 223 
México 195 
Brasil (3º) 114 
Paquistão 49 
Holanda 69 
Perú 58 
Equador 40 
Outros 166 
10 
ÁREA CULTIVADA COM MANGA: ANO DE 2008 
 
- Área total cultivada no Brasil: 79.009 ha 
 
- Área cultivada por Região 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 IBGE (2008) 
Região Área plantada (ha) 
Norte 844 
Nordeste 55.685 
Sudeste 21.328 
Sul 799 
Centro-oeste 353 
Panorama Nacional 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Embrapa Mandioca e Fruticultura (2013) 
PRODUÇÃO NACIONAL DE MANGA: ANO DE 2012 
Panorama Nacional 
12 
TABELA - Produção brasileira de manga em 2012 
 Área Colhida Produção Rendimento 
 (ha) (t) (t/ha) 
Bahia 25.661 422.763 16,47 
São Paulo 13.015 234.380 18,01 
Pernambuco 11.257 226.921 20,16 
Minas Gerais 7.489 123.359 16,47 
Ceará 5.262 43.138 8,20 
Rio Grande do Norte 2.876 38.167 13,27 
Sergipe 1.012 21.325 21,07 
Espírito Santo 982 13.572 13,82 
Paraíba 1.751 12.199 6,97 
 
QUANTIDADE DE MANGA PRODUZIDA: ANO DE 2008 
 
- Total produzido no Brasil: 1.154.649 t 
 
- Total produzido por Região 
Região Produção (t) 
Norte 5.316 
Nordeste 816.862 
Sudeste 314.605 
Sul 13.087 
Centro-oeste 4.779 
13 
 
QUANTIDADE DE MANGA PRODUZIDA: ANO DE 2008 
 
- Quantidade produzida por Estado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 * Paraíba (8º posição): 22.228 t 
Estados Produção (t) 
Bahia 471.983 
São Paulo 207.930 
Pernambuco 196.507 
Minas Gerais 95.165 
Ceará 43.427 
14 
 
VALOR DA PRODUÇÃO DE MANGA: ANO DE 2008 
 
- Valor total da produção no Brasil: 765.376 mil reais 
 
- Valor da produção por Região 
Região Valor (mil reais) 
Norte 1.927 
Nordeste 612.723 
Sudeste 138.668 
Sul 8.748 
Centro-oeste 3.310 
15 
 
VALOR DA PRODUÇÃO DE MANGA: ANO DE 2008 
 
- Valor da produção por Estado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 * Rio Grande do Norte (5º posição): 20.288 mil reais 
 * Paraíba (8º posição): 7.333 mil reais 
Estados Valor (mil reais) 
Bahia 221.299 (2º) 
São Paulo 75.475 (3º) 
Pernambuco 326.068 (1º) 
Minas Gerais 57.993 (4º) 
Ceará 17.513 (6º) 
16 
 
PRODUÇÃO POR ÁREA DE MANGA: ANO DE 2008 
 
- Produção média por área no Brasil: 14,65 t ha-1 
 
- Produção média por área por Região 
 
Região Produção (t ha-1) 
Norte 6,30 
Nordeste 14,67 
Sudeste 14,75 
Sul 16,38 
Centro-oeste 13,54 
17 
 
PREÇO POR Kg DE MANGA: ANO DE 2008 
 
- No Brasil: R$ 0,66 
 
- Valor da produção por Região 
 
Região Valor (reais) 
Norte 0,36 
Nordeste 0,75 
Sudeste 0,44 
Sul 0,67 
Centro-oeste 0,69 
E atualmente ??? 18 
- Sistemática 
 Família: Anarcadiaceae 
 Gênero: Mangífera 
 Espécie: Mangífera índica L. 
 
- Características da planta 
 Extremamente variável quanto ao porte e tamanho e cor do fruto 
• Porte da planta 
 Alto: variedades locais (sementes) → 15 a 30 m 
 Médio: variedades cultivadas (vegetativa – enxertia e poda) → 3 a 10 m 
Botânica 
19 
Sistema radicular 
 - Pivotante ou principal (6 a 8 m de profundidade): lençol freático 
 
 - Laterais (até 7,5 m de comprimento) 
 
 - Sistema radicular efetivo (até 0,60 m): 90% do total 
Caule 
 - Redondo e de coloração verde (jovem) ou cinzento (adulto) 
 
 - Ramificado 
 
 - Lenhoso (crescimento secundário) 
20 
Folhas 
 • Variáveis em forma e tamanho (oblongo com ápice acuminado) 
 • As folhas são emitidas em fluxos: 10 a 20 folhas 
 • Inicialmente as folhas são verdes claras 
 • Durante sua expansão: torna-se arroxeadas 
 • Maturidade: verde escura e brilhantes 
 • As folhas são alternas e de pecíolo curto 
21 
Inflorescência 
 • Inflorescência: panícula terminal (racemo) ou lateral 
 • Formato piramidal ou cônico (até 60 cm de comprimento) 
 • Número de flores: variável (500 até mais de 4.000) 
 • Número de frutos: 1 a 3 
22Flores 
• Flores: hermafroditas 
 → 5 sépalas 
 → 5 pétalas 
 → Ovário súpero 
 → Um estígma 
 → Quatro a seis estames (apenas um é funcional) 
 
• Flores masculinas 
 → 5 sépalas 
 → 5 Pétalas 
 → Quatro a seis estames (apenas um é funcional) 
 
Polinização: entomófila (moscas) 
23 
24 
25 
26 
Frutos 
 - Tipo drupa carnosa (tamanho, formato e coloração variável) 
 • Tamanho: 50 g a 2,0 kg 
 • Casca coriácea e macia 
 • Polpa com tons de amarelo (presença de fibras) 
27 
- Semente: única 
28 
29 
30 
VALOR NUTRICIONAL DA POLPA DE MANGA 
31 
VALOR NUTRICIONAL DA POLPA DE MANGA 
32 
VALOR NUTRICIONAL DA POLPA DE MANGA 
33 
VALOR NUTRICIONAL DA POLPA DE MANGA 
34 
ESCOLHA DA ÁREA 
 - Mercado: 
 • Quem vai comprar ou consumir o nosso produto? 
 • Proximidade e tamanho do meu centro consumidor ou indústria. 
 • Quanto devo produzir? 
 - Logística: 
 • Possibilidade de mecanização 
 • Acesso a veículo 
 • Disponibilidade de mão-de-obra 
 • Lojas de insumo 
 • Instituições de crédito 
 - Fatores climáticos 
 • Estações do ano; altitude; latitude e relevo do local 
 - Fatores: água, nutrientes e O2 
 • Água 
 → Intensidade e distribuição das chuvas 
 → Disponibilidade e qualidade (irrigado) 
35 
 • Nutrientes 
 → Disponibilidade (Deficiência ou excesso) 
 → Presença de alumínio, manganês e NaCl 
 • O2 
 → Excesso de água no solo 
 → Solo compactado 
 - Fatores edáficos 
 • Textura e densidade do solo 
 • Características químicas (fertilidade) 
 • Profundidade efetiva 
 - Outros fatores: 
 • Histórico da área 
 → Culturas anteriores → Ocorrência de pragas e doenças 
 → Adubações e presença de plantas daninhas na área 
Obs: todas as decisões devem ser tomadas baseadas em informações 36 
CLIMA 
 - Latitude: 24ºN e S (regiões tropicais) 
 Regiões mais adequadas: períodos de seca e chuva bem definidos 
 • Período seca deve ocorrer: antes do florescimento (repouso vegetativo) 
 início da frutificação (doenças → antracnose) 
 • Período de chuva: após início da frutificação (crescimento do fruto) 
 crescimento vegetativo (produção de novos ramos) 
 
 - Altitude: nível do mar até 1.200m (acima do nível do mar) 
 • Nível do mar até 600 m (variedades comerciais) 
 - Temperatura: 0 até 50ºC 
 Obs.: Temp. muito baixas ou altas: reduz o crescimento e a produção 
 • Temperatura: 24 a 27ºC → Ideal 
 - Umidade relativa do ar: 
 • Umidade relativa (UR): problemas fitossanitários (doenças) > 60% 
 • Dar preferência por regiões com UR < 60% 
37 
- Necessidade hídrica: 
 → Produção economicamente viável: 500 a 2.500 mm/ano (chuva) 
 - Períodos críticos: crescimento vegetativo e frutificação (exigente) 
 - Maturação e colheita: ausência de chuvas 
Falta de chuvas causa: 
 • Queda de frutos 
- Luminosidade: exigente (planta C3) 
 • 900 a 1.200 μmol m-2 s-1 
 • Fotossíntese: crescimento e produção e qualidade do fruto 
 • Fotomorfogênese: transformação de gema vegetativa em reprodutiva 
 (luz com comprimento de onda na faixa do azul: 470 μm) 
 • Manejo: podas (formação e abertura de copa) e densidade de plantio 
 
 - Fotoperíodo (comprimento do dia): indiferente 
38 
- Ventos: 
 • Depósito de poeira sobre as folhas (ácaro) 
 • Seca o solo com facilidade 
 • Acama as plantas 
 • Quebra os galhos 
 • Queda de flores e frutos 
SOLO 
 - Desenvolve-se e produz bem em qualquer tipo de solo (↓ profundidade) 
 - Evitar solo com textura muito argilosa e com drenagem deficiente 
 - Declividade do solo: < 12% 
Ideal: 
 - Solos profundos 
 - Boa drenagem 
 -Textura areno-argilosa (média) 
 - Fertilidade média a alta 
 - pH: 5,5 a 7,5 39 
CULTIVARES DE MANGUEIRA 
 → Preferências do mercado consumidor 
 → Alta produtividade (região escolhida para plantio) 
 → Qualidade do fruto: cor atraente do fruto (vermelho ou roxo) 
 polpa doce (ºBrix): > 17% 
 pouca fibra ‘fibras curtas’ 
 resistente ao manuseio e ao transporte 
 → Precocidade (período juvenil curto) 
 → Porte da planta (porte médio) 
 → Regularidade de produção 
 → Resistente a doenças: antracnose e seca da mangueira 
 → Baixa Susceptibilidade a distúrbios fisiológicos 
 • Colapso interno da polpa;• Malformação floral 
Obs.: este ideótipo da mangueira infelizmente ainda não existe 
40 
 
Espada 
 
- Porte elevado e muito produtiva 
- Fruto de cor verde intenso ou amarelo 
esverdeado 
- Tamanho do fruto (± 300g) 
- Polpa tem muita fibra e coloração amarelada 
- Polpa doce: 18ºBrix 
- Semente poliembriônica 
- Destaca-se no mercado interno 
- Destaca-se como variedade para porta-enxerto 
- Resistente a seca da mangueira 
VARIEDADES LOCAIS OU COMUNS 
41 
 
Rosa 
 
- Porte médio 
- Crescimento lento e copa arredondada 
- Cor do fruto varia do amarelo a rosa 
avermelhado 
- Tamanho do fruto (± 350g) 
- Polpa amarelado ouro, suculenta e fibrosa 
- Polpa doce: 21,8ºBrix 
- Semente poliembriônica 
- Destaca-se no mercado interno (DF) 
- Susceptível a antracnose 
VARIEDADES LOCAIS OU COMUNS 
42 
OUTRAS VARIEDADES LOCAIS OU COMUNS 
- Bourbon 
- Carlota 
- Extrema 
- Itamaracá 
- Ubá 
- Coração de boi 
- Coité 
- IAC espada vermelha, Alfa EMBRAPA 142, Roxa EMBRAPA 141 
43 
 
Haden (florida – EUA) 
 
- Porte alto e copa densa 
- Tamanho do fruto (350 a 680g) 
- Cor do fruto: amarelo-avermelhado 
- Baixo vingamento de fruto 
- Polpa de sabor suave e pouca fibra 
- Polpa doce: 20,8ºBrix 
- Apresenta problemas de colapso interno 
do fruto 
VARIEDADES IMPORTADAS 
44 
 
Keitt (florida – EUA) 
 
- Porte ereto e ramos longos e finos 
- Tamanho do fruto (610g) 
- Cor do fruto: verde-amarelado a vermelho-
róseo 
- Polpa de sabor suave e pouca fibra 
- Polpa doce: 19ºBrix 
- Semente monoembriônica 
- Possui elevada vida útil pós-colheita 
- Resistente a míldio e susceptível a 
antracnose 
VARIEDADES IMPORTADAS 
45 
 
Kent (florida – EUA) 
 
- Porte ereto, copa aberta e de vigor médio 
- Tamanho do fruto (550 a 1.000g) 
- Cor do fruto: verde-amarelado com vermelho 
purpúreo 
- Polpa de sabor suave e pouca fibra 
- Polpa doce: 20,1ºBrix 
- Semente monoembriônica 
- Baixa vida útil pós-colheita 
- Susceptível a antracnose e colapso interno 
do fruto 
VARIEDADES IMPORTADAS 
46 
 
Tommy Atkins (florida – EUA) 
 
- Porte médio 
- Tamanho do fruto (460g) 
- Cor do fruto: amarelo-alaranjado com 
vermelho purpúreo 
- Polpa firme, suculenta e pouca fibra 
- Polpa de sabor suave: 16ºBrix 
- Precoce e amadurece bem se colhida de vez 
- Elevada vida útil pós-colheita 
- Resistente a antracnose e danos mecânicos 
- Mal formação floral e colapso interno do 
fruto 
- Área cultivada (70%) e exportações (90%) 
VARIEDADES IMPORTADAS 
47 
 
Palmer (florida – EUA) 
 
- Porte baixo (semi-anã) e copa aberta 
- Tamanho do fruto (300g) 
- Cor do fruto: roxo (de vez) e vermelho 
(maduro) 
- Polpa amarelada, firme e com pouca fibra- Polpa doce: 21,6ºBrix 
- Sementes monoembriônicas 
- Elevada vida útil pós-colheita 
- Produção regular 
- Boa aceitação no mercado interno 
VARIEDADES IMPORTADAS 
48 
 
Van Dyke (florida – EUA) 
 
- Porte médio e copa aberta 
- Tamanho do fruto (300 a 400g) 
- Cor do fruto: amarelo avermelhado 
- Polpa amarelada, firme e sem fibras longas 
- Polpa doce: 18ºBrix 
- Sementes monoembriônicas 
- Produção irregular 
VARIEDADES IMPORTADAS 
49 
OUTRAS VARIEDADES IMPORTADAS 
 
- Kensington 
 
 
 
 
 
 - Rapoza 
 
 
 
 
 
50 
51 
Fonte: Prof. Luiz Henrique 
52 
Fonte: Prof. Luiz Henrique 
53 
Fonte: Prof. Luiz Henrique 
54 
Fonte: Prof. Luiz Henrique 
55 
Fonte: Prof. Luiz Henrique 
56 
Fonte: Prof. Luiz Henrique 
PREPARO DO SOLO 
 
Finalidade: 
 → Incorporar restos de cultura 
 → Assegurar o controle de plantas daninhas 
 → Incorporar calcário, M. O. e fertilizantes 
 → Eliminar ou reduzir a compactação do solo 
 → Aumentar a drenagem, retenção e infiltração de água no solo 
 → Permitir a penetração das raízes 
 
Depende: 
 • Tipo de solo 
 • Disponibilidade de equipamentos na propriedade 
57 
Etapas utilizadas durante o preparo tradicional do solo 
 - Roçada e limpeza da área 
 - Subsolagem da área (40 a 45cm) 
 - Distribuição de calcário e aração 
 - Gradagem até o destorroamento e nivelamento adequados 
Obs: • Em solos declivosos as operações de preparo do solo dever ser 
 reduzidas ao mínimo e realizadas em nível 
 • O solo deve ser preparado na capacidade de campo 
Implementos mais utilizados no preparo do solo 
 - Ceifadeira: eliminar ervas e restos de culturas 
 - Subsolador 
 - Arado de aivecas e discos 
 - Grades de discos e dentes 
58 
Recomendações para a mangueira: preparo inicial do solo 
 - Solo arenoso (> 70% de areia) 
 • Solos permeáveis 
 • Baixa capacidade de retenção de água 
 • Baixos teores de M. O. 
 → Preparo do solo: mínimo possível (gradagem) 
 - Solos areno-argilosos (textura média: equilíbrio entre areia e argila) 
 • Solos permeáveis 
 • Bem drenados 
 • Média capacidade de retenção de água 
 → Preparo invertido: aração e uma gradagem 
 - Solos argilosos (> 35% de argila) 
 • Baixa permeabilidade e alta capacidade de retenção de água 
 → Preparo do solo: aração e duas gradagens 
59 
Recomendações para a mangueira: preparo do solo após o cultivo 
 - Roçada do mato na entrelinha 
 - Deposição dos galhos e folhas provenientes da poda na entrelinha 
60 
61 
62 
63 
64 
ADUBAÇÃO EM MANGUEIRA 
Objetivo: fornecer nutrientes que são limitantes ao crescimento e 
 produção das plantas 
 - Adubação por: 
 → Perpetuação de tradição 
 → Utilização de modelos de outras regiões (receitas) 
Fertilização engloba: 
 Calagem 
 Matéria orgânica 
 Macro e micronutriente 
 
Calagem 
 • Aumenta a absorção de nutrientes: P e Mo 
 • Reduz o efeito deletério do Al3+ e Mn+2 
 
65 
Cálculo da necessidade de calagem: 
 - Neutralização do Al3+ e elevação de Ca2+ e Mg+2 
 NC = Y Al3+ – 0,1 CTC + 2 - Ca2+ + Mg+2 
 Y = Arenoso (0 a 15%): 0-1,0; Textura média (15 a 35%): 1,0-2,0 
 Argiloso (35 a 60%): 2,0 a 3,0 e Muito argiloso (> 60%): 3,0-4,0 
 
 - Saturação por bases 
 NC = 0,8 T – SB 
 Onde: T = SB + (Al3+ + H+) 
 SB = K+ + Ca2+ + Mg+2 + Na+ 
Observação: aplicar após limpeza da área e antes da aração 
 maior dose obtida nos cálculos por um dos dois métodos 
Matéria orgânica 
 • Estercos 
 • Dose recomendada: 20 a 30 L de esterco bovino 
 • Aplicação: covas (plantio) 
 projeção da copa (cobertura 1 vez por ano) 66 
Macro e micronutrientes 
 - Exigente em nutrientes minerais (disponibilidade) 
 - Esgotante do solo 
 
 Valores médios extraídos por hectare (produtividade de 15 t): 
 • N = 19,23 kg; P = 2,82 kg; K = 29,66 kg 
 
 • Ca = 2,76 kg; Mg = 2,40 kg; S = 2,78 
 
 Quantidade absorvida: K > N > P > S > Ca > Mg 
 
Com que adubar? 
 16 elementos essenciais: 
 C, H, O (ar) e N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Zn, B, Mo, Mn, Fe e Cl - Ni (solo) 
 - Fontes solúveis: 
 • Macro: uréia, KCl, Nitrato de cálcio, MAP, entre outros 
 • Micro: Sulfato de cobre e zinco, bórax, molibdato de sódio, entre 
 outros 
67 
 
Nutriente Conc. na pta 
Micronutriente 
Forma disponível 
no solo para pta (mg/kg) 
 
Adubos 
Mo MoO4
2- 
0,1 Molibdato de Amônio 
Cu Cu
+
, Cu
2+ 
6,0 Sulfato de Cu 
Zn Zn
2+
 20 Sulfato de Zn 
B H3BO3 20 Bórax 
Mn Mn
2+
 50 Sulfato de Mn 
Fe Fe
2+
, Fe
3+
 100 Sulfato de Fe 
Cl Cl
- 
100 Cloreto de K 
Macronutrientes (g/kg) 
S SO4
2-
 1,0 Sulfatos 
P H2PO4
-
, H2PO4
2-
 2,0 Monoamôniofosfato 
Mg Mg
2+
 2,0 Sulfato Mg 
Ca Ca
2+
 5,0 Calcário 
K K
+
 10,0 Cloreto de K 
N NO3
-
, NH4
+
 15,0 Nitrato de K 
 
68 
Quando adubar? 
 • Plantio (fundação) 
 • Complementada ao longo do ciclo (cobertura) 
 
Como adubar? 
• Em covas (misturadas ao solo em fundação) 
• Projeção da copa (cobertura) 
 - Covas 
 - Sulcos 
 - Fertirrigação 
 
Quanto adubar? 
 • Análise de solo 
 • Análise foliar 
 • Verificar em tabelas se os teores estão: baixo, médio ou alto 
 • Procede-se a recomendação 
69 
COLETA DE AMOSTRA FOLIAR NA MANGUEIRA PARA ANÁLISE 
 
 • Dividir a área em talhões de acordo com as características fisico- 
 químicas do solo 
 
 • Evitar coletar folhas de plantas que tenha sido adubadas ou que se 
 tenha realizado algum tratamento fitossanitário 
 
 • Coletar folhas na parte mediana da copa e nos quatro pontos cardeais 
 
 • Folhas maduras: ramos com mais de 4 meses de idade e do penúltimo 
 fluxo foliar 
 
 • Coletar quatro folhas por planta em vinte plantas por talhão 
 
 • Colocar em saco de papel, secar e enviar ao laboratório 
70 
Recomendação de adubação na mangueira no plantio e na formação 
Adubação1 N 
g por 
cova 
P solo (mg dm-3) K solo (mmolc dm
-3) 
<10 10-20 21-40 > 40 <1,6 1,6-3,0 3,1-4,5 >4,5 
P2O5 (g por cova) K2O (g por cova) 
Plantio - 250 150 120 80 - - - - 
Formação 
(meses) 
0-12 
 
150 - - - - 80 60 40 20 
13-24 210 160 120 80 40 120 100 80 60 
25-30 1502 - - - - 80 60 40 20 
1. Adicionar como fonte de P o superfosfato simples e de N o sulfato de amônio, com o 
objetivo de se fornecer enxofre às plantas. 
 
2. Antes de aplicar nitrogênio neste período, realizar análise foliar, principalmente se 
for fazer a indução floral entre 30 e 36 meses. 
71 
Recomendação de adubação na mangueira durante a fase de produção 
Produção 
esperada 
N nas folhas (g kg-1) P solo (mg dm-3) K solo (mmolc dm
-3) 
< 12 12-14 14-16 >16 <10 10-20 21-40 > 40 <1,6 1,6-3,0 3,1-4,5 >4,5 
t/ha N (kg/ha) P2O5 (kg/ha) K2O (kg/ha) 
< 10 30 20 10 0 20 15 8 0 30 20 10 0 
10 - 15 45 30 15 0 30 20 10 0 50 30 15 0 
15 - 20 60 40 20 0 45 30 15 0 80 40 20 0 
20 - 30 75 50 25 0 65 45 20 0 120 60 30 0 
30 - 40 90 60 30 0 85 60 30 0 160 80 45 0 
40 - 50 105 70 35 0 110 75 40 0 200 120 60 0 
> 50 120 80 40 0 150 100 50 0 250150 75 0 
1. Usar como fonte de P o superfosfato simples no sentido de disponibilizar maior 
quantidade de cálcio para as plantas, o que também poderia ser conseguido com a 
aplicação de nitrato de cálcio na fase de quebra de dormência das gemas florais. 
 
Recomendação de micronutriente e enxofre (quando necessário) 
 
Micronutrientes: 5 kg ha-1 do elemento (sulco de plantio, cobertura ou cova). 
Mo é exceção - recomendam-se 20 g ha-1. 
Enxofre: 30 kg ha-1 do elemento (sulco de plantio, cobertura ou cova). 72 
PROPAGAÇÃO 
 
 • Seminífera 
 - Não garante a nova planta as mesmas características da pta mãe 
 - Produção do porta-enxerto 
 • Vegetativa 
 - Garante a nova planta as mesmas características da pta mãe 
 - Proporciona redução no porte da planta 
 
 INSTALAÇÃO DO VIVEIRO 
 
 • Terreno plano ou com pouco declive e bem drenado 
 • Protegido do vento 
 • Distante de estradas e pomares comerciais 
 • Próximo a uma fonte de água 
73 
74 
Escolha do porta-enxerto 
 • Utiliza-se sementes de variedades locais 
 • Frutos livres do ataque de pragas e doenças 
 • Sementes poliembriônicas: proporciona maior vigor à planta 
 - Nordeste: Espada 
 - Sudeste: Rosa, Ubá e Espada 
 
Seleção de plantas matrizes (formação da copa) 
 • Alta produtividade (avaliada nos primeiros três anos de produção) 
 • Pouca ou nenhuma alternância de produção 
 • Baixa susceptibilidade ao ataque de pragas e doenças 
 • Frutos com coloração externa atraente (vermelha) 
 • Aroma e sabor agradável (> 17ºBrix) 
 • Polpa com pouca fibra e de boa consistência 
 •Tolerante ao manuseio e ao transporte 
 • Sementes pequenas 75 
Preparo da semente 
 • Viabilidade da semente (10 a 15 dias): recalcitrante 
 • Espaço de tempo entre a colheita e semeadura (curto) 
 • Semear 40% a mais de sementes (percas na germinação e pegamento 
 da enxertia) 
Etapas 
 • Colheita: fruto de vez ou estágio verde-maduro 
 • Retirada da polpa e lavagem da semente 
 • Secagem a sombra 
 • Extração da casca (endocarpo) 
 Vantagens: 
 - Germinação mais rápida (20 a 25 dias) 
 - Maior índice de germinação (55 a 80%) 
 Desvantagens: 
 - Gasto com mão-de-obra utilizada nessa operação 
 - Realizar corte apenas na parte ventral do caroço 
76 
 
Época de semeadura 
 • Outubro a março (produção) 
77 
Produção do porta enxerto 
 • Dimensões da embalagem (sacos de polietileno perfurados) 
 30 ou 34 cm x 20 ou 22 cm x 2 mm 
 • Desenvolvimento do sistema radicular 
 • Boa altura e diâmetro de caule para enxertia 
 
Enchimento dos recipientes 
 • Três partes de solo de boa qualidade (barranco) 
 • Uma parte de esterco curtido 
 • 3 kg de superfosfato simples - SFS ( por m3 de substrato) 
 • 500 g de cloreto de potássio (por m3 de substrato) 
 • Sacos dispostos em 4 ou 5 filas (largura de 80 cm) 
 • Distância entre canteiros de 50 a 60 cm e comprimento máximo de 15 m 
 - Facilita enxertia e demais tratos culturais 
 • Posição da semente: deitada ou com a parte ventral do caroço p/ baixo 
 
78 
Tratos culturais (fase de muda) 
 • Desbaste: muda apresenta ± 20 cm de comprimento (um pta por saco) 
 • Adubação da muda durante a formação (cobertura) 
 Épocas: 45 dias após a semeadura 
 30, 60 e 90 dias após a enxertia 
 5 g por planta (100 g de uréia, 100 g de SFS e 60 g de KCl) 
 • Controle de plantas daninhas 
 • Controle de pragas e doenças 
 
Formação da muda 
 
Enxertia - seu êxito dependerá: 
 • Compatibilidade entre porta-enxerto e enxerto 
 • Condições fisiológicas do enxerto e porta-enxerto 
 • Condições climática (umidade e calor) 
 • Método de enxertia utilizado 
 • Habilidade do enxertador 
79 
Épocas de enxertia 
 • Pode ser enxertado durante todo ano 
 • Porta-enxerto adequado [diâmetro (0,8 cm) e idade (6 a 8 meses)] 
 • Enxerto (garfos): maduro com gemas entumescidas e não-brotadas 
 - ± 8 meses de idade e diâmetro (0,8 a 1,0 cm) 
 • Evitar período de chuvas 
 • Duas semanas antes da enxertia 
 - Irrigar em dias alternados 
 - Concentrar a seiva bruta 
 - Estimula a síntese de substâncias responsáveis pela cicatrização 
 - Maior índice de pegamento da enxertia 
 
Métodos de enxertia 
 Borbulhia 
 • Em T invertido 
 - Altura de enxertia (10 cm) 
 - Brotação ocorre em torno de 40 dias 
80 
Métodos de enxertia 
 
 Borbulhia 
 • Em placa 
 - Altura de enxertia (10 cm) 
 - Brotação ocorre em torno de 40 dias 
 
Obs: corta-se o porta-enxerto 3 cm acima da enxertia e após o segundo 
 fluxo vegetativo elimina-se o restante 
 transplantio: 6 a 8 meses após a enxertia 
 
 Garfagem 
 • No topo em fenda cheia 
 • A inglesa simples 
 • Lateral 
81 
T invertido 
Em placa 
82 
83 
84 
Métodos de enxertia 
 
• Enxertos ou garfos 
 - Maduros (± 8 meses) 
 - Ramos da estação anterior 
 - Redondos e em mudança de cor verde para o verde-cinza 
 - Gemas apicais bem entumescida e não danificadas 
 - Preparados ainda na planta matriz (retirada das folhas 5 a 10 dias antes) 
 - Tamanho do garfo: 10 a 15 cm 
 - Transplantio: 3 a 4 meses após a enxertia 
 - Após três fluxos: folhas maduras 
 
Instalação do mangueiral 
• Preparo do solo 
 
• Espaçamento: 10 x 10 m (100 ptas por hectare) 
 8 x 5 m (250 ptas por hectare) – alto nível tecnológico 
85 
Instalação do mangueiral 
• Alinhamento: marcação ou piqueteamento da área 
 Áreas declivosas: marcação em curva de nível (evitar problemas de erosão) 
 
• Coveamento 
 - Dimensões (60 x 60 x 60 cm) 
 - Manual (boca de lobo) ou mecanizado (broca perfuradora) 
 
• Época de plantio 
 - Irrigado: qualquer época do ano 
 - Ideal: período das chuvas 
 
• Adubação 
 
• Plantio 
 - Mistura-se a terra de superfície com os adubos (orgânico e mineral) 
 - Coloca-se a muda e retira-se o saco plástico 
 - Preenchimento da cova 
 - Irrigação com 10 a 20 L de água 
86 
TRATOS CULTURAIS 
Definição: são todas as operações realizadas desde a emergência da 
plântula até a colheita do produto comercial. 
 
Poda 
Finalidade: Manter um crescimento vegetativo equilibrado nas diferentes 
 partes da planta 
Tipos de poda 
 • Poda de formação 
 - Ramos com distribuição e tamanho adequado 
 - Favorece a penetração de luz e a aeração da copa 
 - Reduz o porte da planta 
 - Facilita os tratos culturais 
 - Possibilita o aumento da densidade de plantio 
 - É feita sempre após o 1º ou 2º nó ou fluxo vegetativo 
87 
Etapas da poda de formação 
• 1º Poda: corte da planta entre 60 e 80 cm do solo abaixo do nó e em 
 tecido maduro (lignificado) 
 
• 2º Poda: após a brotação seleciona-se três ramos que formará a base da 
 copa 
1º 2º 
88 
Etapas da poda de formação 
 
• 3º Poda: após a brotação seleciona-se em cada haste três ramos que dará 
 continuidade a formação da copa (corte em tecido maduro e 
 abaixo do nó) 
 
• 4º Poda: após a brotação seleciona-se três ramos voltados para a parte 
 externa da copa (a partir da 4º poda o corte é feito acima do nó) 
 
• 5º Poda: após a brotação seleciona-se trêsramos voltados para a parte 
 externa da copa 
89 
Tipos de poda 
 • Podas anuais ou de produção: realizadas após a colheita 
 
 Poda de limpeza 
 - Retirada de ramos secos e doentes 
 - Retirada de ramos com produção tardia e restos de colheita 
 - Objetivo: favorecer o crescimento vegetativo vigoroso que dará 
 suporte a produção no ano seguinte 
 
 Levantamento da copa da planta: eliminação de ramos com até 60 cm de 
 altura 
 Poda central de iluminação: eliminar ramos que tenha com o topo um 
 ângulo inferior a 45º 
 Poda lateral: - Manter espaço adequado entre as fileiras de planta 
 - Espaço entre plantas na rua tem que ser de no mínimo 
 45% do espaço entre fileiras (8,0 x 5,0 m → 3,6 m) 
90 
Tipos de poda 
 Poda de topo: utilizada para manter a altura da planta num limite 
 adequado a condução do pomar 
 - Altura máxima: 55% do espaçamento entre fileiras de planta 
 - Espaçamento de 8,0 x 5,0 m (4,4 m) 
91 
Tipos de poda 
 Poda de equilíbrio: visa equilibrar a produção de fruto e folhas em ptas 
 com idade avançada 
 
 Poda para correção da arquitetura: procura definir um formato para a 
 planta 
 • Formato ‘piramidal’ – recomendada para pomares mais adensados e deve 
 ser feita logo após a colheita 
 - Retirada de brotos na parte alta da planta até abaixo do primeiro nó 
 - Eliminação de brotos verticais 
 
 • Formato em ‘vaso aberto’ – consiste em abrir espaços no centro da copa 
 eliminando os ramos de inserção menor que 
 45º (melhorar a iluminação interna) 
 
92 
Forma piramidal 
Forma de taça 
93 
Desfolha: tem por objetivo melhorar a capacidade produtiva da planta e a 
 coloração dos frutos (realizada durante a produção) 
 
Intensidade da poda 
 Se vai realizar indução do florescimento a poda não deve ser drástica 
 
Podas para manejo da floração 
 
• Eliminação de brotações novas: quando ocorre próximo a indução da quebra 
 de dormência com nitrato de potássio 
• Eliminação da inflorescência: retardar o início da floração por um período 
 curto (até 30 dias) 
94 
Podas de renovação e rejuvenescimento 
 
Consiste: eliminação de folhagem e ramos secundários deixando-se apenas o 
 esqueleto de ramos principais 
 
• Revitalizar árvores velhas e descuidadas 
 
• Drástica redução na produtividade 
 
• Substituição de copa 
 
• Tronco e ramos principais sadios 
 
95 
Manejo da floração na mangueira 
 
Objetivo: incrementar a produção ou produzir fora da época normal 
 
Fatores que influenciam o processo de floração: 
 
• Estresse hídrico (redução gradual da disponibilidade de água) 
 - Proporcionar a maturação mais rápida e uniforme dos ramos 
 - O tempo de maturação depende do estado nutricional (30 a 70 dias) 
 
• Sulfato de potássio 
 - Conter a emissão de ramos vegetativos 
 - Proporcionar a maturação mais rápida e uniforme dos ramos 
 - Duas a três aplicações semanais (2,0 a 2,5%) 
 
• Paclobutrazol (PBZ) 
 - Inibidor do crescimento (acelera a maturação do ramo) 96 
Manejo da floração na mangueira 
 
Fatores que influenciam o processo de floração: 
 
• Ethephon 
 - Liberação de etileno e promover a maturação de gemas e a floração 
 - Não apresenta eficiência sozinho (combinado com estresse hídrico) 
 - Dose recomendada (200 a 300 ppm ou mg/L) 
 
• Efeito dos nitratos 
 - Não induzem o florescimento 
 - Estimulam o início do crescimento das gemas 
 (quebra de dormência ou brotação) 
 - A resposta depende do estado de maturação dos ramos (gema) 
 - Concentração recomendada [KNO3 (2 a 4%) e Ca(NO3)2 (1,5 a 2%)] 
97 
Manejo da indução floral na mangueira 
 
Modelo A (indução entre maio e agosto): final do período chuvoso 
 
 • 2 a 3 pulverizações com sulfato de potássio (2 a 2,5%) a cada 12 dias 
 
 • 1 a 2 pulverizações com ethephon (200 a 300 ppm) a cada 12 dias 
 
 • Redução da lâmina de água 
 - Evitar amarelecimento e queda de folhas 
 - Até a maturação do 1º fluxo foliar 
 
 • Pulverizações com KNO3 (3 a 4%) alternado Ca(NO3)2 (1,5 a 2%) até 
 brotação satisfatória das gemas 
 
 
98 
Manejo da indução floral na mangueira 
 
Modelo B (indução entre maio e agosto): final do período chuvoso 
 
 • Aplicação de PBZ (0,5 g i.a. / m de diâmetro de copa – 1º ano) 
 
 • 2 a 3 pulverizações com sulfato de potássio (2 a 2,5%) a cada 12 dias 
 (30 a 40 dias após a aplicação do PBZ) 
 
 • Redução da lâmina de água 70 dias após a aplicação do PBZ 
 
 • Pulverizações com KNO3 (3 a 4%) alternado Ca(NO3)2 (1,5 a 2%) até 
 brotação satisfatória das gemas 
99 
Manejo da indução floral na mangueira 
 
 
Modelo C (indução entre outubro e abril): quente e durante o período chuvoso 
 
 
 • Aplicação de PBZ (0,7 g i.a. / m de diâmetro de copa – 1º ano) 
 
 • 3 pulverizações com sulfato de potássio (2 a 2,5%) a cada 12 dias 
 (30 a 40 dias após a aplicação do PBZ) 
 
 • Redução da lâmina de água 80 dias após a aplicação do PBZ 
 
 • Pulverizações com KNO3 (3 a 4%) alternado Ca(NO3)2 (1,5 a 2%) até 
 brotação satisfatória das gemas 
100 
PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA MANGUEIRA 
- Definição de planta daninha: 
 
 • Plantas que interferem direta ou indiretamente com os objetivos do 
 homem em determinada situação 
 
 - Prejuízos causados pelas plantas daninhas 
 
 • Competição por água e nutrientes 
 • Reduzem a produtividade das culturas 
 • Podem ser hospedeiras alternativas de pragas e doenças 
 • Podem dificultar ou mesmo até impedir a realização de certas 
 práticas culturais 
 • Podem ainda reduzir o valor da terra 
101 
 
Controle de plantas daninhas 
- Manejo integrado leva em consideração as seguintes práticas: 
 • Preventivas 
 • Culturais 
 • Físicas 
 • Biológicas 
 • Mecânicas 
 • Químicas 
 
- Método preventivo 
 visa impedir a introdução ou a disseminação de espécies problemas na área. 
 
 • Limpeza de implementos 
 • Esterco com procedência segura 
102 
IRRIGAÇÃO NA MANGUEIRA 
 
- Conceito: consiste na aplicação de água no solo na quantidade e no 
 momento certo visando o pleno desenvolvimento e produção 
 da planta 
 
 • Necessidade hídrica das plantas varia: 
 → Fase de desenvolvimento 
 → Condições climáticas da área 
 
 • Irrigação eficiente (parâmetros) 
 → Solo 
 → Clima 
 → Planta 
 → Sistema de irrigação (Ea – eficiência de aplicação) 
 Superfície: 60% 
 Microaspersão: 90% 
 Gotejamento: 94% 103 
Tabela 1. Evapotranspiração da cultura (ETc) e consumo médio diário da 
mangueira cv. Tommy Atkins, aos 6 anos de idade, em Petrolina – PE. 
Períodos 
Duração 
(dias) 
 Etc média diária 
(mm/dia/Planta) ou (L/dia/planta) 
Floração 20 2,3 ou 44,2 
Queda de frutos 39 3,2 ou 61,4 
Desenvolvimento de frutos 51 4,0ou 76,8 
Maturação 39 4,6 ou 88,3 
104 
 Cálculo da irrigação utilizando o tanque classe A 
 ETo = Kt x Ev 
 Kt = Coeficiente de tanque 
 Ev = Evaporação de água no tanque classe A (mm/dia) 
 Dados: 
 Velocidade do vento 
 Raio do local de instalação do tanque classe A Kt = 0,4 
 Umidade relativa 
 Ev = 10 mm/dia 
 ETo = Kt x Ev → ETo = 0,44 x 10 → ETo = 4,0 mm/dia 
 
Mangueira 
Estágio (Kc) 
 I = 0,44 (Floração) 
 II = 0,65 (Queda de frutos) 
 III = 0,83 (Desenvolvimento dos frutos) 
 IV = 0,84 (Maturação) 105 
 ETc = ETo x Kc → ETc = 4 x 0,4 → ETc = 1,6 mm/dia 
 
 Turno de rega: 2 dias 
 
 LI = ∑ ETc/Ea → LI = 2x1,6(3,2)/0,94 → LI = 3,4 mm (1 mm → 1 L/m2) 
106 
107 
108 
PRAGAS DA MANGUEIRA 
 → Moscas das frutas (Anastrepha spp. e Ceratitis capitata) 
 Sintomas do ataque: 
 - Realiza ovoposição no fruto (ataca o fruto) 
 - Após eclosão (dano a polpa) 
Medidas de controle: 
 - Utilização de armadilhas 
 - Controle químico 
109 
PRAGAS DA MANGUEIRA 
 
 → Outras pragas 
 
 • Microácaro (Aceria mangiferae) 
 
 • Tripes (Selenothrips rubrocinctus) 
 
 • Mosquinha da Manga (Erosomyia mangiferae) 
 
 • Lepidópteros da Inflorescência e Pulgões 
 
Medidas de controle: 
- Controle químico 
110 
111 
112 
DOENÇAS DA MANGA 
→ Morte descendente ou podridão seca da mangueira 
(Botryodyplodia theobromae = Lasiodiplodia theobromae) 
 Sintomas do ataque: 
 - Ataca todas as partes da planta 
 - Inicia-se geralmente pela gema apical do ramo 
 - Seca das folhas iniciando-se nos bordos 
 - Podridões em rachaduras de ramos e tronco 
 Medidas de controle: 
 Poda de limpeza após colheita dos frutos 
 Evitar ferimentos sem proteção antifúngica (controle químico) 
113 
DOENÇAS DA MANGA 
 → Oídio (Oidium mangiferae) 
 Sintomas do ataque: 
 - Crescimento pulverulento do fungo de cor branca 
 - Ataca folhas, inflorescências e frutos novos 
 Medidas de controle: 
 - Uso de cultivares resistentes e controle químico 
114 
DOENÇAS DA MANGA 
 → Mal formação floral ‘embonecamento’ e vegetativa 
 (Fusarium subglutinans) 
 Sintomas do ataque: 
 - Ataca inflorescências e brotações vegetativas 
 - Aumenta os níveis endógenos de giberelinas 
 Medidas de controle: 
 - Uso de mudas sadias e utilização de variedades resistentes (Haden) 
 - Tommy Atkins (altamente susceptível a mal formação floral) 
 - Controle químico 
115 
DOENÇAS DA MANGA 
 → Antracnose (Colletotrichum gloeosporides) 
 Sintomas do ataque: 
 - Ataca folhas, inflorescências e frutos 
 - Causa necrose (escurecimento na região atacada) 
 
 Medidas de controle: 
 - Utilizar menor número de plantas por área 
 - Realizar podas periódicas (aeração e iluminação no interior da copa) 
 - Controle químico 
116 
DOENÇAS DA MANGA 
 → Seca da mangueira (Ceratocystis fimbriata) 
 Sintomas do ataque: 
 - A contaminação pode ocorrer pela copa ou pela raiz 
 - Pela copa a seca inicia nos ramos e progride para o tronco 
 - Agente disseminador: cascudo (coleóptero) 
 Medidas de controle: 
 - Exclusão: impedir a entrada do patógeno 
 - Sementes e mudas sadias 117 
DOENÇAS DA MANGA 
 → Mancha de alternária 
 Sintomas do ataque: 
 - Ataca frutos e folhas 
 - Manchas no fruto e foliares de coloração parda 
 - Pode ocorrer desfolha da planta 
 Medidas de controle: 
 - Utilizar menor número de plantas por área 
 - Realizar podas periódicas (aeração e iluminação no interior da copa) 
118 
DOENÇAS DA MANGA 
 → Mancha de angular 
 Sintomas do ataque: 
 - Ataca frutos e folhas 
 - Manchas no fruto e foliares de coloração escura 
 
 Medidas de controle: 
 - Utilizar menor número de plantas por área 
 - Realizar podas periódicas (aeração e iluminação no interior da copa) 
119 
120 
O colapso interno é um distúrbio fisiológico que tem sido atribuído a um 
desequilíbrio nutricional. Em geral, tem-se considerado uma associação do colapso 
interno à ocorrência de teores elevados de nitrogênio com baixos níveis de cálcio na 
polpa da manga, o que resulta em baixa relação Ca:N. Mas, não há um consenso em 
relação à causa do problema. 
- Sua ocorrência é generalizada nas regiões produtoras do mundo e algumas variedades 
são especialmente suscetíveis. No Vale do São Francisco, é comum sua ocorrência em 
mangas das variedades Tommy Atkins, Kent e Keitt. 
- O principal sintoma de colapso interno é o amadurecimento prematuro de algumas 
regiões da polpa da manga. 
Fig. 1. Sintomas de colapso interno na polpa de manga. 
Foto: Maria Auxiliadora Coêlho de Lima. 
 COLHEITA DA MANGA 
 
 Cuidados antes da colheita 
 Remoção de flores da panícula após frutificação 
Panícula antes e depois da limpeza 
121 
122 
 COLHEITA DA MANGA 
 
 Remoção do excesso de folhas 
Planta antes (A) e depois (B) da retirada das folhas 123 
 COLHEITA DA MANGA 
 
 Hidróxido de cálcio (cal) a 5% (1kg/20 l): proteção contra a queima pelo sol 
Frutos após a aplicação de cal 124 
AVALIAÇÃO PRÉ-COLHEITA 
Análise global do pomar 15 a 20 dias antes da colheita 
 
Verificar: aparência dos frutos 
 maturação 
 coloração 
 estimativa da produtividade 
O estádio de maturação para a colheita deve permitir: 
A continuação do processo de amadurecimento 
 
Transporte e o manuseio 
 
Comercialização com boa qualidade 
125 
 ÍNDICE DE COLHEITA DA MANGA 
 
 Indicadores físicos 
126 
 ÍNDICE DE COLHEITA DA MANGA 
 
 Indicadores químicos 
127 
PROCEDIMENTOS DE COLHEITA DA MANGA 
 
- Utilização de contentores plásticos 
- Limpeza em água clorada 
- Uso exclusivo para colheita 
- Deixar um espaço vazio de 10cm acima nos frutos 
128 
COLHEITA DA MANGA PROPRIAMENTE DITA 
Frutos baixos: Colheita manual 
 Tesoura de poda sanitizada com água quente 
 
Frutos altos: vara com cesta 
 
Corte do pedúnculo: 5 cm (látex) 
 
Uso de bolsas ou sacolas de colheita: recomendado 
 
Frutos manchados com látex: devem ser colocados em contentores 
separados para serem enviados para a casa de embalagem 
 
Frutos colhidos: mantidos a sombra até o transporte para a casa de 
embalagem 
 129 
Frutos baixos: colheita com tesoura de 
poda 
Frutos altos: colheita com 
vara 
130 
TRANSPORTE PARA O GALPÃO DE EMBALAGEM 
- Transporte com cuidado: evitar danos mecânicos 
- Cobrir a carga: lona de cor clara; espaço de 40-50cm entre a lona e os frutos 
- Carga aguardando descarregamento: manter à sombra 
Frutos sendo preparados para o transporte para a casa de embalagem 131 
 PÓS-COLHEITA DA MANGA 
 
 Recepção: identificar o lote 
 Lavagem: hipoclorito de sódio (100 ppm de cloro) 
 Eliminação do pedúnculo: emergir em hidróxido de cálcio (0,4%) 
 Seleção: imaturos, muito maduros, deformados, com manchas, 
 danos mecânicos ou defeitos nutricionais 
 Tratamento fitossanitário: fungo (antracnose) – 52ºC por 5 minutos 
 Mosca das frutas – 46,1ºC por 75 minutos 
 Temperatura da polpa: 21ºC 
 Aplicação de cera a base de carnaúba 
 Embalagem: frutos da mesma origem 
 mesma variedade 
 qualidade e tamanho 
132 
Caixas contendo frutos tipo 7, 8, 9, 10, 12 e 14 
133 
 Pré-resfriamentoAr forçado – redução da temperatura com rapidez (4-6h) 
UR: 85 – 95% - evitar perda de água nos frutos 
 Armazenamento/Transporte 
Temperatura ideal: 10 ºC a 13 ºC 
Transporte marítimo: representa 90% em termos de comércio exterior 
Transporte aéreo: só é utilizado quando a manga atinge preço diferenciado 
no mercado externo 
134

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