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Cultura da Manga FRUTICULTURA TROPICAL POMBAL – PB 1 Busca de informações: Livros e circulares técnicas GENÚ, P. J. C.; PINTO, A. C. Q. A cultura da manga. Brasília: EMBRAPA Informações Tecnológicas. 2ª edição. 2002. 452 p. 2 Busca de informações: Livros e circulares técnicas CUNHA, G.A.P. et al. Manga para exportação: aspectos técnicos da produção. Brasília, EMBRAPA-SPI, 1994, 35p. (Série publicações técnicas, FRUPEX, 8). 3 Busca de informações: Livros e circulares técnicas MATOS A. P. de. Manga produção: aspectos técnicos. Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura; Brasília: Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia. 2000. 63 p. (Frutas do Brasil, 4). 4 Busca de informações: Sites especializados www.cnptia.embrapa.com.br www.periodico.capes.gov.br www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?c=1613&z=p&o=18 5 Sinonímia: Português: Manga Inglês: Mango Espanhol: Mango Francês: Mangue Possíveis centros de origem - Sudeste da Ásia: Índia (frutos com semente monoembriônica) - Arquipélago malaio: (frutos com semente poliembriônica) • Malásia • Indonésia • Filipinas • Tailândia Disseminação da mangueira - No Brasil (1.700): São Paulo - Portugueses: transporte de sementes e mudas 6 Importância econômica Cultivo da mangueira pode ser dividido em duas fases: Até a década de 60: • Plantio de forma extensiva e extrativista • Variedades locais ou comuns • Pouco ou nenhum uso de tecnologia: propagação via seminífera A partir da década de 70: • Introdução de novas variedades: EUA • Exigentes em termos de tratos culturais Formas de consumo da manga - Consumo in natura do fruto - Extração da polpa • Sucos • Sorvetes - Geléias e compotas - Medicinal: anemia e asma (folhas) 7 - Época de produção: grande concentração no final e no início do ano - Variedades: Tommy Atkis e Haden (80%) - Problemas fitossanitários no campo: antracnose e moscas das frutas - Distúrbios fisiológicos: malformação floral (embonecamento) e amolecimento da polpa do fruto (colapso interno) - Problemas fitossanitários na pós-colheita: antracnose e moscas das frutas (custo elevado no tratamento) - Alternância de produção e baixa frutificação PROBLEMAS NA EXPLORAÇÃO DA CULTURA DA MANGA 8 FAO (2007) Países Produção (mil t) Índia 10.800 China 3.673 Tailândia 1.800 México 1.679 Paquistão 1.674 Indonésia 1.478 Brasil (7º) 1.000 Outros 6.403 PRODUÇÃO MUNDIAL DE MANGA: ANO DE 2007 Panorama Mundial 9 EXPORTAÇÃO MUNDIAL DE MANGA: ANO DE 2007 FAO (2007) Países Exportação (mil t) Índia 223 México 195 Brasil (3º) 114 Paquistão 49 Holanda 69 Perú 58 Equador 40 Outros 166 10 ÁREA CULTIVADA COM MANGA: ANO DE 2008 - Área total cultivada no Brasil: 79.009 ha - Área cultivada por Região IBGE (2008) Região Área plantada (ha) Norte 844 Nordeste 55.685 Sudeste 21.328 Sul 799 Centro-oeste 353 Panorama Nacional 11 Embrapa Mandioca e Fruticultura (2013) PRODUÇÃO NACIONAL DE MANGA: ANO DE 2012 Panorama Nacional 12 TABELA - Produção brasileira de manga em 2012 Área Colhida Produção Rendimento (ha) (t) (t/ha) Bahia 25.661 422.763 16,47 São Paulo 13.015 234.380 18,01 Pernambuco 11.257 226.921 20,16 Minas Gerais 7.489 123.359 16,47 Ceará 5.262 43.138 8,20 Rio Grande do Norte 2.876 38.167 13,27 Sergipe 1.012 21.325 21,07 Espírito Santo 982 13.572 13,82 Paraíba 1.751 12.199 6,97 QUANTIDADE DE MANGA PRODUZIDA: ANO DE 2008 - Total produzido no Brasil: 1.154.649 t - Total produzido por Região Região Produção (t) Norte 5.316 Nordeste 816.862 Sudeste 314.605 Sul 13.087 Centro-oeste 4.779 13 QUANTIDADE DE MANGA PRODUZIDA: ANO DE 2008 - Quantidade produzida por Estado * Paraíba (8º posição): 22.228 t Estados Produção (t) Bahia 471.983 São Paulo 207.930 Pernambuco 196.507 Minas Gerais 95.165 Ceará 43.427 14 VALOR DA PRODUÇÃO DE MANGA: ANO DE 2008 - Valor total da produção no Brasil: 765.376 mil reais - Valor da produção por Região Região Valor (mil reais) Norte 1.927 Nordeste 612.723 Sudeste 138.668 Sul 8.748 Centro-oeste 3.310 15 VALOR DA PRODUÇÃO DE MANGA: ANO DE 2008 - Valor da produção por Estado * Rio Grande do Norte (5º posição): 20.288 mil reais * Paraíba (8º posição): 7.333 mil reais Estados Valor (mil reais) Bahia 221.299 (2º) São Paulo 75.475 (3º) Pernambuco 326.068 (1º) Minas Gerais 57.993 (4º) Ceará 17.513 (6º) 16 PRODUÇÃO POR ÁREA DE MANGA: ANO DE 2008 - Produção média por área no Brasil: 14,65 t ha-1 - Produção média por área por Região Região Produção (t ha-1) Norte 6,30 Nordeste 14,67 Sudeste 14,75 Sul 16,38 Centro-oeste 13,54 17 PREÇO POR Kg DE MANGA: ANO DE 2008 - No Brasil: R$ 0,66 - Valor da produção por Região Região Valor (reais) Norte 0,36 Nordeste 0,75 Sudeste 0,44 Sul 0,67 Centro-oeste 0,69 E atualmente ??? 18 - Sistemática Família: Anarcadiaceae Gênero: Mangífera Espécie: Mangífera índica L. - Características da planta Extremamente variável quanto ao porte e tamanho e cor do fruto • Porte da planta Alto: variedades locais (sementes) → 15 a 30 m Médio: variedades cultivadas (vegetativa – enxertia e poda) → 3 a 10 m Botânica 19 Sistema radicular - Pivotante ou principal (6 a 8 m de profundidade): lençol freático - Laterais (até 7,5 m de comprimento) - Sistema radicular efetivo (até 0,60 m): 90% do total Caule - Redondo e de coloração verde (jovem) ou cinzento (adulto) - Ramificado - Lenhoso (crescimento secundário) 20 Folhas • Variáveis em forma e tamanho (oblongo com ápice acuminado) • As folhas são emitidas em fluxos: 10 a 20 folhas • Inicialmente as folhas são verdes claras • Durante sua expansão: torna-se arroxeadas • Maturidade: verde escura e brilhantes • As folhas são alternas e de pecíolo curto 21 Inflorescência • Inflorescência: panícula terminal (racemo) ou lateral • Formato piramidal ou cônico (até 60 cm de comprimento) • Número de flores: variável (500 até mais de 4.000) • Número de frutos: 1 a 3 22Flores • Flores: hermafroditas → 5 sépalas → 5 pétalas → Ovário súpero → Um estígma → Quatro a seis estames (apenas um é funcional) • Flores masculinas → 5 sépalas → 5 Pétalas → Quatro a seis estames (apenas um é funcional) Polinização: entomófila (moscas) 23 24 25 26 Frutos - Tipo drupa carnosa (tamanho, formato e coloração variável) • Tamanho: 50 g a 2,0 kg • Casca coriácea e macia • Polpa com tons de amarelo (presença de fibras) 27 - Semente: única 28 29 30 VALOR NUTRICIONAL DA POLPA DE MANGA 31 VALOR NUTRICIONAL DA POLPA DE MANGA 32 VALOR NUTRICIONAL DA POLPA DE MANGA 33 VALOR NUTRICIONAL DA POLPA DE MANGA 34 ESCOLHA DA ÁREA - Mercado: • Quem vai comprar ou consumir o nosso produto? • Proximidade e tamanho do meu centro consumidor ou indústria. • Quanto devo produzir? - Logística: • Possibilidade de mecanização • Acesso a veículo • Disponibilidade de mão-de-obra • Lojas de insumo • Instituições de crédito - Fatores climáticos • Estações do ano; altitude; latitude e relevo do local - Fatores: água, nutrientes e O2 • Água → Intensidade e distribuição das chuvas → Disponibilidade e qualidade (irrigado) 35 • Nutrientes → Disponibilidade (Deficiência ou excesso) → Presença de alumínio, manganês e NaCl • O2 → Excesso de água no solo → Solo compactado - Fatores edáficos • Textura e densidade do solo • Características químicas (fertilidade) • Profundidade efetiva - Outros fatores: • Histórico da área → Culturas anteriores → Ocorrência de pragas e doenças → Adubações e presença de plantas daninhas na área Obs: todas as decisões devem ser tomadas baseadas em informações 36 CLIMA - Latitude: 24ºN e S (regiões tropicais) Regiões mais adequadas: períodos de seca e chuva bem definidos • Período seca deve ocorrer: antes do florescimento (repouso vegetativo) início da frutificação (doenças → antracnose) • Período de chuva: após início da frutificação (crescimento do fruto) crescimento vegetativo (produção de novos ramos) - Altitude: nível do mar até 1.200m (acima do nível do mar) • Nível do mar até 600 m (variedades comerciais) - Temperatura: 0 até 50ºC Obs.: Temp. muito baixas ou altas: reduz o crescimento e a produção • Temperatura: 24 a 27ºC → Ideal - Umidade relativa do ar: • Umidade relativa (UR): problemas fitossanitários (doenças) > 60% • Dar preferência por regiões com UR < 60% 37 - Necessidade hídrica: → Produção economicamente viável: 500 a 2.500 mm/ano (chuva) - Períodos críticos: crescimento vegetativo e frutificação (exigente) - Maturação e colheita: ausência de chuvas Falta de chuvas causa: • Queda de frutos - Luminosidade: exigente (planta C3) • 900 a 1.200 μmol m-2 s-1 • Fotossíntese: crescimento e produção e qualidade do fruto • Fotomorfogênese: transformação de gema vegetativa em reprodutiva (luz com comprimento de onda na faixa do azul: 470 μm) • Manejo: podas (formação e abertura de copa) e densidade de plantio - Fotoperíodo (comprimento do dia): indiferente 38 - Ventos: • Depósito de poeira sobre as folhas (ácaro) • Seca o solo com facilidade • Acama as plantas • Quebra os galhos • Queda de flores e frutos SOLO - Desenvolve-se e produz bem em qualquer tipo de solo (↓ profundidade) - Evitar solo com textura muito argilosa e com drenagem deficiente - Declividade do solo: < 12% Ideal: - Solos profundos - Boa drenagem -Textura areno-argilosa (média) - Fertilidade média a alta - pH: 5,5 a 7,5 39 CULTIVARES DE MANGUEIRA → Preferências do mercado consumidor → Alta produtividade (região escolhida para plantio) → Qualidade do fruto: cor atraente do fruto (vermelho ou roxo) polpa doce (ºBrix): > 17% pouca fibra ‘fibras curtas’ resistente ao manuseio e ao transporte → Precocidade (período juvenil curto) → Porte da planta (porte médio) → Regularidade de produção → Resistente a doenças: antracnose e seca da mangueira → Baixa Susceptibilidade a distúrbios fisiológicos • Colapso interno da polpa;• Malformação floral Obs.: este ideótipo da mangueira infelizmente ainda não existe 40 Espada - Porte elevado e muito produtiva - Fruto de cor verde intenso ou amarelo esverdeado - Tamanho do fruto (± 300g) - Polpa tem muita fibra e coloração amarelada - Polpa doce: 18ºBrix - Semente poliembriônica - Destaca-se no mercado interno - Destaca-se como variedade para porta-enxerto - Resistente a seca da mangueira VARIEDADES LOCAIS OU COMUNS 41 Rosa - Porte médio - Crescimento lento e copa arredondada - Cor do fruto varia do amarelo a rosa avermelhado - Tamanho do fruto (± 350g) - Polpa amarelado ouro, suculenta e fibrosa - Polpa doce: 21,8ºBrix - Semente poliembriônica - Destaca-se no mercado interno (DF) - Susceptível a antracnose VARIEDADES LOCAIS OU COMUNS 42 OUTRAS VARIEDADES LOCAIS OU COMUNS - Bourbon - Carlota - Extrema - Itamaracá - Ubá - Coração de boi - Coité - IAC espada vermelha, Alfa EMBRAPA 142, Roxa EMBRAPA 141 43 Haden (florida – EUA) - Porte alto e copa densa - Tamanho do fruto (350 a 680g) - Cor do fruto: amarelo-avermelhado - Baixo vingamento de fruto - Polpa de sabor suave e pouca fibra - Polpa doce: 20,8ºBrix - Apresenta problemas de colapso interno do fruto VARIEDADES IMPORTADAS 44 Keitt (florida – EUA) - Porte ereto e ramos longos e finos - Tamanho do fruto (610g) - Cor do fruto: verde-amarelado a vermelho- róseo - Polpa de sabor suave e pouca fibra - Polpa doce: 19ºBrix - Semente monoembriônica - Possui elevada vida útil pós-colheita - Resistente a míldio e susceptível a antracnose VARIEDADES IMPORTADAS 45 Kent (florida – EUA) - Porte ereto, copa aberta e de vigor médio - Tamanho do fruto (550 a 1.000g) - Cor do fruto: verde-amarelado com vermelho purpúreo - Polpa de sabor suave e pouca fibra - Polpa doce: 20,1ºBrix - Semente monoembriônica - Baixa vida útil pós-colheita - Susceptível a antracnose e colapso interno do fruto VARIEDADES IMPORTADAS 46 Tommy Atkins (florida – EUA) - Porte médio - Tamanho do fruto (460g) - Cor do fruto: amarelo-alaranjado com vermelho purpúreo - Polpa firme, suculenta e pouca fibra - Polpa de sabor suave: 16ºBrix - Precoce e amadurece bem se colhida de vez - Elevada vida útil pós-colheita - Resistente a antracnose e danos mecânicos - Mal formação floral e colapso interno do fruto - Área cultivada (70%) e exportações (90%) VARIEDADES IMPORTADAS 47 Palmer (florida – EUA) - Porte baixo (semi-anã) e copa aberta - Tamanho do fruto (300g) - Cor do fruto: roxo (de vez) e vermelho (maduro) - Polpa amarelada, firme e com pouca fibra- Polpa doce: 21,6ºBrix - Sementes monoembriônicas - Elevada vida útil pós-colheita - Produção regular - Boa aceitação no mercado interno VARIEDADES IMPORTADAS 48 Van Dyke (florida – EUA) - Porte médio e copa aberta - Tamanho do fruto (300 a 400g) - Cor do fruto: amarelo avermelhado - Polpa amarelada, firme e sem fibras longas - Polpa doce: 18ºBrix - Sementes monoembriônicas - Produção irregular VARIEDADES IMPORTADAS 49 OUTRAS VARIEDADES IMPORTADAS - Kensington - Rapoza 50 51 Fonte: Prof. Luiz Henrique 52 Fonte: Prof. Luiz Henrique 53 Fonte: Prof. Luiz Henrique 54 Fonte: Prof. Luiz Henrique 55 Fonte: Prof. Luiz Henrique 56 Fonte: Prof. Luiz Henrique PREPARO DO SOLO Finalidade: → Incorporar restos de cultura → Assegurar o controle de plantas daninhas → Incorporar calcário, M. O. e fertilizantes → Eliminar ou reduzir a compactação do solo → Aumentar a drenagem, retenção e infiltração de água no solo → Permitir a penetração das raízes Depende: • Tipo de solo • Disponibilidade de equipamentos na propriedade 57 Etapas utilizadas durante o preparo tradicional do solo - Roçada e limpeza da área - Subsolagem da área (40 a 45cm) - Distribuição de calcário e aração - Gradagem até o destorroamento e nivelamento adequados Obs: • Em solos declivosos as operações de preparo do solo dever ser reduzidas ao mínimo e realizadas em nível • O solo deve ser preparado na capacidade de campo Implementos mais utilizados no preparo do solo - Ceifadeira: eliminar ervas e restos de culturas - Subsolador - Arado de aivecas e discos - Grades de discos e dentes 58 Recomendações para a mangueira: preparo inicial do solo - Solo arenoso (> 70% de areia) • Solos permeáveis • Baixa capacidade de retenção de água • Baixos teores de M. O. → Preparo do solo: mínimo possível (gradagem) - Solos areno-argilosos (textura média: equilíbrio entre areia e argila) • Solos permeáveis • Bem drenados • Média capacidade de retenção de água → Preparo invertido: aração e uma gradagem - Solos argilosos (> 35% de argila) • Baixa permeabilidade e alta capacidade de retenção de água → Preparo do solo: aração e duas gradagens 59 Recomendações para a mangueira: preparo do solo após o cultivo - Roçada do mato na entrelinha - Deposição dos galhos e folhas provenientes da poda na entrelinha 60 61 62 63 64 ADUBAÇÃO EM MANGUEIRA Objetivo: fornecer nutrientes que são limitantes ao crescimento e produção das plantas - Adubação por: → Perpetuação de tradição → Utilização de modelos de outras regiões (receitas) Fertilização engloba: Calagem Matéria orgânica Macro e micronutriente Calagem • Aumenta a absorção de nutrientes: P e Mo • Reduz o efeito deletério do Al3+ e Mn+2 65 Cálculo da necessidade de calagem: - Neutralização do Al3+ e elevação de Ca2+ e Mg+2 NC = Y Al3+ – 0,1 CTC + 2 - Ca2+ + Mg+2 Y = Arenoso (0 a 15%): 0-1,0; Textura média (15 a 35%): 1,0-2,0 Argiloso (35 a 60%): 2,0 a 3,0 e Muito argiloso (> 60%): 3,0-4,0 - Saturação por bases NC = 0,8 T – SB Onde: T = SB + (Al3+ + H+) SB = K+ + Ca2+ + Mg+2 + Na+ Observação: aplicar após limpeza da área e antes da aração maior dose obtida nos cálculos por um dos dois métodos Matéria orgânica • Estercos • Dose recomendada: 20 a 30 L de esterco bovino • Aplicação: covas (plantio) projeção da copa (cobertura 1 vez por ano) 66 Macro e micronutrientes - Exigente em nutrientes minerais (disponibilidade) - Esgotante do solo Valores médios extraídos por hectare (produtividade de 15 t): • N = 19,23 kg; P = 2,82 kg; K = 29,66 kg • Ca = 2,76 kg; Mg = 2,40 kg; S = 2,78 Quantidade absorvida: K > N > P > S > Ca > Mg Com que adubar? 16 elementos essenciais: C, H, O (ar) e N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Zn, B, Mo, Mn, Fe e Cl - Ni (solo) - Fontes solúveis: • Macro: uréia, KCl, Nitrato de cálcio, MAP, entre outros • Micro: Sulfato de cobre e zinco, bórax, molibdato de sódio, entre outros 67 Nutriente Conc. na pta Micronutriente Forma disponível no solo para pta (mg/kg) Adubos Mo MoO4 2- 0,1 Molibdato de Amônio Cu Cu + , Cu 2+ 6,0 Sulfato de Cu Zn Zn 2+ 20 Sulfato de Zn B H3BO3 20 Bórax Mn Mn 2+ 50 Sulfato de Mn Fe Fe 2+ , Fe 3+ 100 Sulfato de Fe Cl Cl - 100 Cloreto de K Macronutrientes (g/kg) S SO4 2- 1,0 Sulfatos P H2PO4 - , H2PO4 2- 2,0 Monoamôniofosfato Mg Mg 2+ 2,0 Sulfato Mg Ca Ca 2+ 5,0 Calcário K K + 10,0 Cloreto de K N NO3 - , NH4 + 15,0 Nitrato de K 68 Quando adubar? • Plantio (fundação) • Complementada ao longo do ciclo (cobertura) Como adubar? • Em covas (misturadas ao solo em fundação) • Projeção da copa (cobertura) - Covas - Sulcos - Fertirrigação Quanto adubar? • Análise de solo • Análise foliar • Verificar em tabelas se os teores estão: baixo, médio ou alto • Procede-se a recomendação 69 COLETA DE AMOSTRA FOLIAR NA MANGUEIRA PARA ANÁLISE • Dividir a área em talhões de acordo com as características fisico- químicas do solo • Evitar coletar folhas de plantas que tenha sido adubadas ou que se tenha realizado algum tratamento fitossanitário • Coletar folhas na parte mediana da copa e nos quatro pontos cardeais • Folhas maduras: ramos com mais de 4 meses de idade e do penúltimo fluxo foliar • Coletar quatro folhas por planta em vinte plantas por talhão • Colocar em saco de papel, secar e enviar ao laboratório 70 Recomendação de adubação na mangueira no plantio e na formação Adubação1 N g por cova P solo (mg dm-3) K solo (mmolc dm -3) <10 10-20 21-40 > 40 <1,6 1,6-3,0 3,1-4,5 >4,5 P2O5 (g por cova) K2O (g por cova) Plantio - 250 150 120 80 - - - - Formação (meses) 0-12 150 - - - - 80 60 40 20 13-24 210 160 120 80 40 120 100 80 60 25-30 1502 - - - - 80 60 40 20 1. Adicionar como fonte de P o superfosfato simples e de N o sulfato de amônio, com o objetivo de se fornecer enxofre às plantas. 2. Antes de aplicar nitrogênio neste período, realizar análise foliar, principalmente se for fazer a indução floral entre 30 e 36 meses. 71 Recomendação de adubação na mangueira durante a fase de produção Produção esperada N nas folhas (g kg-1) P solo (mg dm-3) K solo (mmolc dm -3) < 12 12-14 14-16 >16 <10 10-20 21-40 > 40 <1,6 1,6-3,0 3,1-4,5 >4,5 t/ha N (kg/ha) P2O5 (kg/ha) K2O (kg/ha) < 10 30 20 10 0 20 15 8 0 30 20 10 0 10 - 15 45 30 15 0 30 20 10 0 50 30 15 0 15 - 20 60 40 20 0 45 30 15 0 80 40 20 0 20 - 30 75 50 25 0 65 45 20 0 120 60 30 0 30 - 40 90 60 30 0 85 60 30 0 160 80 45 0 40 - 50 105 70 35 0 110 75 40 0 200 120 60 0 > 50 120 80 40 0 150 100 50 0 250150 75 0 1. Usar como fonte de P o superfosfato simples no sentido de disponibilizar maior quantidade de cálcio para as plantas, o que também poderia ser conseguido com a aplicação de nitrato de cálcio na fase de quebra de dormência das gemas florais. Recomendação de micronutriente e enxofre (quando necessário) Micronutrientes: 5 kg ha-1 do elemento (sulco de plantio, cobertura ou cova). Mo é exceção - recomendam-se 20 g ha-1. Enxofre: 30 kg ha-1 do elemento (sulco de plantio, cobertura ou cova). 72 PROPAGAÇÃO • Seminífera - Não garante a nova planta as mesmas características da pta mãe - Produção do porta-enxerto • Vegetativa - Garante a nova planta as mesmas características da pta mãe - Proporciona redução no porte da planta INSTALAÇÃO DO VIVEIRO • Terreno plano ou com pouco declive e bem drenado • Protegido do vento • Distante de estradas e pomares comerciais • Próximo a uma fonte de água 73 74 Escolha do porta-enxerto • Utiliza-se sementes de variedades locais • Frutos livres do ataque de pragas e doenças • Sementes poliembriônicas: proporciona maior vigor à planta - Nordeste: Espada - Sudeste: Rosa, Ubá e Espada Seleção de plantas matrizes (formação da copa) • Alta produtividade (avaliada nos primeiros três anos de produção) • Pouca ou nenhuma alternância de produção • Baixa susceptibilidade ao ataque de pragas e doenças • Frutos com coloração externa atraente (vermelha) • Aroma e sabor agradável (> 17ºBrix) • Polpa com pouca fibra e de boa consistência •Tolerante ao manuseio e ao transporte • Sementes pequenas 75 Preparo da semente • Viabilidade da semente (10 a 15 dias): recalcitrante • Espaço de tempo entre a colheita e semeadura (curto) • Semear 40% a mais de sementes (percas na germinação e pegamento da enxertia) Etapas • Colheita: fruto de vez ou estágio verde-maduro • Retirada da polpa e lavagem da semente • Secagem a sombra • Extração da casca (endocarpo) Vantagens: - Germinação mais rápida (20 a 25 dias) - Maior índice de germinação (55 a 80%) Desvantagens: - Gasto com mão-de-obra utilizada nessa operação - Realizar corte apenas na parte ventral do caroço 76 Época de semeadura • Outubro a março (produção) 77 Produção do porta enxerto • Dimensões da embalagem (sacos de polietileno perfurados) 30 ou 34 cm x 20 ou 22 cm x 2 mm • Desenvolvimento do sistema radicular • Boa altura e diâmetro de caule para enxertia Enchimento dos recipientes • Três partes de solo de boa qualidade (barranco) • Uma parte de esterco curtido • 3 kg de superfosfato simples - SFS ( por m3 de substrato) • 500 g de cloreto de potássio (por m3 de substrato) • Sacos dispostos em 4 ou 5 filas (largura de 80 cm) • Distância entre canteiros de 50 a 60 cm e comprimento máximo de 15 m - Facilita enxertia e demais tratos culturais • Posição da semente: deitada ou com a parte ventral do caroço p/ baixo 78 Tratos culturais (fase de muda) • Desbaste: muda apresenta ± 20 cm de comprimento (um pta por saco) • Adubação da muda durante a formação (cobertura) Épocas: 45 dias após a semeadura 30, 60 e 90 dias após a enxertia 5 g por planta (100 g de uréia, 100 g de SFS e 60 g de KCl) • Controle de plantas daninhas • Controle de pragas e doenças Formação da muda Enxertia - seu êxito dependerá: • Compatibilidade entre porta-enxerto e enxerto • Condições fisiológicas do enxerto e porta-enxerto • Condições climática (umidade e calor) • Método de enxertia utilizado • Habilidade do enxertador 79 Épocas de enxertia • Pode ser enxertado durante todo ano • Porta-enxerto adequado [diâmetro (0,8 cm) e idade (6 a 8 meses)] • Enxerto (garfos): maduro com gemas entumescidas e não-brotadas - ± 8 meses de idade e diâmetro (0,8 a 1,0 cm) • Evitar período de chuvas • Duas semanas antes da enxertia - Irrigar em dias alternados - Concentrar a seiva bruta - Estimula a síntese de substâncias responsáveis pela cicatrização - Maior índice de pegamento da enxertia Métodos de enxertia Borbulhia • Em T invertido - Altura de enxertia (10 cm) - Brotação ocorre em torno de 40 dias 80 Métodos de enxertia Borbulhia • Em placa - Altura de enxertia (10 cm) - Brotação ocorre em torno de 40 dias Obs: corta-se o porta-enxerto 3 cm acima da enxertia e após o segundo fluxo vegetativo elimina-se o restante transplantio: 6 a 8 meses após a enxertia Garfagem • No topo em fenda cheia • A inglesa simples • Lateral 81 T invertido Em placa 82 83 84 Métodos de enxertia • Enxertos ou garfos - Maduros (± 8 meses) - Ramos da estação anterior - Redondos e em mudança de cor verde para o verde-cinza - Gemas apicais bem entumescida e não danificadas - Preparados ainda na planta matriz (retirada das folhas 5 a 10 dias antes) - Tamanho do garfo: 10 a 15 cm - Transplantio: 3 a 4 meses após a enxertia - Após três fluxos: folhas maduras Instalação do mangueiral • Preparo do solo • Espaçamento: 10 x 10 m (100 ptas por hectare) 8 x 5 m (250 ptas por hectare) – alto nível tecnológico 85 Instalação do mangueiral • Alinhamento: marcação ou piqueteamento da área Áreas declivosas: marcação em curva de nível (evitar problemas de erosão) • Coveamento - Dimensões (60 x 60 x 60 cm) - Manual (boca de lobo) ou mecanizado (broca perfuradora) • Época de plantio - Irrigado: qualquer época do ano - Ideal: período das chuvas • Adubação • Plantio - Mistura-se a terra de superfície com os adubos (orgânico e mineral) - Coloca-se a muda e retira-se o saco plástico - Preenchimento da cova - Irrigação com 10 a 20 L de água 86 TRATOS CULTURAIS Definição: são todas as operações realizadas desde a emergência da plântula até a colheita do produto comercial. Poda Finalidade: Manter um crescimento vegetativo equilibrado nas diferentes partes da planta Tipos de poda • Poda de formação - Ramos com distribuição e tamanho adequado - Favorece a penetração de luz e a aeração da copa - Reduz o porte da planta - Facilita os tratos culturais - Possibilita o aumento da densidade de plantio - É feita sempre após o 1º ou 2º nó ou fluxo vegetativo 87 Etapas da poda de formação • 1º Poda: corte da planta entre 60 e 80 cm do solo abaixo do nó e em tecido maduro (lignificado) • 2º Poda: após a brotação seleciona-se três ramos que formará a base da copa 1º 2º 88 Etapas da poda de formação • 3º Poda: após a brotação seleciona-se em cada haste três ramos que dará continuidade a formação da copa (corte em tecido maduro e abaixo do nó) • 4º Poda: após a brotação seleciona-se três ramos voltados para a parte externa da copa (a partir da 4º poda o corte é feito acima do nó) • 5º Poda: após a brotação seleciona-se trêsramos voltados para a parte externa da copa 89 Tipos de poda • Podas anuais ou de produção: realizadas após a colheita Poda de limpeza - Retirada de ramos secos e doentes - Retirada de ramos com produção tardia e restos de colheita - Objetivo: favorecer o crescimento vegetativo vigoroso que dará suporte a produção no ano seguinte Levantamento da copa da planta: eliminação de ramos com até 60 cm de altura Poda central de iluminação: eliminar ramos que tenha com o topo um ângulo inferior a 45º Poda lateral: - Manter espaço adequado entre as fileiras de planta - Espaço entre plantas na rua tem que ser de no mínimo 45% do espaço entre fileiras (8,0 x 5,0 m → 3,6 m) 90 Tipos de poda Poda de topo: utilizada para manter a altura da planta num limite adequado a condução do pomar - Altura máxima: 55% do espaçamento entre fileiras de planta - Espaçamento de 8,0 x 5,0 m (4,4 m) 91 Tipos de poda Poda de equilíbrio: visa equilibrar a produção de fruto e folhas em ptas com idade avançada Poda para correção da arquitetura: procura definir um formato para a planta • Formato ‘piramidal’ – recomendada para pomares mais adensados e deve ser feita logo após a colheita - Retirada de brotos na parte alta da planta até abaixo do primeiro nó - Eliminação de brotos verticais • Formato em ‘vaso aberto’ – consiste em abrir espaços no centro da copa eliminando os ramos de inserção menor que 45º (melhorar a iluminação interna) 92 Forma piramidal Forma de taça 93 Desfolha: tem por objetivo melhorar a capacidade produtiva da planta e a coloração dos frutos (realizada durante a produção) Intensidade da poda Se vai realizar indução do florescimento a poda não deve ser drástica Podas para manejo da floração • Eliminação de brotações novas: quando ocorre próximo a indução da quebra de dormência com nitrato de potássio • Eliminação da inflorescência: retardar o início da floração por um período curto (até 30 dias) 94 Podas de renovação e rejuvenescimento Consiste: eliminação de folhagem e ramos secundários deixando-se apenas o esqueleto de ramos principais • Revitalizar árvores velhas e descuidadas • Drástica redução na produtividade • Substituição de copa • Tronco e ramos principais sadios 95 Manejo da floração na mangueira Objetivo: incrementar a produção ou produzir fora da época normal Fatores que influenciam o processo de floração: • Estresse hídrico (redução gradual da disponibilidade de água) - Proporcionar a maturação mais rápida e uniforme dos ramos - O tempo de maturação depende do estado nutricional (30 a 70 dias) • Sulfato de potássio - Conter a emissão de ramos vegetativos - Proporcionar a maturação mais rápida e uniforme dos ramos - Duas a três aplicações semanais (2,0 a 2,5%) • Paclobutrazol (PBZ) - Inibidor do crescimento (acelera a maturação do ramo) 96 Manejo da floração na mangueira Fatores que influenciam o processo de floração: • Ethephon - Liberação de etileno e promover a maturação de gemas e a floração - Não apresenta eficiência sozinho (combinado com estresse hídrico) - Dose recomendada (200 a 300 ppm ou mg/L) • Efeito dos nitratos - Não induzem o florescimento - Estimulam o início do crescimento das gemas (quebra de dormência ou brotação) - A resposta depende do estado de maturação dos ramos (gema) - Concentração recomendada [KNO3 (2 a 4%) e Ca(NO3)2 (1,5 a 2%)] 97 Manejo da indução floral na mangueira Modelo A (indução entre maio e agosto): final do período chuvoso • 2 a 3 pulverizações com sulfato de potássio (2 a 2,5%) a cada 12 dias • 1 a 2 pulverizações com ethephon (200 a 300 ppm) a cada 12 dias • Redução da lâmina de água - Evitar amarelecimento e queda de folhas - Até a maturação do 1º fluxo foliar • Pulverizações com KNO3 (3 a 4%) alternado Ca(NO3)2 (1,5 a 2%) até brotação satisfatória das gemas 98 Manejo da indução floral na mangueira Modelo B (indução entre maio e agosto): final do período chuvoso • Aplicação de PBZ (0,5 g i.a. / m de diâmetro de copa – 1º ano) • 2 a 3 pulverizações com sulfato de potássio (2 a 2,5%) a cada 12 dias (30 a 40 dias após a aplicação do PBZ) • Redução da lâmina de água 70 dias após a aplicação do PBZ • Pulverizações com KNO3 (3 a 4%) alternado Ca(NO3)2 (1,5 a 2%) até brotação satisfatória das gemas 99 Manejo da indução floral na mangueira Modelo C (indução entre outubro e abril): quente e durante o período chuvoso • Aplicação de PBZ (0,7 g i.a. / m de diâmetro de copa – 1º ano) • 3 pulverizações com sulfato de potássio (2 a 2,5%) a cada 12 dias (30 a 40 dias após a aplicação do PBZ) • Redução da lâmina de água 80 dias após a aplicação do PBZ • Pulverizações com KNO3 (3 a 4%) alternado Ca(NO3)2 (1,5 a 2%) até brotação satisfatória das gemas 100 PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA MANGUEIRA - Definição de planta daninha: • Plantas que interferem direta ou indiretamente com os objetivos do homem em determinada situação - Prejuízos causados pelas plantas daninhas • Competição por água e nutrientes • Reduzem a produtividade das culturas • Podem ser hospedeiras alternativas de pragas e doenças • Podem dificultar ou mesmo até impedir a realização de certas práticas culturais • Podem ainda reduzir o valor da terra 101 Controle de plantas daninhas - Manejo integrado leva em consideração as seguintes práticas: • Preventivas • Culturais • Físicas • Biológicas • Mecânicas • Químicas - Método preventivo visa impedir a introdução ou a disseminação de espécies problemas na área. • Limpeza de implementos • Esterco com procedência segura 102 IRRIGAÇÃO NA MANGUEIRA - Conceito: consiste na aplicação de água no solo na quantidade e no momento certo visando o pleno desenvolvimento e produção da planta • Necessidade hídrica das plantas varia: → Fase de desenvolvimento → Condições climáticas da área • Irrigação eficiente (parâmetros) → Solo → Clima → Planta → Sistema de irrigação (Ea – eficiência de aplicação) Superfície: 60% Microaspersão: 90% Gotejamento: 94% 103 Tabela 1. Evapotranspiração da cultura (ETc) e consumo médio diário da mangueira cv. Tommy Atkins, aos 6 anos de idade, em Petrolina – PE. Períodos Duração (dias) Etc média diária (mm/dia/Planta) ou (L/dia/planta) Floração 20 2,3 ou 44,2 Queda de frutos 39 3,2 ou 61,4 Desenvolvimento de frutos 51 4,0ou 76,8 Maturação 39 4,6 ou 88,3 104 Cálculo da irrigação utilizando o tanque classe A ETo = Kt x Ev Kt = Coeficiente de tanque Ev = Evaporação de água no tanque classe A (mm/dia) Dados: Velocidade do vento Raio do local de instalação do tanque classe A Kt = 0,4 Umidade relativa Ev = 10 mm/dia ETo = Kt x Ev → ETo = 0,44 x 10 → ETo = 4,0 mm/dia Mangueira Estágio (Kc) I = 0,44 (Floração) II = 0,65 (Queda de frutos) III = 0,83 (Desenvolvimento dos frutos) IV = 0,84 (Maturação) 105 ETc = ETo x Kc → ETc = 4 x 0,4 → ETc = 1,6 mm/dia Turno de rega: 2 dias LI = ∑ ETc/Ea → LI = 2x1,6(3,2)/0,94 → LI = 3,4 mm (1 mm → 1 L/m2) 106 107 108 PRAGAS DA MANGUEIRA → Moscas das frutas (Anastrepha spp. e Ceratitis capitata) Sintomas do ataque: - Realiza ovoposição no fruto (ataca o fruto) - Após eclosão (dano a polpa) Medidas de controle: - Utilização de armadilhas - Controle químico 109 PRAGAS DA MANGUEIRA → Outras pragas • Microácaro (Aceria mangiferae) • Tripes (Selenothrips rubrocinctus) • Mosquinha da Manga (Erosomyia mangiferae) • Lepidópteros da Inflorescência e Pulgões Medidas de controle: - Controle químico 110 111 112 DOENÇAS DA MANGA → Morte descendente ou podridão seca da mangueira (Botryodyplodia theobromae = Lasiodiplodia theobromae) Sintomas do ataque: - Ataca todas as partes da planta - Inicia-se geralmente pela gema apical do ramo - Seca das folhas iniciando-se nos bordos - Podridões em rachaduras de ramos e tronco Medidas de controle: Poda de limpeza após colheita dos frutos Evitar ferimentos sem proteção antifúngica (controle químico) 113 DOENÇAS DA MANGA → Oídio (Oidium mangiferae) Sintomas do ataque: - Crescimento pulverulento do fungo de cor branca - Ataca folhas, inflorescências e frutos novos Medidas de controle: - Uso de cultivares resistentes e controle químico 114 DOENÇAS DA MANGA → Mal formação floral ‘embonecamento’ e vegetativa (Fusarium subglutinans) Sintomas do ataque: - Ataca inflorescências e brotações vegetativas - Aumenta os níveis endógenos de giberelinas Medidas de controle: - Uso de mudas sadias e utilização de variedades resistentes (Haden) - Tommy Atkins (altamente susceptível a mal formação floral) - Controle químico 115 DOENÇAS DA MANGA → Antracnose (Colletotrichum gloeosporides) Sintomas do ataque: - Ataca folhas, inflorescências e frutos - Causa necrose (escurecimento na região atacada) Medidas de controle: - Utilizar menor número de plantas por área - Realizar podas periódicas (aeração e iluminação no interior da copa) - Controle químico 116 DOENÇAS DA MANGA → Seca da mangueira (Ceratocystis fimbriata) Sintomas do ataque: - A contaminação pode ocorrer pela copa ou pela raiz - Pela copa a seca inicia nos ramos e progride para o tronco - Agente disseminador: cascudo (coleóptero) Medidas de controle: - Exclusão: impedir a entrada do patógeno - Sementes e mudas sadias 117 DOENÇAS DA MANGA → Mancha de alternária Sintomas do ataque: - Ataca frutos e folhas - Manchas no fruto e foliares de coloração parda - Pode ocorrer desfolha da planta Medidas de controle: - Utilizar menor número de plantas por área - Realizar podas periódicas (aeração e iluminação no interior da copa) 118 DOENÇAS DA MANGA → Mancha de angular Sintomas do ataque: - Ataca frutos e folhas - Manchas no fruto e foliares de coloração escura Medidas de controle: - Utilizar menor número de plantas por área - Realizar podas periódicas (aeração e iluminação no interior da copa) 119 120 O colapso interno é um distúrbio fisiológico que tem sido atribuído a um desequilíbrio nutricional. Em geral, tem-se considerado uma associação do colapso interno à ocorrência de teores elevados de nitrogênio com baixos níveis de cálcio na polpa da manga, o que resulta em baixa relação Ca:N. Mas, não há um consenso em relação à causa do problema. - Sua ocorrência é generalizada nas regiões produtoras do mundo e algumas variedades são especialmente suscetíveis. No Vale do São Francisco, é comum sua ocorrência em mangas das variedades Tommy Atkins, Kent e Keitt. - O principal sintoma de colapso interno é o amadurecimento prematuro de algumas regiões da polpa da manga. Fig. 1. Sintomas de colapso interno na polpa de manga. Foto: Maria Auxiliadora Coêlho de Lima. COLHEITA DA MANGA Cuidados antes da colheita Remoção de flores da panícula após frutificação Panícula antes e depois da limpeza 121 122 COLHEITA DA MANGA Remoção do excesso de folhas Planta antes (A) e depois (B) da retirada das folhas 123 COLHEITA DA MANGA Hidróxido de cálcio (cal) a 5% (1kg/20 l): proteção contra a queima pelo sol Frutos após a aplicação de cal 124 AVALIAÇÃO PRÉ-COLHEITA Análise global do pomar 15 a 20 dias antes da colheita Verificar: aparência dos frutos maturação coloração estimativa da produtividade O estádio de maturação para a colheita deve permitir: A continuação do processo de amadurecimento Transporte e o manuseio Comercialização com boa qualidade 125 ÍNDICE DE COLHEITA DA MANGA Indicadores físicos 126 ÍNDICE DE COLHEITA DA MANGA Indicadores químicos 127 PROCEDIMENTOS DE COLHEITA DA MANGA - Utilização de contentores plásticos - Limpeza em água clorada - Uso exclusivo para colheita - Deixar um espaço vazio de 10cm acima nos frutos 128 COLHEITA DA MANGA PROPRIAMENTE DITA Frutos baixos: Colheita manual Tesoura de poda sanitizada com água quente Frutos altos: vara com cesta Corte do pedúnculo: 5 cm (látex) Uso de bolsas ou sacolas de colheita: recomendado Frutos manchados com látex: devem ser colocados em contentores separados para serem enviados para a casa de embalagem Frutos colhidos: mantidos a sombra até o transporte para a casa de embalagem 129 Frutos baixos: colheita com tesoura de poda Frutos altos: colheita com vara 130 TRANSPORTE PARA O GALPÃO DE EMBALAGEM - Transporte com cuidado: evitar danos mecânicos - Cobrir a carga: lona de cor clara; espaço de 40-50cm entre a lona e os frutos - Carga aguardando descarregamento: manter à sombra Frutos sendo preparados para o transporte para a casa de embalagem 131 PÓS-COLHEITA DA MANGA Recepção: identificar o lote Lavagem: hipoclorito de sódio (100 ppm de cloro) Eliminação do pedúnculo: emergir em hidróxido de cálcio (0,4%) Seleção: imaturos, muito maduros, deformados, com manchas, danos mecânicos ou defeitos nutricionais Tratamento fitossanitário: fungo (antracnose) – 52ºC por 5 minutos Mosca das frutas – 46,1ºC por 75 minutos Temperatura da polpa: 21ºC Aplicação de cera a base de carnaúba Embalagem: frutos da mesma origem mesma variedade qualidade e tamanho 132 Caixas contendo frutos tipo 7, 8, 9, 10, 12 e 14 133 Pré-resfriamentoAr forçado – redução da temperatura com rapidez (4-6h) UR: 85 – 95% - evitar perda de água nos frutos Armazenamento/Transporte Temperatura ideal: 10 ºC a 13 ºC Transporte marítimo: representa 90% em termos de comércio exterior Transporte aéreo: só é utilizado quando a manga atinge preço diferenciado no mercado externo 134
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