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Educação Especial Um pouco de história Textos: MAGALHÃES (2002) NUNES (2013) Objetivos: • Definir as concepções de deficiência na Antiguidade, na Idade Média, na Idade Moderna e Contemporânea. • Caracterizar as oportunidades de educação ofertadas aos indivíduos com deficiência nos referidos períodos. • Relacionar as concepções de deficiência nos diferentes períodos históricos com a atualidade. Referencias • MAGALHÃES, Rita de Cássia Barbosa. Traduções para as palavras diferença/deficiência: um convite à descoberta. In MAGALHÃES, R. Reflexões sobre a diferença: uma introdução à educação especial. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2002, p. 21-33. • Nunes, Débora. Educação Especial: um pouco de história. In Débora Nunes Educação Inclusiva. EDUFRN, 2013 Antiguidade • Pensamento mítico-religioso – Deuses e demônios (crenças; fé) • Quem eram os “deficientes”? – “Insanos” (deficientes intelectuais, doentes mentais, epiléticos) – Cegos – Surdos Antiguidade • Educação – privilégio das classes dominantes aperfeiçoamento do corpo (Esparta) e espírito (Atenas). Antiguidade • “Quanto a saber quais as crianças que se deve abandonar ou educar, deve haver uma lei que proíba alimentar toda criança disforme” (ARISTOTELES apud Silva, 1986, p.124). – Roma – direito do pai de eliminar a criança deficiente após o parto • Deficiente – segregação e abandono; tolerados os que traziam benefícios econômicos ou sociais à polis – Cegos: mendicantes; cegas: prostitutas Idade Média (470 -1453) Cenário: • Mundo feudal • Cristianismo Cristianismo (Deficiência) Caridade Deficiente = merecedor de compaixão Instrumentos de Deus Possibilidade do bom cristão fazer uma caridade Castigo Punição O “anticristo” Ex: epilepsia: possessão Idade Média • Função: entretenimento social = bobos da corte ou enjaulados • Institucionalização – forma de proteção do indivíduo e da sociedade Idade Média (470 – 1453) • Deficiente: passagem de coisa para pessoa – Direito à vida, mas privação na sociedade (herança, voto, educação) • Sociedades pouco escolarizadas – deficiente se funde à grande maioria analfabeta. Idade Moderna (1453-1789) • Fim do feudalismo – Expansões territoriais – Expansões científicas Idade Moderna – Desarticulação da concepção de deficiência de possessão demoníaca ou obra divina – Excepcionalidade = manifestação de doença – Deficiência: fruto de fatalidades hereditárias e congênitas. – Ao invés de segregar, tratar! Idade Moderna Paracelso (1493 – 1541) • Importância da observação clínica; • Importância dos remédios na cura Cardano (1501 – 1576) • Fisiologia da surdez • Surdez não afeta a inteligência Idade Moderna Deficiência auditiva Ponce de León (1520) 1º educador especial L´Epee (1712) • Fundou a primeira escola para surdos na França Deficiência visual Valentin Hauy (1745) Primeira escola para cegos na França Idade Moderna (deficiência intelectual) A idiotia e a estupidez dependem de uma falta de julgamento e de inteligência, que não corresponde ao pensamento racional real; o cérebro é a sede da enfermidade, que consiste numa ausência de imaginação localizada no corpo caloso ou substância branca; e a memória, na substância cortical. (Thomas Willis – 1621-1675) Idade Moderna John Locke (1632-1704) • Revoluciona a visão organicista da deficiência • Mente humana = tábula rasa (conhecimento não é inato, mas adquirido) • Deficiente intelectual = recém nascido – precisa ser ensinado! Idade Moderna/ Contemporânea • Médico • Primeiro a sistematizar o ensino para deficientes intelectuais... • Sua metodologia inspirou médicos e educadores nos séculos posteriores O menino selvagem Jean Itard (1775-1850) Idade Contemporânea (1789 – atual) • Final do século XIX – dias atuais • Duas Grandes Guerras • Demanda por uma sociedade “produtiva“ Idade Contemporânea • Crescimento das Instituições para pessoas com Deficiência – Da filantropia para o Direito • Aumento no número de escolas – Maior heterogeneidade – Binet (1857 – 1911) – testes de inteligência • Capacitação para a competição Idade Contemporânea • Maria Montessori (1870-1952) – Oposição aos métodos tradicionais de ensino – “A criança aprende melhor pela experiência direta de procura e descoberta e não pela imposição do conhecimento” – Manipulação de objetos concretos – atividades motoras e sensoriais (pré-escola) • Material dourado Idade Contemporânea: Paradigmas da Educação Segregação • Até 1960 Integração • 1970 - 1990 Inclusão • 1990 - atualidade Período Características Antiguidade Seleção natural; Abandono social explícito; extermínio Idade Média Caridade-castigo; atendimento caritativo (assistencialismo); prática da segregação em instituições Idade Moderna Interesse científico pela temática da deficiência, principalmente por médicos; início do atendimento educacional; persistência da institucionalização Idade Contemporân ea Críticas ao modelo segregado; reconhecimento dos direitos; filosofia da integração; paradigma da inclusão; heterogeneidade Atitudes em relação à deficiência Magalhães, 2006 Atitudes sociais que marcaram a história da EE • Descrença; omissão da sociedade Marginalização • Filantropia, paternalismo.; persiste a descrença; solidariedade Assistencialismo • Crença na possibilidade de mudança; organização de serviços educacionais Educação/ reabilitação Atividade de reflexão • Pg. 42
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