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Núcleo Comum | Avaliação da Aprendizagem Escolar NÚCLEO COMUM AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR TEMA: O SISTEMA ESCOLAR E A AVALIAÇÃO: PRINCÍPIOS LEGAIS E PEDAGÓGICOS EM DIÁLOGO PROF. Me. SIMONE ZAMPIER DA SILVA Núcleo Comum| Avaliação da Aprendizagem Escolar 2 Introdução A avaliação é um tema desafiador permeado por limites e avanços em que os atos de ensinar e aprender, ora se aproximam, ora se distanciam e tem como horizonte tornarem-se indissociáveis. Para compreender melhor essa relação assista ao vídeo a seguir: Das análises conceituais às vivências nas salas de aula, Sobrinho (2003), destaca que no plano da compreensão crítica, é importante levar em conta que a avaliação carrega através dos tempos uma herança semântica bastante pesada, e é imprescindível considerar este legado, quando nos debruçamos sobre os estudos nesta área. A concepção de avaliação, a seleção dos instrumentos e os critérios de análise, são parte integrante dos princípios legais e pedagógicos relacionados. Núcleo Comum| Avaliação da Aprendizagem Escolar 3 O SISTEMA ESCOLAR E A AVALIAÇÃO: PRINCÍPIOS LEGAIS E PEDAGÓGICOS EM DIÁLOGO É importante retomar alguns aspectos que embasam legalmente o sistema de avaliação no Brasil hoje, ressaltando os principais avanços que os princípios legais propõem com vistas a superar uma compreensão exclusivamente seletiva e classificatória e avançar para uma concepção diagnóstica, reflexiva e crítica de avaliação. Diretamente interligada aos princípios legais e sua expressão na organização do trabalho pedagógico está a concepção de avaliação expressa nas abordagens pedagógicas. A discussão sobre a organização da avaliação nas distintas correntes educacionais em seus respectivos contextos históricos indica a indissociabilidade que existe entre o planejamento escolar, as aulas em si e os métodos que norteiam os processos avaliativos. O estudo da legislação proporciona o entendimento da organização do ensino brasileiro em diferentes períodos e concomitantemente possibilitam compreender a relação das abordagens pedagógicas com os aspectos legais condizentes aos diferentes contextos. Os indicativos legais no que tange à avaliação nas Leis 4.024/61, 5.692/71 e 9.394/96 apresentam alguns aspectos que levam a entender o porquê de práticas autoritárias e como essas refletem não apenas uma concepção de educação, mas uma concepção de sociedade. Há clareza de que há outras orientações legais Núcleo Comum| Avaliação da Aprendizagem Escolar 4 intervalares as apresentadas no presente texto, porém o objetivo ao selecionar as três leis citadas é contextualizá-las com os procedimentos pedagógicos simultâneos a sua vigência. Vejamos mais sobre a organização legal do Ensino Brasileiro no vídeo a seguir. Neste contexto, Luckesi (2011), é esclarecedor quando afirma que o atual exercício da avaliação escolar não está sendo efetuado gratuitamente. Está a serviço de uma pedagogia, que nada mais é do que uma concepção teórica da educação, que, por sua vez, traduz uma concepção teórica da sociedade. Sua análise decorre do modelo de educação na década de 1980, e busca analisar como se manifesta a prática autoritária na avaliação de aprendizagem, reproduzindo o contexto sócio-histórico no qual está inserida. Passados 30 anos, o autor retoma uma discussão ainda urgente e necessária sobre os contextos pedagógicos para a prática da avaliação educacional e a democratização do ensino. Nas últimas cinco décadas no Brasil, observa-se que os princípios da Lei de Diretrizes e Bases em Educação Nacional, na área da avaliação refletem claramente as concepções, não apenas conceituais, mas metodológicas quanto aos encaminhamentos em avaliação. Núcleo Comum| Avaliação da Aprendizagem Escolar 5 Abaixo, foram selecionados alguns aspectos legais desse período, para elucidar a concretude das principais práticas desenvolvidas: Na Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, destaca-se: Art. 39. A apuração do rendimento escolar ficará a cargo dos estabelecimentos de ensino, aos quais caberá expedir certificados de conclusão de séries e ciclos e diplomas de conclusão de cursos. § 1º Na avaliação do aproveitamento do aluno preponderarão os resultados alcançados, durante o ano letivo, nas atividades escolares, asseguradas ao professor, nos exames e provas, liberdade de formulação de questões e autoridade de julgamento. § 2º Os exames serão prestados perante comissão examinadora, formada de professores do próprio estabelecimento, e, se este for particular, sob fiscalização da autoridade competente. Já na Lei nº 5.692 - de 11 de agosto de 1971, observa-se: Art. 14. A verificação do rendimento escolar ficará, na forma regimental, a cargo dos estabelecimentos, compreendendo a avaliação do aproveitamento e a apuração da assiduidade. § 1º Na avaliação do aproveitamento, a ser expressa em notas ou menções, preponderarão os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e os resultados obtidos durante o período letivo sobre os da prova final, caso esta seja exigida. § 2º O aluno de aproveitamento insuficiente poderá obter aprovação mediante estudos de recuperação proporcionados obrigatoriamente pelo estabelecimento. E na Lei nº 9394/96, o processo avaliativo é contemplado no Art. 24 inciso V, que diz: “Art. 24º. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: [...] Núcleo Comum| Avaliação da Aprendizagem Escolar 6 V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos; A análise dos indicativos legais acima demonstra alguns avanços históricos quanto às orientações para os procedimentos em avaliação no ensino brasileiro. Percebe-se historicamente, um movimento no sentido de superar práticas exclusivamente seletivas e meritocráticas, em que os instrumentos visam exclusivamente levantar dados sobre os resultados finais alcançados pelos alunos. Percebe-se ainda, na década de 1960 os procedimentos avaliativos eram reduzidos a exames classificatórios, nos quais o professor tem poder absoluto sobre os meios e instrumentos, assim como define as menções e notas. Cabe destacar ainda, que nesta perspectiva, os exames são elementos distanciados do processo educativo e tem um fim em si mesmo, numa abordagem condizente às tendências pedagógicas da época. Núcleo Comum| Avaliação da Aprendizagem Escolar 7 A organização legal do ensino expressa um ensino centrado no professor, voltando-se para o que é externo ao aluno como o programa e as disciplinas. O aluno, como afirma Mizukami (1986), apenas executa prescrições que lhe são fixadas por autoridades exteriores. Já na década de 1970, com a Lei 5.692/71, sabidos todos os limitese o contexto histórico da organização da mesma, há dois elementos a destacar: se propõe que os aspectos qualitativos superem os quantitativos; e a recomendação de estudos de recuperação, quando não alcançada a nota (média) final. Não se percebem avanços no que diz respeito à avaliação de aprendizagem, porém cada vez mais os mecanismos de aferição e controle são objeto de estudos, como destaca um parecer, elaborado pelo Estado do Rio de Janeiro. No Brasil, os questionamentos mais intensos sobre como os professores das classes de ensino básico avaliavam seus alunos remontam ao início da década de 1970, logo após a promulgação da Lei 5.692/71. A avaliação do rendimento escolar era tema de cursos, seminários e publicações do Ministério da Educação. A avaliação como processo e suas diferentes funções eram debatidas nas escolas, nas reuniões pedagógicas. Os aspectos qualitativos da avaliação dos alunos (atitudes, valores, mudanças de comportamento, Núcleo Comum| Avaliação da Aprendizagem Escolar 8 interesse, atenção, entre outros), preponderando sobre os quantitativos (número de acertos/erros nas provas e testes) passam a ser mais valorizados nesta época e atendiam a uma determinação da Lei 5.692/71. É neste momento que as funções da avaliação começam a ser discutidas intensamente e passa-se a perceber que é um processo contínuo, que envolve professores, alunos e as propostas pedagógicas oferecidas pela escola. A afirmação acima endossa a discussão que aborda os diferentes conceitos na área e a expressão deles na compreensão do ato de examinar como antagônico ao processo avaliativo em si. Uma faceta que perpassa muitas discussões sobre avaliação e aparece nominalmente na Lei 5.692/71 é quanto à relevância dos aspectos qualitativos, pois como coloca Hoffmann (2011), outro procedimento rotineiro é o de adição ou subtração de pontos por atitude, também arbitrariamente. Nesta perspectiva, a autora afirma que uma postura recorrente até os dias de hoje, é que os professores não definem o termo medida com clareza; o que acontece é a atribuição de graus numéricos a vários aspectos relacionados à vida do aluno na escola, indiscriminadamente. Decorre deste equívoco, a atribuição de notas a aspectos atitudinais dos estudantes (comprometimento, interesse, participação). Neste contexto cabe retomar da afirmação de Luckesi (2011) no início do texto, quando afirma que a concepção de avaliação de aprendizagem está diretamente ligada à concepção de educação e Núcleo Comum| Avaliação da Aprendizagem Escolar 9 sociedade. Ora, o texto da Lei em análise, a 5.692/71, expressa o contexto sócio-político daquele momento, cabendo então a reflexão: Quais aspectos atitudinais seriam valorizados na avaliação educacional, num período antidemocrático e autoritarista, em que a submissão e o silêncio são as armas para a sobrevivência? Trata-se de uma época marcada pela perseguição e punição aos que questionam, com caráter “domesticador”, conforme expressão freireana, para definir a pedagogia da época, em meados da década de 70. Neste contexto, Luckesi (201, p. 27) complementa a reflexão, ao ressaltar que: A prática da avaliação escolar, dentro do modelo liberal conservador, terá de, obrigatoriamente, ser autoritária, pois esse caráter pertence à essência dessa perspectiva de sociedade, que exige controle e enquadramento dos indivíduos nos parâmetros previamente estabelecidos de equilíbrio social, seja pela utilização de coações explícitas (...); a avaliação educacional será, assim, um instrumento disciplinador não só das condutas cognitivas como também das sociais, no contexto da escola. Completando esta ideia, pode-se entender ainda que a ênfase aos elementos atitudinais, na década de 70, são coerentes com a abordagem comportamentalista, diretamente ligada aos objetivos estabelecidos, no sentido de confirmar, se os comportamentos finais desejados foram adquiridos pelos alunos. Conforme afirma Mizukami (1986), esse objetivo será alcançado por meio da instrução programada, práticas individualizadas Núcleo Comum| Avaliação da Aprendizagem Escolar 10 sustentadas na ideia de que o aluno progride em seu ritmo próprio, em pequenos passos, sem cometer erros. A avaliação consiste em constatar se o aluno aprendeu e atingiu as metas propostas quando o programa foi conduzido até o final de forma adequada. É nesse contexto educacional que a Lei 5.692/71 traz seus indicativos para a estruturação do ensino nacional. É importante retomarmos, que neste contexto de contradições, avanços e recuos, a década de 80, do século XX, se configura por um período de muitas lutas e embates por uma sociedade mais justa e democrática e a educação não fica à margem destes apelos. Para compreender melhor essa temática assista ao vídeo a seguir: Luckesi (2011) é elucidativo ao afirmar que no seio e no contexto da prática social liberal conservadora, vem-se aspirando e já antevê uma opção por outro modelo social, em que a igualdade entre os seres humanos e a sua liberdade não se mantivessem tão somente ao nível da formalidade da lei, mas que se traduzem em concretudes históricas; cenário este em que se articulam os primeiros passos da nova lei em educação que só vai ser aprovada mais de uma década depois. Dando continuidade as análises da organização estrutura do ensino brasileiro, temos por fim, a lei vigente: LDBEN 9.394/96, na Núcleo Comum| Avaliação da Aprendizagem Escolar 11 qual se percebe alguns avanços na área da avaliação, observando-se um horizonte diagnóstico, numa perspectiva em que se pense a avaliação como processo, como possibilidade de aprendizagem e crescimento coletivo para todos os sujeitos envolvidos. Ou seja, como afirma Luckesi (201, p. 27) (...) a prática da avaliação nas pedagogias preocupadas com a transformação deverá estar atenta aos modos de superação do autoritarismo e ao estabelecimento da autonomia do educando, pois o novo modelo social exige a participação democrática de todos. (...) Nesse contexto, a avaliação educacional deverá manifestar-se como um mecanismo de diagnóstico da situação, tendo em vista o avanço e o crescimento e não a estagnação disciplinadora. A atual Lei 9.394/96 apresenta alguns progressos teóricos, entre os quais a proposição da recuperação paralela, que confere um caráter construtivista ao processo, a partir do entendimento que a avaliação é intrínseca à relação ensino-aprendizagem e não excludente a ela. Observa-se, contudo, que as escolas ainda possuem limites técnicos e humanos para implementar algumas mudanças, ou, em algumas situações, a configuração histórica do modo de agir com os exames tornou-se resistente a mudanças, pois que ela oferece um modo confortável de ser, garantindo ao educador poder de controle sobre os educandos. Esta Lei afirma ainda que a verificação do rendimento escolar deverá observar a avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com “prevalência dos aspectos qualitativos sobre os Núcleo Comum| Avaliação da Aprendizagem Escolar 12 quantitativos”, além de maior valorização dos resultados ao longo do período “sobre os de eventuais provas finais”, ou seja, uma perspectiva processual, em que se valoriza a construção dos conhecimentos e os avanços discentes incorporados ao calendário letivo em toda sua extensão, ao próprio planejamento e a organização do trabalho pedagógico. Entende-se que o desafio de mudançase coloca para os próprios professores e gestores educacionais, pois a avaliação da aprendizagem não poderia continuar a ser tratada como um elemento à parte, uma vez que integra o processo didático de ensino- aprendizagem, como um de seus elementos constitutivos. (LUCKESI, 2011) A discussão sobre os aspectos legais e a interrelação com as tendências pedagógicas é elucidativa para que os professores analisem suas práticas educativas e observem sobre que bases elas se sustentam. Alguns autores ao fazer essas análises, distinguem como pedagogias críticas e não críticas. Luckesi (2011) especificamente recorre a linguagem freireana e resume estes dois grupos de pedagogia entre aquelas que, de um lado, tem por objetivo a domesticação dos educandos e, de outros, aquelas que pretendem a humanização dos educandos. Ambas expressam diferentes modelos de sociedade. O primeiro grupo está preocupado com a reprodução e conservação da sociedade e, o segundo, voltado para as perspectivas e possibilidades de transformação social (LIBÂNEO, 1984). Núcleo Comum| Avaliação da Aprendizagem Escolar 13 Tomar a avaliação educacional sob a égide do modelo democrático implica uma opção e decisão não pessoal, mas coletiva. Será no trabalho sistemático e intencional com os alunos que as possibilidades reais de aprendizagem vão se concretizar, dentro do qual a avaliação de aprendizagem fornecerá subsídios para processualmente se refletir sobre o trabalho realizado e aperfeiçoar, repensar e redimensionar os encaminhamentos, objetivos e projetos educativos. Assista ao vídeo a seguir para compreender melhor esse processo. A avaliação como é possível notar se faz presente não só na identificação da perspectiva histórico-social, mas também na seleção de meios alternativos e na execução do projeto, tendo em vista sua construção. A aderência e articulação necessárias entre a teoria e a prática, possibilitará que muitos anseios saiam dos papéis e dos pensamentos e encontrem espaço de realização concreta na história de cada aluno que frequenta a escola brasileira. Núcleo Comum| Avaliação da Aprendizagem Escolar 14 Para complementar seus estudos acerca do tema “O Sistema Escolar e a Avaliação: Princípios Legais e Pedagógicos em Diálogo”, propõe-se ler o texto: Verificação ou avaliação: o que pratica a escola? Cipriano Carlos Luckesi. Série Idéias n. 8, São Paulo: FDE, 1998. p. 71-80. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/int_a.php?t=009> Acesso em: 20/11/2013. Site: O site abaixo traz vários artigos, sugestões de leituras, vídeos e áudios sobre os temas que discutimos na disciplina: Cipriano Luckesi <http://www.luckesi.com.br/artigosavaliacao.htm> Veja também! Modelos de avaliação educacional devem fortalecer a formação dos estudantes, afirmam especialistas. Disponível em: <http://www.cenpec.org.br/noticias/ler/Modelos-de- avaliação-educacional-devem-fortalecer-a-formação-dos- estudantes,-afirmam-especialistas> Núcleo Comum| Avaliação da Aprendizagem Escolar 15 Questão 1 No que diz respeito à avaliação e sua relação com os atos de ensinar e aprender assinale a alternativa correta: a) Ensinar, aprender e avaliar são momentos distintos de modo que cada um precisa ser realizado isoladamente. b) Os atos de ensinar e aprender para acontecerem completamente sempre dispensam a necessidade de avaliar. c) Avaliar é uma ação que precisa ser realizada sempre ao final de um processo de ensino e aprendizagem. d) Os atos de ensinar e aprender ora se aproximam, ora se distanciam e têm como horizonte tornarem-se indissociáveis. Comentário: Conforme é possível notar ao longo do estudo da temática, a avaliação se constitui um tema desafiador, permeado por limites e avanços, em que os atos de ensinar e aprender ora se aproximam, ora se distanciam e têm como horizonte tornarem-se indissociáveis em um modelo socializante e democrático de sociedade. Gabarito: A proposição correta é a alternativa “d”. Questão 2 Com relação à chamada “herança semântica” da avaliação analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta: a) Por ser um elemento necessário no processo de ensino e aprendizagem a avaliação sempre teve uma conotação positiva. Núcleo Comum| Avaliação da Aprendizagem Escolar 16 b) É importante considerar que a avaliação carrega através dos tempos uma herança semântica bastante pesada. c) Avaliar é um elemento desnecessário, por isso evoca-se a ideia de uma herança semântica para períodos anteriores. d) O momento atual já superou todos os problemas com a avaliação, assim a história passada é considerada uma herança semântica. Gabarito: A proposição correta é a alternativa “b”. Comentário: Conforme estudamos a concepção de avaliação, a seleção dos instrumentos e os critérios de análise são parte integrante dos princípios legais e pedagógicos relacionados a este assunto. Assim, no plano da compreensão crítica, é importante levar em conta que a avaliação carrega através dos tempos uma herança semântica bastante pesada e é imprescindível considerar esse legado quando nos debruçamos sobre o estudo nesta área. 1) Releia com atenção o texto: “ O Sistema Escolar e a Avaliação: princípios legais e pedagógicos em diálogo” 2) SÍNTESE DO CONTEÚDO: Após estudo das Leis citadas no texto, organize um quadro comparativo, onde você apresente os principais aspectos das leis abordadas, no que tange aos indicativos sobre AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM. 3) AMPLIANDO OS CONHECIMENTOS: Quanto à LEI 9394/96, e seu indicativo de “recuperação paralela”, propõem-se uma reflexão sobre o assunto, a partir do seguinte questionamento: O que difere a RECUPERAÇÃO AO TÉRMINO DO ANO LETIVO DA RECUPERAÇÃO PARALELA? Para ampliar sua compreensão sobre o assunto, sugere-se que você pesquise em duas escolas de Ensino Fundamental (anos iniciais e anos finais), como desenvolvem as práticas de recuperação. Após levantar os dados, analise qual dos modelos acima de recuperação, essas escolas atendem. Núcleo Comum| Avaliação da Aprendizagem Escolar 17 4) O texto que estudamos discute os limites e os avanços construídos historicamente na avaliação escolar, e sua expressão nas tendências pedagógicas. Segundo vários autores, as mesmas se organizam em “pedagogias críticas e não críticas”. Sugere-se um trabalho investigativo, em que você entreviste 3 (três) professores da Educação Básica sobre suas práticas avaliativas mais usuais. Na sequência, analise estas práticas e procure identificá-las segundo as abordagens pedagógicas estudadas. O site abaixo poderá ajudá-lo(a) a compreender as características de cada uma dessas tendências. <http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.ph p?conteudo=74 > Referências: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. Resolução SME n.º 959/2007. Estabelece diretrizes para a avaliação escolar na rede pública do sistema municipal de ensino da Cidade do Rio de Janeiro e dá outras providências. Rio de Janeiro: SME. Publicada no DOM de 19 de setembro de 2007. HOFFMANN, Jussara. Avaliação – mito & desafio, uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Mediação, 2009. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições. 22 ed. São Paulo: Cortez, 2011. MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.
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