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Dermatofitoses

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Estágio Supervisionado em Patologia Clínica (Micologia)
Caroline Heloísa de A. T. da Cruz - Cód: 1381698
Wellington Rudnei Athanazio - Cód: 1706862
Profª: Adriana Afonso 
Biomedicina / Noturno 5º ano 
Dermatofitoses
Aspectos históricos
Micoses cutâneas 
São micoses cutâneas que acometem tecidos queratinizados 
Dermatofitose: É uma micose cutâneas causada por dermatófitos. Atingindo cabelos, pelos e unhas.
Dermatófitos: Grupo de fungos queratinofilicos, capazes de invadir o tecido queratinizado da pele, pelos e unhas 
Os romanos chamavam a infecção de Tinea = Larva 
No Brasil usamos o termo de dermatofitose ou Tinea 
Habitat 
Os dermatófitos são classificados de acordo com seu habitat:
- Geofílicos (solo): estão normalmente associados com tecidos queratinizados em decomposição no solo, uma vez que este é seu habitat. Exemplos: M. gypseum
- Zoofílicos (animais): são aqueles que tem os animais como hospedeiros preferenciais. Exemplos: M. canis e T. mentagrophytes 
- Antropofílicos (homem): são aqueles adaptados ao parasitismo humano. Exemplos: T. rubrum, T. mentagrophytes var. interdigitale, T. tonsurans e E. floccosum
Agentes etiológicos 
 
Os agentes etiológicos da dermatofitose são classificados em três gêneros anamorfos ou imperfeitos, isto é que não apresentam reprodução sexuada:
Trichophyton 
Microsporum 
Epidermophyton 
As principais espécies patogênicas no Brasil são:
Trichophyton rubrum;
T. mentagrophytes;
T. tonsurans;
Microsporum canis;
 M. gypseum;
Epidermophytum floccosum.
Gênero Trichophyton sp 
Neste gênero, macroconídeos tem parede lisa, fina a espessa, diversos na forma (clavados, fusisformes ou cilindricos), variando no número de septos ( 1 a 12) e tamanho, únicos ou em cachos. Microconídios são geralmente mais numerosos que os macroconídios, podendo ser globosos, piriformes ou clavados e dispõem-se isoladamente ou em cachos. A produção de microconídeos é mais características deste gênero. 
Gênero Microsporum sp
Espécies de Microporum produzem macroconídios e microconídios, que podem ser raros ou numerosos, dependendo do meio e substrato. A distribuição das espécies depende das características do macroconídio que é de parede rugosa, variando de pouco rugoso, equinulado a verrucoso. Também variam na forma, número de septos (1 a 15), tamanho e espessura da parede celular. Microconídios são piriformes ou clavados e aparecem geralmente isolados ao longo das hifas. Especies de Microporum invadem cabelos, pele e raramente unhas.
Gênero Epidermophyton floccosum
Este gênero é caracterizado pela ausência de microconídios e presença de macroconídios largos, clavados de parede lisa, com uma a nove septações, aparecem isolados ou em cachos de 2 a 3. Invadindo pele, unhas e raramente cabelos.
Sintomatologia 
Ocorrência em áreas de dobras, como as axilas, virilhas e entre os dedos das mãos e pés. Os sintomas aparecem cerca de 4 a 10 dias após o contato com o fungo:
Manchas brancas ou vermelhas, causando coceira 
Borda da lesão com evidência, apresentado crosta em alguns casos 
Dor e fissuras (quando ocorre nos pés) 
Erupções cutâneas no formato de anéis ou círculos com bordas levemente elevadas, coceira e espalham-se de acordo com a lesão.
Transmissão
Contato direto
Com animais e humanos infectados
Contato indireto
Fômites contaminados
Inoculação dos artroconídios ou fragmentos de hífas favorecida por lesões cutâneas ou escoriações preexistentes.
 Epidemiologia
As espécies de dermatófitos são considerados antropofílicos tendem a causar infecções relativamente não inflamatórias, crônicas que são difíceis de curar.
Em contrastes dermatófitos zoofilicos e geofilicos tendem a provocar uma intensa reação no hospedeiro causando lesões altamente inflamatórias respondendo bem a terapia. Em alguns casos as lesões curam-se espontaneamente. 
A distribuição dos dermatófitos é variável e influenciado por fatores climáticos, aspectos socioeconômico, contato com animais, idade etc.
Manifestação clinica
Tinea de couro cabeludo
A tinha do couro cabeludo é uma infecção fúngica. Também chamada de Tinea capitis, essa infecção afeta o couro cabeludo e os folículos pilosos, formando pequenas placas pruriginosas de pele descamada no couro cabeludo. A doença recebe o nome em inglês de ringworm porque o fungo faz marcas circulares na pele. 
O aumento na incidência está ligado a pobreza e hábitos precários de higiene 
Afeta, principalmente crianças é tonsurante
Fômites (escovas, travesseiros, brinquedos) podem ser reservatórios de fungos.
Foliculite bacteriana 
Tinea de barba 
 Geralmente causa placas circulares superficiais, mas pode ocorrer infecção mais profunda. Um querion inflamado (Psoríase) também pode surgir, que pode resultar em perda de cabelo com cicatriz. A tinea barbae é rara. A maioria das infecções cutâneas localizadas na região da barba é causada por bactérias, não por fungos. Os médicos diagnosticam a infecção por meio de exame de uma amostra da pele ou de cabelos no microscópico ou por meio de uma cultura ou biópsia.
Tinea de unha
Onomicoses englobam outros agentes alem 
dos dermatófitos como leveduras do gênero 
Candida e outros fungos filamentosos. 
As unhas podem apresentar lesões 
inicialmente na região subungueal 
(embaixo da unha) em sua porção distal e/ou
 lateral, proximal e superficial. 
Todas essas formas iniciais podem evoluir 
com a extensão da micose para toda a unha.
 As unhas podem tornar-se espessadas, 
escuras e inclusive ser destruídas com a 
progressão da infecção. O acometimento pode 
ser de uma, várias ou mesmo de todas as
unhas, seja dos pés ou das mãos. 
Tinea do pé 
Muito frequente, existem 4 tipos vesiculosas, interdigitais, escamosas e placa.
Tinea da mão
Acomete pacientes que trabalham com terras e flores.
Tinea de corpo
A tinea corporis também conhecida como tinea do corpo é uma infecção da pele que se manifesta em várias partes do corpo.
A forma mais comum é anular de crescimento centrifugo e cura central.
Diagnostico laboratorial 
 
Pode ser realizado com base no histórico 
clínico-epidemiológico e exames 
laboratoriais.
Em pequenos animais a utilização da 
lâmpada de Wood pode fornecer indícios
de dermatofitose pela fluorescência do 
pelo e/ou pele Parasitados. 
A confirmação do diagnóstico de dermatofitose pode ser obtida através de exames laboratoriais como o exame direto de pelos, crostas e unhas com KOH 10 a 40%. 
Coleta do material 
A coleta de amostras de pelos, pele ou unha infectados deve ser feita nas áreas mais externas das lesões, fazendo assepsia com alcool 70% antes.
Escamas, raspados subungueais, fragmentos de unhas, pelo , cabelos opacos, quebradiços e curtos ou os de aspecto de pontos negros são os espécimes mais usados no caso de suspeita de dermatofitose. 
Tineas 
Trichophyton rubrum, T. mentagrophytes e 
E. floccosum 
Tinea pedis
Tinea manuum
Trichophyton verrucosum, 
T. rubrum e 
T. mentagrophytes 
Tinea corporis
Epidermophyton, Trichophyton e Microsporum 
Transporte 
O fator mais importante quando se tem suspeita de infecções por dermatófitos é conservar a amostra seca, assim evitando o crescimento do tecido, fungos, bactérias e preservando o fungo para a cultura.
Exame microscópico direto
No exame microscópico direto é uma boa técnica de diagnostico,
embora falsos negativos sejam encontrados nas ordens de 5 a 15%.
Raspados de pele e cabelos são colocados em 1 a 2 gotas de KOH
(10ª 20%)adicionado ou não com tinta e aquecidos levemente. 
As estruturas fungicas são observadas com aumento de 100 e 400 X.
Outra formulação bastante empregada é KOH a 20% + dimetil sulfóxido;
O fungo também pode ser visualizado pela técnica de calcofluor branco ou ainda vermelho congo.
Casos como tinha corporis, cruris, pedis, unguium, manum e barbae são visualizados: Hifashialinas de 3 a 15 un de diâmetro septadas, ramificadas, com ou sem artroconídios.
Cultivo e identificação dos dermatófitos
Culturas para dermatófitos requer meios que contenham antibióticos porque amostras cutâneas quase sempre contem a flora bacteriana normal dos pelos, pele e unhas e ainda fungos saprófitas do meio ambiente.
Sabouraud dextrose - ágar (SDA modificado)
Usado para isolamento da maioria dos fungos a partir dos espécimes clínicos .Podendo ser adicionado cloranfenicol e a gentamicina ao SDA para evitar o crescimentos de bactérias suplante o dos fungos. A cicloheximida deve ser acrescentada para reduzir o crescimento dos fungos saprófitas que possam estar presentes. 
Teste para dermatófitos (DTM)
Foi desenvolvido por Teplan e associados para fazer a varredura de espécimes e detectar dermatófitos. Eles incorporam gentaminicina ou cloranfenicol e cicloheximida em um meio básico inibindo crescimento de bactérias e fungos saprófitos.
O indicador vermelho de fenol foi acrescentado para tirar vantagem do fato de que os dermatófitos produzem metabóliticos alcalinos. O indicador detecta a presença desses resíduos mudando de cor do amarelo para o laranja-avermelhado ou vermelho 
Batata dextrose – ágar
Usado para culturas iniciais, porque a pigmentação da colônia é melhor do que quando semeada no SDA modificado e o desenvolvimento das estruturas reprodutoras é usualmente estimulado. Em alguns casos aditivos são necessários suprir nutrientes.
Temperatura e tempo de incubação
As culturas são rotineiramente mantidas à temperatura entre 25 a 30º e examinadas semanalmente, até completar duas semanas.
 Provas para identificação do fungo
São usado para identificação definitiva dos dermatófitos 
Teste urease (T. rubrum); alguns isolados de T. soudanense 
Requerimento nutricional: Trichophyton é suspeito;
Crescimento em grão de arroz: Microporum é suspeito;
Perfuração do cabelo “in vitro” (diferenciar isolados atípicos de T. mentagrophytes de atìpicos de T. rubrum (negativo));
Teste de tolerância a temperatura e/ou temperatura ótima de crescimento;
Meios especiais para diferenciar T. mentagrophytes de M. persicolor, T. rubrum de T. mentagrophytes e T. soudanense de M. ferrugineum. 
Exame histopatológico
O diagnostico de uma doença fungica pode ser realizado com base no resultado histopatológico, combinado com isolamentos do fungo.
Serve como diagnóstico presuntivo, desde que os fungos os fungos apresentam morfologia e propriedades tintoriais características. 
Sorologia 
A sorologia pode ser feita, mas ela não é tão eficaz como o exame microscópico direto, pois é mais fácil caracterizar o fungo pela sua estrutural morfológica. 
Tratamento 
O tratamento é feito por meio de cuidados individuais e do uso de antifúngicos.
Cetoconazol 20MG/G-Creme 
O creme é indicado para aplicação tópica no tratamento de micoses superficiais, incluindo dermatofitoses (Tinea corporis, Tinea cruris, Tinea manum e Tinea pedis)
Triazol 
Infecções fúngicas cutâneas, inclusive por Tinea pedis, Tinea cruris
Fluconazol
Tineas (corpo, crural e pé ) 150 mg/ semana , por 4 semanas, em média.
Onicomicose: dose única semanal de 150 mg, até que a unha infectada seja totalmente substituída (mão : de 2 à 3 meses; pé : de 6 à 12 meses).
Flucazol 100mg
Dermatofitoses (tinha do pé, do corpo e ungueal).
Tralen 1%
tratamento tópico de infecções cutâneas causadas por fungos (dermatófitos e leveduras) e bactérias suscetíveis.
Micoral creme
Indicado para aplicação tópica no tratamento de micoses superficiais incluindo dermatofitoses (Tinea corporis, Tinea cruris, Tinea manum e Tinea pedis)
Prognostico / Cura
Pessoas ou animais saudáveis podem se curar das infecções fungicas sozinho, mas o processo pode levar meses. 
Procurar tratamento médico;
 Usar os antifúngicos orientados pelo médico;
Diminuir contaminação do ambiente com esporos infectados por fungos;
Manter a higienização pessoal e se secar bem para evitar umidade;
Evitar se expor a fômites 
É importante seguir orientação médica e não usar medicamentos por conta própria. 
Por hoje é só pessoal!! 
 Referencias 
Referência:  FISHER, Fran; COOK, Norma B.. MICOLOGIA: Fundamentos e Diagnósticos. Rio de Janeiro: Revinter, 2001. 337 p. (Capitulo 5 - Dermatófitos).
Referência:  FERREIRA, A. Walter; ÁVILA, Sandra L. M.. DIAGNOSTICO LABORATORIAL: das Principais Doenças Infecciosas e Auto-imunes. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. 302 p. (Seção V - Fungos (Dermatofitose p. 204)).
Referência:  Bulas Med - Dermatofitose. Disponível em: <http://www.bulas.med.br/pesquisas/97557,4/dermatofitoses.htm>. Acesso em: 17 maio 2017.