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Bê-a-bá de Instalações Hidráulicas

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Instalações Hidráulicas/Família Carielo 
 
ESCOLA TÉCNICA LIEAUT CARIELO | RUA JOAQUIM FELIPE,119, BOA VISTA, RECIFE-PE 
 
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Instalações Hidráulicas/Família Carielo 
 
ESCOLA TÉCNICA LIEAUT CARIELO | RUA JOAQUIM FELIPE,119, BOA VISTA, RECIFE-PE 
 
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1.Instalações de Água Fria 
1.1 Generalidades 
São instalações que compõem o conjunto de canalizações, conexões, aparelhos e ferragens 
para suprimento de água a prédios, armazenamento e distribuição aos pontos de consumo. 
Todo este processo vai desde a rede pública os pontos de utilização da água: chuveiros, 
lavatórios, vasos sanitários, pias, torneiras para jardins, etc. 
1.2 Partes Componentes de uma Instalação de Água Fria 
Vamos analisar o caso mais geral que é uma edificação com vários pavimentos superpostos e 
altura acima do alcance das pressões disponíveis na rede pública de distribuição de água, 
obrigando o uso de dois reservatórios de acumulação: um na parte inferior e outro na 
superior. 
 
Instalações Hidráulicas/Família Carielo 
 
ESCOLA TÉCNICA LIEAUT CARIELO | RUA JOAQUIM FELIPE,119, BOA VISTA, RECIFE-PE 
 
3 
a) Rede Pública de Distribuição de Água é aquela existente na rua, de propriedade da entidade 
responsável pelo fornecimento de água. 
b) Ramal Predial é a tubulação compreendida entre a rede pública de distribuição e o 
hidrômetro ou peca limitadora de vazão. Essa parte é dimensionada e executada pela 
concessionária, com as despesas por conta do interessado. 
c) Hidrômetro, aparelho instalado, geralmente na mureta lateral esquerda ou direita, 
acondicionado em caixas apropriadas, para medir o consumo de água. 
d) Ramal de Alimentação é a tubulação compreendida entre o hidrômetro até a entrada de 
água no reservatório de acumulação, passando ou não pela coluna piezométrica ou 
reservatório piezométrico. 
e) Coluna Piezométrica é um dispositivo regulador do nível piezométrico, e instalado sempre 
que o reservatório estiver abaixo da cota do meio fio no ponto de cruzamento do ramal 
predial. Em algumas cidades brasileiras, tal peça é dispensada, mas em outras o uso é 
obrigatório, portanto, fazendo parte dos regulamentos locais. 
f) Reservatório Inferior é próprio dos prédios com mais de dois pavimentos. Até esse limite, 
geralmente a pressão na rede é suficiente para abastecimento do reservatório situado na 
parte superior do edifício. Já nas edificações de três ou mais pavimentos, é recomendado usar 
dois: um na parte inferior e outro na superior, e também por aliviar sobrecarga nas estruturas. 
Os reservatórios devem ser instalados em locais de fácil acesso e de preferência afastado das 
tubulações de esgoto, principalmente manilhas de barro, porque um vazamento poderá 
provocar sua contaminação de modo imperceptível. Quando localizados no subsolo, as tampas 
deverão ser elevadas pelo menos a 50cm do piso e nunca rentes a estes, conforme a figura 
abaixo. 
Reservatório Inferior (CORRETO) 
 
Reservatório Inferior (INCORRETO) 
 
 
Instalações Hidráulicas/Família Carielo 
 
ESCOLA TÉCNICA LIEAUT CARIELO | RUA JOAQUIM FELIPE,119, BOA VISTA, RECIFE-PE 
 
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Observe que a possibilidade de contaminação pela infiltração de água, através da tampa é bem 
inferior na figura 2 que na figura 3. Este detalhe da tampa, também será válido para os 
reservatórios superiores, só que, nestes, a altura de 50,0 cm não será necessária, podendo ser 
limitada em 4,0 ou 5,0cm, e serve apenas para impedir a entrada das águas de chuvas, as quais 
formam uma película muito fina devido aos escoamentos laterais. Já no subsolo, poderá haver 
acúmulo de água no piso e também para facilitar a colocação do extravasor. 
As tampas deverão ser trancadas com cadeados, pois é fator de segurança e com acesso 
apenas para encarregados. 
g) Extravasor, vulgarmente chamado de (ladrão), serve para regularização do nível máximo e 
aviso de não funcionamento da válvula de boia.Em hipótese alguma, podem desaguar em 
caixas de passagens, tubos condutores de esgoto sanitário ou pluvial, mas, sim em locais 
visíveis e que chamem atenção do usuário, pois esta é mesmo sua maior finalidade. É comum, 
em residências, os instaladores embutirem a tubulação do extravasor na parede e deixar 
desaguando numa caixa de passagem de esgoto sanitário, principalmente naquelas em que 
não há parecença do engenheiro. Ocorre aí a entrada de gases provenientes da rede para 
dentro do reservatório, sendo absorvidos pela água, e além de insetos e roedores, pondo em 
risco a saúde dos ocupantes. 
h) Sistema de recalque, sempre que tivermos de transportar uma determinada quantidade de 
líquido de um reservatório A para um reservatório B, cujo nível A seja inferior ao de B, é 
necessário fornecer, por meios mecânicos, certa quantidade de energia ao líquido. Ao 
conjunto constituído pela canalização e meios mecânicos se denomina sistema de recalque. 
 
 
Instalações Hidráulicas/Família Carielo 
 
ESCOLA TÉCNICA LIEAUT CARIELO | RUA JOAQUIM FELIPE,119, BOA VISTA, RECIFE-PE 
 
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Nele se distinguem: 
1) Conjunto motobombas, nas instalações prediais, é necessário o emprego de dois 
conjuntos motobombas, ficando um de reserva para atender a eventuais emergências. 
Normalmente, se usam bombas do tipo centrífuga e acionadas por motores elétricos. 
2) Canalização de sucção, é a parte da tubulação que conduz agua do reservatório 
inferior, ou cisterna, até a bomba, possuindo em sua extremidade inferior uma válvula 
de retenção chamada válvula de pé e dotada de crivo para impedir a entrada de 
sujeira solida na tubulação. 
3) Canalização de recalque, é a que conduz a água da bomba ao reservatório superior, 
também dotada de uma válvula de retenção. 
Obs: tanto na sucção quanto no recalque, não se usam joelhos de raio curto e sim curvas de 
raio longo para diminuição das perdas de carga, trazendo, em consequência, economia de 
energia no motor. 
 
i) Reservatório Superior, os reservatórios superiores, no caso das habitações coletivas, prédios 
ou escritórios ou comerciais, deverão ser divididos em duas células para efeito de sua limpeza 
e não haver interrupção no consumo de água. Para esta divisão, as normas recomendam 
somente quando o volume ultrapassar 4.000litros, embora sendo muito difíceis prédios desta 
natureza possuírem reservatórios com volumes menores. 
j) Colar ou Barrilete, abaixo do reservatório superior e acima da laje de forro, é situado o 
barrilete, provido de registros de gaveta que comanda toda distribuição de água, válvulas de 
retenção no caso da tubulação para combate a incêndio e luvas de união para facilitar a 
desmontagem da tubulação, e de onde partem as colunas, conforme disposto na figura abaixo. 
 
Instalações Hidráulicas/Família Carielo 
 
ESCOLA TÉCNICA LIEAUT CARIELO | RUA JOAQUIM FELIPE,119, BOA VISTA, RECIFE-PE 
 
6 
Entre o fundo do reservatório e a laje de forro, deve haver um espaço maior ou igual a 60cm 
para permitir a manutenção ou manobra dos registros. Temos dois tipos de barrilete: o 
ramificado e o concentrado. Por razoes econômicas, o mais usado é o barrilete ramificado. 
Barrilete Concentrado 
 
K) Coluna é a canalização vertical, tendo origem no barrilete e abastecendo os ramais de 
distribuição de agua nos banheiros. Antigamente, era necessária a utilização de colunas 
especificas para válvulas de descargas, porém atualmente, podemos alimentar atualmente 
todo o banheiro com uma coluna só. 
l) Ramal, é a canalização compreendida entre a coluna e os sub ramais, por exemplo o trecho 
de A até D da figura abaixo. 
 
 
Instalações Hidráulicas/Família Carielo 
 
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7m) Sub Ramal, é a canalização que liga os ramais aos aparelhos de utilização, trechos abaixo. 
 
1ºExercício Teórico 
 
1. O que é um hidrômetro e qual a sua finalidade. 
2. O que é o ramal de alimentação e onde o mesmo fica situado? 
3. Qual a finalidade do extravasor? 
4. Quando será utilizado o sistema de recalque? 
5. Por que os reservatórios superiores geralmente são divididos em dois? 
6. Onde deverá ficar situado o barrilete? 
7. Qual a diferença de um ramal para um sub ramal? 
1.3 Dimensionamento das partes componentes de uma Instalação d e Água 
Fria 
1.3.1 Reservatórios 
Os reservatórios deverão ser dimensionados de maneira a armazenar agua correspondente ao 
consumo de um a três dias, sendo o mais recomendável dois. Primeiramente, calculamos a 
população com as recomendações contidas na tabela I e, em seguida, verificamos o consumo 
(per capita) na tabela II. 
Além da agua armazenada para consumo, deveremos prever uma quantidade para combate a 
incêndio, chamada reserva técnica. Essa reserva é calculada de acordo com o estabelecido 
pelos regulamentos das guarnições do Corpo de Bombeiros. Porém, o mais usual é adotar 
6.000L para quatro caixas de incêndio, mais 500 litros por caixa excedente. A água para 
combate a incêndio é armazenada no reservatório superior, o qual deverá ter um volume igual 
ao do inferior, ficando para consumo dos usuários aproximadamente o equivalente a 40% da 
quantidade reservada para consumo de dois dias. 
Para melhor compreensão, daremos o seguinte exemplo: 
Instalações Hidráulicas/Família Carielo 
 
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2ºExercício Teórico- Reservatório 
Achar as capacidades dos reservatórios superior e inferior para um edifício com vinte 
pavimentos e três apartamentos de dois dormitórios por pavimento. 
1ºPasso: Monte uma planilha como está para calcular o total de pessoas que vivem no seu 
edifício. Considere que vivem duas pessoas por dormitório. 
 
2ºPasso:Observe como você deverá encontrar a população total, esse valor representará 240 
pessoas. 
 
3ºPasso:Calcularemos agora o consumo diário da edificação, basta multiplicar o número de 
pessoas pelo consumo per capita. 
 
 
 
 
 
 
Instalações Hidráulicas/Família Carielo 
 
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4ºPasso:Encontrado o consumo diário se faz necessário que você multiplique por dois (este 
valor representa a quantidade de dias sem água da rede pública de abastecimento). 
 
5ºPasso:Encontraremos agora o valor da reserva técnica para incêndio, mediante a seguinte 
equação: 6000 + (N – 4)500, onde N é o número de pavimentos do edifício. 
 
Este valor deverá ser acrescido ao total do valor respectivo ao somatório. 
6ºPasso: Logo, a quantidade de água que deve ser armazenada para o consumo desta 
edificação, será a soma da reserva técnica + o valor previsto para o consumo. 
 
 
 
 
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7ºPasso: Para concluir, o valor encontrado deverá ser dividido por dois, onde metade do valor 
encontrado deverá ficar situado no reservatório inferior e metade no reservatório superior. 
 
1.3.2 Previsão para combate a incêndio 
A reserva técnica é a quantidade de água, mínima necessária, para combate a incêndio, 
localizada no reservatório superior e calculada da seguinte forma: 6.000Litros para quatro 
caixas de incêndio mais quinhentos litros por caixa excedente. Resumindo, Reserva Técnica = 
6.000 + (N -4) x 500 sendo N o número de pavimentos. 
3ºExercício Teórico – Reserva Técnica 
Calcule a reserva técnica para um edifício de apartamento com 15 pavimentos e uma caixa de 
incêndio em cada pavimento. 
1ºPasso: O dimensionamento da reserva técnica é bastante simples, basta respeitar a seguinte 
fórmula: 6000 + (N-4) X 500, onde N, será o número de pavimentos do edifício. 
 
 
 
Quando o edifício não for dotado de reservatório superior para distribuição de agua por 
gravidade, o abastecimento da rede preventiva de combate a incêndio deverá ser feito pelo 
reservatório inferior através de um conjunto de bombas de acionamento independente e 
comando automático. Neste caso, a reserva técnica é calcula da mesma forma anterior. 
 
 
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4ºExercício Teórico 
Dimensione o reservatório superior e inferior, além da reserva técnica para um edifício com 25 
pavimentos, 3 apartamentos por andar e três dormitórios cada apartamento. 
Cálculos: 
 
 
 
 
 
 
1.3.3 Detalhes sobre Reservatórios 
Enquanto em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, o abastecimento de água é 
realizado interruptamente pela rede pública, as edificações brasileiras, precisam 
obrigatoriamente de um reservatório superior, por conta do seu abastecimento inconstante 
fazendo assim com que as instalações hidráulicas funcionem sob baixa pressão. 
A água da rede pública apresenta uma determinada pressão, que varia ao longo da rede de 
distribuição. Dessa forma, se o reservatório ficar a uma altura não atingida por essa pressão, a 
rede não terá capacidade de alimentá-lo. Com limite prático, a altura do reservatório com 
relação a via pública não deve ser superior a 9m, preste bem atenção neste detalhe. 
Reservatório Superior 
O reservatório superior poderá ser alimentado pelo sistema de recalque ou diretamente, pelo 
alimentador predial. 
Nas residências de pequeno e médio porte, os reservatórios, normalmente, localizam-se sob o 
telhado, embora possam localizar-se sobre ele. 
Obs: Quando o reservatório for acima de 2000Litros, o reservatório deverá ser projetado sobre 
o telhado, com estrutura adequada de suporte. Nos prédios com mais de três pavimentos 
(9m), o reservatório superior é localizado, geralmente, sobre a caixa de escada, em função da 
proximidade de seus pilares. 
Localização do Reservatório 
É bastante importante lembrarmos que a pressão não depende do volume de água contido no 
reservatório, e sim da altura. Além da altura, a localização inadequada do reservatório 
também poderá interferir na pressão da água nos pontos de utilização. 
 
Instalações Hidráulicas/Família Carielo 
 
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Obs: O reservatório deverá ser localizado o mais próximo possível dos pontos de consumo, 
para que não ocorra perda de cargas exageradas nas canalizações, o que acarretaria 
diminuição da pressão nos pontos de utilização. 
 
Reservatório Inferior 
O reservatório inferior será sempre necessário em prédios com mais de três pavimentos 
(acima de 9m de altura), pois, geralmente, após esse limite, a pressão da rede pública não é 
suficiente para abastecimento do reservatório elevado. Necessitando assim, dois 
reservatórios: um na parte inferior e outro na superior da edificação. 
Obs: No projeto arquitetônico deverá ser previsto um espaço físico para a localização do 
sistema elevatório, denominado casa de bombas, suficiente para a instalação de dois conjunto 
de bombas, ficando uma de reserva para atender eventuais emergências. 
1.3.3 Ramal de Alimentação 
Temos, primeiramente, que calcular a vazão de entrada, dividindo o consumo diário do prédio 
pelo número de segundo dia (86.400), admitindo, assim, que há fornecimento contínuo por 
parte da rede pública. A NB 92 recomenda que a velocidade máxima nessa tubulação é de 
1,0ms. Então, para efeito de economia, adotamos esta, porém devemosobservar que não 
pode ser inferior a 0,6ms. 
Com a vazão e a velocidade, podemos determinar o diâmetro da tubulação com auxílio do 
ábaco III ou IV, dependendo serem os tubos de PVC ou ferro galvanizado. 
Obs: Note que o condutor de alimentação(ramal) dependerá diretamente do consumo diário 
de água na edificação. 
 
 
 
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5ºExercício Teórico- Ramal de Alimentação 
Calcule o diâmetro do ramal de alimentação para o caso do exercício 2, sendo a tubulação de 
aço galvanizado. 
Solução 
Consumo diário: 48.000Lts 
Velocidade de entrada: 1,0m/s 
Vazão= Q = 48.000 / 86400 = 0,55Lts/s 
Com Q = 0,55Lts/s – ábaco III = 25mm(1”) 
 
Não deixe de montar as suas planilhas de cálculos no excel, facilitará quando tivermos que 
realizar o nosso projeto final. 
6ºExercício Teórico- Ramal de Alimentação 
Calcule o diâmetro do ramal de alimentação para o caso do exercício 4, sendo a tubulação de 
aço galvanizado. 
Solução 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.3.4 Sistema de Recalque 
O sistema de recalque como vimos anteriormente, é composto de canalização de sucção, 
canalização de recalque e conjunto motobombas. 
Nesse sistema, calculamos o diâmetro do recalque e adotamos para sucção um diâmetro 
nominal imediatamente superior. Para o cálculo da vazão, adotamos um tempo de 
funcionamento, com a observação de que a capacidade horaria de uma bomba não deve ser 
inferior a 20% do consumo diário. É conveniente serem adotadas, a cada 24horas, os seguintes 
tempos de funcionamento para a bomba: 
1) Prédios para apartamentos, 3 períodos de 1h30min cada. 
2) Prédios para escritórios, 2 períodos de 2hcada. 
3) Prédios para hospitais, 3 períodos de 2hcada. 
4) Prédios para hotéis, 3 períodos de 1h30min cada. 
1.3.5 Colunas 
Pode uma coluna alimentar mais de um conjunto sanitário por pavimento; porém, o mais 
comum é a alimentação de apenas um por andar. A NB 92 estabeleceu pesos para os diversos 
tipos de aparelhos na tabela III e, verificada a natureza da ocupação, determinamos a soma 
dos pesos por andar. 
Partindo de baixo para cima, somamos os pesos acumuladamente em cada ponto de 
derivação, sendo que a vazão é calculada, para cada trecho, em função da soma dos pesos no 
ábacos II. 
Tendo em vista o limite da velocidade em 2,5m/s, determinamos os diâmetros dos diversos 
trecho neste mesmo ábaco. A maneira mais usual é o emprego de uma planilha de cálculo com 
resultados dispostos conforme sugerido pela NB-92. Convém salientar que se o banheiro é do 
tipo privado, não há uso simultâneo das peças e a somatória dos pesos se restringe apenas à 
peça de maior peso. 
Também no cálculo das pressões dinâmicas, não levamos em conta a perda de carga no 
barrilete, porque este é dimensionado depois e os valores daqueles não causam grandes 
variações nas pressões. Notar que as pressões, tanto dinâmica quanto estáticas, não podem 
exceder a 40,0m. 
Se forem maior que este valor, deveremos usar válvulas de redução de pressão ou 
reservatórios intermediários. 
 
 
 
 
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7ºExercício Teórico Colunas 
Dimensione a coluna AF1, em PVC, indicada na figura abaixo, sabendo se que esta alimenta em 
cada pavimento um quarto de banho de um apartamento composto de um vaso sanitário com 
válvula de descarga, um lavatório, um bidê e um chuveiro. 
 
Solução 
Sendo o banheiro do tipo privado, apenas uma peça será usada de cada vez; no caso tomemos 
a de maior peso que é o vaso e igual a 40, conforme tabela III. Nosso trabalho para resolução 
do problema será o preenchimento da planilha, conforme segue: 
1ºPasso: Construa a seguinte planilha. 
 
 
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2ºPasso: Insira agora o peso simples de cada pavimento, teremos aqui o valor da maior peça 
sanitária, o peso da privada que é igual a 40. 
 
3ºPasso: Na opção de acumulados, deveremos representar a soma dos pesos ao longo dos 
pavimentos, é importante notar aqui que quanto mais alto, maior será o diâmetro da 
tubulação, quanto mais baixo, menor será o diâmetro da tubulação. 
 
Multiplique o valor simples, pelo número de pavimentos, através da fórmula acima. 
4ºPasso:Através da seleção adjacente, todos os pesos acumulados serão inseridos. 
 
 
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5ºPasso:Consulte o ábaco NºII, no qual teremos os diâmetros e vazões em função da soma dos 
pesos, feito isso, insira em sua planilha. 
 
Obs: Um detalhe importante nessa tabela está no peso das peças, onde, estamos trabalhando 
com um peso de 40 unidades Hunter para a maior peça que é o vaso sanitário. Atualmente, 
não precisamos inserir tal valor para os vasos sanitários, atualmente os mesmos atuam através 
de um processo de caixa acoplada, diminuindo assim o seu peso acumulado em unidades 
hunter e consequentemente reduzindo o diâmetro das tubulações. 
1.3.6Barriletes 
Ramificado – A exemplo das colunas, os Barriletes deverão ser dimensionados por trechos, 
somando os pesos nos topos das colunas e, em função destes, determinamos os diâmetros de 
cada trecho com auxílio do ábaco II. 
Concentrado – Neste caso, todas as colunas partem do colar; então, basta somar os pesos nos 
topos das mesmas e, em função destes, determinando o diâmetro de todo o colar com auxílio 
do ábaco II. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8ºExercício Teórico -Barrilete 
Dimensionar o barrilete, indicado na figura abaixo, sabendo-se que este alimenta quatro 
colunas com os seguintes pesos: AF-1 = 320; AF -2 = 400; AF-3 = 160 e AF-4 = 80. 
 
1) Trecho AB: 
Pab = Paf1 + Paf2 = 320 + 400 = 720 
comPab = 720, logo (ábaco II) - Ø = 60mm. 
2) Trecho CD: 
Pcd = Paf3 + Paf4 = 160 + 80 = 240 
comPcp = 240, logo (ábaco II) - Ø = 50mm. 
3) Colar RBCR’ 
Prbcr’ = Paf1 + Paf2 + Paf3 + Paf4 = 320 + 400 + 160 + 80 = 960 
comPrbcr’ = 960, logo (ábaco II) - Ø = 60mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9ºExercício Teórico - Barrilete 
Dimensionar o barrilete, indicado na figura abaixo, sabendo-se que este alimenta quatro 
colunas com os seguintes pesos: AF-1 = 520; AF -2 = 200; AF-3 = 80 e AF-4 = 80. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10ºExercício Teórico - Revisão 
1. Dimensione os Reservatórios necessários para uma edificação com 12 Pavimentos, 
considerando que existe 4Ape por andar e 2 dormitórios por apartamento. 
2. Dimensione o ramal de alimentação necessário para alimentar esta edificação. 
3. Dimensione o barrilete, indicado na figura abaixo, sabendo-se que este alimenta 
quatro colunas com os seguintes pesos: AF-1 = 520; AF -2 = 200; AF-3 = 200 e AF-4 = 
520. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.3.7Ramais 
No dimensionamento dos ramais, deveremos somar os pesosdas peças ligadas aquele ramal e, 
com o ábaco II, achamos o diâmetro do ramal; isto se houver possibilidade de uso simultâneo, 
por que, caso contrário, o ramal deverá ter diâmetro do sub-ramal de maior peso. 
 
 
 
 
 
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11ºExercício Teórico Ramais 
Dimensionar os ramais indicados na figura abaixo, sabendo-se que os vasos sanitários são 
alimentados com válvulas de descarga e os mictórios através de descarga descontínua. 
 
1) Trecho AB: 
Pab = Pamc + Pamc’ = 0,3 + 0,3 = 0,6 
comPab = 0,6, logo (ábaco II) - Ø = 20mm. 
2) Trecho BC: 
Pbc = Pab + Pbmc’’ = 0,6 + 0,3 = 0,9 
comPbc = 0,9, logo (ábaco II) - Ø = 20mm. 
3) Trecho CD: 
Pcd = Pbc + PCVs = 0,9 + 40,0 = 40,9 
comPcd = 40,9, logo (ábaco II) - Ø = 32mm. 
4) Trecho DE: 
Pde = Pdc + PDVs’ = 40,9 + 40,0 = 80,9 
comPde = 80,9, logo (ábaco II) - Ø = 40mm. 
5) Trecho EF: 
Pdf = Pde+ PEVs” = 80,9 + 40,0 = 120,9 
comPdf = 120,9, logo (ábaco II) - Ø = 50mm. 
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22 
12ºExercício Teórico Ramal de Alimentação 
Dimensionar os ramais indicados na figura abaixo, sabendo-se que os vasos sanitários são 
alimentados com válvulas de descarga e os mictórios através de descarga descontínua. 
 
1) Trecho AB: 
Pab = Pamc + Pamc’ = 0,3 + 0,3 = 0,6 
comPab = 0,6, logo (ábaco II) - Ø = 20mm. 
2) Trecho BC: 
Pbc = Pab + Pbmc’’ = 0,6 + 0,3 = 0,9 
comPbc = 0,9, logo (ábaco II) - Ø = 20mm. 
3) Trecho CD: 
Pcd = Pbc + PCVs = 0,9 + 40,0 = 40,9 
comPcd = 40,9, logo (ábaco II) - Ø = 32mm. 
1.3.8 Sub-ramais 
Os diâmetros dos sub-ramais são dados diretamente na tabela VII, ficando o dimensionamento 
restrito aos valores indicados. 
Obs: O diâmetro das tubulações atualmente vem sendo reduzidos, por conta das privadas do 
tipo caixa acoplada. Essas privadas possuem um reservatório de água próprio, os quais 
armazenam a água que será utilizada na descarga, evitando assim a necessidade de canos com 
diâmetros maiores. 
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23 
Com o advento da caixa acoplada, o peso Hunter referente à privada foi reduzido de 40 para 
0,3. Consequentemente, como toda a tubulação teve o seu diâmetro reduzido, os custos para a 
realização do seu projeto também o foram. 
13ºExercício Teórico Ramal de Alimentação 
Dimensionar os ramais indicados na figura abaixo, sabendo-se que os vasos sanitários são 
alimentados com descarga de caixa acoplada e os mictórios através de descarga descontínua. 
 
1) Trecho AB: 
Pab = Pamc + Pamc’ = 0,3 + 0,3 = 0,6 
comPab = 0,6, logo (ábaco II) - Ø = 20mm. 
2) Trecho BC: 
Pbc = Pab + Pbmc’’ = 0,6 + 0,3 = 0,9 
comPbc = 0,9, logo (ábaco II) - Ø = 20mm. 
3) Trecho CD: 
Pcd = Pbc + PCVs = 0,9 + 0,3 = 1,2 
comPcd = 1,2, logo (ábaco II) - Ø = 20mm. 
Observe a diferença no diâmetro nas tubulações dentro do mesmo banheiro, onde o 
exercício 12 terá uma descarga do tipo contínua (32mm) e o exemplo 13 terá uma descarga 
do tipo de caixa acoplada (20mm). 
 
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24 
1.3.9 Posicionamento dos Registros 
A altura padrão dos registros de gaveta é de 180cm em relação ao piso acabado. O seu 
posicionamento na parede do detalhe isométrico de água fria e quente e das interfaces com o 
leiaute do compartimento. 
A colocação do registro de pressão dentro do box deverá ser estudada da maneira que os 
registros do chuveiro possam ser abertos e fechados sem que a pessoa se molhe. Isso é de 
fundamental importância principalmente no inverno, quando em locais frios onde a água fria 
causa maior desconforto. A altura ideal desses registros deverá estar compreendida entre 100 
e 110cm em relação ao piso acabado. 
1.3.10 Dúvidas Frequentes 
Registro de pressão: utilizado para controle de vazão, sendo que a vedação é feita entre a sede 
metálica e o vedante, aplicado ao sub ramal do chuveiro. 
Registro de gaveta: deve ser utilizado com a finalidade de fechar o fluxo de água para 
manutenção da rede (totalmente aberto ou totalmente fechado). 
ABREVIAÇÕES 
N.A. – Nível d’água 
AF – Coluna de água fria 
Ch – Chuveiro 
Bd – Bidê 
Lv – Lavatório 
Vs – Vaso sanitário 
Bh – Banheira 
Tq – Tanque 
F – Filtro 
Mc – Mictório 
Ml – Máquina de lavar roupas 
Bb – Bebedouro 
 
 
 
 
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25 
1.4 Ergonomia nos Projetos 
Os desenhos dos projetos das instalações devem seguir basicamente as normas brasileiras 
para desenho técnico, no geral, atendendo também as especificidades de cada projeto: água 
fria, água quente, incêndio, esgoto e águas pluviais. 
Observe algumas alternativas de leiaute de banheiro abaixo antes de realizar o seu exercício 
prático. 
1ºExercício Prático 
Para estabelecer as dimensões de um banheiro, é fundamental levar em consideração as áreas 
ergonômicas das peças de utilização. 
1ºPasso: Desenhe a seguinte planta abaixo, para que possamos adequar os nossos 
conhecimentos sobre as peças sanitária. 
 
1.Lavatório 
Os lavatórios, medindo 45cm a 70cm de largura x 40cm a 55cm de profundidade, para sua 
perfeita utilização, exigem um espaço dinâmico retangular, com seu maior lado paralelo a 
parede e o menor perpendicular a ela. As dimensões mínimas desse quadrado (tamanho da 
peça mais espaço dinâmico) serão de 90cm x 90cm(mínimo) e 90cm x 111cm(máximo), para 
os modelos de parede e de coluna. 
 
 
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26 
2.Bacia Sanitária 
Os vasos, ou bacias, medem de 38cm a 40cm de largura x 46cm a 55cm de comprimento. A 
distância entre a bacia sanitária e a parede pode ser de 12cm, no caso de a descarga ser 
acionada por válvula, ou de 1,5cm, se a opção for o modelo de caixa acoplada. 
A área ergonômica da bacia sanitária é um retângulo de 70cm (largura) x 120cm 
(comprimento), que se sobrepõe as dimensões da peça. Quando houver nenhum obstáculo 
lateral a menor dimensão poderá ser de 60cm x 120cm. 
 
Os espaços livres laterais do vaso sanitário deverão ser de 20cm no mínimo, admitindo se a 
15cm para banheiros de serviço, e espaço frontal de 55cm a 60cm. 
3.Chuveiro Box 
O tamanho do boxe é de fundamental importância para que se possa tomar banho de chuveiro 
(ducha) com um mínimo de conforto. 
A área dinâmica do boxe deverá ter dimensões suficientes para permitir a abertura dos braços. 
Adotando se como medidas mínimas as dimensões de 80cm x 80cm ou 1m x 70cm. 
 
 
 
 
 
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27 
Observe um modelo reduzido da mesma planta baixa do banheiro acima. 
 
1.5 Acessibilidade nos Projetos 
2ºExercício Prático 
A sociedade em geral, hoje, vem cada vez mais se conscientizando da necessidade de 
proporcionar uma vida digna, confortável e independente aos portadores de necessidades 
especiais. Logo, o técnico não pode ignorar essa realidade, observe a NBR 9050 (norma 
brasileira exclusiva para acessibilidade). 
Observe as instruções abaixo e dimensione um banheiro acessível para portadores de 
necessidades especiais. 
MODELO BÁSICO 
Dimensão: o idealé 1,50m X 1,70m, mas poderá medir 1,50m X 1,50m (media mínima e neste caso a 
porta deve ter 1m de largura - confira na NBR9050 ilustrações); 
Barras laterais: altura 75cm a partir do piso acabado (medidos pelo eixo de fixação), comprimento 
mínimo 80cm (deve avançar 50cm a partir da extremidade frontal da bacia), diâmetro entre 3,5 e 4,5cm e 
distância de 4cm no mínimo da parede, ou seja, a parte mais externa estará a, no mínimo, 7,5cm da 
parede. O eixo da bacia deverá estar a 40cm da face da barra lateral. Já a barra dos fundos deve estar a 
no máximo 11cm da parede dos fundos (em relação à sua face externa) e deve extender-se no mínimo 
30cm além do eixo da bacia em direção à parede lateral; 
Bacia sanitária: melhor o modelo sem 
caixa acoplada. Caso tenha, deve-se 
garantir a instalação da barra de apoio 
dos fundos para evitar que a caixa seja 
utilizada como apoio. Neste caso a 
altura entre a face da barra e a caixa 
acoplada deve ser de no mínimo 15cm. 
A altura do assento da bacia sanitária 
deve ficar entre 43 e 45cm do piso 
acabado (medidas da borda superior, 
sem o assento). Considerando com o 
assento, a medida máxima de altura é 
46cm. Se for usada base de alvenaria 
para erguer o vaso sanitário, esta base 
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28 
não deve ter mais de 5cm além do contorno da bacia; 
Válvula de descarga: altura máxima 1m e se possível com alavanca ou mecanismos de acionamento 
automático; 
Papeleira: altura entre 50 e 60cm a partir do piso e a 15cm a partir da ponta frontal da bacia; 
 
MODELO 2 (COM PIA) 
Dimensão: 2,00 de largura X 1,70m (em um módulo de 1,50 x 1,70m também é possível inserir um 
lavatório no canto - para conferir o desenho acesse a NBR9050); 
Barras laterais (posição horizontal): altura 75cm a partir do piso acabado (medidos pelo eixo de 
fixação), comprimento mínimo 80cm (deve avançar 50cm a partir da extremidade frontal da bacia), 
diâmetro entre 3,5 e 4,5cm e distância de 4cm no mínimo da parede, ou seja, a parte mais externa estará 
a, no mínimo, 7,5cm da parede. O eixo da bacia deverá estar a 40cm da face da barra lateral. Já a barra 
dos fundos deve estar a no máximo 11cm da parede dos fundos (em relação à sua face externa) e deve 
extender-se no mínimo 30cm além do eixo da bacia em direção à parede lateral; 
Bacia sanitária: melhor o modelo sem caixa acoplada. Caso tenha, deve-se garantir a instalação da 
barra de apoio dos fundos para evitar que a caixa seja utilizada como apoio. Neste caso a altura entre a 
face da barra e a caixa acoplada deve ser de no mínimo 15cm. A altura do assento da bacia sanitária deve 
ficar entre 43 e 45cm do piso 
acabado (medidas da borda superior, 
sem o assento). Considerando com o 
assento, a medida máxima de altura 
é 46cm. Se for usada base de 
alvenaria para erguer o vaso 
sanitário, esta base não deve ter 
mais de 5cm além do contorno da 
bacia; 
Válvula de descarga: altura 
máxima 1m e se possível com 
alavanca ou mecanismos de 
acionamento automático; 
Papeleira: altura entre 50 e 60cm a 
partir do piso e a 15cm a partir da 
ponta frontal da bacia; 
Lavatório: deve ser suspenso e sua borda superior deve estar entre 78 e 80cm de altura em relação ao 
piso acabado, devendo a parte inferior ser livre de obstáculos e respeitar a altura livre mínima de 73cm; o 
sifão e a tubulação devem estar a no mínimo a 25cm da face externa da pia; a torneira deve ser acionada 
por alavanca ou dispor de acionamento automático e estar a no máximo a 50cm da face externa da pia; 
Barra apoio lavatório: é necessária a instalação de barras de apoio ao redor do lavatório (obedecendo a 
altura deste); 
Espelho: a base inferior deve estar no máx. a 90cm do piso e a altura da borda superior deve estar a no 
mín. 1,80m do piso acabado. Quando inclinar 10º o espelho em relação a parede a altura da borda inferior 
deve ser de no máximo 1,10m e a borda superior de no mínimo 1,80m do piso acabado; 
Acessórios junto ao lavatório (como saboneteiras e toalheiros): devem estar entre 80cm e 120cm do 
piso acabado. 
‘ 
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29 
MODELO 3 (COM PIA E DUCHA) 
Dimensão: 2,05 de largura X 2,40m (módulo desenvolvido pela equipe do Portal Clique Arquitetura, 
baseado na NBR9050); 
Barras laterais: altura 75cm a partir do piso acabado (medidos pelo eixo de fixação), comprimento 
mínimo 80cm (deve avançar 50cm a partir da extremidade frontal da bacia), diâmetro entre 3,5 e 4,5cm e 
distância de 4cm no mínimo da parede, ou seja, a parte mais externa estará a, no mínimo, 7,5cm da 
parede. O eixo da bacia deverá estar a 40cm da face da barra lateral. Já a barra dos fundos deve estar a 
no máximo 11cm da parede dos fundos (em relação à sua face externa) e deve extender-se no mínimo 
30cm além do eixo da bacia em direção à parede lateral; 
Barras para o Boxe: na parede de fixação do banco deverá ser instalada uma barra vertical a 75cm do 
piso, com comprimento mínimo de 70cm e a uma distância de 85cm da parede lateral ao banco. Na 
parede lateral ao banco devem ser instaladas 2 barras de apoio, sendo uma vertical e outra horizontal (ou 
uma em "L"). Confira as medidas nos desenhos abaixo e para saber mais acesse a NBR9050 (link ao final 
do texto). 
Bacia sanitária: melhor o modelo sem caixa acoplada. Caso tenha, deve-se garantir a instalação da 
barra de apoio dos fundos para evitar que a caixa seja utilizada como apoio. Neste caso a altura entre a 
face da barra e a caixa acoplada deve ser de no mínimo 15cm. A altura do assento da bacia sanitária deve 
ficar entre 43 e 45cm do piso acabado (medidas da borda superior, sem o assento). Considerando com o 
assento, a medida máxima de altura é 46cm. Se for usada base de alvenaria para erguer o vaso sanitário, 
esta base não deve ter mais de 5cm além do contorno da bacia. 
Válvula de descarga: altura máxima 1m e se possível com alavanca ou mecanismos de acionamento 
automático; 
Papeleira: altura entre 50 e 60cm a partir do piso e a 15cm a partir da ponta frontal da bacia; 
Lavatório: deve ser suspenso e sua borda superior deve estar entre 78 e 80cm de altura em relação ao 
piso acabado, devendo a parte inferior ser livre de obstáculos e respeitar a altura livre mínima de 73cm; o 
sifão e a tubulação devem estar a no mínimo a 25cm da face externa da pia; a torneira deve ser acionada 
por alavanca ou dispor de acionamento 
automático e estar a no máximo a 50cm da 
face externa da pia; 
Barra apoio lavatório: é necessária a 
instalação de barras de apoio ao redor do 
lavatório (obedecendo a altura deste); 
Espelho: a base inferior deve estar no máx. 
a 90cm do piso e a altura da borda superior 
deve estar a no mín. 1,80m do piso 
acabado. Quando inclinar 10º o espelho em 
relação a parede a altura da borda inferior 
deve ser de no máximo 1,10m e a borda 
superior de no mínimo 1,80m do piso 
acabado; 
Acessórios junto ao lavatório (como 
saboneteiras e toalheiros): devem estar 
entre 80cm e 120cm do piso acabado. 
Área de Transferência: deverá ser 
prevista uma área de transferência externa ao boxe, estendendo-se no mínimo 30cm além da parede 
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30 
onde o banco está fixado (veja a figura abaixo). Se houver porta no boxe esta não pode interferir na 
transferência da cadeirante rodas para o banco e deve ser de material resistente a impactos; 
Boxe: a medida mínima é de 90 x 95cm; 
Banco: deverá haver dentrodo boxe um banco de apoio articulado ou removível, com cantos 
arredondados e superfície antiderrapante e impermeável. Comprimento mínimo 70cm, profundidade 
mínima 45cm e altura de 46cm em relação ao piso acabado; 
Chuveiro: registros e misturadores devem ser do tipo alavanca, preferencialmente monocromado e 
instalados a 45cm da parede de fixação do banco e a 1m de altura em relação ao piso acabado. Deve 
haver ducha manual, na qual deve haver o controle de fluxo da água e a ducha deve ser instalada a 30cm 
da parede de fixação do banco a altura de 1m do piso acabado; 
 
EXERCÍCIO PRÁTICO 3 
1ºPasso: Desenvolva a seguinte planta padrão, para que possamos realizar o nosso projeto 
hidro sanitário. 
 
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31 
2ºPasso: Realize o download das peças sanitárias necessárias para o seu banheiro: lavatório, 
vaso sanitário e chuveiro. 
Obs: Fique atento as dimensões do bloco, para que os objetos fiquem do tamanho ideal. 
1. Os vasos, ou bacias, medem de 38cm a 40cm de largura x 46cm a 55cm de 
comprimento. 
2. Os lavatórios, medindo 45cm a 70cm de largura x 40cm a 55cm de profundidade, para 
sua perfeita utilização. 
3ºPasso: Realize o download das peças sanitárias necessárias para o seu banheiro: pia, privada 
e chuveiro. 
4ºPasso: Realize a inserção da sua coluna de água fria, dos seus ramais e sub-ramais de acordo 
com o posicionamento de suas peças sanitárias. Na sua vista do tipo planta. 
5ºPasso: Realize o corte de sua edificação e informe através do mesmo os pontos de passagem 
dos ramais e sub-ramais. 
 
Observe que no corte do projeto hidráulico, o posicionamento dos pontos deverá 
corresponder ao posicionamento dos pontos na planta baixa. 
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32 
Observe a altura dos respectivos pontos: 
1) Lavatório = 0,60 
2) Vaso Sanitário = 0,33 
3) Chuveiro = 2,10 
4) Registro de Pressão do (CHUVEIRO) = 1,00 
5) Registo Geral = 1,80 
6ºPasso: Posicione a planta baixa e o seu corte na escala de 1:50 em um papel A4. 
EXERCÍCIO GERAL DO 1ºCAPÍTULO 
1º Informe a diferença entre o ramal predial e o ramal de alimentação. 
2º Qual a finalidade do extravasor? 
3º O que é o sistema de recalque? 
4º Informe os tipos de barrilete que existem. 
5º Qual a diferença de uma coluna para um sub-ramal? 
6º Os ábacos muito utilizados nas instalações hidráulicas para o dimensionamento de 
tubulações estão compreendidos em qual NBR? 
EXERCÍCIO PRÁTICO4 
1º Dimensione os reservatórios necessários para uma edificação com 5 pavimentos, 2 
apartamentos por andar e dois dormitórios cada. 
2º Dimensione o ramal de alimentação necessário para a sua edificação. 
3º Realize a planta do pavimento tipo de sua edificação na escala de 1:100 no AutoCad. 
4º Insira as peças hidro sanitárias em sua planta de pavimento tipo. 
5º Realize o corte individualmente de seus banheiros e cozinhas. 
6º Faça o dimensionamento dos sub-ramais de seu banheiro. 
6.2º Insira os dados encontrados no seu dimensionamento em seu corte. 
7º Dimensione todas as conexões das colunas D’água necessárias para sua instalação, fique 
atento aos pesos acumulados das peças nos pavimentos. 
8º Dimensione o barrilete de sua edificação. 
9º Organize todos os seus dados em uma planilha de Excel e o seu projeto no AutoCad. 
 
 
 
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33 
1.4Tabelas para dimensionamento das instalações de Água Fria 
TABELA I – Estimativa de População 
 
TABELA II – Consumo Predial Diário 
 
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34 
TABELA III – Pesos Relativos das Peças de Utilização 
 
1.6 Projeto em Isométrica 
Perspectiva isométrica é o processo de representação tridimensional em que objeto se situa 
num sistema de três eixos coordenados (axonometria). 
A perspectiva isométrica é muito usada para mostrar instalações hidráulicas. 
As plantas isométricas de tubulação são desenhos feitos em escala, contendo todas as 
tubulações de uma determinada área, representada em projeção horizontal. 
1ºPasso: Abra o AutoCAD e realize a construção do seguinte projeto de banheiro. 
 
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35 
2ºPasso: Dê um clique no seguinte ponto do seu cubo, para selecionar a vista isométrica. 
 
Observe como ficará posicionada a sua planta. 
CHUVEIRO 
3ºPasso: Selecione a ferramenta Line, em seguida, dê um clique no seguinte ponto, onde está 
situado o seu chuveiro, coloque o seu mouse para cima e insira o valor 2.10 para demarcar o 
posicionamento do seu chuveiro. 
 
Lembre-se de representar a saída do ponto de água para encaixe do seu chuveiro(0,15). 
RESERVATÓRIO E REGISTRO GERAL 
4ºPasso: Selecione a ferramenta Line, e realize a construção da coluna d’água e o seu primeiro 
ramal conectado ao chuveiro. 
 
CLIQUE AQUI 
CONSTRUA A 
SEGUINTE LINHA 
OBSERVE AQUI 
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36 
5ºPasso: Realize a construção através da ferramenta Rectangle, do seu reservatório de água 
fria. 
 
LAVATÓRIO E VASO SANITÁRIO 
6ºPasso: Selecione a ferramenta Line, e realize a construção das seguintes linhas para 
demarcar a altura de suas peças sanitárias. O vaso sanitário será de 0,30m e o lavatório de 
0,60m. 
 
7ºPasso: Selecione a ferramenta Line, e realize a construção do ramal e dos sub-ramais para a 
ligação dos seus pontos de consumo. 
 
CONSTRUA DESSA 
FORMA 
REPRESENTE AS 
SEGUINTES LINHAS 
OBSERVE COMO 
FICARÁ O SEU 
PROJETO 
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37 
DETALHAMENTO 
Nessa fase é fundamental a realização da representação das conexões e registros que serão 
utilizados em nossa instalação de água fria. 
8ºPasso: Selecione a ferramenta Line, e realize a construção dos seguintes símbolos para o 
nosso projeto de água fria. 
 
9ºPasso: Retire as suas linhas de chamada e insira a bitola dos canos de sua instalação. 
 
 
 
 
OBSERVE OS 
SÍMBOLOS 
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38 
10ºPasso: Para finalizar o seu projeto, insira o nome de todos os pontos de consumo. 
 
 
Observe o mesmo projeto sem o reservatório superior, apenas com a indicação da coluna de 
água fria que fornece o seu projeto. 
 
 
 
 
OBSERVE OS 
SÍMBOLOS 
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39 
EXERCÍCIO PRÁTICO5 
Dentro da Isométrica realizada por você, insira um reservatório para reaproveitamento de 
água pluvial, ligado diretamente ao seu vaso sanitário. 
 
Fique atento, dentro do nosso projeto: a Layer azul foi utilizada para representar a 
instalação de água fria proveniente da rede concessionária, a Layer verde foi utilizada para 
representar a instalação de água reutilizada da chuva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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40Instalações Hidráulicas/Família Carielo 
 
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41 
2.Dispositivos Controladores de 
Pressão 
2.1 Generalidades 
As peças de utilização são projetadas dentro do projeto hidráulico sob uma pressão estática ou 
dinâmica (máximas e mínimas) preestabelecidas pelos fabricantes de tubos, dispositivos e 
aparelhos sanitários. 
Atualmente, existem no mercado dispositivos que elevam ou reduzem a pressão da água nas 
canalizações. Quando falta pressão na rede, o pressurizador é um recurso bastante eficiente, 
porém quando a pressão está elevada acima de 40 m.c.a(metros de coluna d’água), utilizam se 
válvulas redutoras de pressão. 
2.2 Força, Pressão e Perda de Carga 
Quando uma força é aplicada sobre uma área, ocorre 
o que chamamos de pressão. 
Imagine um reservatório com 10 metros de altura, 
completamente cheio de água. Qual é a força ou 
pressão, que teremos sobre o fundo deste 
reservatório? 
Será de 10 metros de força em cada cm² do seu 
fundo, não importando qual seja seu diâmetro. 
A água contida em um tubo tem um determinado 
peso, o qual exerce uma determinada pressão nas 
paredes desse tubo. Qual é essa pressão? Olhando para os dois copos A e B, em qual dos dois 
existe maior pressão sobre o fundo de cada um? O copo A ou o copo B? A primeira ideia que 
nos vem na cabeça é que existe maior pressão no fundo do copo A. 
 
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42 
No entanto, se ligarmos os dois copos, como mostra a figura abaixo, observaremos que os 
níveis permanecem exatamente os mesmos. Isto significa que: Se as pressões dos copos 
fossem diferentes, a água contida no copo A empurraria a água do copo B, que transbordaria. 
As pressões, portanto, são iguais em ambos os copos! É isto mesmo o que ocorre na prática. 
Esta experiência é chamada “Princípio dos Vasos Comunicantes”. 
Agora, se adicionarmos água no copo A, inicialmente ocorre um pequeno aumento da altura 
“hA”. O nível do copo A, então, vai baixando aos poucos. Com a adição de água, houve um 
aumento de pressão no fundo do mesmo, a qual tenderá a se igualar a pressão exercida pela 
água do copo B. 
 
Conclusão 
A pressão que a água exerce sob uma superfície qualquer (no nosso caso, o fundo e as paredes 
do copo) só depende da altura do nível da água até essa superfície. É o mesmo que dizer: A 
pressão não depende do volume de água contido em um tubo, e sim da altura. 
Níveis iguais geram pressões iguais. A pressão não depende da forma no recipiente. 
Dentro do sistema de abastecimento e da instalação predial a água exerce uma força sobre as 
paredes das tubulações. A esta força damos o nome de “pressão”. Nos prédios, o que ocorre 
com a pressão exercida pela água nos diversos pontos das tubulações, é o mesmo que no 
exemplo dos copos. Isto é: a pressão só 
depende da altura do nível da água, desde 
um ponto qualquer da tubulação até o nível 
da água do reservatório. Quanto maior for 
a altura, maior será a pressão. Se 
diminuirmos a altura, a pressão diminui. No 
esquema abaixo, vimos que a pressão no 
ponto B é maior que em A, pois ali a altura 
da coluna da água é maior que a coluna do 
ponto A. 
 
 
 
 
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2.3 Como podemos medir a Pressão 
Como vimos, pressão é uma força 
exercida sobre uma determinada área. 
Sendo assim, sua unidade de medida é 
quilograma força por centímetro 
quadrado – kgf/cm². 
Existem outras formas de expressarmos 
as unidades de medida de pressão: 
m.c.a: metros de coluna d’água 
Pa: Pascal 
Veja correspondência destas unidades: 
1kgf/cm² é a pressão exercida por uma 
coluna com 10 metros de altura, ou seja, 
10 metros de coluna d’água (m.c.a.), ou 
100.000 Pa. 
Se você mora em um edifício de 10 andares e alguém lhe pede para medir a pressão na 
torneira do seu lavatório, como você poderia fazer essa medição? 
Bastaria substituir a torneira do lavatório por um manômetro* e efetuar a leitura. Você 
poderia saber qual é exatamente a diferença de altura existente entre o nível da torneira e o 
da caixa d’água? 
 
Sim! Através do valor que o manômetro estaria marcando. Se este manômetro indicasse, por 
exemplo, 2kgf/cm², isto significaria que esta altura é de 2kgf/cm² x 10, igual 20 metros de 
coluna d’água. Ou seja, 20 metros de desnível. 
 
 
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2.4 Pressão estática, dinâmica e de serviço 
Nas instalações prediais, devemos considerar três tipos de pressão: 
Pressão estática, pressão dinâmica e pressão de serviço 
Pressão estática: 
Pressão da água quando ela está parada dentro da tubulação. O seu valor é medido pela altura 
que existe entre, por exemplo, o chuveiro e o nível da água no reservatório superior. Se for 
instalado um manômetro no ponto do chuveiro e a altura até o nível da água no reservatório 
for de 4 metros, o manômetro marcará 4m.c.a. 
 
Com relação à pressão estática, a norma NBR5626 de instalações prediais de água fria, diz o 
seguinte: 
Em uma instalação predial de água fria, em qualquer ponto, a pressão estática máxima não 
deve ultrapassar 40m.c.a. (metros de coluna d’água). 
Isto significa que a diferença entre a altura do reservatório superior e o ponto mais baixo da 
instalação predial não deve ser maior que 40 metros. Como então fazer uma instalação de 
água fria em um edifício com mais de 40 metros de altura? 
A solução mais utilizada, por ocupar menos espaço, é o uso de válvulas redutoras de pressão, 
normalmente instaladas no subsolo do prédio. Veja o esquema abaixo: 
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Pressão dinâmica: 
É a pressão verificada quando a água está em movimento, que pode ser medida também 
através de um manômetro. Esta pressão depende do traçado da tubulação e os diâmetros 
adotados para os tubos. O seu valor é a pressão estática menos as perdas de carga distribuída 
e localizada. 
 
A pressão mínima para o bom funcionamento do chuveiro é de 1,3mca e a máxima 40mca. 
 
 
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Pressão de serviço: 
Esta representa a pressão máxima que podemos aplicar a um tubo, conexão, válvula ou outro 
dispositivo, quando em uso norma. Neste caso, citamos o seguinte trecho da norma NBR5626: 
“O fechamento de qualquer peça de utilização não pode provocar sobre-pressão em qualquer 
ponto da instalação que seja maior que 20 m.c.a. acima da pressão estática nesse ponto”. 
Isto quer dizer que a pressão de serviço não deve ultrapassar a 60 m.c.a. pois é o resultado da 
máxima pressão estática(40.m.c.a.) somada a máxima sobre-pressão(20m.c.a.). 
É importante seguir estas recomendações para evitar danos as tubulações, como os casos de 
rompimento de conexões, estrangulamentos de tubos, etc., que trazem transtornos aos 
usuários. 
Importante 
Alguns profissionais que executam instalações em prédios com grandes alturas utilizam tubos 
metálicos, pensando que estes são mais fortes e que resistem a maiores pressões. Na realidade 
a norma não faz distinção sobre qual ou quais materiais devem ser as tubulações das 
instalações. Dessa forma, a pressão estática máxima de 40m.c.a. deve ser obedecida em 
qualquer caso, independente dos materiais dos tubos. Tanto faz se for PVC, cobre ou ferro. 
2.5 Golpe de Aríete 
Existe um fenômeno que ocorrenas tubulações dos sistemas hidráulicos conhecido por o 
Golpe de Aríete. Este nome se originou de uma antiga máquina de guerra utilizada para 
arrombar portas e muralhas. Era formada por um tronco que tinha numa das extremidades 
uma peça de bronze, semelhante a uma cabeça de carneiro. Nas instalações hidráulicas ocorre 
algo semelhante quando a água ao descer em velocidade elevada pela tubulação, é 
bruscamente interrompida. Isto provoca golpes de grande força (elevações de pressão) nos 
equipamentos da instalação. 
 
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Explicando melhor 
Se um líquido estiver passando por uma calha e de repente interrompermos a sua passagem, 
seu nível subirá rapidamente, passando a transbordar pelos lados. Se isto ocorrer dentro de um 
tubo, o líquido não terá por onde escapar e provocará portanto um aumento de pressão contra 
as paredes do tubo, causando sérias conseqüências na instalação. 
Situação 1 - Válvula fechada: Temos apenas a pressão estática da rede (pressão normal). 
 
Situação 2 - Válvula aberta: A água começa a descer, aumentando gradativamente sua 
velocidade dentro do tubo. A pressão contra as paredes se reduz ao máximo. 
 
Situação 3 - Fechamento rápido da válvula: Ocorre interrupção brusca da água, causando 
violento impacto sobre a válvula e demais equipamentos, além de vibrações e fortes pressões 
na tubulação. Alguns tipos de válvulas de descarga e registros de fechamento rápido provocam 
o efeito do Golpe de Aríete. 
 
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O que se deve fazer para evitar ou eliminar os Golpes de Aríete? 
Utilizar válvulas de fechamento lento. Existem algumas marcas de válvulas de descarga que 
possuem dispositivos anti-golpe de aríete, que tornam o fechamento da válvula mais suave. 
Principalmente em prédios, é preferível utilizar caixas de descarga, pois além de consumirem 
menor quantidade de água, não provocam Golpe de Aríete. 
Em locais com válvulas já instaladas, procure antes verificar se é possível regula-las para que 
fechem lentamente. Caso não seja possível, opte pela troca desta válvula. 
Formas de Amenizar o Problema: 
1) Utilização de válvulas de descarga e registros com fechamento mais suave. 
2) Em prédios será preferível a utilização de caixas de descarga, pois além de consumirem 
menor quantidade de água, não provocam gole de aríete. 
3) Aspeças de utilização deverão ser locadas na parede oposta a contigua aos ambientes 
habitados ou, a impossibilidade disso, utilizar dispositivos antirruídos nas instalações. 
4) Utilizar vasos sanitários acoplados a caixa de descarga, em vez de válvulas de descarga. 
5) Deixar um recobrimento mínimo de 50mm (tijolo maciço, argamassa, ou tijolo * argamassa) 
na face voltada para dormitórios, salas de estar, íntima, escritórios. 
Perda de carga 
Inicialmente afirmamos que só podemos aumentar a pressão se também aumentarmos a 
altura. 
Como explicar o fato de que podemos aumentar a pressão em um chuveiro se fizermos o 
traçado da tubulação mais reto ou aumentarmos o seu diâmetro? Em laboratórios, pode se 
verificar que o escoamento da água nos tubos pode ser turbulento(desorganizado). Com o 
aumento da velocidade da água na tubulação, a turbulência faz com que as partículas se 
agitem cada vez mais e acabem colidindo entre si. Além disso, o escoamento causa atrito entre 
as partículas e as paredes do tubo. 
Assim, as colisões entre as partículas com as paredes dos tubos, dificultam o escoamento da 
água, o que gera a perda de energia. Podemos dizer então que “o líquido perde pressão” ou 
seja: “houve perda de carga”. 
Tubos com paredes lisas permitem um 
escoamento da água com menos turbulência, o 
que reduz o atrito. Ou seja, assim teremos menos 
choques entre as partículas da água e, portanto, 
menor perda de carga. 
 
 
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Tubos com paredes rugosas aumentam a turbulência da água, pois geram maior atrito. Assim, 
teremos mais choques entre as partículas da água e, portanto, maior perda de carga. 
É importante lembrar que na prática não há escoamento em tubulações sem perda de carga. 
O que deve ser feito é reduzi-la aos níveis aceitáveis. Os tubos de PVC, por terem paredes 
mais lisas, oferecem menores perda de carga. 
Classificação das perdas de carga 
Distribuída: 
É aquela que ocorre ao longo da tubulação, pelo atrito 
da água com as paredes do tubo. Quanto maior o 
comprimento do tubo, maior será a perda de carga. 
Quanto menor o diâmetro, maior também será a perda 
de carga. 
Localizada 
Nos casos em que a água sofre mudanças de direção 
como, por exemplo, no joelhos, reduções, tês, ocorre ali uma perda de carga chamada de 
“localizada”. Isto é fácil de entender se pensarmos que nestes locais, há uma grande 
turbulência concentrada, a qual aumenta os choques entre as partículas da água. 
É por isto que quanto maior for o número de conexões em um trecho de tubulação, maior será 
a perda de pressão neste trecho ou perda de carga, diminuindo a pressão ao longo da rede. 
 
2.5 BombaD’água 
A bomba d\água é um dispositivo que está presente no sistema de recalque de qualquer 
edificação e de indiscutível importância. Porém, antes de adquirirmos uma bomba é 
importante conhecermos os modelos existentes no mercado: 
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1.Bomba Submersa 
É o tipo ideal e de maior rendimento para poços de qualquer profundidade. 
O conjunto moto-bomba é instalado dentro do poço, submerso em alguns metros abaixo do 
nível dinâmico, funciona silenciosamente e requer pouquíssima manutenção quando bem 
especificado e corretamente instalado. 
2.Bomba Centrífuga 
Bombas Centrífugas são bombas hidráulicas que têm como princípio de funcionamento a força 
centrífuga através de palhetas e impulsores que giram no interior de uma carcaça estanque, 
jogando líquido do centro para a periferia do conjunto girante. 
A Bomba centrífuga é o equipamento mais utilizado para bombear líquidos no saneamento 
básico, na irrigação de lavouras, nos edifícios residenciais, na indústria em geral, transferindo 
líquidos de um local para outro. 
Tem grande limitação devido ao fato de que sua utilização somente é possível em poços 
onde o nível dinâmico (inferior) não ultrapasse a profundidade de aproximadamente 8 
metros, no máximo. 
3.Compressor de AR 
Tem um funcionamento prático e simples. Trabalha na superfície, com motor elétrico ou 
diesel, tendo em sua instalação dois tubos até o fundo do poço, sendo um tubo para recalque 
da água e o outro de menor diâmetro para injeção de ar. 
É o ideal para poços onde exista grande volume de areia misturado a água ou com tendência a 
acumular sedimentos e também para locais com indisponibilidade de energia elétrica, devido à 
possibilidade do uso de motores diesel. 
De negativo registramos o alto nível de ruído e o baixo rendimento, requerendo motores de 
maior potência que as bombas do tipo submersas. 
2.6 Método Básico para Seleção de uma Bomba Centrífu ga 
A bomba d\água é um dispositivo que está presente no sistema de recalque de qualquer 
edificação e de indiscutível. 
CRITÉRIOS: Para calcular-se com segurança a bomba centrífuga adequada a um 
determinado sistema de abastecimento de água, são necessários alguns dados técnicos 
fundamentais do local da instalação e das necessidades do projeto: 
1. Distância em metros entre a captação, ou reservatório inferior,e o ponto de uso final, 
ou reservatório superior, isto é, caminho a ser seguido pela tubulação, ou, se já estiver 
instalada, o seu comprimento em metros lineares, e os tipos e quantidades de 
conexões e acessórios existentes; 
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2. Diâmetro (Pol ou mm) e material (PVC ou metal), das tubulações de sucção e recalque, 
caso já forem existentes; 
3. Tipo de fonte de captação e vazão disponível na mesma, em m³/h; 
4. Vazão requerida, em m³/h; 
5. Capacidade máxima de energia disponível para o motor, em cv, e tipo de ligação 
(monofásico ou trifásico) quando tratar-se de motores elétricos; 
6. Altitude do local em relação ao mar; 
7. Temperatura máxima e tipo de água (rio, poço, chuva). 
Obs: As bombas centrífugas ou autoaspirantes com corpo de metal, que forem usadas para 
trabalho com água quente superior a 70ºC, deverão possuir vedação com Selo Mecânico em 
VITON e Rotor em BRONZE. 
2.7 Pressurizadores 
Nas instalações hidráulicas, possuímos um problema bastante recorrente. Falta de água, ou 
baixa pressão em alguns pontos de consumo, como no caso dos chuveiros. Como poderíamos 
resolver este problema? 
Possuímos duas formas de resolver esta situação: 
1) Elevando a altura do reservatório superior, como é sabido a água que passa por toda a 
tubulação hidráulica circula através da gravidade, por isso, que a água deve vim do 
reservatório superior para os pontos de consumo e quanto maior for a altura do reservatório 
superior em relação aos pontos de consumo a pressão será maior. Logo, se não for possível 
elevar a altura de seu reservatório, não será possível elevar a pressão nos pontos de consumo. 
Obs: Não há relação com a quantidade de água presente no reservatório superior e a pressão, 
ou seja, um reservatório de 1000Litros ou um reservatório de 10.000Litros, que estão 
posicionados na mesma altura, disponibilizaram a mesma pressão para o sistema. 
Esta primeira forma de resolução do problema da pressão nos sub-ramais é a mais conhecida e 
também de grande trabalho manual e estético para relocar um reservatório superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2) Instalando um pressurizador, este equipamento elétrico é diferente da bomba elétrica. 
Enquanto a bomba, leva a água de um reservatório inferior para um superior, o pressurizador 
irá pressionar a água dentro da tubulação, para que a vazão nos sub-ramais aumentem. 
Resolvendo assim, o problema da relocação do reservatório superior. 
 
Observe como é importante, saber vincular o setor elétrico com o setor hidráulico, não são 
apenas esses dois ramos de conhecimento que estão interligados, atualmente todos os ramos 
vem se acoplando e é fundamental para um profissional habilitado estar pronto para resolver 
problemas de todas as ordens. 
EXERCÍCIOS DO 2ºCAPÍTULO 
1. Qual a definição de pressão e qual a sua unidade de medida? 
2. O que significa a unidade de medida m.c.a? 
3. Qual aparelho é utilizado para auferir a pressão da água? 
4. O que é a pressão estática e onde podemos encontrá-la? 
5. Informe a pressão estática máxima dentro de uma instalação predial de água fria? 
6. O que é a pressão dinâmica? Como a mesma pode ser medida? 
7. O que é o golpe de aríete? 
8. Informes três formas de amenizar o golpe de aríete? 
 
 
 
 
 
 
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3.Eletricidade aplicada à Hidráulica 
3.1 Generalidades 
A eletricidade nos dias atuais é a responsável por movimentar todo o nosso mundo. 
Atualmente mesmo nos projetos hidráulicos é fundamental o conhecimento básico das 
instalações elétricas, caso contrário não será possível a instalação de aparelhos como bombas 
d’água, pressurizadores, boias, etc. 
3.2 Tensão Elétrica 
Definição: Quantidade de energia disponível entre dois pontos. 
Unidade de Medida: Volts. 
Podemos encontrar a tensão elétrica, por exemplo em nossas residências, nas nossas tomadas 
o valor respectivo a 220Volts. Este valor, representa o valor fornecido pela rede para a ligação 
de aparelhos naquela tomada. Por isso, que se você realizar a ligação de um aparelho que 
trabalha com 110Volts o mesmo não funcionará 
corretamente. 
É importante observar que todas as tomadas de nossas 
residências possuem 220Volts, independentemente da 
quantidade de aparelhos que estão sendo ligados a ela, 
este valor é fornecido pela rede concessionária de 
energia. 
Exemplo: Uma bomba d’água, é um motor elétrico, que 
para funcionar precisa ser ligado a uma tomada o qual deverá fornecer a tensão necessária 
para o funcionamento da bomba. 
1. Caso a bomba trabalhe com 220V, deverá ser ligada a uma tomada que forneça 220V. 
2. Caso a bomba trabalhe com 110V, deverá ser ligada a uma tomada que forneça 110V. 
3.3 Corrente Elétrica 
Definição: Fluxo ordenado de elétrons em um circuito fechado. 
Unidade de Medida: Ampères. 
Para entender o princípio da corrente elétrica, é fundamental entender precipuamente os dois 
tipos de circuitos elétricos padrões: 
1. Circuito Aberto 
2. Circuito Fechado 
 
 
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Para explicar esses dois circuitos, recorrei a um exemplo do seu cotidiano. Analisaremos um 
circuito de um interruptor que liga e desliga uma lâmpada. 
No momento que o interruptor liga a lâmpada, dizemos tecnicamente que o circuito está 
fechado; 
 
No momento que o interruptor desliga a lâmpada, dizemos tecnicamente que o circuito está 
aberto. 
 
Logo, podemos concluir que, quando o circuito está fechado, haverá a passagem de corrente 
elétrica pela lâmpada, ou seja, os elétrons estão circulando de maneira ordenada. Quando o 
circuito se encontra aberto, não haverá a passagem de corrente elétrica pelo circuito, o 
mesmo permanece desligado. 
A corrente elétrica então, é este fenômeno que se desenvolve com o fluxo ordenado dos 
elétrons dentro de um circuito quando submetido a uma tensão elétrica. 
Obs: Enquanto a tensão é constante nas instalações elétricas residências em todos os pontos 
de consumo (220V no NE ou 110V no Sul/Sudeste), o consumo será variável para cada 
aparelho, cada equipamento poderá consumir de maneira diferente, embora sejam ligados 
sob uma mesma tensão. 
 
Logo, uma televisão e um aparelho de som são ligados na mesma tomada, sob a mesma 
tensão de 220V, embora cada aparelho possua um consumo diferente. 
CIRCUITO FECHADO 
CIRCUITO ABERTO 
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3.4 Aplicações à Hidráulica 
Para aplicarmos todos os conhecimentos trabalhados acima, começaremos com um 
exemplo:Visualize um sistema de recalque, o qual terá como finalidade levar a água de um 
reservatório inferior para um reservatório superior. Para que a água seja transposta de um 
ponto para o outro se fará necessário uma bomba elétrica. 
A bomba elétrica possui diversos modelos/fabricantes e que futuramente aprenderemos a 
dimensioná-la, porém, previamente precisamos ter o conhecimento de como a mesma será 
ligada, se será ligada a uma rede monofásica, bifásica ou até mesmo trifásica. Além disso, 
precisaremos dimensionaro sistema de proteção para a bomba, com disjuntores e DR’s. 
3.4.2 Boia 
A boia é um dispositivo que está sempre associado ao conjunto moto bomba, ele terá como 
finalidade desligar a bomba, quando o reservatório superior já estiver no seu limite, impedindo 
assim o desperdício de água. 
A boia, então poderá ser comparada a um disjuntor, a qual ligará e desligará o circuito, porém 
não necessitará da atuação mecânica de alguma pessoa, esse liga-desliga será automático, 
economizando assim água e dinheiro. 
3.4.3 Verificação da Boia 
Para verificarmos a boia é bastante simples, precisaremos recorrer a um teste chamado de 
continuidade, para verificar se a mesma se encontra em perfeito estado de uso ou não. Um 
detalhe relacionado a ligação das boias estão no seu número de fios, são 3. O do meio é o fio 
comum que sempre será ligado aos outros dois, e o fio acima fechará o circuito na lógica 
inversa do de baixo. 
Logo, não existirá boia para cisterna e boia para reservatório superior, a mesma boia poderá 
ser utilizada nos dois tipos de ligações, dependerá apenas da sua forma de instalação. Preste 
atenção, antes de instalar a mesma. 
3.4.4 Boia Presente na Cisterna 
A chave boia Nível inferior é empregada em reservatórios de líquidos localizados geralmente 
abaixo do nível do solo, tipo cisterna. Tem os seus terminais de contato aberto (desligado) 
quando posicionada na vertical, o que corresponde ao reservatório contendo um nível mínimo 
ou estando vazio. Quando o reservatório está 
com um nível satisfatório, a boia se posiciona 
na horizontal o que corresponde aos 
terminais de contato fechado (ligado) e dando 
continuidade. Ou seja, tornando possível a 
transferência de água do reservatório inferior 
para o superior. 
1Passo, Com a boia posicionada da seguinte maneira (horizontal) o multímetro deverá indicar 
0,08 (CONTINUIDADE), ou seja, circuito FECHADO. Da seguinte forma, a boia informa a bomba 
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que existe água no reservatório inferior e poderá ser enviada para o superior, através do 
sistema de recalque, ligando a bomba. 
 
2Passo, Com a boia agora na posição (vertical) o multímetro deverá indicar 1 (INFINITO), ou 
seja, circuito aberto. Ela estará desligando a bomba, informando que o nível está baixo, a boia 
apenas irá fechar novamente o circuito quando o seu nível for alcançado. 
 
Preste atenção na lógica de ligação da boia e a implicação no seu posicionamento. 
3.4.4 Boia Presente no Reservatório Superior 
A chave boia Nível superior empregada em caixas d’água, tem um comportamento inverso a 
do nível inferior, uma vez que na posição horizontal os seus contatos se apresentam abertos e 
na posição vertical os contatos estão fechados. 
1Passo, Com a boia agora na posição (horizontal) o multímetro deverá indicar 1 (INFINITO), ou 
seja, circuito aberto. Ela estará desligando a bomba, informando que o nível foi atingido, a boia 
apenas irá fechar novamente o circuito quando o seu nível estiver abaixo do determinado. 
 
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2Passo, Com a boia posicionada da seguinte maneira (vertical) o multímetro deverá indicar 
0,08 (CONTINUIDADE), ou seja, circuito FECHADO. Da seguinte forma, a boia informa a bomba 
que falta água no reservatório superior e através do sistema de recalque a água do 
reservatório inferior deverá subir para o reservatório superior. 
 
Preste atenção na lógica de ligação da boia e a implicação no seu posicionamento. 
Conclusão: Não precisamos de um tipo de boia específica para reservatório superior e outra 
específica para reservatório inferior, a boia, dependendo da forma que for ligada poderá atuar 
de formas distintas para o reservatório superior e o inferior. 
3.5 Dispositivos de Segurança para os Motores 
O conjunto de moto bomba, por ser um dispositivo elétrico deverá possuir a sua proteção 
elétrica específica, tanto para manobra do circuito (ligar e desligar), como também para 
proteger o circuito contra: 
1. Curto Circuito; 
2. Sobrecarga; 
3. Excesso de Corrente. 
Essa proteção específica do seu circuito serárealizada através dos disjuntores. Dispositivos 
próprios para proteção de circuitos elétricos que precisam ser dimensionados através de uma 
fórmula matemática que relaciona a potência da bomba pela tensão que ela está ligada e 
determina a corrente que a mesma necessita para trabalhar. 
Antes de começarmos a dimensionar o disjuntor para os nossos motores, é importante 
salientar alguns princípios físicos que serão nossos norteadores: 
1) Rendimento = Todo motor elétrico para realizar um trabalho, necessita estar ligado à 
rede elétrica, porém a energia que o mesmo consome não é 100% convertida em 
trabalho, um percentual daquela energia é perdida em energia calorífica 
(transformada em calor), é perdida em energia sonora (transformada em ruído), por 
isso, que se você tocar em um motor no momento de sua atuação você notará que o 
mesmo aquece e também estará realizado alguns ruídos. Logo, precisamos considerar 
essa perca denominada como rendimento no momento do dimensionamento dos 
motores. 
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2) Fator de Potência = Em circuitos de corrente alternada (CA) puramente resistivos, as 
ondas de tensão e de corrente elétrica estão em fase, ou seja, mudando a sua 
polaridade no mesmo instante em cada ciclo. Quando cargas reativas estão presentes, 
tais como capacitores ou condensadores e indutores, o armazenamento 
de energia nessas cargas resulta em uma diferença de fase entre as ondas de tensão 
e corrente. Uma vez que essa energia armazenada retorna para a fonte e não produz 
trabalho útil, um circuito com baixo fator de potência terá correntes elétricas maiores 
para realizar o mesmo trabalho do que um circuito com alto fator de potência. 
3) As bombas e os pressurizadores são comumente fabricados aqui no Brasil com a 
unidade de medida conhecida como Cavalo Vapor (unidade Alemã), para 
dimensionarmos o nosso dispositivo de segurança (disjuntores), precisamos aprender 
a transformar de CV para Watts. 
3.5.2 Cavalo Vapor 
A unidade Cavalo Vapor não pode ser confundida com a unidade inglesa HP (Horse Power) 
embora, em sua tradução literal possua o mesmo significado. Os motores em estudo possuem 
sua potência representada em CV. 
Para converter de Cavalo Vapor para Watts, é bastante simples, basta multiplicar o valor em 
Potência em Cavalo Vapor x 735,5 = Potência em Watts 
Exemplificando, se temos uma bomba que possui uma potência de 2CV, basta multiplicar por 
735,5, logo teremos 1471Watts de potência. 
 
 
 
 
Instalações Hidráulicas/Família Carielo 
 
ESCOLA TÉCNICA LIEAUT CARIELO | RUA JOAQUIM FELIPE,119, BOA VISTA, RECIFE-PE 
 
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3.5.3 Dimensionamento do Disjuntor 
Para dimensionarmos o nosso circuito de proteção (disjuntor), será necessário encontrar a 
corrente que está passando por esse circuito, logo precisaremos recorrer a seguinte fórmula. 
I = P(watts) / V (Tensão de consumo) x Fator de Potência (0,85) x Rendimento (0,75) 
Continuando o exemplo acima, teremos a nossa bomba d’água com 1471Watts, para 
encontrarmos a corrente que está passando pelo nosso circuito, você deverá aplicar a fórmula 
abaixo. 
I = P(watts) / V (Tensão de consumo) x Fator de Potência (0,85) x Rendimento (0,75) 
1ºPasso: I = 1471W / 220V = 6,68A 
2ºPasso: 6,68A x 0,85 x 0,75 = 4,26A 
3ºPasso:

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