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A Matemática no Brasil

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A história da matemática reflete alguns dos mais nobres pensamentos de inúmeras gerações.
Nos últimos séculos o ensino em geral – e o ensino da Matemática em particular – sofreu muitas mudanças significativas. A política antes vigente, que consistia em selecionar os estudantes a partir de uma minoria favorecida, deu lugar, pelo menos em teoria, a uma visão mais democrática de abrir as oportunidades educacionais a estudantes vindos dos mais diversos níveis da sociedade.
A partir do século XVIII, começaram a surgir discussões sobre a formação do professor em geral. O Iluminismo foi responsável pela produção de novas teorias pedagógicas, e surgiram grandes nomes, como Rousseau, Vico, Kant, entre outros. Especificamente em relação à formação do professor de Matemática, foi fundada, no final do século XVIII, uma das primeiras faculdades na Europa, destinada exclusivamente para o ensino da Matemática – Faculdade de Matemática da Universidade de Coimbra. Em seus estatutos, estabeleceu a “profissão de matemático”. Um dos objetivos dos estudos na faculdade era “perpetuar o ensino público” (Silva, 1994, p.93).
No Brasil, em 1835, foi criada a primeira Escola Normal em Niterói e, em 1842, a segunda na Bahia que se dedicavam ao ensino primário. Porém não houve qualquer tentativa de criação de escola para a preparação de professores para o ensino secundário. Os professores de Matemática que atuavam nas escolas secundárias obtiveram sua formação nas escolas politécnicas, escolas militares ou similares ou eram simplesmente leigos. Assim, no século XIX, não foi oferecida, no Brasil, nenhuma possibilidade de preparação de professores de Matemática, como ocorreu em Portugal ou em outros países europeus.
A necessidade de ingressar na moderna pesquisa científica, de criar recursos humanos próprios para vencer os desafios do novo século e entrar na área da industrialização tornara-se, para vários países da América Latina, uma necessidade. No caso da Matemática, pode-se afirmar que a grande influência que os docentes estrangeiros exerceram nos alunos brasileiros foi decisiva na sua formação e foi o contato direto com o professor-pesquisador.
A grande influência que esses docentes estrangeiros exerceram nos alunos brasileiros foi decisiva na sua formação, indicou caminhos, estimulou a pesquisa e muitos tornaram-se os seguidores das idéias dos mestres.
O modelo de ensino estava muito mais apoiado no profissional matemático universitário do que no professor do ensino secundário. Por muitos anos, esse foi o referencial que o futuro professor buscou para se espelhar. Assim, o professor ideal passou a ser algum daqueles profissionais com quem ele conviveu, aprendeu e em quem acreditou. Ministrar uma disciplina considerada difícil poderia ser sinônimo de grande sabedoria e, quando os resultados da avaliação eram desastrosos, com muitas reprovações, o professor poderia, ainda assim, ser denominado de excelente mestre.
Este breve relato sobre as bases da fundação do ensino da Matemática no Brasil remete à reflexão de que seu ensino não é uma ciência cristalizada e imóvel; ela está afetada por uma contínua expansão e revisão dos seus próprios conceitos. Não se deve apresentar a Matemática como uma disciplina fechada, monolítica, abstrata ou desligada da realidade. Ao longo dos tempos, esteve ligada a diferentes áreas do conhecimento, respondendo a muitas questões e a necessidades do Homem, ajudando-o a intervir no mundo que o rodeava.
A perspectiva histórica do conhecimento matemático também tem a ver com a própria cultura matemática.
O percentual de estudantes com aprendizado adequado no Brasil aumentou do ensino fundamental ao ensino médio, de acordo com dados divulgados hoje (18) pelo movimento Todos pela Educação. Persiste, no entanto, um gargalo em matemática, no terceiro ano do ensino médio. Ao deixar a escola, apenas 7,3% dos estudantes atingem níveis satisfatórios de aprendizado. O índice é ainda menor quando consideradas apenas as escolas públicas. Apenas 3,6% têm aprendizado adequado, o que significa que 96,4% não aprendem o esperado na escola. “É algo muito frustrante. A gente não está conseguindo avançar na gestão da política pública educacional”, 
De acordo com a definição do Todos pela Educação, o aprendizado adequado de matemática no ensino médio significa que os estudantes tiraram pelo menos 350 no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
Municípios
O levantamento mostra uma melhora em relação à primeira etapa do ensino fundamental, que vai do 1º ao 5º ano - fase que, na educação pública, é geralmente de competência dos municípios.
“A política educacional nas áreas de matrícula e insumos está ligada à expansão da educação, uma situação em que nem todos estão na escola e é necessário expandir. Agora, para universalizar a qualidade é preciso mudar a forma de fazer política educacional. Não é mais fazendo a mesma coisa para todas as escolas, tem que ter uma segmentação e uma caracterização para cada uma.
Percorrendo pelo trajeto histórico seguido pelo ensino de Matemática no Brasil, 
no século XX, através de uma análise documental, encontramos professores 
despreparados para o trabalho didático, reformas feitas, na década de 30, a contra gosto de muitos professores, baseadas em programa experimental de um colégio, onde as mudanças eram para acontecer de forma gradual e paulatina, tiveram de ser absorvidas e praticadas a nível nacional. 
Depois, já na década de 60, outra reforma assolou o país. Foi a tão conhecida 
Matemática Moderna que se justificava pela importância que Jean Piaget dava as noções de conjunto, elaborada pela criança como base do pensamento operatório. Mas, na prática em sala de aula, o construtivismo piagetiano, foi substituído pelo ensino de teorias dos conjuntos nas primeiras séries do 1º grau, sem se preocupar com o 3 conhecimento construído pelo aluno e a lógica subjacente às suas ações, que era a principal preocupação de Piaget. 
Movimentos contrários se manifestaram em favor de uma Matemática que fizesse sentido ao aluno e valorizasse sua cultura e seus conhecimentos prévios. Surge, 
então, a Educação matemática com a visão voltada para o novo século. Vislumbrando uma Matemática capaz de colaborar na educação de crianças, jovens e adultos numa sociedade que se torna cada vez mais complexa. 
Encontramos hoje nas escolas a preocupação, por parte dos professores, com que tipo de Matemática ensinar e como ensinar.
Percorrendo por fatos da história do ensino da Matemática no Brasil, 
percebemos que nenhuma reforma conseguiu dar conta do que se ensava poder alcançar. Programas “carregados” demais levavam a uma incompreensão devastadora dos conteúdos e também dos objetivos que se pretendiam atingir com tal ensino. 
Reformas feitas às pressas, “por poucas cabeças”, levavam alguns professores a publicarem severas críticas à qualidade de programas impostos de forma autoritária e sem preparação dos professores para tal empreendimento. 
Nota-se, portanto, uma grande preocupação com os rumos que a Educação Matemática vai tomando no Brasil, preocupações que se mostram nas pesquisas em Etnomatemática, Modelagem Matemática, Resolução de Problemas, enfim, metodologias que enriqueçem e tentam dar sentido à matemática. 
O paradoxo que a incompreensão da Matemática nos mostra é que ela está ao nosso redor e, desde que nascemos, nossos dias, nosso “peso”, nosso comprimento etc, começam a ser contados. Estamos rodeados de formas geométricas, lidamos com o espaço o tempo todo. Desde a infância resolvemos problemas em nossas brincadeiras e traçamos estratégias de resolução, buscamos a lógica das situações mesmo sem perceber que estamos fazendo. Mas, quando alunos, chegamos à escola, principalmente na disciplina de Matemática, como sendo uma folha em branco que precisa ser preenchida, não é levado em conta o que já sabemos. O saber é sempre o do professor e que precisa ser aprendido porque ele vai cobrar na prova. 
Felizmente com as preocupações suscitadas pela EducaçãoMatemática e pelos educadores comprometidos com a educação, este quadro está dando sinais de que pode ser superado. 
A valorização e a aceitação das experiências prévias dos alunos, a preocupação com a afetividade entre educador e educando, muito têm a contribuir para a Educação Matemática. 
A Matemática se bem desenvolvida, muito tem a contribuir na reparação do indivíduo para a vida, na solução de problemas cotidianos, para o trabalho e para a viver em uma sociedade complexa. Ensinar Matemática é se comprometer com a formação de crianças e jovens, uma vez que é difícil encontrarmos situações isentas de pensamento matemático. 
A Matemática deve ser ensinada com responsabilidade, tendo o professor 
consciência do seu papel formador. 
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada6/trabalhos/617/617.pdf
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. História da Matemática e Educação.Caderno Cedes, 1ª ed. São Paulo: Papirus, 1996.

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